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Resenha Política : RESENHA POLÍTICA POR ROBSON OLIVEIRA
Enviado por alexandre em 19/07/2016 10:50:20

Resenha política

Robson Oliveira



Definição

Embora o ex-promotor Dr. Hildon Chaves tenha manifestado interesse em ser o candidato a prefeito da capital pelo PSDB, caso a deputada federal Mariana Carvalho anuncie publicamente que não tem pretensões em disputar, os tucanos estão no maior impasse porque a parlamentar vem procrastinando o anúncio, o que impede a direção partidária de definir os detalhes da convenção.



Manobra

Mariana Carvalho manobra para adiar a convenção tucana até o último dia do calendário eleitoral e sinaliza que mesmo desistindo da disputa não tem interesse em manifestar apoio ao ex-promotor. A deputada tem reunião agendada com a direção do PSDB para avaliar a questão, mas o presidente municipal do PSDB, Lindomar Sandubas, cuja ligação com a parlamentar é umbilical, acredita que ela tomará uma posição final em relação à candidatura. Aliás, não é a primeira reunião com a mesma pauta: nas anteriores, Mariana manobrou e empurrou a decisão com a barriga.



Hipótese

Na remota hipótese de Mariana Carvalho confirmar a candidatura, passa a ser a principal adversária da reeleição de Mauro Nazif (PSB), mesmo não sendo aquela candidata que empolgou o eleitorado jovem nas eleições passadas já que Léo Moraes (PTB), também pré-candidato, divide esse nicho eleitoral.



Balão

Já Williames Pimentel, pré-candidato do PMDB, mobilizou inicialmente a militância do partido na capital com certo barulho. No entanto, dá sinais de fadiga eleitoral e necessitará mais do que barulho para empinar o balão da campanha antes que murche precocemente. É o primeiro pré-candidato com convenção marcada para ser homologada a candidatura. Neste quesito, acertou!

Destemperado

As últimas notícias da pré-campanha peemedebista não são alvissareiras para o candidato que tem o apoio dos principais caciques da legenda. O problema é que falta índio nessa militância para que o barulho chame a atenção do eleitorado. Outro ponto frágil é o humor do Pimentel que oscila de acordo com as circunstâncias e não raro dispara impropérios para todos os lados, em especial para os mais próximos. Conhecido como gestor operante vai tentar explorar esta virtude na campanha para inflar o balão.



Lorota

Mesmo realizando algumas pequenas obras de asfaltamento – típicas de época das campanhas – o neossocialista Mauro Nazif vai ralar para justificar a fama de a cidade ser a capital mais feia do país. Passou três anos sem executar nada estruturante de importância no município que é castigado pelas enchentes no inverno e pela poeira no verão. O sistema de transportes coletivos tem apresentando problemas mesmo com as mudanças realizadas e os viadutos, obra que Nazif prometeu na campanha passada concluir e continua inconcluso. É uma administração risível, embora os asseclas e o próprio prefeito propaguem a lorota que seja uma maravilha.



Editorial

Muito bem abalizado o editorial do site Rondoniadinamica.com ao avaliar a dicotomia que invade os domingos do blogueiro Confúcio Moura ao abordar temas governamentais. Confúcio blogueiro é completamente distinto do Moura governador. O primeiro critica as ações do segundo, e no segundo, enaltece o ego do primeiro, embora ambos residam no mesmo corpo.



Desmate

Não será surpresa pra ninguém da administração estadual caso haja problemas sérios para auxiliares governamentais na esfera ambiental. Apesar do mandatário divagar eventualmente sobre o assunto e criticar o desmatamento, os dados colhidos pelos órgãos fiscalizadores revelam que a perversidade do desmate mantém-se em ordem crescente. O curioso, segundo matéria publicada no jornal paulista Estadão, é que o setor madeireiro foi o que mais contribuiu para a campanha de reeleição de Confúcio Moura. Daí, nada pode surpreender!



Tapetão

Em regra as Instituições Federais de Ensino Superior gozam de dotação orçamentária, independência política e administrativa. Entretanto na UNIR esta regra comezinha adotada pelo Ministério da Educação desde o final da ditadura está correndo o risco do retrocesso por ação insana de um grupo minoritário de professores que decidiu criar todos os obstáculos imagináveis, de forma rasteira e vil, para impedir a posse do reitor eleito, professor Ari Ott. A regra de nomear o candidato mais votado não pode ser mudada agora depois do jogo jogado. É preciso que a bancada federal reaja e exija que o MEC mantenha a regra e nomeie imediatamente e definitivamente o reitor eleito pela vontade da comunidade acadêmica. Ott está respondendo pela reitoria de forma pro-tempore e aguarda pacientemente há mais de dois meses a nomeação definitiva. Esta coluna já alertou que todas as vezes que o MEC se imiscuiu em mudar o resultado das eleições internas se deu mal, dessa vez não será diferente caso tente. Universidade tem que ser livre e insurgente para não cair na mediocridade. Embora haja medíocre em todas as instituições.


Mineirice

O parlamentar federal rondoniense que mais conseguiu abrir espaço junto ao presidente Michel Temer foi o deputado federal Lúcio Mosquini (PMDB). Não há uma demanda encaminhada à Presidência da República pelo deputado que deixe de ser atendida.


Férias

Por duas semanas deixamos de atualizar a coluna para gozar férias merecidas. Cá estamos nós de novo ao batente em ano eleitoral!

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Resenha Política : RESENHA POLÍTICA POR ROBSON OLIVEIRA
Enviado por alexandre em 29/06/2016 23:53:38

Resenha política

Robson Oliveira



Campanha

Na medida em que se aproximam as convenções partidárias que indicarão os candidatos a prefeitos e vereadores, as pré-candidaturas começam a aparecer. Em Porto Velho, por exemplo, Williams Pimentel (PMDB), Ribamar Araújo (PP) e Mauro Nazif (PSB) deverão ser homologados por suas legendas. Pimentel e Nazif disputam os espaços na mídia para alavancar as pretensões. O primeiro aproveita até aniversário familiar para juntar plateia, o segundo, na condição de prefeito, inaugura obra e é pauta de toda mídia.



Expectativa

O PTB tem no deputado estadual Léo Moraes o melhor quadro para oferecer ao eleitor da capital. Ainda não decidiu pela pré-candidatura porque aguarda uma definição do PSDB que, aliás, também não decidiu um nome. O ex-promotor de Justiça Hildon Chaves anunciou à direção do tucanato que tem interesse de colocar o nome à disposição do PSDB já que a deputada federal Mariana Carvalho sinaliza internamente que não está motivada em disputar as eleições municipais. São dois bons nomes que estão na expectativa de se firmarem na disputa.



Entrevistas

Nos últimos dois dias, Dr. Hildon Chaves foi entrevistado nos principais programas radiofônicos da capital pelos jornalistas Maurício Calixto e Arimar de Sá, quando explicou os motivos pelos quais decidiu ingressar na política e disputar uma eleição tão complexa quanto é a de Porto Velho. Além das explicações, Dr. Hildon traçou as principais metas para retirar o município do marasmo administrativo que se encontra nesses últimos doze anos. Apesar de noviço em embates eleitorais, o ex-promotor demonstrou intimidade com a política ao desenhar cenário nacional, estadual e municipal.



Riscos

Embora a equipe econômica do prefeito Mauro Nazif não comente publicamente, em privado tem demonstrado muita preocupação com a queda da arrecadação municipal e, em especial, com a queda dos impostos oriundos das Usinas. Há riscos enormes das contas fecharem no final do ano no vermelho. Um risco que todos ligados à municipalidade escondem: pelo menos até o final das eleições.



Deu Zika

Não bastassem os problemas pela poeira, buracos e praças sujas provocadas pela administração de Mauro Nazif, o aumento exponencial de dengue, febre Chikungunya e Zika revelam a face de uma administração que chega ao último ano sem um saldo positivo a ser apresentado à população. É terrível reconhecer que as esperanças que os eleitores da capital depositaram no médico Mauro Nazif se frustraram inclusive na especialidade profissional que o projetou à política. A saúde municipal está na UTI.



Alcoice

Mesmo todas as pesquisas indicando que o eleitor brasileiro está agastado com os políticos e os partidos com os quais registram suas candidaturas, muitos eleitores vão às urnas este ano escolher vereadores e prefeitos sabendo da possibilidade de eleger um vigarista. Embora nem todos sejam salafrários, as casas legislativas – com raríssimas exceções – se tornaram um local de alcoice.



Retrato

Se o Congresso Nacional é o retrato em branco e preto da sociedade, conforme alegam alguns estudiosos da política, nosso país faz jus aos degredados trazidos da Europa pelas caravelas para ajudar povoar a terra de pindorama.



Intimidação

Quando os membros da diretoria da OAB-RO foram ao Comando Geral da Polícia Militar para cobrar dos comandantes a apuração isenta da tortura perpetrada contra um advogado que compareceu a uma ação policial para atender um cliente, não fizeram como gesto de intimidação. Ao contrário, pediram apuração e punição. Já uma entidade militar convocou pelas redes sociais os militares para comparecerem à sede da OAB-RO com o único intuito de intimidação. Uma corporação armada jamais tem o direito de intimidar uma civil e quando o faz agride ao Estado Democrático de Direito.



Autoritarismo

Mesmo que o advogado – vítima de uma sova odiosa – houvesse extrapolado as suas prerrogativas profissionais ao atender um cliente em situação de condução coercitiva, não poderia o policial militar utilizar da força bruta para deformar com socos e pontapés alguém que lhe desacate. O policial é preparado – ou deveria – para atender casos que causam estresse e agir moderadamente para controlar situações complexas e tensas. Portanto, nada justifica as cenas de tortura registradas na face do advogado esmurrado.


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Resenha Política : RESENHA POLITICA POR ROBSON OLIVEIRA
Enviado por alexandre em 11/05/2016 00:52:04



Resenha política

Robson Oliveira



Impeachment

O processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) deverá ser confirmado no plenário do Senado federal, nesta quarta-feira, onde todas as atenções dos brasileiros estarão voltadas. Não há um petista no Congresso Nacional que acredite na salvação da presidente. Os senadores vão dar continuidade ao processo e, por consequência, afastar a presidente por 180 dias. Embora ninguém acredite que volte após o afastamento.



Holofote

Sessenta dos oitenta e um senadores se inscreveram até o final da tarde desta terça-feira para discursar na sessão de amanhã (quarta-feira) que analisa o impeachment. Ninguém quer perder a oportunidade de aparecer bem com seu eleitorado, a sessão histórica do Senado será um bom holofote para prestarem contas.



Cobrança

O senador rondoniense Valdir Raupp (PMDB), por exemplo, é um dos inscritos. Raupp dirá que é favorável ao impeachment e aproveitará a oportunidade para cobrar a fatura do próximo presidente, para que faça investimentos na infraestrutura de Rondônia. A manutenção e duplicação da BR 364, a implantação da Ferrovia Bioceânica, a conclusão dos viadutos da capital, a construção da ponte binacional Brasil/Bolívia, além da conclusão da ponte de Abunã são alguns das cobranças que o senador fará durante o seu discurso. O efeito imediato é pequeno, mas em longo prazo é possível que surta algum efeito.



Preparação

Em Brasília a cidade se prepara para a votação no Senado com grupos pós e contra o impeachment desembarcando na cidade. O acesso ao Congresso Nacional vai ser restrito e os manifestantes serão acomodados no lado direito e esquerdo das esplanadas dos ministérios. Aparentemente a capital federal está tranquila sem registro de confrontos.



Desmascarando

Apesar da assessoria da deputada federal Mariana Carvalho (PSDB) demonizar a coluna por ter sido a primeira a anunciar em janeiro passado que a parlamentar relutava em ser candidata à prefeita de Porto Velho, na medida em que nos aproximamos do calendário eleitoral, é possível confirmar que o anúncio antecipado feito pela coluna é verdadeiro.



Novidade

Com a indecisão de Mariana Carvalho os tucanos começam a sinalizar que podem lançar o empresário e ex-promotor de justiça, Hildon Chaves, à sucessão de Mauro Nazif. É um nome novo que mexeu com os bastidores políticos da capital, já que os eleitores estão ávidos por uma novidade diferente das figuras carimbadas.



Perdida

Mariana saiu das últimas eleições (2014) com uma votação surpreendente que a projetou ao estrelato político. Imediatamente seu nome passou a ser forte corrente em desalojar a administração desastrada do Dr. Mauro. Mas, embora bem avaliada, passou a emitir sinais de dubiedade em relação ao pleito, abrindo espaço para que novos nomes surgissem. A indecisão e a atuação parlamentar pouco produtiva tem desgastado a deputada que, esta semana, chegou a ser desmentida oficialmente pelo prefeito de Candeias por anunciar recursos para o município que nunca chegaram aos cofres municipais. Mesmo que decida disputar as eleições da capital, já não ostenta a mesma força de 2014, nem provoca suspiro de surpresa.



Mudanças

Todos os membros da bancada federal rondoniense farão parte da base de sustentação do novo governo Temer, caso se confirmem todas as previsões dessa quarta-feira. Todos vão querer indicar apaniguados para os cargos federais em Rondônia e as tratativas estão em andamento. Não será fácil acomodar os interesses divergentes, que não são poucos, podendo provocar dispersões. A coluna apurou que os cargos da Funasa, Incra e Eletronorte despertam os maiores interesses. Apesar de que há uma gana dos partidos de oposição em desalojar os petistas dos cargos menores.

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Resenha Política : RESENHA POLÍTICA POR ROBSON OLIVEIRA
Enviado por alexandre em 03/05/2016 21:14:37

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Robson Oliveira



Apertadinho

O envolvimento de Eduardo Cunha com o submundo das negociatas políticas alcançou Rondônia. A Procuradoria Geral da República investiga uma tramóia entre emissário do parlamentar e o grupo Schahin que envolve a usina apertadinho, em Vilhena. A usina causou um dos maiores desastres ecológicos em solo rondoniense com prejuízos até hoje irrecuperáveis. As relações políticas obscuras envolvendo apertadinho foi pauta de uma reportagem da repórter Malu Gaspar, na Revista Piauí, em agosto do ano passado e repercutida na época por esta coluna. Com a investigação aberta pelo STF muita lama relativa a usina deverá vir à tona.


Atraso

Mesmo em andamento algumas obras de pavimentação asfáltica em bairros e avenidas da capital, ônibus novos que acabaram de ser colocados à disposição dos usuários do sistema público e o final de uma paralisação, são ações proativas de uma administração municipal que passou três anos e cinco meses sem justificar a que veio, provocando à população prejuízos de toda natureza. Apesar de serem ações administrativas necessárias e essenciais, chegam tarde demais para o eleitor que acreditou em Mauro Nazif.



Privatização

A Câmara Municipal de Porto Velho aprovou de afogadilho – já que não houve um processo transparente de discussão com os segmentos organizados e interessados na área – um projeto que destina à iniciativa privada a gestão da saúde municipal. Vários municípios país afora em que o mesmo modelo foi implantado, restou detectado todo tipo de malandragem que causou prejuízo ao erário. É possível que em Rondônia funcione e não haja malfeito, mas os exemplos nacionais não são nada animadores. Os órgãos de controle devem estar de olho na implantação, o que é um alento para o contribuinte da capital. Especialmente em ano eleitoral...



O óbvio

Em outras oportunidades o Estado de Rondônia tentou implantar um modelo de gestão privada da saúde e em todas elas os órgãos de controle impediram que a saúde estadual fosse parar nas mãos na iniciativa privada, visto que este setor tem como fim tão somente o lucro. A constituição reservou prioritariamente aos estados e municípios, além da União, a gestão da saúde por razões óbvias. Em regra esta obviedade não consegue entrar nos neurônios dos nossos governantes. Pior quando ele é oriundo do serviço público da mesma área (saúde) em que fez carreira política. Por que será?



Impeachment

Quem percorre os corredores do Congresso Nacional sabe antecipadamente que o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) é fava contada. Também percebe que os discursos de arrumar o Brasil e extirpar as mazelas feitas na hora do voto dos zelosos deputados federais não podem ser levados a sério, com raríssimas exceções. Os gabinetes das lideranças partidárias viraram mercado persa onde todos buscam uma boquinha que será desocupada por um “companheiro” para ser destinada a um compadre. Enquanto parte do povo vai às ruas protestar por mudanças (?), nossos políticos vão aos acordos para manter seus privilégios. O impeachment trocará seis por meia dúzia, ou coisa pior.



Incendiário

O principal impasse hoje para que Eduardo Cunha seja afastado da presidência da Câmara Federal devido às imensas e reiteradas estripulias de que é acusado é a situação jurídica do presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, também alcançado pela operação "Lava Jato", entre outras investigações, já que ambos estão encalacrados em denúncias. O problema é encontrar uma saída para defenestrar Cunha sem levar junto Calheiros: o primeiro tem incendiado a praça dos três poderes, enquanto o segundo, com expertise em salvação, tem procurado manter uma estabilidade politica num ambiente tão hostil.



Puxão

O governador Confúcio Moura voltou a dar puxão de orelhas em seus auxiliares por não buscarem as alternativas inteligentes para as soluções dos problemas. Deu como exemplo a área da juventude e esporte, onde há recursos próprios e externos que não são utilizados por falta de competência e agilidade dos seus auxiliares.



Registro

Duas perdas esta semana que deixaram saudades foram os falecimentos da jornalista Nara Vargas e do roqueiro e motociclista Ney Haver. Foram pessoas que fizeram parte do nosso dia a dia em Porto Velho que merecem registro da coluna, apesar do lamento.



Resgate
Aprovado no voto da comunidade acadêmica e referendado no Conselho Universitário da UNIR, o professor Ari Miguel Teixeira Ott aguarda apenas os trâmites burocráticos para ser empossado reitor pelo MEC. Intelectual reconhecido inclusive pelos eventuais críticos, Ott quer dar continuidade ao trabalho de resgate da instituição iniciado pela atual reitora Berenice Tourinho e avançar na pesquisa, ensino e extensão: tripé fundamental para qualquer boa academia que pretender ser de qualidade. A UNIR estará em boas mãos!

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Resenha Política : RESENHA POLÍTICA POR ROBSON OLIVEIRA
Enviado por alexandre em 19/04/2016 17:44:55

Resenha política
Robson Oliveira

Grude
Dois dias após a Câmara Federal aprovar a admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff, com repercussão internacional, nas redes sociais em solo rondoniense o deputado federal Lindomar Garçon é quem conseguiu as atenções dos internautas pela forma com a qual se postou ao lado do microfone onde os parlamentares declararam o voto. Durante mais de dez horas o deputado se postou na frente das câmeras para aparecer nas TVs. Quando algum outro parlamentar tentava se aproximar, Garçon empurrava e distribuía até cotoveladas. Grudou no local feito papagaio de pirata. Tem TV que até hoje não conseguiu desgrudar da tela a cara lavada de Lindomar Garçon.

Palhaçada
Com toda escusas aos artistas circenses, mas na sessão da Câmara Federal os eleitores tiveram a oportunidade de ver a qualidade de político que elegeu. Um dos poucos que não apelou para a “palhaçada” foi exatamente o palhaço Tiririca. Transformaram uma sessão séria de julgamento num picadeiro. O parlamento parecia uma peça vulgar com atores igualmente ruins.

Caricatura
Embora tenha sido uma sessão tensa e com uma pauta da maior significância que culminou com a autorização para abrir caminho para o impedimento da Presidente da República, as falas caricatas dos senhores deputados federais se destacaram: justificaram votar em nome das esposas, dos filhos, pais, avós, tios, papagaios, periquitos, enfim, a tudo, bem menos aos eleitores. Não houve um deputado que tenha votado e lembrado daqueles que em seu nome exercem as funções parlamentares. Há quem diga que o congresso é a cara da população, mas nosso povo não é a caricatura dos nossos representantes. Nem tudo está perdido!

Deposição
O processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff chegou ao Senado e, para que seja afastada, é necessário que quarenta e dois senadores (maioria simples) acolham as denúncias. De acordo com o senador Raupp, ouvido pela coluna, esta votação deverá ocorrer na primeira quinzena de maio. O senador acredita que no Senado o recebimento e o afastamento são favas contadas. Para o impeachment serão necessários cinquenta e quatro votos, um quórum qualificado. Uma esperança ainda que mínima para Rousseff. O problema é que esperança também morre. Raupp adiantou que acompanhará a decisão do PMDB favorável ao impedimento.

Devolução
Uma fonte revelou à coluna que o município de Porto Velho estaria devolvendo um volume enorme de recursos ao tesouro nacional porque a administração municipal não está sendo capaz de utilizá-los. Um exemplo concreto são os recursos destinados ao esgotamento sanitário que retornaram aos cofres da União (noventa milhões de reais) sem que as licitações fossem feitas. Há quem diga que os recursos federais são devolvidos porque o município tem medo de errar e se enrolar na prestação de contas. Sendo verdade esta informação, o prefeito deveria era devolver o mandato aos eleitores e cair fora.

Retaliação
Luís Flávio Carvalho Ribeiro foi exonerado hoje das funções de superintendente do Incra em Rondônia. Embora seja um servidor de carreira e com um desempenho bem avaliado como gestor, a dispensa é creditada à ligação com o PMDB, visto que a indicação era considerada da cota do senador Valdir Raupp. Com a decisão do partido em votar pelo impeachment, as nomeações políticas ligadas aos parlamentares da legenda estão sendo desfeitas. Os servidores do órgão querem que a presidente de plantão nomeie para o lugar do Flávio o ex adjunto, Brito do Incra, que, pela ilustração nominal, é também dos quadros do instituto.
Coerência
O deputado federal Expedito Neto (PSD), oposição ao governo desde a posse, foi o único da bancada rondoniense a dizer na fuça do encalacrado Eduardo Cunha que votará também pela cassação do presidente da Câmara assim que o processo chegar ao plenário. Especula-se nas coxias da Câmara Federal que há um conchavo em andamento, entre boa parte dos parlamentares que acolheram o pedido de impeachment de Dilma, para salvar Eduardo Cunha da cassação mesmo com o farto conjunto probatório da quebra de decorro quando disse que não possuía contas no exterior. Neto mostrou coerência ao antecipar o voto já que os demais membros da bancada federal incoerentemente fogem do assunto. Não esqueçamos que os oito votaram a favor do impeachment sob alegação de que Dilma cometeu crime (apesar das controvérsias que a questão permite).

Meios
Enquanto a maioria avassaladora da imprensa nacional se postou favorável ao impeachment e não manifestou nenhuma incongruência com Eduardo Cunha conduzindo o julgamento de admissibilidade, no último domingo a mídia estrangeira que acompanhou a sessão questionava a legitimidade de um julgamento presidido por um réu. É o que denominamos: os meios justificam os fins. Será?



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