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Justiça em Foco : Empresários descontaram R$ 90 mil dos funcionários e não repassaram ao INSS
Enviado por alexandre em 28/07/2021 09:23:49

Sócios de restaurante foram condenados por apropriação indébita previdenciária

Wesley Santana, colaboração para CNN Brasil Business

Fila no INSS
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

 

Na última semana, a Justiça Federal condenou, em segunda instância, dois empresários por apropriação indébita previdenciária. Entre os anos de 2010 e 2017, a dupla deixou de repassar ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) um montante de quase R$ 90 mil em contribuições descontadas do salário dos funcionários. 

A quinta turma do TRF3 analisou o recurso da defesa, que alegava ausência de dolo, falta ou insuficiência de provas e reconhecimento de exclusão da culpabilidade pelas dificuldades financeiras da empresa.

Para os magistrados, a materialidade e autoria do crime foram demonstradas por meio de testemunhos, documentação e provas anexadas ao processo, inclusive por fiscalizações. Por isso, de forma unânime, foi deferido pela condenação dos envolvidos.

“O dolo genérico é suficiente para configuração do tipo penal, caracterizado pela conduta de descontar o tributo da folha de salários e deixar de repassar à autarquia, sendo desnecessária a ocorrência de fraude e a comprovação do ânimo de apropriação”, afirmou o relator do caso, desembargador federal Mauricio Kato. 

Na decisão do tribunal, ficou-se fixada a pena de dois anos e quatro meses de prisão, além do pagamento de multa. No entanto, a reclusão foi substituída por uma medida alternativa, conforme prevê o Código Penal para penas inferiores a quatro anos.

Fique de olho

Embora seja uma prática ilegal, diversas empresas deixam de repassar a contribuição obrigatória ao INSS, e isso pode acarretar diversos problemas aos funcionários, que podem precisar de auxílio previdenciário a qualquer momento.

Por isso, é importante ficar atento às contribuições pagas, que podem ser consultadas na plataforma Meu INSS. Na aba “Extrato de Pagamento”, é possível visualizar todo o histórico de quitação.

Justiça em Foco : Weber dá 10 dias para Congresso se explicar sobre Fundão
Enviado por alexandre em 26/07/2021 15:12:53


Ministra Rosa Weber, vice-presidente do STF Foto: STF/Rosinei Coutinho

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), estabeleceu um prazo de 10 dias para que o Congresso Nacional preste informações sobre a aprovação fundo eleitoral para 2022. A verba de R$ 5,7 bilhões foi aprovada junto com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e foi alvo de protestos de diversos parlamentares.

Antes da votação da LDO, uma proposta do Partido Novo foi criada para vetar o texto referente ao aumento do fundo eleitoral. Mas não recebeu apoio suficiente para ser aprovado, em votação simbólica. No dia 16 de julho, um pedido para anular a votação da LDO foi enviado ao STF. Quatro dias depois, a Corte recebeu uma segunda ação no mesmo sentido.

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Segundo o regimento interno do STF, durante o período de recesso, questões urgentes devem ficar a cargo do comando do tribunal, por isso Weber, que é vice-presidente da Corte, está responsável pelo caso. O relator original do caso é o ministro Nunes Marques, a quem Weber determinou que o caso seja encaminhado posteriormente.

A ação, que chegou ao Supremo no dia 16, foi assinada pelos deputados Adriana Ventura (Novo-SP), Tiago Mitraud (Novo-MG), Vinícius Poit (Novo-SP), Felipe Rigoni (PSB-ES), Tábata Amaral (PDT-SP) e Daniel Coelho (Cidadania-PE), bem como pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Já o pedido do dia 20 é assinado pelo senador Alvaro Dias (Podemos-PR).

Justiça em Foco : Supremo mantém validade de julgamento que cassou Witzel
Enviado por alexandre em 23/07/2021 09:20:07

Ex-governador do Rio alegou ao STF que teria sido julgado por um "tribunal de exceção"


Wilson Witzel Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou um pedido da defesa do ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, e manteve a validade do julgamento, realizado pelo Tribunal Especial Misto (TEM), que condenou o ex-gestor com a perda do cargo de chefe do Executivo fluminense no último dia 30 de abril.

No pedido, Witzel alegava ter sido julgado por um “Tribunal de Exceção”, uma vez que o parágrafo 3° do artigo 78 da Lei 1.079/1950 (Lei do Impeachment), que dispõe sobre a composição do Tribunal Especial Misto, não teria sido recepcionado pela Constituição Federal de 1988 e seria incompatível com o princípio da impessoalidade.

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De acordo com a legislação citada pelo ex-governador, o tribunal misto deve ser composto por cinco membros do Legislativo e cinco desembargadores, sob a presidência do presidente do Tribunal de Justiça local. No caso dos membros do Legislativo, a escolha será feita mediante eleição pela Assembleia. Já no caso dos desembargadores, mediante sorteio.

Witzel alegou que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), ao negar a concessão de liminar em mandado de segurança, teria aplicado indevidamente as teses jurídicas firmadas pelo Supremo em diversos precedentes. Em sua opinião, o STF nunca apreciou a não recepção do artigo da Lei do Impeachment por incompatibilidade com a Constituição Federal

Moraes, porém, afirmou não existir qualquer violação. Para o ministro, o juízo natural para o processo e julgamento de crime de responsabilidade praticado por governador de estado, nos termos da Lei 1.079/1950, é o Tribunal Especial Misto. O Supremo, disse o ministro, em respeito ao devido processo legal e ao princípio do juízo natural, já declarou a recepção da norma.

Ainda segundo o ministro, não houve qualquer violação aos princípios da impessoalidade ou imparcialidade, como alegado por Witzel, já que a lei, ao prever a escolha dos membros do Tribunal Especial Misto integrantes do Legislativo, estabeleceu a eleição como forma de indicação de tais componentes.

Justiça em Foco : STF: Moraes envia investigação contra Ricardo Salles para o Pará
Enviado por alexandre em 21/07/2021 09:30:43

Moraes justificou a decisão com o fato de que Salles já não exerce o cargo de ministro e, por isso, caso investigado não é mais de competência do STF


Ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles Foto: PR/Carolina Antunes

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acolheu pedido da Polícia Federal e declinou da competência da investigação contra o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, por suposto envolvimento em um ‘grave esquema de facilitação ao contrabando de produtos florestais’, enviando os autos do inquérito à Justiça Federal de Altamira, no Pará.

De acordo com o ministro, o juízo de 1ª instância deverá dar ‘regular continuidade das investigações, preservando a validade de todos os atos praticados e decisões proferidas’ pelo STF. Em seu despacho, Alexandre indicou que Salles não exerce mais o cargo de ministro do Meio Ambiente, que havia atraído a competência do STF para conduzir a investigação.

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Já ao definir o juízo para o qual os autos seriam enviados, o ministro considerou que os elementos de prova produzidos no âmbito das apurações indicavam, pelo menos até o momento, que os crimes sob suspeita teriam ocorrido primordialmente em Altamira.

Nessa linha, o ministro do STF determinou a remessa da investigação ao Pará, entendendo que seria desnecessário aguardar a finalização de um processo que vai definir se uma outra investigação que atinge Salles, por suposto ‘favorecimento’ de madeireiros’, vai ficar sob a alçada da Justiça Federal no Amazonas ou no Pará.

O conflito de competência em questão tramita Tribunal Regional Federal da 1ª Região, para onde a ministra Cármen Lúcia, colega de Alexandre, remeteu os autos do inquérito contra o ex-ministro do Meio Ambiente por supostos crimes de obstrução de investigação ambiental, advocacia administrativa e organização criminosa.

*AE

Justiça em Foco : Em ensaio para 2022, Rosa Weber assume linha de frente contra negacionismo do governo Bolsonaro
Enviado por alexandre em 18/07/2021 13:43:09


Ministra, que estará na presidência do STF nas eleições de 2022, tem usado decisões judiciais para criticar gestão da pandemia

A ministra Rosa Weber assumiu a linha de frente no STF (Supremo Tribunal Federal) contra a atuação do governo de Jair Bolsonaro no combate à Covid.

 

Discreta, a magistrada destoa dos colegas por não ser afeita a holofotes. Neste ano, porém, Rosa mudou de postura e passou a usar decisões judiciais sobre a pandemia para fazer duras críticas ao Executivo.

 

A atuação recente da ministra, que é relatora do inquérito contra Bolsonaro por suposta prevaricação diante das suspeitas na compra da vacina indiana Covaxin, tem sido vista internamente no Supremo como um ensaio para o ano que vem.

 

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Atual vice-presidente do tribunal, hoje sob o comando de Luiz Fux, ela assumirá a chefia do Supremo em setembro de 2022.

 

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A magistrada ficará à frente da corte por apenas um ano e um mês, pois atingirá a idade limite e terá que se aposentar em outubro de 2023. No entanto poderá pegar um período turbulento e chegará no cargo já no meio da campanha eleitoral à Presidência da República.

 

O primeiro sinal de uma ação mais contundente da magistrada foi no começo de junho, quando classificou como "gravíssima" a eventual existência de um gabinete paralelo no Palácio do Planalto para gerir a crise do coronavírus.

 

A afirmação foi dada na decisão em que manteve a quebra dos sigilos telefônico e telemático aprovada pela CPI da Covid no Senado contra Filipe Martins, assessor internacional da Presidência da República, Carlos Wizard, empresário e aliado do governo Bolsonaro.

 

Wizard é investigado pela comissão sob a suspeita de integrar essa equipe paralela que não tinha vínculo formal com o governo e que seria responsável por elaborar medidas para enfrentar o coronavírus, entre elas a propagação de remédios como a hidroxicloroquina, sem eficácia comprovada contra a Covid.

 

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Ao manter a decisão da comissão, ela afirmou que o grupo de aconselhamento paralelo de Bolsonaro sobre a pandemia “constitui fato gravíssimo” e pode “ter impactado diretamente no modo de enfrentamento da pandemia”.

 

Depois, quando a CPI mudou de estratégia e passou a mirar as suspeitas relativas à compra da vacina Covaxin, a magistrada também fez coro aos argumentos dos senadores críticos ao governo.

 

Ao manter a quebra dos sigilos de Tulio Belchior, que teria participado da intermediação sobre a vacina Covaxin entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos, Rosa Weber classificou as negociações para aquisição do imunizante como “pouco transparentes”.

 

Além disso, afirmou que é “grave” a suspeita levantada pela comissão acerca da Covaxin.

 

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Segundo a ministra, a compra da vacina tem “contornos ainda mais inquietantes” por ter sido realizada com pouca transparência e “em detrimento de imunizantes com eficácia já comprovada e com custo substancialmente inferiores".

 

Há duas semanas, ela destoou dos colegas, que costumam criticar reservadamente o alinhamento do procurador-geral da República, Augusto Aras, com Bolsonaro, mas poupá-lo em público, e deu uma decisão com uma das mais duras críticas que o PGR já recebeu de um integrante do Supremo.

 

A ministra rejeitou o pedido da Procuradoria para que pudesse esperar o fim da CPI da Covid antes de se manifestar sobre a abertura de inquérito para apurar se Bolsonaro prevaricou ao ter ignorado denúncias de que havia irregularidades na compra da Covaxin.

 

Rosa Weber obrigou a PGR a se pronunciar novamente e afirmou que não há previsão legal que estabeleça a “suspensão temporária de procedimentos investigatórios correlatos ao objeto da CPI”.

 

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Fotos: Reproduções

 

A ministra disse que com o pedido para aguardar o fim da comissão o órgão “desincumbiu-se de seu papel constitucional”. "No desenho das atribuições do Ministério Público, não se vislumbra o papel de espectador das ações dos Poderes da República", disse.

 

As críticas cada vez mais recorrentes surpreenderam colegas de STF. O Supremo tem tido embates com o chefe do Executivo desde o começo do mandato, mas Rosa Weber nunca esteve na linha de frente dos enfrentamentos.

 

Com os comentários recentes sobre a gestão do governo, a ministra também entrou na mira de Bolsonaro.

 

Dias atrás, o presidente criticou o voto da magistrada a favor do reconhecimento do direito de amantes de dividir a pensão por morte com uma pessoa com quem manteve relacionamento antes da morte. “Rosa Weber, mulher, meu Deus do céu”, disse Bolsonaro.

 

No julgamento da ação constitucional em que governadores pediam para o Supremo proibir a CPI de convocá-los a depor, o voto da ministra também foi alvo de críticas de aliados do presidente.

 

A magistrada foi além do pedido dos gestores estaduais a respeito da convocação e também vetou a comissão de investigar a aplicação de verbas federais nos estados e municípios.

 

 

O voto de Rosa acabou vencedor e representou uma derrota à estratégia do governo de intensificar a apuração nos governos regionais a fim de diluir o desgaste e o foco dos trabalhos no Executivo federal.

 

Fonte: Folha de São Paulo

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