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Brasil : EFEITO DOMINÓ
Enviado por alexandre em 17/02/2017 10:25:26


“Segurança pública está sob controle”, afirma Jungmann

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, não teme o efeito dominó das crises na área de segurança de Espírito Santo e Rio de Janeiro. O Comando do Exército auscultou os comandos regionais e soube que estão estáveis os cenários no Pará e na Bahia, regiões onde o trabalho das forças que atuam nas operações de garantia da lei e da ordem previam turbulências próximas.

Jungmann forma com o general Sérgio Etchengoyen, ministro­chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, e com o ministro da Justiça, quando vier a ser nomeado, o Conselho de Inteligência e Operações do governo Michel Temer. Ele está no centro da polêmica sobre o uso das Forças Armadas para garantia da ordem nos Estados, para negociar greve de policiais militares, para a varredura em presídios, para o combate ao crime organizado, tudo que tem criado risco e instabilidade no momento. A segurança, que realçou sua ação política mais recentemente, não é novidade na carreira de Jungmann.

Militou durante todo o mandato parlamentar na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, por dez anos. Participou de todas as CPIs do sistema prisional, visitou a maior parte das penitenciárias, participou da CPI do tráfico de armas e da questão do narcotráfico e, ultimamente, antes de assumir o Ministério da Defesa, era relator da proposta de emenda constitucional da unificação das polícias.

Está recebendo apoio de todos os lados para seu protagonismo recente no Executivo. Entre a negociação com policiais amotinados no Espírito Santo e coordenação, com o Comando do Leste, do processo de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Rio, Jungmann falou ao Valor. Apesar das visíveis tensões, o ministro afirma que a situação da segurança pública no país está sob controle. A seguir, os principais trechos da entrevista:

Valor: Mudou o seu papel no governo?

Raul Jungmann: O que mudou foi a realidade. A agudização e a superposição de crises. Não mudei de função. São duas crises: uma é a prisional, que nos levou a realizar operações de garantia da lei e da ordem duas vezes em Natal, uma em São Luís, motivadas pela crise prisional. Temos duas outras GLOs motivadas pela crise nas polícias. É o caso de Recife, que foi em dezembro, e agora essa do Espírito Santo.

Valor: A crise de Pernambuco não foi tão percebida como a do Espírito Santo.

Jungmann: Em Pernambuco foram 3.500 homens. É que fica distante, mas foi grave. O problema de Vitória é que fica no Sudeste, próxima ao Rio, e tem elementos de conexão, de contágio. Mas não teve mesmo a dimensão do Espírito Santo, que é inédita.

Valor: E agora o Rio de Janeiro.

Jungmann: Se fizer as contas, são seis, estou aqui há nove meses, e já são seis GLOs

Valor: Por que o caso do Espírito Santo é inédito?

Jungmann: Primeiro, porque é uma manifestação capitaneada por mulheres.

Valor: É verdade, isso? Não estão servindo como anteparo para os amotinados?

Jungmann: Existe uma estrutura de comando por trás, inclusive policiais que são políticos, e que de certa forma manipulam os cordéis. Mas é indiscutível que elas assumiram um protagonismo. Só que tem um problema, não por serem mulheres, mas elas não têm expertise de negociação. Não são sindicalistas, não sabem os riscos, não têm noção da complexidade. A mão do Estado, a punição a quem comanda motim é muito pesada.

Valor: O governo federal foi lento para decidir entrar na crise do Espírito Santo?

Jungmann: Eu tenho conversado sem parar com as autoridades do Espírito Santo, estive lá duas vezes. O governador me ligou às 11 horas do domingo. Eu disse que só poderia fazer alguma coisa se o presidente determinasse. Assim, ele deveria ligar ao presidente Temer. Às 7h15 da manhã o presidente me liga: 'Olha, recebi o pedido e autorizo GLO'. Às 10 horas chega isso por escrito e às 17 horas eu já começava o policiamento lá. Ainda com um contingente pequeno. É preciso deslocar gente, a tropa para a rua não é a tropa regular, é uma que tem experiência, que passou, por exemplo, por Haiti, paraquedistas, fuzileiros, tem que ter capacidade de lidar com conflito urbano. Na verdade, deslocamos para lá 2.900 homens, em dois dias, com toda a logística.

Valor: Em que a participação das mulheres dificultou a solução do problema?

Jungmann: Quem negociou com elas teve imensa dificuldade, porque uma concordava, outra discordava. Não há hierarquia, não há presidente, não há um sindicato, isso se transformava numa balbúrdia, no primeiro acordo. Elas assinaram e depois voltaram atrás. No segundo acordo a negociação foi conduzida com as associações. Mas como elas não fizeram o início, não foram elas que iniciaram a mobilização, quando se foi levar o acordo fechado em cima dos batalhões, foi recusado. Os batalhões se dividiram, gente que queria continuar, gente que queria sair.

Valor: Elas sabiam dos riscos e podiam avaliar até onde ir?

Jungmann: Não, e não sabiam a hora de parar. De fato, ficou muito claro que teve uma ultrapassagem da liderança formal. Uma outra liderança política atuava com elas, mas elas passaram a ter um protagonismo real.

Valor: Não estavam comandadas pelos amotinados?

Jungmann: No início do processo, elas foram apoiadas pelo comandante geral, que em 23 dias foi demitido. Coronel, major, oficiais superiores as apoiaram. A partir de um certo momento, desfez­se a hierarquia formal. Quando chegamos lá, não tinha um policial. Quando a gente chega para fazer GLO, precisa de informação, tem que ter um interlocutor, estavam todos vivendo o processo.

Valor: O que foi feito a seguir?

Jungmann: Procuramos assegurar a normalidade. Essa é a tarefa, a lei e a ordem. Hoje temos mais gente lá fazendo segurança do que a PM em dias normais. A PM coloca 1.800, nós fizemos com 3.130.

Valor: Até que ponto o presidente Michel Temer está participando diretamente das soluções?

Jungmann: O presidente tem manifestado grande atenção e preocupação com isso, ele não tem vacilado em nenhum momento em conceder os pedidos dos governadores. Pezão fez um pedido de 9 páginas. Fomos a Natal duas vezes, a São Luiz uma vez, Pernambuco uma vez, Espirito Santo uma vez, sem falar na Olimpíada, quando colocamos 24 mil homens no Rio. Estou aqui há nove meses com seis garantias da lei e da ordem.

Valor: Se o governo estadual não dá conta de carregar o peso, o que pode fazer?

Jungmann: Se os Estados vivem uma crise fiscal que contagia a segurança, o governo federal não dispõe, constitucionalmente, de mecanismos compatíveis com esse desafio. Por isso o uso extraordinário das Forças Armadas, instrumento que resta ao governo.

Valor: As Forças Armadas reclamam?

Jungmann: São muito disciplinadas. Muito profissionais. Evidentemente foram preparadas para outra missão, para aquilo que é defesa da soberania, dos interesses nacionais. É nisso que é a formação delas. As Forças Armadas no Brasil, elas têm uma característica que não se encontra em outros países do mundo: a pluralidade de atividade e ações que elas fazem. Tais como: combate à zika, distribuição de água para 4 milhões de nordestinos, transporte de órgãos para transplante, varredura em presídios, garantia da lei e da ordem.

Valor: Quer dizer que não são as Forças Armadas que vão resolver o problema da segurança no Brasil.

Jungmann: O problema da segurança no Brasil se resolve na segurança e não na Defesa. Por uma razão simples: militares são empregados em situação extraordinária, por tempo limitado e local limitado. Quem de verdade cuida da segurança pública, entende é preparado, tem formação para isso são os policiais.

Valor: A população está pedindo a presença das tropas?

Jungmann: É um aluvião o que recebo de pedidos, das bancadas, das pessoas, dos municípios. A presença dá uma segurança às pessoas. Mas isso, na prática, se usar exclusivamente, é dar férias a bandido. O bandido vai se retrair, tirar férias, e depois voltar

Valor: O sr. tem feito reuniões sucessivas com o comandante do Exército, com o chefe do Estado Maior, e tem analisado a situação dos Estados. Há temor de contágio?

Jungmann: Estávamos definindo o Rio. O Rio não está na mesma situação do Espírito Santo, mas o Estado é infinitas vezes maior, e o que o governador pediu é muito amplo. Vamos policiar parte da cidade para liberar a PM para fazer a Alerj. As forças policiais são essenciais a uma democracia. Sem elas vive­se estado de anomalia. Presidentes têm uma pauta de prioridades, educação, saúde, e isso é ditado pela população. E como a questão da segurança é sobretudo algo dos Estados, um Presidente da República chamar a si essa atribuição, sem ter fonte de recursos compatível, demanda muita firmeza. Temer não tem vacilado. Pegou R$ 1,7 bilhão basicamente para o programa nacional de segurança. Com o pouco tempo que tem e a crise que vive tem dado respostas.

Brasil : FEBRE AMARELA
Enviado por alexandre em 15/02/2017 20:03:32


Não entre em pânico: nem todo mundo precisa se vacinar contra febre amarela

Maria Julia Marques

Do UOL, em São Paulo

O aumento no número dos casos de febre amarela despertou a busca exagerada pela vacina. Apesar de o Ministério da Saúde recomendar "a vacinação para a área onde a transmissão é considerada possível, principalmente para indivíduos não vacinados que se expõem na mata", os mais de mil casos suspeitos pelo país fizeram com que quem não precisa da vacina quisesse tomá-la por precaução.

Até o momento, foram confirmados 234 casos de febre amarela silvestre e há 877 em investigação --84% dos casos foram relatados em Minas Gerais, mas o vírus pode ter vítimas em até seis Estados. As mortes causadas pela doença chegam a 79, segundo o boletim divulgado na última segunda-feira (13).

"Em 2009, quando apareceram números significativos de casos, aconteceu a mesma coisa, todos queriam a vacina. Mas os mosquitos não transmitem a doença em área urbana. Quem não vai viajar para um sítio, floresta ou mato nas áreas de risco não precisa se preocupar", afirma André Siqueira, infectologista do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fiocruz.

Em um dos postos de saúde visitado pelo UOL, no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, a fila para tomar vacina demorava cerca de duas horas. Os atendentes perguntavam se os pacientes iam viajar para áreas de risco, como Minas Gerais, mas não era necessário mostrar nenhum documento comprovando a viagem.

O pânico é exagerado. Sei que no Rio de Janeiro estão mentindo que vão viajar para conseguir a vacina e não há motivo para esse desespero. Até quem está em Belo Horizonte, se não for sair da área urbana, não precisa temer

André Siqueira, infectologista da Fiocruz

No centro de saúde Dr. Victor Araujo H. Mello, em São Paulo, funcionários explicaram que a vacina está disponível, mas que é bom pensar duas vezes antes de tomar se não for necessário.

"A vacina tem sido produzida em grande escala e tem dado conta do aumento da demanda, mas temos que pensar na logística da vacina. Às vezes quem realmente precisar da dose pode ficar sem já que muita gente está tomando desnecessariamente", afirma Siqueira.
Duas doses na vida

De acordo com o médico, existem alguns eventos adversos, como com quem é alérgico à proteína do ovo não deve tomar, pois a vacina passa tem ovos em sua composição. Além disso, raramente a vacina causa uma reação inflamatória.

"A vacina é um vírus atenuado, menos patogênico, mas ainda o vírus da febre amarela após alterações. Ele não causa a doença, mas quem tem comprometimento do sistema imune pode ter a febre amarela vacinal, a doença mais leve. Mas isso acontece uma vez em um milhão de doses".

O indicado é que uma pessoa tome no máximo duas doses em toda a vida, com um espaçamento de ao menos dez anos.

"A vacina está indicada apenas para quem precisa, ou seja, quem mora ou vai se deslocar para as áreas de risco", orienta Helena Sato, diretora de imunização da Secretaria de Saúde de São Paulo.

Devem tomar os moradores de toda a região Norte e Centro-Oeste, parte do Nordeste (Maranhão, sudoeste do Piauí, oeste e extremo-sul da Bahia), do Sudeste (Minas Gerais, oeste de São Paulo, norte e oeste do Espírito Santo e noroeste do Rio de Janeiro) e do Sul (oeste do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). (Veja aqui se sua cidade está na lista de vacinação)

"Quem mora em áreas urbanas têm que estar preocupados com o que é mais comum nesse local, como dengue, zika, chikungunya. Neste momento, podem focar no Aedes aegypti e deixar a preocupação com a febre amarela para áreas mais delicadas".

Brasil : SAÚDE
Enviado por alexandre em 13/02/2017 23:57:51


'Pílula do câncer' vira suplemento alimentar vendido na internet

A fosfoetanolamina, substância popularmente conhecida como ‘pílula do câncer’, deverá ser lançada em março no país na forma de suplemento alimentar. O anúncio foi feito pela internet no fim da semana passada pelo biólogo Marcos Vinícius de Almeida e pelo médico Renato Meneguelo, que faziam parte do grupo de pesquisa do químico Gilberto Chierice, o criador da fórmula. “A fosfoetanolamina como suplemento pode atrapalhar a pesquisa que está em curso. Vai tirar a credibilidade dela como um remédio potencial para tratar o câncer”, disse o químico Salvador Claro Neto, um dos principais parceiros de Chierice. “Ela vai virar cogumelo do sol. Qual médico receita isso?”, questiona. Para Neto, a venda como suplemento pode “queimar duas décadas de estudos sobre a substância”. Apesar de discordar da postura dos ex-colegas, o químico disse que não houve briga. “Foi só uma questão de ponto de vista”.

Atualmente, o composto é fabricado pelo laboratório PDT Pharma, em Cravinhos, para a realização de um estudo coordenado pelo o Instituto do Câncer de São Paulo, o Icesp. A primeira fase, que envolveu 10 pacientes, já terminou e mostrou que a fosfoetanolamina é, pelo menos, segura. Desde outubro, o estudo seguiu para a fase 2, quando sua eficácia será testada em 200 doentes. Ao todo, o processo pode levar dois anos para que, enfim, seja possível determinar se a fosfoetanolamina realmente funciona.

EUA: A substância está sendo produzida na Flórida (EUA) e será comercializada via e-commerce para o resto do mundo a partir de 16 de março. A propaganda do produto não diz nada sobre tratamento do câncer, apesar de ser este o grande apelo comercial da fosfoetanolamina no Brasil. Nem poderia, pois neste caso teria de se enquadrar na regulamentação de medicamentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e não há até agora nenhuma comprovação científica de que a substância funcione, de fato, no combate ao câncer.

O site criado pela empresa Quality Medical Line para comercializar o produto diz que a fosfoetanolamina atua como “um poderoso bio imunomodulador que age de forma constante e preventiva a distúrbios metabólicos e celulares, mantendo o equilíbrio e o bom funcionamento do sistema imune e da saúde humana”. Um dos anúncios colocados pela empresa no Facebook, porém, mostra uma mulher careca com a frase “Não desista!” – uma imagem que remete ao câncer.

Fórmula idêntica: Em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, Almeida disse que a substância que está sendo produzida na Flórida é “idêntica” à que era produzida em São Carlos, porém sintetizada por um método diferente, para o qual eles estão solicitando uma patente nos Estados Unidos. “O que muda é o rendimento da síntese e a pureza do sal”, detalhou. Além da fosfoetanolamina, o suplemento contêm cálcio, zinco e magnésio. Almeida diz que se afastou de Chierice porque ele era veementemente contra a venda da substância na forma de suplemento alimentar, preferindo esperar a conclusão dos testes clínicos – que estão sendo realizados em São Paulo -, para então comercializá-la como medicamento. Almeida e Meneguelo também disseram não concordar com a posição de Chierice sobre os efeitos terapêuticos da molécula, quando ele dizia que a fosfoetanolamina pode curar qualquer tipo de câncer. “A gente não está buscando cura, estamos buscando melhorar a qualidade de vida de pacientes terminais”, disse Meneguelo. “Nunca falei para ninguém parar com radioterapia ou quimioterapia.” A ideia de que a fosfoetanolamina pode curar o câncer, segundo Almeida, “é até o momento uma hipótese não confirmada”, que precisa ser validada pelos ensaios clínicos em andamento.

AGÊNCIA DO BRASIL

Brasil : ENCOLHEU
Enviado por alexandre em 13/02/2017 23:50:11


Páscoa terá ovos menores para se adaptar à crise

Ainda mal vestimos as fantasias do Carnaval e os primeiros ovos de Páscoa já dão as caras nos supermercados. A data virá mais tarde neste ano, no dia 16 de abril, o que tem dado novo ânimo aos fabricantes de chocolate. A expectativa é que, já longe das dívidas de janeiro, o consumidor tenha mais ânimo e tempo para comprar ovos. De olho nos novos hábitos dos brasileiros para se adaptar a crise econômica, as empresas incrementaram o portfólio neste ano com produtos menores. “Lembrancinhas”, como ovinhos, cenouras e coelhinhos, chegam em peso até mesmo em marcas focadas na classe A, como a Kopenhagen. A Ferrero Rocher trará ao mercado o Grand Ferrero, uma versão em tamanho grande do bombom, mas menor e mais barato que o tradicional ovo de Páscoa.

Para os produtos considerados gourmetizados e que possuem os preços mais elevados, a promessa é de que os valores cheguem sem reajuste. É o caso dos ovos de colher da Cacau Show e do ovo KitKat, da Nestlé, que vem com uma caixa de som bluetooth. Para os demais produtos, o consumidor deve encontrar reajustes que acompanham a inflação, de 6,29% em 2016. A Top Cau promete aplicar apenas 2% de aumento. As empresas afirmam ter realizados ajustes nas produções para poder segurar os preços. “Nós otimizamos o máximo possível nossas caixas de expedição, embalagem e produção para conseguir trazer reajuste apenas na inflação, mesmo tendo enfrentado aumento da matéria-prima e alguns impostos”, disse o gerente de marketing da Nestlé, André Laporta.

Salão de Páscoa : As novidades neste ano para a data foram apresentadas na semana passada no Salão de Páscoa realizado pela Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados) em São Paulo. “Estamos otimistas e acreditamos que vamos fechar bem o ano. É claro que falta muito para recuperar, porque foram três anos de queda”, avaliou o presidente da associação, Ubiracy Fonseca. A previsão é que os ovos cheguem em peso aos supermercados a partir de março. Mas já é possível encontrar produtos de 50 gramas nas gôndolas do Pão de Açúcar, que traz antes sua marca própria, a Qualitá.

ASCOM

Brasil : SAÚDE
Enviado por alexandre em 13/02/2017 00:25:41


Conheça os mitos e verdades sobre a vacina contra a febre amarela

Até a última sexta-feira (10), foram confirmados 230 casos de febre amarela, com 79 óbitos

Desde o início do surto de febre amarela em cidades do interior do Espírito Santo, a procura pela vacina em postos de saúde este ano vem aumentando. Com a confirmação de casos da doença em pelo menos três estados, a corrida em busca da imunização tem provocado filas em diversos municípios. É importante destacar, entretanto, que nem todas as pessoas precisam receber uma nova dose – grávidas e idosos, por exemplo, estão entre os grupos onde há contraindicação.

Desde o início do ano, o ministério tem enviado doses extras da vacina contra a febre amarela aos estados que registram casos suspeitos da doença, além de outros localizados na divisa com áreas que tenham notificado casos. No total, 9,9 milhões de doses extras foram enviadas para cinco estados: Minas Gerais (4,5 milhões), Espírito Santo (2,5 milhões), São Paulo (1,2 milhão), Bahia (900 mil) e Rio de Janeiro (850 mil). O quantitativo é um adicional às doses de rotina do Calendário Nacional de Vacinação, enviadas mensalmente aos estados.

Até a última sexta-feira (10), foram confirmados 230, casos de febre amarela. Dos 1.170 casos registrados como suspeitos, 847 permanecem em investigação e 93 foram descartados. Entre os 186 óbitos notificados, 79 foram confirmados, 104 são investigados e três foram descartados. Os estados de Minas Gerais, do Espírito Santo, de São Paulo, da Bahia e do Tocantins continuam com casos investigados e/ou confirmados.

Atualmente, a vacinação de rotina é ofertada em 19 estados onde há recomendação para imunização. Todas as pessoas que vivem nesses locais devem tomar duas doses da vacina ao longo da vida. Também precisam se vacinar, neste momento, pessoas que vão viajar ou vivem nas regiões que estão registrando casos da doença: leste de Minas Gerais, oeste do Espírito Santo, noroeste do Rio de Janeiro e oeste da Bahia. Não há necessidade de corrida aos postos de saúde, já que há doses suficientes para atender as regiões com recomendação de vacinação.

Confira abaixo mitos e verdades sobre a vacina contra a febre amarela, conforme informações divulgadas pelo Ministério da Saúde:

Preciso tomar a vacina a cada dez anos.

MITO. O esquema vacinal da febre amarela é duas doses, tanto para adultos quanto para crianças. As crianças devem receber as vacinas aos 9 meses e aos 4 anos. Assim, a proteção está garantida para o resto da vida. Para quem não tomou as doses na infância, a orientação é uma dose da vacina e outra de reforço, dez anos depois da primeira.

Grávidas e mulheres que estão amamentando não devem se vacinar.

VERDADE. De uma forma geral, não se recomenda a vacinação de grávidas e mulheres que amamentam. Em algumas situações, entretanto, o médico pode indicar a imunização – como em casos de surto no município. Nesse tipo de situação, lactentes que receberem a dose devem suspender a amamentação por um período de 30 dias.

Mesmo tendo tomado as duas doses, tenho risco de pegar febre amarela.

MITO. As duas doses da vacina são suficientes para proteger durante toda a vida contra a doença.

Quanto mais doses eu tomar, mais imunizado eu fico.

MITO. O esquema vacinal da febre amarela é de duas doses, tanto para adultos quanto para crianças. Elas são suficientes para proteger durante toda a vida. Uma terceira dose não vai criar nenhuma proteção adicional.

Se não moro em área onde há recomendação de vacina, não preciso receber a dose.

VERDADE. No Brasil, a vacinação é recomendada a partir de 9 meses de vida para pessoas que residem ou se deslocam para municípios que compõem a chamada Área Com Recomendação de Vacina. Locais com matas e rios, onde o vírus e seus hospedeiros e vetores ocorrem naturalmente, são identificados como áreas de risco. Se você não mora em área onde há recomendação de vacina, não é necessário tomar a dose.

Agência Brasil

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