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Resenha Política : RESENHA POLÍTICA POR ROBSON OLIVEIRA
Enviado por alexandre em 01/07/2014 15:13:04

Tonto

A vida de um articulista político não é fácil. Além de buscar informações de bastidores e checar todas as fontes privilegiadas para evitar uma baita de uma barrigada (jargão que indica erros grotescos), tem que ficar esperto com cada movimento político e cada jogada dada por nossos representantes nas coxias da política rondoniense. Como esta história não é feita por mocinhos nem para o povinho, cada um joga o jogo de olho em seus próprios interesses. Foi o que ocorreu nas últimas 24 horas. Aliado virou traíra, traíra virou aliado e, finalmente, todos (ou quase) saíram satisfeitos para a foto da campanha, um rindo ao lado do outro. Com a maior desfaçatez. Quem analisou esses movimentos ontem, no mínimo foi induzido à barrigada. Razão pela qual a coluna foi escrita pela manhã, reescrita início da tarde e deletada à noite. Acordei atordoado.  

Esculhambação

Os episódios protagonizados pelos dirigentes partidários nesta segunda-feira (30) revelam a forma mais sórdida e vulgar como agem os donatários das agremiações partidárias na luta incessante pelo poder. Não há escrúpulos e os acordos políticos são firmamos em alicerces corroídos pelo que de há mais abjeto na política. Ao eleitor resta a obrigação de avaliar bem as condutas desses dirigentes antes de votar e rechaçar em chancelar a desmoralização do processo eleitoral, para depois não lamentar e lamber as feridas.

Convenção I

Mais de três mil pessoas de todos os municípios estiveram no Talismã 21, na última sexta-feira, para aplaudir a homologação do candidato ao governo de Rondônia pelo PSDB, Expedito Junior. Neodi Carlos (PSDC) foi aclamado a vice-governador. Foi uma convenção animada, rápida e sem incidentes.

Convenção II

Os governistas reuniram na mesma Talismã, domingo, pouca mais de duas mil pessoas, entre assessores, cabos eleitorais e convencionais, quando homologaram a candidatura a reeleição do governador Confúcio Moura (PMDB). Lúcio Mosquini, de última hora, foi escolhido para vice. A escolha de Mosquini ocorreu porque o petista Padre Ton resistiu em aderir aos governistas, conforme determinou a direção nacional do PT.  A cúpula nacional dos peemedebistas havia negociado a vaga para os petistas. A candidatura  a vice de Mosquini não resistiu um dia de chatagem pedetista.

Convenção III

A convenção do PR, realizada anteontem no auditório da Ulbra, indicou Jaqueline K-Sol para governo, com o deputado federal Carlos Magno (PP) para vice. Já na convenção do PP, Maurão de Carvalho tentou até o último minuto ser indicado, mas prevaleceu a vontade do donatário da legenda (Ivo) e o partido decidiu abrir mão da candidatura própria e aprovou a coligação com o PR. Houve vaias quando K-Sol impôs o nome da irmã, Jack, ao Governo de Rondônia.  Maurão, como a coluna repetiu por diversas vezes, vai repetir sua lorota em outra eleição.

Convenção IV

O Partido dos Trabalhadores, pivô de parte da esculhambação provocada ontem, decidiu lançar o padre Ton ao Governo de Rondônia. Tentou até as primeiras horas de hoje (terça) atrair o PDT, PTB e o PSB para uma coligação. O vigário resistiu com bravura que a Direção Nacional impusesse uma coligação em apoio a Confúcio Moura (PMDB), mas entrou e saiu de uma convenção com o partido dividido e isolado. No roteiro havia a possibilidade de lançar como candidato a governador um desconhecido chamado Jerry, com Ton ao Senado.

 Ton e Jerry

Os partidários da ex-senadora Fátima Cleide perceberam que era uma manobra engendrada entre o padre e o grupo K-Sol e impediu a patuscada. A chapa Ton e Jerry foi fulminada. Os petistas correm o risco de perder os dois representantes na Câmara Federal pelos erros grotesco do padre em querer rezar em outra freguesia. Não lançaram candidato ao Senado por ordem da direção nacional do PT que prometeu ao PDT apoiar Acir Gurgacz.

Abuso

Embora não haja nenhuma vedação ao partido político alimentar os convencionais que se deslocam dos seus lares para acompanhar o dia inteiro a convenção para homologação dos seus candidatos, não passou despercebida a enorme quantidade de comida servida na convenção peemedebista que homologou a candidatura à reeleição de Confúcio Moura. A fila de glutões era enorme, acima do número dos convencionais. A lei veda a distruibuição de alimentação de forma indiscriminada.

Reviravolta

Foi uma segunda-feira (30) daquelas em que as reuniões partidárias indicavam uma reviravolta sem precedentes na historiografia política de Rondônia. Um dia antes (domingo), o governador e candidato à reeleição foi para a cama certo de que havia pavimentado com segurança a permanência por mais quatro anos no palácio Vargas. Conseguiu reunir em torno de sua pretensão um rol imenso de siglas e caciques, impondo uma chapa majoritária puro-sangue (peemedebista). Acordou sob ameças de abando.

Rebelados

Os caciques do PSB, PDT e PTB revoltados com chapa puro-sangue se rebelaram contra o PMDB, atraíram o PT e passaram o dia conspirando contra os peemedebistas e lançaram o nome do senador Acir Gurgacz (PDT) ao governo. O anúncio causou o maior frisson. Já que não havia nenhuma especulação sobre esta possibilidade. A candidatura do pedetista foi encenação porque o grupo Gurgacz elegeu o ex-diretor geral do DER inimigo e exigia que o PMDB cortasse a cabeça de Mosquini da chapa majoritária. O teatro encenado surtiu efeito e Confúcio Moura terá outro vice.

Predestinado

Com a chantagem engendrada por Acir Gurgacz (PDT) o PMDB agiu rápido e indicou à vaga senatorial o deputado federal Amir Lando. O deputado acreditou na marmota partidária e disparou telefonemas aos veículos de comunicação confirmando a candidatura. Como apressado come cru, no desjejum desta manhã, Lando foi informado que Acir havia retornado com o PDT e é o candidato ao Senado da coligação. Restará a Lando o plano inicial em disputar uma dificílima candidatura à Câmara Federal. Como é um predestinado na política, é melhor não subestimar, pois quando é dado como morto eleitoralmente, eis que retorna das catacumbas para a ribalta.

Fria

Pelos primeiros bombardeios que surgiram após ser anunciado candidato a vice-governador na chapa capitaneada pela irmã de K-Sol, Carlos Magno entrou numa tremenda fria. Ainda convalescendo de um transplante de fígado que exige cuidados especiais para não haver rejeições ou complicações colaterais, ao colocar o nome na chapa levou pau de todo lado com a exposição de fatos pretéritos sendo requentados. Nas redes sociais Carlão está apanhando à toa com fotos que sepultam qualquer político. O pior é que não há transplante para biografias, embora não haja pena perpétua e que seja possível a recuperação. Conhecemos do assunto como poucos.

Negociação

O PSB foi outro partido que ameaçou debandar-se da coligação governista e exigiu a indicação do vice-governador. Mauro Nazif passou o dia ontem conspirando com Acir Gurgacz para que o PMDB abrisse mão da indicação da vaga e, hoje (terça), conseguiu que Confúcio Moura anunciasse o ex-deputado estadual Daniel Pereira como companheiro de chapa, substituindo Lúcio Mosquini. Com parceiros tão ecléticos e tão fiéis o governador terá muito trabalho na campanha, além de enfrentar os adversários. Uma relação com exemplos danosos e não tão distantes. Quem viver verá!

Jóia da coroa

Todos os principais candidatos a governador possuindo domicílio eleitoral no interior os eleitores de Porto Velho podem ser o fiel da balança nestas eleições. Quem conseguir o apoio do eleitorado da capital terá pavimentado um longo caminho rumo à vitória. Por coincidência é o colégio eleitoral com maior número de eleitores "P" da vida como nossas autoridades e o maior número de indecidos.  É também o que mais rejeita os mandatários de plantão. O eleitor da capital é a jóia da coroa depois de um longo tempo e o que espera até o minuto final para se decidir.

Fonte: Robson Oliveira

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Resenha Política : RESENHA POLÍTICA POR ROBSON OLIVEIRA
Enviado por alexandre em 28/06/2014 11:50:52

Resenha política

Robson Oliveira

 

Rejeição

Mesmo o PMDB dando como definitivo o apoio do PT a pré-candidatura de Confúcio Moura a reeleição, na página do facebook do deputado federal Padre Ton (PT) havia uma sintomática mensagem de que não concordava em apoiar o governador. Dias atrás o vigário adiantou e disse que preferiria retornar a celebrar missa a apoiar Moura. Apesar das resistências os petistas vão ser compelidos a se ajoelhar no palanque peemedebista. Inclusive o padre.

 

Périplo

Durante toda a semana a irmã do senador Ivo K-Sol, Jaqueline K-Sol, fez um périplo nos meios de comunicação social da capital para anunciar a postulação ao Governo de Rondônia pelo PR. Ela aposta na ajuda do irmão senador para reunir no projeto o Partido Progressista e ajudar na difícil tarefa de colocar um da família de volta ao palácio Presidente Vargas.

 

Mentecapta

Exceto o sobrenome amplamente conhecido no estado, não há registros na política de que Jaqueline K-Sol tenha experiência suficiente para governar os destinos dos rondonienses nem que seja capaz de administrar as crises institucionais que eventualmente surgem. Isso não significa que seja uma mentecapta, ao contrário, é bem articulada nas palavras e sabe alfinetar com precisão cirúrgica os adversários. O problema é que se apresenta apenas como continuação do irmão ex-governador e não demonstra conhecimento sobre os números que afetam os problemas crônicos do estado. Exceto aquela lorota de que vai fazer da educação, saúde e segurança uma ‘Escandinávia brasileira’. Apesar das debilidades, tem todo o direito de se candidatar ao cargo maior de Rondônia.

 

Justificativa

Ao invés de explicar quais as principais metas que defende para melhorar a vida dos rondonienses e alavancar a economia estadual, a irmã do senador (Jaqueline) ocupou a maior parte do tempo para justificar que não tem nenhuma responsabilidade com o brutal assassinato da jovem Naiara, ex-funcionária de uma boutique de propriedade da pré-candidata. Quem assistiu à entrevista dada ao jornalista Léo Ladeia, da TV Candelária, percebeu a preocupação política ao abordar o crime bárbaro – apesar do jornalista tratar o assunto como vilania.

 

Crime virtual

Embora não haja nenhuma investigação oficial apontando Jaqueline com mentora do assassinato de Naiara, nas redes sociais são recorrentes as ilações ligando-a à cena do crime. Ilações que ela repele e promete buscar reparações. O difícil vai ser evitar que o assunto retorne à cena eleitoral numa campanha onde as mídias sociais vão virar campo de batalha e as ferramentas utilizadas são capazes de camuflar os mentores dos crimes eleitorais a serem perpetrados.

 

Nó cego

Atados a um nó político dado pelo senador Ivo K-Sol, o Partido Progressista vai à convenção, nesta segunda-feira, dividido entre apoiar a postulação ao Governo de Rondônia do inexpressivo (eleitoralmente) deputado estadual Maurão de Carvalho ou aprovar o apoio à pré-candidata do PR, Jaqueline K-Sol, irmã que Ivo ungiu emergencialmente para manter o sobrenome familiar na disputa. Nos bastidores há quem aposte que o senador anuncie a própria candidatura nos instantes finais das convenções. O problema é ele desatar o nó dado pelo STF em sua elegibilidade, algo que, nas hostes forenses, seja improvável. O PP esta preso a um nó cego. Literalmente!

 

Rondando

Maurão de Carvalho (PP) foi surpreendido ontem entabulando conversas com o PMDB e pode embarcar na nau governista caso seja vetada pelo PP a pretensão de homologar a candidatura ao Governo de Rondônia.  Navegar em águas turvas parece que é a sina do parlamentar nestas eleições.

 

Paternidade

A iniciativa do Estado de Rondônia em requerer junto ao Supremo Tribunal Federal a suspensão da retenção de parte das parcelas dos fundos constitucionais de Rondônia para a quitação da dívida do Beron merece aplausos. Foi uma boa iniciativa aproveitar o fato dos prejuízos causados pelas enchentes para sustar esta sangria. Os governistas, por cautela, não podem sair por aí alardeando a paternidade da ação, pois esta questão foi parar no STF depois que o ex-senador Expedito Junior decidiu encarar o governo federal da tribuna do Senado Federal com posições fortes para que a dívida deixasse de ser cobrada. Na época poucos acreditavam em um resultado positivo.

 

Introspecção

Quanto será que custa a eleição de um deputado estadual para a presidência do Poder Legislativo? Antes das eleições, muitos já se habilitam para presidir a ALE no próximo biênio. Quatro, dos que presidiram, devem se arrepender do dia em que bancaram a própria ascensão. Dois já estão batendo badeco.

 

Joio

Mesmo com as contas reprovadas junto ao Tribunal de Contas do Estado o ex-prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho (PT), ainda não está inelegível como se comemorou por aí. Da decisão, ainda cabem embargos declaratórios e pedido de reconsideração. Enquanto o processo não transitar em julgado no âmbito do TCE, o ex-prefeito continua com seus diretos políticos plenamente aptos a pleitear uma candidatura. Caberá ao eleitor avaliar se ele merece outra chance e separar o joio do trigo.

 

Registros

A partir de sábado, dia 5, as atenções políticas vão se voltar para o Tribunal Regional Eleitoral quando a corte eleitoral começará a julgar os pedidos dos registros das candidaturas dos postulantes aos cargos eletivos homologados nas respectivas convenções. Quem não passar no exame jurídico local terá a chance de reverter a situação junto ao Tribunal Superior Eleitoral. No TSE os julgamentos dos casos mais emblemáticos vão ser rápidos. É o que promete seu presidente, o ministro Dias Toffoli.

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Enviado por alexandre em 25/06/2014 08:30:56

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Robson Oliveira

 

Convenções 

Como esta coluna afirmou por diversas vezes, o Partido Progressista, legenda que possui como donatário o senador Ivo K-Sol, deverá mesmo descartar a postulação de Maurão de Carvalho e aprovar na convenção o nome de Jaqueline K-Sol ao Governo de Rondônia. O cenário político não é vantajoso para as pretensões da irmã do senador K-Sol e as legendas que outrora seguiram as ordens do senador dão de ombros nas articulações do PP. Os cassolistas caminham para o isolamento político e nem o padre Ton, que tentava articular uma candidatura ao governo com o apoio do PP, quer pregar ao lado da família de Rolim de Moura. Todas as convenções estão marcadas e a sorte está lançada.

 

Convenções I

Sexta-feira, no clube Talismã, na capital, das 14 às 19 horas, o tucanato reúne todos os filiados para homologar a pré-candidatura de Expedito Junior ao Governo de Rondônia. Unem-se à coligação o PSD, PSDC, PV e uma penca de partidos menores.

 

Convenções II

Os governistas também marcaram sua convenção para homologar a pré-candidatura de reeleição de Confúcio Moura (PMDB) e de Acir Gurgacz ao Senado Federal (PDT). Juntam também um número expressivo de partidos nanicos que eventualmente gravitam em torno de quem estiver governando. Ainda que o PSB, partido da família Nazif, reivindique a vaga de vice, os peemedebistas passaram o dia em negociações com os petistas e ofereceram a vaga para indicação pelo padre Ton. 

 

Convenções III

Embora o PT tenha aumentado o tom nas inserções da TV contra a administração de Confúcio Moura e o padre Ton tenha declarado precipitadamente que preferia voltar a celebrar missa a apoiar a reeleição do governador, tudo indica que o PMDB conseguiu capitular o PT e o deputado federal Anselmo de Jesus deverá formar a chapa governista à reeleição. Já o padre não vai voltar ao altar das pregações e optou por disputar a reeleição a deputado federal numa coligação com o PMDB. 


Preferido

O nome preferido dos peemedebistas para vice-governador na chapa de Confúcio Moura era o do suplente de senador Tomás Correia. No entanto, depois de avaliar com a família, Correia declinou ao convite dos partidários, abrindo caminho para que o PMDB oferecesse a vaga ao PT. Tomás Correia é uma daquelas pessoas da melhor qualidade e capaz de dar credibilidade a qualquer chapa, mesmo uma liderada por um candidato desgastado a exemplo do atual mandatário.   

 

Chapão

Em reunião ontem com o governador Confúcio Moura o deputado federal Nilton Capixaba exigiu a formação de um chapão entre os partidos PMDB, PDT, PSB, PTB, entre outras legendas, para a nominata à Câmara Federal. Há resistências para o fechamento de um chapão entre os postulantes peemedebistas e petistas, mas Moura garantiu ao petebista que bastará um puxão de orelha para acabar com as resistências. Há quem advogue também coligações separadas entre os partidos que apoiam o governador. 

 

 Golpe baixo

Durante esta semana os adversários de Expedito Junior tentaram impedir que Neodi Carlos, força política incontestável na região do atual governador, mantivesse o nome de vice na chapa tucana. A pressão foi tão forte que usaram inclusive uma gravação clandestina com conteúdo fora do contexto para tentar dissuadir Neodi. O horizonte promete uma disputa acirrada com golpes da cintura pra baixo.

 

Boatos

A estratégia dos governistas – falam isto abertamente em todos os lugares – é disseminar nos municípios que o principal concorrente, Expedito Junior, está com impedimento jurídico e não consegue registrar a candidatura no Tribunal Regional Eleitoral. Especulam sem nenhum pejo até o placar e revelam supostos diálogos de coxias.

 

Verdade

É verdade que até no dia do registro das candidaturas (5 de julho) há restrição na elegibilidade do tucano, mas quem lê a lei sem paixões nem má-fé verificará que há casos supervenientes em que é possível a homologação da candidatura quando o candidato recupera seus direitos plenos antes do dia da eleição, como é o caso de Expedito Junior.

 

Verdade I

É verdade também que o registro de Junior corre o risco de ser negado caso o TRE interprete a legislação pertinente de forma mais severa e elástica, mas as decisões reiteradas proferidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) são amplamente favoráveis ao tucano. Significa dizer que Expedito Junior tem consciência de que pode sangrar durante um período da campanha até que o TSE garanta o registro.

 

Imbróglio

Diferente das eleições passadas, nestas todos sabem que, Expedito Junior ganhando, toma posse sem problemas. O grande desafio é explicar ao eleitor esse imbróglio jurídico e esvaziar a estratégia governista. Algo tranquilamente exequível numa disputa em que a população almeja mudanças e não poupa adjetivos acerbos às autoridades, especialmente as que prometeram cooperação e vivem da empulhação.

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Resenha Política : RESENHA POLÍTICA POR ROBSON OLIVEIRA
Enviado por alexandre em 17/06/2014 23:06:42

Resenha política

Robson Oliveira

 

Descartado

Durante uma audiência ontem no Tribunal de Justiça, onde responde um processo por calúnia, o deputado estadual Hermínio Coelho (PSD) revelou que está cético com as eleições e pode desistir da disputa. Filiado ao PSD, legenda comandada com mão de ferro pelo deputado federal Rubens Moreira Mendes, a única alternativa disponível no partido para Hermínio é a candidatura a deputado federal.


Pesadelos

Coelho sonhava com as candidaturas ao Governo de Rondônia e ao Senado Federal, sonhos que viraram pesadelos depois que o PSD descartou indicá-lo a uma das vagas. Ademais, conseguiu colecionar um número infindável de desafetos vítimas dos seus impropérios e ávidos em retaliar. Não foram poucos os deputados estaduais que utilizaram do mesmo expediente acerbo e que hoje amargam a berlinda. Uns até mais virulentos: foram além da surrada verborragia.


Abespinhado

A disputa por uma vaga na Câmara Federal é cara, pulverizada e cheia de nuances que exigirão das coligações muito cálculo para abocanhar as vagas disponíveis.  O quadro desenhado para o PSD não é alvissareiro para postulantes sem bases sólidas, razão pela qual o deputado anda abespinhado.


Abuso

Depois das recomendações anunciadas pelo Ministério Público Federal contra o uso abusivo da máquina públicas nas eleições de outubro, tudo indica que Confúcio Moura, pré-candidato à reeleição, recolheu o ‘flap’ e diminuiu a avassaladora exposição na mídia. Outro dia, de forma inusual, várias rádios comunitárias entraram em cadeia com uma FM da capital para dar maior repercussão a uma entrevista com o governador. Algo nunca visto em Rondônia em ano de reeleição. Além do mais, por existirem sob regras específicas, as rádios comunitárias quebraram normas.


Fraude

Os governistas apostam que a Justiça Eleitoral barre os principais concorrentes com base na lei da ficha limpa para garantirem mais quatro anos de enrolação. Embora seja uma aposta arriscada porque uma eventual intervenção judicial no processo eleitoral não significa uma eleição tranqüila, visto que a hipótese pode frustrar o eleitor e,provocar furor ao ponto de repudiar as urnas. Terreno fértil para a vitória de um farsante. Diz o adágio: falta combinar com os russos.


Alvo

Por onde passa, especialmente nos municípios do interior, a caravana governista escolheu como alvo dos boatos o pré-candidato Expedito Junior (PSBD), líder das pesquisas divulgadas com autorização legal. A turma garante que o tucano não registra a candidatura caso seja homologada pela convenção do partido.


Registro

É possível juridicamente o Tribunal Regional Eleitoral ignorar as decisões reiteradas do Tribunal Superior Eleitoral sobre casos similares ao de Junior e negar o registro. Uma decisão que ajudará por um tempo a boataria governista, mas em segunda instância, certamente o TSE confirmará o tucano na disputa. Caso contrário, terá que mudar a vasta jurisprudência.  Uma mudança de posição improvável nestas eleições.


Endosso  

Já virou piada a luta incansável do deputado estadual Maurão de Carvalho em reiterar todos os dias pela imprensa que é o pré-candidato a governador pelo PP. Diariamente a assessoria encaminha à imprensa releases com algum pepista declarando apoio. Ontem, por exemplo, foi a vez do prefeito de Rolim de Moura, Cesar K-Sol. Não adiantam em nada esses apoios. A pré-candidatura de Maurão deixa de ser virtual para virar uma realidade quando o senador Ivo K-Sol informar solenemente que é o candidato do PP. O apoio do irmão do senador, de qualquer pepista ou o do ex-governador K-Ula não servem pra nada sem o endosso do Ivo.


Pauta

Quem aposta todas as fichas nesta quinta-feira para confirmar a pré-candidatura ao Senado e o deputado federal Rubens Moreira Mendes (PSD), pois o STJ pautou o recurso interposto pelo parlamentar visando mudar a condenação imposto pela justiça rondoniense no caso das passagens aéreas da Assembleia Legislativa. No mundo jurídico há quem garanta que as chances são diminutas, mas se conseguir o imponderável acirra a disputa e cria um baita de um obstáculo para a reeleição do pedetista Acir Gurgacz.


Elegível

Embora apareça numa lista divulgada pelo Tribunal de Contas do Estado de gestores com contas reprovadas e pendências administrativas cruciais, o petista Roberto Sobrinho, ex-prefeito da capital, ao contrário do que foi publicado, não está tecnicamente inelegível. É que a Câmara Municipal de Porto Velho decidiu aprovar as contas de Roberto Sobrinho, apesar das recomendações contrárias do TCE. Caberá ao eleitor a tarefa de reprovar (ou não) nas urnas o ex-prefeito da capital.


Sucesso

Independente das questões de fundo envolvendo as disputas políticas e as paixões ideológicas, a Copa do Mundo é um sucesso de público, de alegria e de organização. Faz parte contestar as instituições e repudiar os malfeitos. Mas o grosso da população brasileira apaixonada por esportes sabe distinguir uma coisa da outra. São poucos os vândalos que se arriscam a bagunçar a festa. Ao invés de hostilizar ou furtar os turistas, o brasileiro devolveu ingressos perdidos por torcedores embriagados. Para desilusão das previsões catastróficas.

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Enviado por alexandre em 11/06/2014 13:11:08

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Robson Oliveira

 

Mundo da lua

Auxiliares com livre acesso às coxias palacianas informaram à coluna que o governador Confúcio Moura (PMDB) decidiu retornar ao mundo virtual com o famoso BLOG do Confúcio, onde passava ordens aos assessores, exonerava e criticava a própria administração. É uma excelente ferramenta para um candidato à reeleição que adora jactar-se com o que escreve. Como vive num mundo filosofal é possível que ele próprio reconheça na primeira missiva os defeitos de uma administração virtual.

 

Vara curta

A questão da prova que vai selecionar servidores públicos para o DETRAN relacionando eventuais malfeitos ocorridos no município de Rolim de Moura, durante administração de Ivo K-Sol, foi provocação em temperatura elevada. O senador pepebista não é flor que se cheire nem arauto da virtuosidade, mas não é correto utilizar estruturas públicas para cutucar com vara curta os desafetos. Ademais, ele tem toda razão em espernear e devolver em doses cavalares a provocação feita por uma administração que se notabilizou pela enrolação.

 

Ponta pé

A partir desta terça-feira os partidos políticos podem realizar suas convenções que escolhem os candidatos que vão às urnas em outubro. Apenas o PSDB anunciou para o dia 27 a sua convenção que deverá homologar o nome do ex-senador Expedito Junior ao governo de Rondônia. Nos bastidores as conversações vão de vento em popa, embora haja muito dissenso em relação às nominatas das candidaturas proporcionais.

 

Ninguém quer

O PTB, por exemplo, vem sendo rechaçado por todos que resistem em se coligar na nominata para deputado federal porque ninguém quer servir de escada para eleger Nilton Capixaba. Os partidos que se coligarem com o PTB vão consciente de que uma vaga à Câmara Federal provavelmente será dele (Capixaba). Razão pela qual não é bom negócio somar votos com os trabalhistas. Na hipótese do isolamento do PTB, Nilton Capixaba corre o risco de ficar sem um novo mandato. Aliás, o que não seria uma má ideia.

 

Lorota e incredulidade

O deputado estadual Maurão de Carvalho, pré-candidato dele próprio ao Governo de Rondônia, confidenciou ontem a um amigo que desistiu da postulação, embora repita o mantra de que a pré-candidatura foi uma invenção do presidente regional do PP, Ivo K-Sol. Ele acreditou na lorota e chegou a convocar uma coletiva para anunciar pela enésima vez que a candidatura era pra valer. Esta coluna nunca acreditou na lorota. E tudo indica que estamos corretos com a incredulidade.

 

Vassalo irado

 O deputado Maurão de Carvalho está possesso com o ex-guru pela falta de apoio e anda choramingando por aí. Por conhecer o humor do senador, o deputado evita falar em público os adjetivos que diz em reservado sobre o guru. Para demonstrar toda vassalagem criticou o atual governo por relacionar numa questão do concurso público do DETRAN o nome de Ivo K-Sol com o passivo judicial pendente no STF.

 

Obras inacabadas

As obras inacabadas de Rondônia ainda vão dar muito o que falar na mídia nacional, após a copa do mundo. As pautas sobre as eleições e relacionadas com os malfeitos já estão sendo levantadas no país afora, inclusive aqui.

 

Pressão final

Não causou preocupação ao ninho tucano as investidas feitas pelo senador Ivo K-Sol (PP) para que o deputado estadual Neodi Carlos (PSDC) desista de ser o pré-candidato a vice-governador na chapa tucana em troca da virtual chapa do PP. Diferente de Maurão de Carvalho que acreditou nas juras do senador, Neodi agradeceu ao convite e não cedeu à pressão.  

 

Sob suspeitas

É impossível utilizar os dados divulgados sobre a tendência de votos em Rondônia porque alguns dados apurados semanalmente por eles são completamente diferentes e contraditórios (pra não dizer algo mais contundente). Das duas, uma: ou os questionários tabulados estão errados ou há ‘jabuti’ na árvore. Os percentuais apurados por duas pesquisas recentemente em relação ao Maurão de Carvalho, por exemplo, dão uma diferença entre elas de quase dez pontos percentuais. Isso em menos de uma semana e sem um fato objetivo que justifique a queda abrupta.   

 

No limite

A presidente Dilma Rousseff (PT) está colhendo o que plantou, ou seja, há uma resistência entre os partidos da base em apoiar a sua pré-candidatura à reeleição devido à forma irascível com que trata os aliados. As pesquisas ainda dão a ela ampla vantagem sobre os adversários, mas a soma dos percentuais dos opositores mostra que a eleição vai se polarizar e Dilma será obrigada a afagar os aliados para garantir apoio. Este cabeça-chata prefere a turrona ao playboy. No entanto, é duro suportar o humor da Dilma por mais quatro anos.

 

Agradecimentos

Agradeço aos amigos que enviaram mensagens de felicitações pela passagem do meu aniversário, na segunda-feira. Embora ainda esteja convalescendo por causa do ácido úrico que andou ultrapassando os dois dígitos, estou pronto para torcer pelo Brasil e espero beber algumas gotas de um encorpado Merlot na companhia de amigos fraternos. Pena que fui obrigado a retirar para sempre da minha dieta toda proteína animal. Adeus à paella e ao tambaqui na brasa.

 

Fora do ar

A coluna demorou porque a nossa internet ficou dois dias fora do ar sem que a operadora resolvesse o problema que ela própria deu causa. Telefonia e internet nesse país ainda estão na idade da pedra, embora tenhamos evoluído das cavernas.

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