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Justiça em Foco : 'A pessoa passa a se conhecer melhor', diz juiz que atingiu 100% de concialiações com técnica alemã
Enviado por alexandre em 23/11/2014 21:05:14

'A pessoa passa a se conhecer melhor', diz juiz que atingiu 100% de concialiações com técnica alemã

por Bruna Castelo Branco


 
'A pessoa passa a se conhecer melhor', diz juiz que atingiu 100% de concialiações com técnica alemã
O magistrado Sami Storch atua nas cidades de Amargosa e Castro Alves
A Semana Nacional de Conciliação, que começou na Bahia no dia 17 e vai durar até o dia 28 de novembro, é um evento que envolve todo o Poder Judiciário, além de partes e advogados, que tenham o interesse em conciliar na Justiça do Trabalho da Bahia – e, de acordo com o Tribunal Regional do Trabalho, 2.678 audiências foram agendadas. Entre os juízes que preferem promover a conciliação, um chamou a atenção por conseguir 100% de acordos nas comarcas das cidades do interior da Bahia Amargosa e Castro Alves. O magistrado Sami Storch usa uma técnica criada pelo terapeuta e filósofo alemão Bert Hellinger, chamada “constelações familiares sistêmicas” que vê o indivíduo não como um ser sozinho, mas parte de um sistema. Sami Storch, depois de estudar a técnica com seu próprio criador, percebeu que também poderia ser eficaz no direito e nas conciliações de partes envolvidas em conflitos. E, a partir dos estudos de Hellinger, surgiu a expressão “direito sistêmico”, técnica utilizada por Storch que apresentou resultados positivos no âmbito das conciliações jurídicas.
 
 
“O direito sistêmico é uma técnica terapêutica que, quando aplicada para a resolução de conflitos, pode fazer com que a pessoa entenda como ela se envolveu”, relatou o juiz. Storch explicou que, em grande parte dos casos, o indivíduo entra em conflitos devido a traumas ou relações familiares problemáticas – e muitas vezes não têm consciência de onde surgiu o problema. De acordo com o magistrado, um erro de um antepassado pode alterar a relação de uma família por muitas gerações, o que pode ser a origem dos conflitos de hoje. “Com a técnica, a pessoa vê como o mesmo erro que cometeu pode ter sido cometido por seus antepassados. Pode ser decorrentes de traumas infantis, viu os pais fazendo algo errado, e acaba repetindo sem perceber”. Storch comentou que, através dos exercícios de terapia, as pessoas tomam consciência de que o problema não é pontual, o que facilita o entendimento entre as partes: “A culpa fica amenizada quando a pessoa vê que agiu como o pai ou o avô. Descobrimos a origem dos atos para as pessoas passarem a se ver como membros de sistemas. Dessa forma, a necessidade de culpar a outra acaba. A pessoa passa se conhecer melhor e, logo, reconhece a importância da outra”.
 
 
O juiz explicou que, quanto mais afeto e proximidade havia entre as partes, mais difícil é a dissolução do conflito, já que as relações foram cortadas de forma mais brusca e dolorosa. “A solução não cura tudo de uma vez, mas facilita a reaproximação entre as pessoas que eram próximas, unidas, e brigaram. Nesses casos, a decepção é maior, a dor da separação foi maior”. Sami Storch comentou que a técnica terapêutica pode ser ampliada não apenas para os profissionais da área do direito, e sim para todos que trabalham com conciliação. O juiz também comentou que acha que os casos de conciliação no Brasil seriam maiores caso a técnica fosse expandida no país. “Não precisa ser necessariamente um juiz, qualquer profissional pode aprender. Eu conheci a técnica e quis adaptar para a justiça, mas percebi que facilita a conciliação de pessoas em geral. Por isso acredito em sua expansão, acho que pode auxiliar muita gente. É uma forma de educar a sociedade, ensinar as pessoas a aprenderem a conviver melhor a partir do autoconhecimento”. Sami esclareceu que o método não substitui uma terapia psicológica ou um acompanhamento psiquiátrico. “A técnica não cura tudo de uma vez, mas faz a pessoa se atentar para a dimensão do problema e a sua responsabilidade nele. A sessão não vai substituir uma análise de um psicólogo, uma terapia”, finalizou o juiz.

Justiça em Foco : Após 17 anos na prisão, americana é inocentada
Enviado por alexandre em 23/11/2014 21:03:51

Após 17 anos na prisão, americana é inocentada


 
Após 17 anos na prisão, americana é inocentada
Foto: Reprodução / Daily Breeze
Susan Mellen foi condenada, em 1997, pela morte por espancamento de um morador de rua, apesar de não ter cometido o crime. Ela foi declarada inocente, nesta sexta-feira (21), e recebeu US$ 600 mil do estado da Flórida, onde passou 17 anos presa, como compensação, de acordo com o Daily Breeze. Na época da condenação, baseada inteiramente em depoimentos de testemunhas, uma mulher afirmou ter ouvido uma confissão de Susan. No entanto, descobriu-se que ela tinha um histórico de mentiras. O investigador responsável pela prisão também já havia condenado outras duas pessoas posteriormente inocentadas. Três integrantes de uma gangue foram ligados ao crime e, após um deles passar por detector de mentiras, foi confirmado que Susan não teve envolvimento com o caso.

Justiça em Foco : União terá que fornecer canabidiol para jovem que sofre convulsões por força de decisão judicial
Enviado por alexandre em 21/11/2014 01:56:38

União terá que fornecer canabidiol para jovem que sofre convulsões por força de decisão judicial


 
União terá que fornecer canabidiol para jovem que sofre convulsões por força de decisão judicial
Por força de uma decisão judicial, a União terá que fornecer medicamento feito de canabidiol (substância presente na maconha) a uma menor portadora da síndrome de Rett — uma doença neurológica rara. A decisão liminar foi proferida pela juíza federal convocada Salise Monteiro Sanchotene, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). A autora da ação, hoje adolescente, sofre com crises epiléticas e é totalmente depende para realização de atividades da vida diária. A mãe da jovem busca diminuir as crises, que ocorrem, em média, três vezes ao dia, com utilização do medicamento. Atualmente, a adolescente usa três tipos de remédio para evitar as convulsões. A mãe já havia obtido uma liminar em primeira instância, mas União recorreu sob o argumento de que a medicação não é registrada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além de ter alto custo e eficácia duvidosa. A juíza, na decisão, salientou que, ainda que o medicamento não esteja registrado na Anvisa, a situação é excepcional. Ela observou, em sua decisão, que já houve 113 autorizações de importação a particulares pela Agência, sendo uma destas à autora, que então pediu judicialmente o custeio pelo Sistema Único de Saúde. “A gravidade do quadro de saúde da adolescente constitui razão suficiente para o pronto acolhimento do pedido, amparado por prescrição do médico assistente. Não havendo resposta clínica satisfatória, será possível cessar o tratamento deferido”, afirmou a magistrada. A liminar garante o tratamento por três meses, com utilização de 18 tubos de 10 gramas do medicamento. O processo corre em segredo de Justiça. A Síndrome de Rett decorre de uma mutação do gene CDKL5, e causa um distúrbio no sistema nervoso que leva à regressão no desenvolvimento, principalmente nas áreas da linguagem e uso das mãos. A síndrome atinge mais as meninas.

Justiça em Foco : Homem consegue cancelar registro de paternidade de filho que não era seu
Enviado por alexandre em 21/11/2014 01:42:08

Homem consegue cancelar registro de paternidade de filho que não era seu


Depois de descobrir que declarou paternidade a um filho que não era seu, um homem conseguiu na Justiça o direito de alterar o registro civil. O julgamento foi feito pela 3ª turma do STJ, que considerou que o autor da ação foi induzido a acreditar que era pai do bebê. Segundo informações do Migalhas, para a jurisprudência do STJ a ausência de vínculos biológicos não é suficiente para afastar a paternidade. Para realizar os julgamentos, os magistrados também analisam a existência de um vinculo socioafetivo entre o pai e a criança, e as possíveis conseqüências psicológicas que a ruptura pode causar ao menor. O autor da ação afirmou que teve uma única relação sexual com a mãe da criança, e só depois de um tempo começou a desconfiar da paternidade. O homem ainda chegou a viver com a mãe e a pagar pensão alimentícia à criança, mas depois que descobriu que não era o pai biológico, disse que não se sentia mais obrigado a isso. O ministro João Otávio de Noronha votou a favor do autor, e afirmou que o erro é evidente e que o homem foi apontado desde o início ser pai da criança, quando não o era. Também foi apontada tanto a ausência de vínculo biológico quanto afetivo nas relações.

Justiça em Foco : Diante do petrolão, mensalão seria julgado em ‘pequenas causas’, afirma Mendes
Enviado por alexandre em 21/11/2014 01:37:40

Diante do petrolão, mensalão seria julgado em ‘pequenas causas’, afirma Mendes


O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta quinta-feira que o grande volume de recursos movimentados no esquema de desvios e fraudes em contratos da Petrobras coloca o escândalo político “em outra galáxia” e leva o julgamento do mensalão, o maior escândalo já analisado pela Suprema Corte, a um “juizado de pequenas causas”. A Polícia Federal estima que o petrolão tenha lavado cerca de 10 bilhões de reais nos últimos anos. O mensalão, por sua vez, sangrou os cofres de instituições públicas e privadas em cerca de 173 milhões de reais. “No caso do mensalão, falávamos que estávamos julgando o maior caso de corrupção investigado e identificado. Agora, a Ação Penal 470 teria que ser julgada em juizado de pequenas causas pelo volume que está sendo revelado nesta questão”, afirmou o magistrado. Mendes fez coro à avaliação de investigadores de que os valores desviados no petrolão podem ser muito maiores do que os previstos inicialmente. Um dos indicativos são os recursos que delatores, como o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef e o ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco, aceitaram devolver aos cofres públicos.
“Quando a gente vê o caso, uma figura secundária, que se propõe a devolver 100 milhões de dólares, já estamos em um outro universo, em outra galáxia”, disse Gilmar Mendes, em referência a Pedro Barusco, apontado como braço-direito do ex-diretor de Serviços da estatal, Renato Duque. Segundo o ministro, os altos valores do esquema do petrolão enfraquecem o argumento de que a movimentação financeira do grupo criminoso seria utilizada essencialmente para abastecer campanhas políticas. “Há um certo argumento ou álibi de que isso tudo tem a ver com campanha eleitoral, mas estamos vendo que não. Esse dinheiro [do petrolão] está sendo patrimonializado. Passa a comprar lanchas, casas, coisas do tipo”, declarou.

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