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Brasil : COMPORTAMENTO
Enviado por alexandre em 30/05/2017 19:06:16


Jovem conta como começou a perder 50 quilos "por acaso' depois de aceitar convite de colega para malhar

O peso nunca foi um problema para Bianca Costa, de 23 anos. A auxiliar administrativo explica que começou a malhar completamente por acaso e que, por conta deste ‘incidente’ perdeu 50 quilos. Na época, ela foi incentivada por uma amiga e mesmo sem se sentir desconfortável com o seu corpo descidiu mudar os hábitos. Para se ter uma ideia do tamanho da mudança basta recorrer aos números, Bianca foi dos 127 aos 70 kilos em menos de dois anos.

No Instagram, a jovem publicou um pequeno texto contando a sua história e comemorando a marca. A publicação recebeu 501 curtidas e 137 comentários. Desta vez, o número elevado é um sinal positivo: a fama instantânea expressa nas redes sociais trouxe à jovem um reconforto a sua auto estima. Os elogios, conforme publicou no seu perfil, ‘soavam como uma música’.

“Quando eu era gorda eu não me importava com o meu peso. Eu nunca pensei em emagrecer, em fazer cirurgia, fazer academia, nem nada. Só comecei a malhar quando uma amiga me convidou e nós fomos juntas no primeiro dia, mas ela parou de ir e eu pensei ‘agora eu já perdi R$ 90 reais, vou ter que ir’” brinca ela. Que, apesar de tudo, teve de se esforçar bastante para perder peso, mudando completamente a rotina e a maneira de se alimentar.

Mas o dinheiro perdido na inscrição da academia não foi o único incentivo. Com o tempo, os percalços no seu trajeto em busca de um corpo melhor e mais saudável fez com que ela se mantivesse firme. No primeiro mês, a surpresa: ao invés de emagrecer, engordou 3 quilos.

“Aquilo aconteceu porque eu só fazia academia e não fazia dieta, então não adiantou muita coisa. Eu seguia a rotina todo dia de malhar, mas não fiz uma reeducação alimentar”, conta.

Este processo, no entanto, foi ainda mais difícil, já que enquanto fazia dieta o restante da família mantinha os mesmos hábitos alimentar anteriores a sua luta por emagrecimento: “eles comiam de tudo, enquanto eu estava lá grelhando frango para não sair da dieta”, brinca.

Lado B

Nem tudo são flores no mundo da busca pelo corpo perfeito. Apesar dos likes, das novas amizades e dos flertes rotineiros que o corpo de manequim atrai, Bianca conta que às vezes quando se olha no espelho sente que está como deveria estar.

Esse sentimento, segundo ela, é diretamente proporcional àquele que tinha há dois anos, quando mesmo com um corpo que para alguns poderia não ser tão bonito Bianca se sentia bem e confortável ao sair com os amigos, ir nas festas, se divertir.

“Hoje eu me olho no espelho e muitas vezes não me sinto bem, eu sei que isso é algo que eu tenho que cuidar.”, ela conta. E a preocupação transformou-se em meta: a jovem ainda planeja emagrecer mais 10 quilos este ano.

OLHAR DIRETO

Brasil : SEXO FORÇADO
Enviado por alexandre em 30/05/2017 08:49:20


O lado obscuro da indústria pornô no Japão
Como a indústria do pornô japonesa, que fatura 4,4 bilhões de dólares por ano, alicia e obriga meninas a estrelar filmes eróticos


A atriz e youtuber japonesa Aroma Kurumin (Youtube/Reprodução)

Ela tinha 23 anos e sonhava em ser uma estrela da música quando foi abordada por um homem em uma movimentada rua de Tóquio, com a oferta de trabalho como modelo. Ao aceitar, caiu na armadilha de uma rede de coerção que arrasta milhares de jovens do Japão a participar de filmes pornôs todos os anos. Aroma Kurumin, cujas cenas gravadas em 2013 ainda circulam na internet, apesar de seus esforços para tirar as imagens do ar, é uma das vítimas das produtoras de filmes eróticos. Trata-se de um fenômeno antigo, que só agora começou a ser revelado.
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“Pensei que era a oportunidade para realizar o meu sonho”, conta a jovem. O pesadelo começou com uma entrevista e uma sessão de fotos sem roupa — na promessa de que só teria que posar assim uma vez — para uma famosa revista sensacionalista. A “agência de modelos”, então, a convidou para outra sessão de fotos e filmagens em Saipan, no Oceano Pacífico. Lá, Aroma se viu cercada de homens e pressionada a rodar cenas quentes pelas quais depois recebeu um pagamento ínfimo. “Tudo aconteceu muito rápido. Quando me recusava a fazer algo, eles diziam que essa era a melhor forma de começar uma carreira musical e insistiam até eu ceder”, lembrou ela, educada em um país onde a mulher nunca deve dizer “não”, ainda mais quando jovem.


Aroma Kurumin é o apelido que agora ela usa como youtuber e ativista para conscientizar outras meninas sobre essa situação e evitar que mordam a isca da poderosíssima indústria pornô japonesa, na qual conglomerados que monopolizam redes de TV, gravadoras, editoras de livros, agências de “talentos” e produtoras de filmes são máquinas de sugar aspirantes ao estrelato, que se tornam presas fáceis nas mãos de charlatões.

“O problema existe há anos, mas só agora começamos a falar dele”, diz a coordenadora e advogada da ONG que apoia vítimas do tráfico sexual Lighthouse, Aiki Segawa, acrescentando que o fenômeno “continua sendo um tabu no Japão”.

Com sede na capital, a organização recebeu só neste ano mais de 40 pedidos de ajuda de meninas obrigadas fazer pornô. Em geral, a vítima é mulher, tem entre 18 e 25 anos e o sonho de brilhar em uma carreira no mundo da moda, música ou cinema. Além dos “caça-talentos”, que abordam meninas na rua, a indústria do pornô se vale de anúncios em revistas, na internet e até publicidade em caminhões, prometendo excelentes salários para trabalhar meio expediente como modelo ou comissária de bordo. As interessadas vão a entrevistas onde são convencidas a assinar contratos confusos, e depois chantageadas de diversas formas para participar das filmagens. Algumas são ameaçadas fisicamente e até estupradas. As cenas são gravadas e distribuídas como filmes, segundo Aiki Segawa.

Em um relatório recente, a ONG Human Rights Now revelou o caso de uma jovem que se matou depois de ver seus vídeos espalhados na rede e não conseguir impedir a distribuição. “As vítimas se sentem muito envergonhadas e assustadas para pedir ajuda ou relatar sua experiência”, afirmando a coordenadora da Lighthouse, destacando que quase sempre elas “se culpam e acreditam ser as responsáveis pela situação”.

Uma pesquisa feita no início deste ano pelo governo com 2.500 aspirantes ao estrelado revelou que 27% das jovens contratadas por “agências de talentos” foram chamadas para gravar cenas de sexo, e 8% delas aceitaram. Diante disso, foi decidido fazer uma campanha de conscientização.

As ONGs exigem leis de trabalho mais rígidas — para prevenir os abusos –, maior controle sobre as “agências de talentos” e que os filmes sejam supervisionados para garantir que todos os atores participam com pleno consentimento. Aiki Segawa, no entanto, admite ser “difícil” controlar a gigantesca indústria do pornô japonês, uma das maiores do mundo, com faturamento de 4,4 bilhões de dólares por ano e uma crescente projeção mundo afora.

(Com agência EFE)

Brasil : JBS BOICOTE
Enviado por alexandre em 29/05/2017 19:23:09


JBS vive inferno pós delação com perda de valor, boicote e novas investigações

Empresa já perdeu 3,5 bilhões de reais em valor desde 17 de maio, e afeta bancos públicos. Grupo responde a processos que podem comprometer acordo de leniência

O escândalo de corrupção envolvendo a delação dos irmãos goianos Joesley e Wesley Batista, responsáveis pela holding J&F, dona da JBS, já traz consequências sérias para o grupo empresarial que, no dia 17 de maio, surpreendeu o Brasil e o mundo com uma delação que superou a que parecia ser a delação do fim do mundo dos donos da Odebrecht.



O acordo inédito dos irmãos, que poderão morar nos Estados Unidos, parecia um 'golpe de mestre' a priori, mas agora a exposição dos crimes de corrupção delatados fez crescer o temor sobre a sustentabilidade da saúde financeira do grupo.

O risco de que as multas aplicadas, tanto no Brasil como no exterior, sejam muito pesadas é um dos fatores que ajuda a aumentar a desconfiança sobre a capacidade do grupo de se manter de pé após tamanho terremoto.


Desde que o escândalo estourou, a empresa já perdeu 3,5 bilhões de reais em valor de mercado, segundo dados da Economática. Na Bolsa de Valores de São Paulo, as ações da JBS chegaram a cair 37% um dia após a divulgação do áudio de Joesley e oscilaram nos últimos dias, acumulando uma queda de cerca de 26% até a última sexta-feira (26).

"Volatilidade é o nome da JBS agora. Muito difícil fazer qualquer análise sobre venda e compra das ações e quais serão os rumos da empresa”, explica Pablo Stipanicic Spyer, diretor de operações da corretora Mirae Asset. “Será preciso esperar todos os desdobramentos da investigação, porque talvez essa ainda seja a ponta do iceberg", completa.


A crise instaurada também acendeu o alerta das agências de risco. No início da semana, a Moody’s rebaixou a nota da companhia de Ba2 para Ba3. Na prática, significa que a companhia terá mais dificuldade para ter acesso ao crédito.



A decisão da agência "reflete o aumento dos riscos relacionados a potenciais processos judiciais futuros; à governança da empresa e à liquidez, nos quais, atualmente, há visibilidade limitada”, disse a Moody's em nota. A Fitch também rebaixou o rating da JBS e assim como a Moody's, colocou a nota em observação não descartando um novo downgrade.


O foco da holding J&F, neste momento, é no fechamento do acordo de leniência com o Ministério Público Federal (MPF). O MPF cobra 11,169 bilhões (5,8% do faturamento do grupo), que seria paga em dez anos, mas o acordo ainda não foi fechado.



A empresa teria feito uma contraproposta, inicialmente, de pagar 1,4 bilhão de reais, mas o MPF negou. Depois, a empresa subiu a oferta para 4 bilhões, o que foi negado novamente. As negociações devem seguir nos próximos dias. Para levantar o dinheiro necessário para quitar a multa, a holding deve começar um processo de venda de ativos.



Oficialmente, o grupo nega que esteja colocando a venda sua participação nas empresas da J&F, mas já começam a sair notas nos jornais apontando que ele colocaria à vendas alguns negócios, como a Alpargatas, e a Eldorado Celulose, noticiou o colunista Laura Jardim, de O Globo. Os rumores de venda chegaram a fazer as ações da empresas subirem na semana passada.


Atualmente, a JBS é a maior empresa de proteína animal do mundo, processando carnes bovina, suína, ovina e também de frango, com 220 fábricas empregando mais de 230.000 pessoas no Brasil e no estrangeiro.



Dona de marcas bastante conhecidas como a Friboi e a Seara, a companhia fechou 2016 com um faturamento líquido de 170 bilhões de reais. Neste primeiro trimestre, obteve um lucro líquido de 1,2 bilhão de reais nos primeiros três meses do ano. As empresas dos irmão Batista, entretanto, vão muito além do frigorífico.



Hoje, eles controlam, por meio da holding J&F, empresas de derivados de leite (Vigor), celulose (Eldorado Brasil), produtos de higiene e limpeza (Flora), calçado e vestuário (Alpargatas, fabricante das sandálias Havaianas), energia (Âmbar), do setor de agronegócios (Oklahoma e Floresta Agropecuária), além do banco Original e a emissora de televisão Canal Rural.


Para tentar amenizar o momento conturbado pós-delação, o conselho da J&F decidiu afastar o delator Joesley Batista do comando da empresa e nomeou o executivo Tarek Farahat para o posto. A JBS também anunciou que criará um "comitê de governança", liderado por Farahat para "implementar as melhores práticas globais em governança corporativa".


Na mira da CVM


Novos efeitos colaterais da delação podem agravar o quadro dos Batista com possíveis punições da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) caso seja comprovado o uso de informações privilegiadas pela holding.



A autarquia investiga, em um dos sete processos abertos contra a JBS, se a empresa lucrou com a compra de dólares antes da divulgação da delação, sabendo que a divulgação dela afetaria o câmbio.



A CVM também informou que vai apurar quem eram os controladores da Blessed Holdings, uma offshore que detinha desde 2009 uma participação minoritária na empresa controlada pelos irmãos Batista, e que voltou às mãos dos empresários goianos na semana passada.



O dono da Blessed sempre foi uma incógnita e agora cresce a suspeita de que o sócio misterioso era uma artimanha dos proprietários para garantir benefícios fiscais.


Uma eventual condenação pela CVM pode chegar a inviabilizar as negociações do processo de leniência, já que fica decidido no acordo que a empresa se compromete a não cometer novos ilícitos, além de confessar os crimes já cometidos.


No início do mês, a JBS já havia sido notícia, quando foi alvo da Operação Bullish, que investiga irregularidades no repasse de 8,1 bilhões reais do BNDES à companhia. Outro abalo sofrido pela JBS foi a operação Carne Fraca, que apurou o pagamento de propinas para que carnes irregulares da empresa fossem vendidas.



A operação derrubou o valor das ações da empresa e a reputação da marca. No ano passado, a holding também foi alvo da Operação Greenfield, que apura irregularidades nos investimentos de fundos de pensão na Eldorado Celulose, pertencente à J&F.


Boicote às marcas


Se não bastasse a enxurrada de processos legais e as investigações contra a companhia, a JBS precisa ainda lidar com as campanhas de boicote que consumidores e empresas têm feito às marcas do grupo.



Até o respeitado Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC) está estimulando que os brasileiros evitem a compra de produtos da marca. “O Idec apoia essas mobilizações, pois considera que deixar de comprar produtos é um importante instrumento de pressão da sociedade para que empresas passem a dar importância aos seus anseios e mudem comportamentos danosos e antiéticos”, diz o instituto em comunicado, listando todas as marcas da holding J&F.



Em Curitiba, uma das churrascarias mais famosa da capital anunciou o boicote às carnes da JBS através de uma faixa colocada na fachada do estabelecimento. "Em respeito ao Brasil, a sociedade e aos trabalhadores desse país, informamos que a partir da presente data não trabalhamos mais com produtos da linha JBS", diz o comunicado.



Os supermercados também já estão de olho no impacto que as delações terão na imagem da JBS e como refletirá nas escolhas dos consumidores. De acordo com reportagem do jornal O Globo, executivos dos principais supermercados já avisaram aos principais concorrentes das marcas do grupo que aumentem a produção, pois temem o tamanho do boicote.


"Será preciso ver o tamanho desse movimento popular, mas os supermercados podem rescindir contratos por conta dos escândalos. Nos contratos mais modernos se estabelecem regras de rescisão por violação de lei, como é o caso da JBS, e também por dano à reputação", explica Salim Jorge Neto, coordenador do MBA de Compliance da FGV.



Na opinião de Neto, o efeito dos crimes de corrupção deve ser bem menor, no entanto, fora do Brasil. "Nenhum importador americano, por exemplo, vai deixar de comprar uma carne da JBS só porque ela está envolvida em corrupção. Um consumidor americano também não deixará de comprar uma havaiana em uma loja de departamento, não é o mesmo sentimento", diz.


Bancos públicos também perdem com a crise da JBS


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) e a Caixa Econômica Federal também estão sentindo os efeitos colaterais da crise instaurada na JBS após a delação dos sócios da companhia.



Maiores acionistas da companhia depois dos seus controladores - a família Batista - os dois bancos públicos perderam, neste ano, cerca de 3,4 bilhões de reais com a queda brusca das ações da JBS, de acordo com estudo feito pela Economática. As duas instituições detêm hoje, juntas, 26,24% de participação na empresa.


O prejuízo com a queda das ações, entretanto, ainda não é concreto já que os bancos não venderam os papéis que têm oscilado de valor e podem recuperar-se nos próximos meses.



"É muito difícil quantificar quanto é a perda, é pouco conclusivo ainda olhar a variação das ações em um intervalo de poucos dias e já inferir se houve perda de patrimônio por parte das instituições. Mas certamente é uma preocupação", pondera o economista Mauro Rochlin.


Na avaliação de Rochlin, os dois bancos públicos podem enfrentar , no entanto, um problema maior caso a empresa não sobreviva à crise instaurada na companhia e venha a pedir uma recuperação judicial. "Além de acionista, o BNDES também é credor da JBS, aportou grande quantidade de empréstimos. Se no limite, a JBS enfrentar dificuldades insuperáveis, a extensão do prejuízo será outra", diz.


A JBS se tornou a maior empresa de carnes do mundo com a ajuda do BNDES. A companhia foi uma das escolhidas pelos governos de Lula e Dilma Rousseff para participar da política das "campeãs nacionais", tendo acesso a empréstimos e financiamentos de bancos públicos a taxas menores.



Entre 2006 e 2016, o faturamento da JBS saltou de 4 bilhões de reais para 170 bilhões, impulsionado principalmente por novas aquisições da holding, como a compra das empresas americanas Swift e Pilgrim’s Pride, que foram financiadas pelo banco público.


Se comprovadas as delações de Joesley Batista, no entanto, a construção da “campeã nacional” JBS, só terá sido possível graças ao pagamento de propinas.Segundo o empresário, o frigorífico exercia influência no BNDES por meio do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega.



Segundo o depoimento de Batista, ele pagava uma propina de 4% do valor de cada contrato de empréstimo aprovado pelo banco público, como também pelos aportes financeiros feitos pelo BNDESpar, o braço da instituição que investe em ações da holding.



El País

Brasil : EDUCAÇÃO
Enviado por alexandre em 27/05/2017 19:38:22


MEC volta atrás em critério de oferta de EaD para ensino fundamental
Além da oferta no ensino básico, o decreto traz mudanças na oferta pelo ensino superior, flexibilizando regras de fiscalização.


O Ministério da Educação (MEC) voltou atrás e decidiu alterar o decreto publicado hoje (26), que estabelece as diretrizes para a educação a distância (EaD). O decreto assinado pelo presidente Michel Temer e pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, permitia que as escolas ofertassem educação a distância para estudantes dos anos finais do ensino fundamental regular, do 6º ao 9º ano, que estejam "privadas da oferta de disciplinas obrigatórias do currículo escolar".

A pasta divulgou nota na noite desta sexta-feira dizendo que houve um erro no material e que a retificação "será enviada para publicação na próxima segunda-feira [29]". Com isso, a redação que volta a valer é a do Decreto 9.057 de 25 de maio de 2005.

O decreto publicado hoje abria espaço para que redes de ensino públicas e privadas que não conseguissem, por algum motivo, ofertar disciplinas obrigatórias no ensino fundamental presencialmente o fizessem a distância.

A EaD para o ensino fundamental seguirá podendo ser ofertada em casos emergenciais, a estudantes que: por motivo de saúde, estejam impedidos de acompanhar o ensino presencial; estejam no exterior; vivam em localidades que não possuam rede regular de atendimento escolar presencial; sejam transferidas compulsoriamente para regiões de difícil acesso, incluídas as missões localizadas em regiões de fronteira; estejam em situação de privação de liberdade.

No caso do ensino médio, a oferta de EaD ainda terá os critérios definidos pelo MEC em conjunto com os sistemas de ensino, Conselho Nacional de Educação (CNE), conselhos estaduais e distrital de educação e secretarias estaduais e distrital para a aprovação de instituições que desejem ofertar a modalidade.

Além da oferta no ensino básico, o decreto traz mudanças na oferta pelo ensino superior, flexibilizando regras de fiscalização. As medidas foram elogiadas pelo setor privado.

AGÊNCIA BRASIL

Brasil : DITADURA?
Enviado por alexandre em 27/05/2017 01:48:15


"Calma, 2017 não tem parentesco com 1964"

Postado por Magno Martins às 15:18

Clovis Rossi, da Folha de São Paulo

Tornou-se recorrente nas redes sociais e mesmo em parte da mídia tradicional afirmar que a convocação do Exército pelo presidente Michel Temer trazia ecos de 1964 e, por extensão, da ditadura que então se instalou.

Bobagem. Em 1964, as Forças Armadas saíram dos quartéis para tomar o poder. Agora, para proteger o poder ou, mais precisamente, os edifícios que são símbolos do poder. É, pois, completamente diferente.

Não que seja digna de aplausos a iniciativa do governo Temer. Ao contrário. Mas daí à evocação de 1964 é incidir no típico raciocínio "fast food" que assola a pátria: fácil e rápido de fazer, mas de gosto no mínimo discutível.

Não há, a rigor, muitos pontos de contato entre 2017 e 1964. Para começar, havia, então, uma disputa pelo poder entre projetos realmente antagônicos. Havia, há 50 e tantos anos, um Partido Comunista que era comunista de verdade. E havia, ainda por cima, a tal de Guerra Fria, em que países como o Brasil serviam de peões para uma batalha ideológica.

Vencida, pelo capitalismo, a guerra ideológica, a disputa limita-se apenas a como administrá-lo, não mais à substitui-lo.

Hoje, a disputa pelo poder não envolve projetos realmente antagônicos. Luiz Inácio Lula da Silva enterrou o projeto que seria antagônico ao que Michel Temer representa ao dizer que tudo o que o PT pregava enquanto esteve na oposição não passava de "bravata".

Tanto não são antagônicos que Henrique de Campos Meirelles foi o ministro da Fazenda "de facto" de Lula, como presidente do Banco Central, e é o ministro da Fazenda "de facto" e de direito de Michel Temer. E, ainda por cima, um presidenciável ou, no mínimo, ministro da Fazenda também do esquema que assumirá o governo se e quando Temer cair.

Vamos deixar de fantasias. A ideia de que "todo o poder emana do povo" (parágrafo único do artigo 1º da Constituição) é hoje, ao menos no Brasil, uma balela. Todo o poder emana dos agentes de mercado. Ponto.

Tanto que na discussão em torno da sucessão de Temer, não se debate uma agenda que possa ser defendida e implementada pelo sucessor. Procura-se apenas um sucessor que possa tocar a agenda que já está posta pelo esquema de poder agora encurralado.

"The Economist", na edição que está nas bancas, diz, claramente: "Fique Temer ou saia, o melhor que o Brasil pode esperar agora é um presidente fraco que possa terminar o que ele começou, no restante do presente mandato, que vai até o fim do próximo ano".

O que "ele começou" é uma agenda imposta pelo mercado. Pode ser certa, pode ser errada, mas certamente não é uma escolha democrática.

Trata da necessária estabilização da economia, mas nem tangencia os imensos problemas da pátria, que vão muito além. Nada há nela que, por exemplo, permita enfrentar a obscena pobreza (73 milhões de brasileiros sobrevivem com no máximo meio salário mínimo, conforme dados do Ministério de Desenvolvimento Social, ainda no tempo de Dilma, ou seja, após 13 anos de poder do PT, supostamente pró-pobres, mas de fato pró-mercado).

Nada há também sobre a igualmente obscena desigualdade, retratada, por exemplo, no fato de que são necessários 14 anos para que os beneficiários do Bolsa Família, os pobres entre os pobres, recebam o que os favorecidos pela Bolsa Juros recebem em apenas um ano –e são os ricos entre os ricos.

Nem vale a pena falar de educação, saúde, serviços públicos, infraestrutura, problemas crônicos.

O que há de positivo, na comparação 2017/1964, é o fato de que, então, a oposição ao governo de turno cobrava que os militares rasgassem a Constituição –o que de fato fizeram. Agora, ao contrário, qualquer proposta de remoção do presidente obedece aos mandamentos constitucionais. Impeachment está na Constituição, eleição indireta está na Constituição e até emenda para estabelecer a eleição direta, em vez da indireta, faz parte das regras constitucionais do jogo.

O funcionamento das instituições estabelece uma diferença definitiva entre 2017 e 1964: o golpe de 64 resultou em presos políticos – o que é abominável. Já as instituições de 2017 estão gerando políticos presos (e empresários também)– uma saudável novidade.

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