Às vésperas do 20º aniversário da ação que terminou com a morte de 111 presos na Casa de Detenção de São Paulo, no episódio que ficou conhecido como massacre do Carandiru, o padre Valdir Silveira, coordenador nacional da Pastoral Carcerária, afirmou que, atualmente, a "lei penal é mais violenta do que o crime" e que a "população que morre atrás dos muros (dos presídios) não chama a atenção". Silveira participou na manhã desta sexta-feira de um debate sobre a situação carcerária e sobre a atual política de encarceramento. O debate foi organizado pela Rede 2 de Outubro - criada em memória às vítimas -, que ao final divulgou um manifesto pelo "fim dos massacres". De acordo com Silveira, as políticas usadas para o encarceramento em massa estão contra o que o Estado anuncia que é a "segurança da população".  "O que se vê é uma situação em que uma massa jovem está encarcerada. Em muitos casos, a lei penal é mais violenta do que o crime. Em alguns presídios femininos, há centenas de mulheres que cumprem pena por venda de drogas. Há outras soluções para casos como esses, mas é mais fácil prender", diz. Silveira afirma que a morte dos presos que estavam sob a guarda do Estado não difere daquelas dos presos que foram mortos nos porões da ditadura brasileira. "Qual a diferença entre eles e os torturados?", pergunta. Segundo ele, porém, a Justiça não vê dessa forma. Informações  do Terra. 

Jornal francês pode ser processado por publicar charges do profeta Maomé

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta quinta-feira (20) que "é preciso o país entender, de uma vez por todas" que o atual estágio da democracia brasileira não comporta mais velhas práticas políticas, que usavam a corrupção para se perpetuar no poder. Para o chefe do Ministério Público, o julgamento do mensalão terá um efeito de advertência aos corruptos. De acordo com o procurador-geral, a análise dos 37 suspeitos de envolvimento no esquema de compra de votos no Congresso ficará balizas no combate à corrupção. “Esse julgamento é um marco na história do país, e se o resultado for aquele que o Ministério Público espera, não tenho dúvida que repercutirá. Certas práticas, infelizmente, muito frequentes na política brasileira tendem, pelo menos, a serem reduzidas ou a despertar uma preocupação e um temor maior na parcela de pessoas que as realizam", observou.

O desembargador Tourinho Neto, da 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), decidiu que a mulher do bicheiro Carlinhos Cachoeira, Andressa Mendonça, vai poder voltar a visitá-lo na prisão em Brasília. O contraventor está preso desde fevereiro de 2012, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Monte Carlo. Ela foi proibida de visitar Cachoeira, e de se encontrar com todos os outros sete réus da operação Monte Carlo, depois de ser detida por suspeita de ter chantageado e ameaçado o juiz da Justiça Federal responsável pelo caso, Alderico Rocha. A decisão de Tourinho Neto é liminar e, segundo a assessoria de imprensa do TRF-1, Andressa e os advogados serão notificados nos próximos dias.