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Brasil : MULHER/CORPO
Enviado por alexandre em 10/06/2021 23:42:50

Veja 10 coisas que nós mulheres gostaríamos de saber antes sobre o nosso corpo

Com relação ao nosso corpo e nossa vida, é sempre bom ter suas próprias experiências de vida, em vez de ter tudo explicado. No entanto: alguns insights teriam sido apreciados anteriormente.

 

… por exemplo, o conhecimento que diz respeito ao nosso corpo. Se soubéssemos certas coisas antes, poderíamos nos poupar alguns complexos, medos, erros e nervos.

 

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1. A vida deixa rastros


Você não só descobre rugas, espinhas ou marcas de nascença e cicatrizes ao longo do tempo. Isso é completamente normal e só acontece no decorrer da vida. Tudo isso mostra que você gosta e viveu a vida plena, em vez de ficar em casa e cuidar de si mesmo linda e perfeitamente. Chame-as de trilhas de aventura e fique ao lado de todos esses pequenos sinais em seu corpo.

 

2. Os homens não gostam necessariamente de 90-60-90

 

Se todas as mulheres tivessem medidas de modelo e um corpo uniforme, a vida seria muito chata. É bom que, em algum momento, percebamos que somos apenas o que somos, únicos e excelentes. Felizmente, os gostos dos homens são tão diversos quanto nós, mulheres. A propósito: muito poucos homens gostam de modelos com quadris de menino.

 

 

3. Suas supostas falhas são o que te tornam única


Nariz grande, sardas, pelos finos e panturrilhas fortes? E daí? Isso é exatamente o que você é e o que o torna especial. Até mesmo o homem que ama você vai achar exatamente isso tão distinto em você.

 

4. Os homens veem muito bem a beleza interior


Nem todo homem gosta de Gisele Bündchen ou seja lá o que for. Os homens gostam de mulheres que se sentem confortáveis com seus corpos e que têm caráter. Isso a torna mais bonita do que qualquer mulher tamanho zero. Portanto, aceite o seu corpo como ele é e prossiga com orgulho pela vida com um sorriso.

 

5. Sexo é melhor quando você pega leve


Depois de ler 1000 artigos e guias sobre posições e conversas picantes, percebemos: O sexo é mais gostoso quando estamos simplesmente relaxados. Todo o resto é irrelevante.

 

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6. Existem zonas mais erógenas do que as usuais


Existem muitas partes do corpo que são extremamente sensíveis ao toque. E é incrivelmente bom descobri-los com outra pessoa.

 

7. Seu corpo vai começar a sofres depois dos 30 anos


É incrível como parece que liga uma peça que antes não fazia o menor sentido pra você. Depois do 30 anos, sair para beber todas as noites pode até ser bom, mas você vai precisar de uma boa dose de remédios para dor de cabeça pois a ressaca vai ser maior.

 

 

8. A depilação na área genital não é uma boa ideia


Experimentado e verificado uma vez: depilação na área genital. Você também pode se atormentar e sofrer de maneira diferente.

 

9. Sua própria fragrância é a melhor


O que costumava ser embrulhado em fragrâncias espessas de perfume. Principalmente antes de um encontro. O perfume do seu corpo é o mais lindo para quem te ama.

 

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Fotos: Reprodução 

 

 

10. Ame e respeite o seu corpo

 

Não há nada que você possa fazer para não envelhecer. Mas você deve ter cuidado com seu corpo. Cuidado com sua dieta, dentes, cabelo e ossos. Isso vai evitar muitos problemas na velhice. 

 

Fonte: We Fashion Trends

Brasil : EM ROTA
Enviado por alexandre em 09/06/2021 00:26:45

Fim do sigilo revela troca de acusações entre PGR e PF
  • Mariana Schreiber - @marischreiber
  • Da BBC News Brasil em Brasília
Manifestantes seguram cartazes pedindo fechamento do STF e do Congresso durante ato pró-Bolsonaro

Crédito, Sergio Lima/AFP E GETTY IMAGES

Legenda da foto,

Durante atos em 2020, manifestantes exibiram diversos cartazes contra a democracia

A Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Polícia Federal (PF) entraram em rota de colisão sobre a continuidade ou não da investigação sobre possível envolvimento de autoridades na convocação de atos antidemocráticos nos primeiros meses de 2020.

Naquele período, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro realizaram manifestações que reivindicavam o uso das Forças Armadas para fechar o Congresso Nacional e o Supremo.

Ao longo do ano passado, o inquérito investigou ativistas bolsonaristas, servidores públicos e legisladores, incluindo Eduardo Bolsonaro (deputado federal do PSL/RJ) e Carlos Bolsonaro (vereador do Republicanos/RJ), filhos do presidente.

Em meio ao embate sobre a continuidade ou não da apuração, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do caso, determinou o fim do sigilo do inquérito nesta segunda-feira (07/06). Cabe a ele decidir se a investigação será ou não arquivada.

O fim do sigilo do inquérito revela trocas de acusações entre as duas instituições atuantes no inquérito.

De um lado, a PF diz em seu relatório final, de janeiro deste ano, que não conseguiu aprofundar alguns aspectos da investigação porque diligências solicitadas em junho de 2020 não foram autorizadas após discordância da PGR.

De outro, a PGR acusa a Polícia Federal de não ter conduzido uma investigação eficiente ao longo de meses de apuração e diz que a PF deixou de realizar uma série de análises dos materiais apreendidos nas ações de busca e apreensão.

Eduardo Bolsonaro e Jair Bolsonaro, desfocado, está à frente do filho

Crédito, JOEDSON ALVES/EPA

Legenda da foto,

Entre investigados no inquérito, está o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL/RJ), filho do presidente

Para o vice-procurador-geral Humberto Jacques, que assina o pedido de arquivamento apresentado em 4 de junho, a falta de resultados obtidos pela PF justificam o encerramento do inquérito contra autoridades com foro no STF.

Ele, porém, concordou com o pedido de abertura de outros seis inquéritos pela PF para apurações mais específicas de possíveis crimes cometidos por pessoas que não têm prerrogativa de função. Nesse caso, o vice-PGR recomendou que as investigações sejam remetidas à primeira instância.

O que a PF apurou e o que mais quer investigar?

O inquérito dos atos antidemocráticos foi aberto em abril de 2020, e em janeiro deste ano a PF apresentou seu último relatório à PGR com as conclusões das investigações e pedidos de novas apurações.

No período de investigação, seguindo determinação de Alexandre de Moraes, foram colhidos 56 depoimentos de acusados e testemunhas, assim como foram cumpridos mandados de busca e apreensão e de quebra de sigilo bancário e fiscal contra ativistas e parlamentares bolsonaristas. Foram também requisitadas informações a empresas de redes sociais.

No relatório final, a Polícia Federal diz "a investigação permitiu identificar a existência de um grupo de pessoas que se influenciam mutuamente, tanto pessoalmente (em manifestações públicas, por exemplo), como por meio de redes sociais digitais (…), com o objetivo de auferir apoio político-partidárias por meio da difusão de ideologia dita conservadora, polarizada à direita do espectro político."

Como indício da existência de pessoas dentro dessa articulação que estariam atuando contra as instituições democráticas, o relatório cita um manuscrito encontrado na residência do blogueiro Allan dos Santos, um dos investigados, que coloca como "fim último" das manifestações de rua "derrubar os governadores/prefeitos".

O relatório detalha ainda uma análise da PF sobre contas banidas no ano passado pelo Facebook por comportamento inautêntico (contas que atuam em conjunto para enganar as pessoas sobre quem são e fazem, por exemplo ao se passar falsamente por páginas jornalísticas). A PF diz que identificou que esses perfis foram acessados de dentro do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro.

A PF, porém, diz que necessita de mais prazo para investigar se a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) direcionou recursos a "canais incumbidos da produção e da difusão de propaganda, em meios de comunicação (Twitter, YouTube,Facebook), de processos ilegais para alteração da para alteração da ordem política ou social, bem como para incitar parcelo da população à subversão da ordem política ou social e à animosidade das Forças Armadas contra o Supremo Tribunal/ Federal e o Congresso Nacional".

Além disso, a PF argumenta que outra possível forma de uso de recursos públicos na organização de atos antidemocráticos é o fato de alguns dos envolvidos nas manifestações terem obtido cargos no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, pasta comandada por Damares Alves.

Por isso, a Polícia Federal defende a necessidade de aprofundar também essa investigação, citando como exemplo a ativista Sara Giromini, que foi coordenadora do ministério e é uma das principais lideranças de manifestações pelo fechamento do STF. Conhecida como Sara Winter, ela chegou no ano passado a ser presa por dez dias por determinação do ministro Alexandre de Moraes.

O relatório cita ainda outras pessoas investigadas por envolvimento nos atos antidemocráticos que atuaram no ministério de Damares, como Sandra Eustáquio, ex-secretária da pasta e mulher de Oswaldo Eustáquio (jornalista que também chegou a ser preso dentro do inquérito).

Ministro Alexandre Moraes

Crédito, ROSINEI COUTINHO/SCO/STF

Legenda da foto,

O ministro do STF Alexandre de Moraes determinou nesta segunda-feira (07/06) o fim do sigilo do inquérito sobre manifestações antidemocráticas de 2020

A PF alega que não conseguiu aprofundar a investigação desses dois pontos, a atuação da Secom e de servidores da pasta de Damares, porque não foram autorizadas diligências solicitadas em junho de 2020.

Segundo o relatório final da PF, o objetivo era "permitir a obtenção direta dos dados sob domínio de órgão público e entidades privadas, sem que houvesse risco de manipulação/preparação das informações".

Ainda segundo o órgão, "não foi possível obter informações aptas a verificar se a SECOM adotou medidas que impedissem o direcionamento de recursos federais aos canais, ou se não teria impedido a utilização de backlists (hiperlinks que redirecionam o usuário paro outro site) em sítios governamentais, aumentando a autoridade de domínio e permitindo a promoção de alguns dos canais".

"Não houve aprofundamento no entendimento de quais seriam os mecanismos de filtragem eventualmente disponíveis e/ou empregados pela SECOM, bem como quem seriam os servidores do governo federal diretamente responsáveis pelas ações/omissões que, de alguma forma, beneficiariam os canais indicados", diz também o documento.

Os argumentos da PGR

A PGR, por sua vez, faz duras críticas ao trabalho da PF em sua manifestação pelo arquivamento do inquérito, apresentada cinco meses após o relatório final.

O vice-procurador-geral Humberto Jacques, inclusive, diz que a demora em apresentar a manifestação decorreu das falhas no relatório.

"Acreditava-se que seis meses serviriam para uma extensa e percuciente exploração do conjunto arrecadado", disse, em referência ao material levantado na investigação.

"O que se viu, no entanto, foi o envio de um emaranhado de atos dispersos e repetidos em dezenas de apensos e anexos, sem um mínimo de sistematização, prejudicando, assim, a atuação célere deste órgão do Ministério Público Federal, que se viu forçado a dedicar pessoal e significativa parte do tempo que deveriam ser utilizados na apreciação de outros inquéritos ao saneamento deste", criticou.

Humberto Jacques diz que parte do material apreendido não foi analisada pela PF, mesmo tendo sido classificado como de alta relevância, como "os bens apreendidos com Emerson Rui Barros dos Santos, Érica Viana de Souza e Arthur Castro, do grupo "Os 300 do Brasil", Alberto Junio da Silva, do canal "Giro de Notícias", Adilson Nelson Dini, do canal "Ravox Brasil", Emerson Teixeira de Andrade e Anderson Azevedo Rossi, do canal "Foco do Brasil".

O vice-PGR também que não é possível saber se foram analisados "os bens recolhidos nos endereços de Otavio Oscar Fakhoury, Allan Lopes dos Santos e Sara Fernanda Giromini (…) dado que os informes de exploração dos objetos correspondentes a cada um destes três alvos não contêm discrímens (não foram discriminados) com essa observação".

Em outra crítica à PF, a manifestação da PGR diz que "não foi encontrado nos diversos volumes que passaram a compor o inquérito, o auto de apreensão dos dois discos rígidos e dos dois aparelhos de telefonia celular encontrados com Fernando Lisboa da Conceição. Idêntico problema foi verificado em relação aos discos rígidos e aparelhos de telefonia celular de Otavio Oscar Fakhoury".

Bolsonaro em meio a manifestantes e ao lado de bandeira do Brasil, com dedo em riste

Crédito, EVARISTO SA/AFP e Getty Images

Legenda da foto,

Presidente participou em abril de 2020 de manifestação que pedia 'intervenção militar'

Para Humberto Jacques, "essas falhas dificultam a compreensão das próprias informações, diminuem a percepção de sua relevância, impedem que elas sejam relacionadas entre si e, consequentemente, obstam a visão integral do fenômeno".

Em outro trecho, o vice-PGR diz ainda que a PF deixou de apurar informações financeiras dos acusados, "na medida em que os dados encaminhados pelo Banco Central do Brasil, devidamente compartilhados pelo Ministério Público Federal com a Polícia Federal, não foram examinados pelo órgão".

Após essas críticas, a manifestação pelo arquivamento sustenta que a investigação criminal não pode se alongar "sobretudo quando lança suspeição difusa sobre a política sem demonstração cabal de elementos por investigadores profissionais".

"Não parece crível que, após o decurso de mais de um ano dos fatos investigados, a Polícia Federal será capaz de esgotar, em um prazo que possa ser considerado 'razoável', as muitas diligências que deveriam ter sido realizadas pelo órgão no tempo próprio", argumenta ainda o vice-PGR.

Por outro lado, a manifestação apoia a abertura de seis inquéritos na primeira instância judicial para investigar pessoas sem foro privilegiado. Entre os focos dessas propostas de investigação estão possíveis ilegalidades no financiamento do site Terça Livre, do blogueiro Allan do Santos, devido a doações volumosas feitas por alguns servidores públicos. Outro foco são supostas tentativas de obstruir os trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito das Fake News.

Brasil : GLOBO/MULTAS
Enviado por alexandre em 09/06/2021 00:21:06

Receita aplica multas de até R$ 10 milhões a artistas da Globo

A Receita Federal voltou a aplicar multas a artistas da Globo que mantiveram contratos como pessoa jurídica (PJ) com a emissora nos últimos anos. Entre as punições aplicadas pelo Fisco está uma multa de R$ 10 milhões a uma das atrizes investigadas. Além dos artistas, a Receita ampliou sua investigações para vínculos da empresa com autores e diretores.

O advogado tributarista Leonardo Pietro Antonelli, que representa a maioria das celebridades nessa ação, acusa a Receita de fazer um confisco tributário com a aplicação das multas e diz que tem atuado na tentativa de cancelar essas cobranças.

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– Com todo o respeito à Receita Federal, entendemos que todos os tributos devidos já foram pagos na pessoa jurídica (leia-se, empresa). Cobrar tudo de novo na [pessoa] física é estar cobrando duas vezes pelo mesmo serviço – aponta o advogado.

Em abril, o colunista Ricardo Feltrin, do UOL, divulgou que o âncora William Bonner e outros 20 profissionais que prestam serviços à rede Globo haviam sido atuados sob a mesma premissa. A líder de audiência é o principal alvo da operação contra a “pejotização”, que também já atingiu jornalistas da Record, do SBT e da CNN Brasil.

A defesa mantém sob sigilo os nomes de quem já recebeu as notificações de pagamento. Mas, na lista de investigados, estão celebridades como Deborah Secco, Reynaldo Gianecchini, Malvino Salvador e Maria Fernanda Cândido.

Brasil : TÁ LIBERADO!
Enviado por alexandre em 09/06/2021 00:07:58

Câmara aprova texto que autoriza o uso da maconha para fim medicinal

Por apenas um voto de diferença, foi aprovado nesta terça-feira, 8, na Comissão Especial da Câmara o texto base do projeto que autoriza o cultivo de maconha no Brasil para fins medicinais, veterinários, científicos e industriais. Com a bancada bolsonarista se opondo à proposta, a votação terminou empatada em 17 a 17. O desempate acabou sendo feito pelo relator do texto, o deputado Luciano Ducci (PSB-PR).

 

Ainda estão sendo discutidos os destaques dentro da Comissão. Quando esse processo for concluído, o texto seguirá para apreciação do plenário da Câmara. A bancada governista planeja pressionar politicamente o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para que a proposta demore a ser colocada em pauta.

 

Durante a sessão, deputados alinhados com o presidente Jair Bolsonaro, como Osmar Terra (MDB-RS), afirmaram que a votação do texto representa mais um passo para a liberação do uso da maconha no Brasil e chamaram a proposta de “marco legal da maconha”.

 

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Os defensores da projeto rebateram as críticas e lembraram que o projeto vai facilitar a produção de remédios de difícil acesso e de alto custo. “Esses negacionistas que defendem a cloroquina vão continuar com seu discurso falacioso, enquanto nós vamos continuar defendendo a ciência”, afirmou o deputado Rafael Motta (PSB-RN).

 

 

Fonte: Revista IstoÉ

Brasil : A CONTINUIDADE
Enviado por alexandre em 07/06/2021 09:22:32

Como otimismo exagerado pode prejudicar decisões e futuro

A vida de Gina Vangeli não tem sido fácil. Quando criança, ela sofreu bullying; na vida adulta, enfrentou abusos, o término de dois casamentos e problemas de saúde recorrentes — incluindo ser atropelada por um caminhão em 2016.

No ano passado, a covid-19 acabou com o ganha-pão da chef de confeitaria de 52 anos.

Para sobreviver, a mãe solteira de quatro filhos em Melbourne, na Austrália, trabalha como voluntária em um banco de alimentos em troca de cestas básicas e também vende móveis de segunda mão.

Ela se manteve produtiva durante os longos meses de lockdown, escrevendo um livro, fazendo cursos e reformulando seu negócio de confeitaria para incluir um serviço online.

"Eu vi a pandemia como um novo capítulo na minha vida", diz ela.

"Não foi um capítulo ruim. E terminará em breve. No momento, estou sinceramente muito animada em relação ao futuro e para onde meu negócio está indo. As crianças estão mais velhas e sinto que vou ter mais tempo livre."

Vangeli vê o lado bom da vida.

Ela tende a superestimar a probabilidade de eventos positivos acontecerem com ela e, consequentemente, subestimar os potencialmente negativos.

Isso é conhecido como 'viés do otimismo', algo que 80% da população global possui em algum grau.

Pensar positivo é uma marca evolutiva, uma vez que facilita vislumbrar o que é possível, nos permitindo ser corajosos e inovadores.

Os níveis de viés do otimismo variam de acordo com nosso estado mental e as circunstâncias presentes, e há maneiras de moderá-lo ou aumentá-lo.

Isso é bom, porque o excesso de otimismo pode levar a subestimar o risco.

Entender onde você se encontra no espectro do otimismo pode te ajudar a ajustar seu viés — e talvez até mesmo fazer escolhas melhores.

'Resistente perante a realidade'

Na raiz do viés do otimismo estão dois pressupostos: primeiro, que possuímos mais características positivas do que as pessoas em geral; segundo, que temos algum tipo de controle sobre o mundo ao nosso redor.

"Sem [o viés do otimismo], a espécie humana não teria progredido", diz Shelley Laslett, CEO da Vitae.Coach, com sede em Sydney, que usa neurociência e tecnologia como ferramenta de coaching de negócios.

Laslett considera o viés do otimismo como o traço que nos permite tentar coisas novas e potencialmente difíceis, porque nos dá uma certa confiança de que vai dar certo.

Também nos impede de nos preocupar com incertezas, como o futuro.

Gina Vangeli

Crédito, Gina Vangeli

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Gina Vangeli acredita que seu otimismo é um ativo, sobretudo em tempos difíceis

O que é mais surpreendente sobre esse viés, diz Tali Sharot, professora de neurociência cognitiva na University College London (UCL), no Reino Unido, é que ele é "resistente perante a realidade".

Apesar dos eventos negativos inesperados que acontecem conosco — ou de vê-los no noticiário — são os eventos positivos que tendem a deixar a maior marca em nossos sistemas de crenças.

Simplesmente "aprendemos melhor" com as coisas boas que acontecem ao nosso redor, o que perpetua o viés. Tendemos a dar menos crédito a acontecimentos ruins — e algumas pessoas os ignoram completamente.

O excesso de otimismo, no entanto, pode levar a uma avaliação inadequada de riscos potenciais. Um exemplo comum são organizadores de eventos subestimando orçamentos e prazos.

Também pode significar deixar de fazer um seguro, ou não usar capacete ao andar de bicicleta — ou talvez até pegar covid-19 por complacência.

"Pessoas com viés de otimismo pensam: 'Farei a coisa certa tomando precauções e, portanto, tenho menos probabilidade de pegar covid-19 do que outros''', explica Sharot, que escreveu vários livros sobre otimismo.

"Elas também podem acreditar que são mais saudáveis ​​do que as pessoas em geral ou têm genes que as tornam mais resistentes."

O viés do otimismo ocorre com prevalência igual em toda a população global, mas a cultura desempenha um papel ao influenciar o quão otimistas ou pessimistas as pessoas se consideram.

Em culturas nas quais o otimismo é considerado uma coisa boa, como nos Estados Unidos e na Austrália, as pessoas têm mais probabilidade de se identificarem como otimistas, explica Sharot.

"Em culturas como da França e, até certo ponto, do Reino Unido, é mais provável que elas se digam realistas ou até mesmo pessimistas. Mas os testes provam que elas têm, na verdade, viés de otimismo."

Apenas 10% dos indivíduos são considerados livres de viés — mas uma em cada duas pessoas com viés de otimismo acredita ser livre de viés.

Outros 10% têm viés de pessimismo — advogados são encontrados com frequência neste grupo.

Cerimônia de abertura Jogos Olímpicos

Crédito, Alamy

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Jogos Olímpicos, na maioria das vezes, extrapolam orçamento previsto inicialmente devido a excesso de otimismo

"Não está claro se é porque pessoas mais pessimistas decidem se tornar advogadas ou se o fato de ser treinado para procurar o pior cenário reduz o otimismo", diz Sharot.

A idade talvez seja a influência mais marcante.

"O viés do otimismo chega ao fundo do poço na meia-idade", observa a neurocientista.

"Um dos motivos pode ser o estresse, porque sabemos, por meio de experimentos, que o estresse reduz o viés do otimismo. O estresse é maior durante a meia-idade, potencialmente porque há muita coisa acontecendo, quando se cuida de crianças, pais idosos e se leva uma vida profissional agitada."

Os pesquisadores descobriram que o viés do otimismo é um produto tanto da natureza quanto da educação. Estudos com gêmeos, por exemplo, mostram que a genética desempenha um papel de 30% a 40%, enquanto a criação responde pelo resto.

Isso é útil porque compreender o papel que o viés do otimismo desempenha em sua vida — e aprender como influenciar seus próprios níveis de otimismo — pode ajudar a aproveitar seus benefícios e evitar armadilhas.

Em nossas carreiras, por exemplo, o otimismo pode se tornar uma profecia autorrealizável, de acordo com Sharot.

"Se você acredita que coisas positivas vão acontecer, isso aumenta sua motivação para se esforçar mais e isso pode mudar o resultado real. E quando esperamos coisas positivas, ficamos mais felizes e isso tem um efeito positivo em nossa saúde, reduzindo coisas como a ansiedade."

O otimismo também está ligado ao sucesso em várias áreas, seja nos negócios, na política ou nos esportes.

Os CEOs tendem a ser mais otimistas do que as pessoas em geral, assim como os empreendedores, cujo otimismo aumenta ainda mais quando dão o salto para abrir seus negócios.

"Acho que é o otimismo que causa o sucesso, e não o sucesso que gera otimismo, embora tenha certeza de que é um pouco nas duas direções", avalia Sharot.

O psicólogo americano Martin Seligman ensina as pessoas a cultivar um ponto de vista mais otimista atribuindo causas permanentes a coisas positivas e causas temporárias a coisas negativas.

Uma pessoa pode dizer: 'Esse projeto deu certo porque sou um bom engenheiro'. Ou: 'O projeto fracassou porque não dediquei tempo suficiente a ele'.

A mensagem é que coisas boas acontecem por motivos inerentes ao indivíduo, enquanto coisas ruins são atribuídas a causas que podem ser remediadas, como preparações de última hora.

Isso cultiva uma visão positiva de nós mesmos que nos torna otimistas sobre perspectivas futuras.

Também é possível se proteger contra o lado negativo do viés do otimismo; a incapacidade de prever riscos com precisão. Os Jogos Olímpicos são notórios pelos orçamentos exorbitantes; uma pesquisa mostra que o custo médio estimado na candidatura para sede dos Jogos foi ultrapassado em mais de 200% desde 1976.

Isso acontece porque os organizadores tendem a ser excessivamente otimistas sobre quanto podem realizar e subestimar os prazos e custos associados.

Se os futuros candidatos à sede dos Jogos quiserem se proteger contra esse viés, podem ter essa pesquisa em mente e corrigir a previsão de gastos de acordo com ela, aumentando suas estimativas em 200% para evitar extrapolar tanto o orçamento.

Hoje em dia, instituições e empresas tentam se antecipar a esse viés; o guia do Tesouro britânico inclui uma seção abrangente sobre como corrigi-lo, por exemplo.

No ambiente de trabalho, Laslett sugere manter um diário de projeções e resultados para avaliar seu próprio nível de viés e ajustá-lo, se necessário.

Isso pode resultar, por exemplo, em reservar três semanas para concluir um projeto, em vez de duas.

"Durante uma reunião, banque o advogado do diabo. Pergunte: 'E se esses cenários acontecerem? Como vamos responder'? O plano de contingência pode ajudar a tornar um plano mais provável de refletir a realidade do que apenas o otimismo que alguém pode sentir em relação a uma iniciativa."

Ver a situação de todos os ângulos é sempre preferível, acrescenta Laslett.

"Qualquer força exagerada se torna uma fraqueza: isto é, o otimismo cego nunca é bom."

Mas um pouco de otimismo ajuda bastante.

Vangeli tem certeza de que o otimismo foi muito útil ao longo de sua vida, a incentivando até mesmo nas circunstâncias mais difíceis.

E esse mesmo otimismo pode muito bem alavancá-la para o sucesso quando a pandemia estiver sob controle e a vida normal — incluindo seu negócio de doces — puder recomeçar.

Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Work Life.

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