« 1 ... 377 378 379 (380) 381 382 383 ... 999 »
Brasil : O MUNDO TODO
Enviado por alexandre em 15/06/2021 09:13:31

Brasileiro que visitou todos os países em tempo recorde parte para nova aventura no mundo

Anderson Dias passou por todos os Estados do mundo reconhecidos pela ONU em 543 dias e agora, durante a pandemia, segue com nova viagem

Anderson Dias na Nicarágua
Um dos cliques de Anderson na Nicarágua, país na América Central (Foto: acervo pessoal)

“Viajar não é coisa de rico. É coisa de quem tem coragem”. As falas de Anderson Dias, primeiro brasileiro a conhecer todos os 196 países do mundo reconhecidos pela ONU em tempo recorde, soam como um incentivo para ele mesmo e aos viajantes determinados a desbravarem os mais longínquos cantos da Terra.

Em 2018, aos 25 anos, Anderson saiu de Recife (PE) e visitou todos os Estados soberanos do mundo em 543 dias, ou, mais precisamente, em um ano e 178 dias, sendo o humano mais rápido a realizar o feito. Ele superou o recorde da norte-americana Taylor Demonbreun, que completou a mesma viagem em 554 dias no mesmo ano.

Durante esta primeira viagem, ele dormiu nas ruas de Barcelona, curtiu uma festa com Neymar e outros jogadores famosos em Paris, atravessou a pé e sozinho a fronteira do Afeganistão – um país em guerra -, quase foi preso na Líbia e ainda foi deportado da República do Congo.

Tantos perrengues, aventuras e lugares incríveis puderam ser acompanhados em tempo real por seus seguidores no perfil do Instagram @196sonhos. Agora, um ano e cinco meses depois que foi ovacionado por familiares e fãs na porta do desembarque do aeroporto do Recife com o recorde quebrado, Anderson partiu para uma segunda aventura ao redor do mundo.

Desta vez, a proposta é diferente. A viagem começou no fim de maio na Costa Rica, cujas fronteiras estão abertas para brasileiros, e de lá foi para Nova York tomar a vacina contra a Covid-19. “Será uma viagem sem pressa, sem muitos planos. A gente espera que em até cinco anos termine todos os países”, afirma Anderson, que viaja acompanhado do colega Lucas Costa, que também já deu uma volta ao mundo.

Leia mais
Novo atlas dos países extintos explora lugares que saíram do mapa
Top 5: conheça cinco suítes de luxo ao redor do mundo
Japão lidera índice dos passaportes mais poderosos do mundo em 2021

A primeira volta na Terra

Nascido em Salvador (BA), mas radicado em Caruaru (PE), o pernambucano de coração tem origem humilde e chegou a vender capinhas nos ônibus de Recife para juntar dinheiro. A empreitada deu certo, fez um intercâmbio para a Europa por seis meses e voltou para o Brasil, onde fundou sua própria empresa.

Sua vontade de ser uma espécie de desbravador, dando a cara a tapa, como ele mesmo gosta de explicar, veio desde muito cedo. “Quando comecei a assistir a novela América [TV Globo], aquilo me fez sentir que eu não pertencia a um só lugar. Naquele momento senti um incômodo muito grande para poder viajar o mundo, só que eu não sabia o que era, era muito novo”, recorda. Em 2018, já não estava mais satisfeito com a mesmice e decidiu se arriscar.

Com a mala pronta, dinheiro e celular nas mãos, ele saiu do Brasil em maio daquele ano para dar início a aventura que mudaria sua vida. Primeiramente, Anderson foi de país em país pela América do Sul, passando por todos os continentes até chegar na África. Antes de pisar novamente em terras brasileiras, em 24 de novembro de 2019, seu último destino foi Cabo Verde, arquipélago vulcânico no noroeste africano.

Anderson Dias em Cabo Verde
Anderson Dias no aeroporto de Cabo Verde após quebrar o recorde mundial (Foto: reprodução/Instagram)

Ele saiu e voltou ao Brasil carregando uma mochila de costas, que deixou o país com cerca de 12 kg e retornou com 8 kg. “Voltou mais leve porque fui deixando coisas no caminho. Quando você faz uma viagem dessas não pode se apegar e não pode trazer presentinho, tem que pensar nas suas costas”, brinca.

Planejamento

O dinheiro para viajar pelo mundo veio da venda de sua empresa e de seu carro, mas, ao percorrer tantos países em pouco tempo, o financeiro foi apertando. Foi aí que ele passou a monetizar seu perfil no Instagram e a se sustentar como um influenciador digital novato.

Anderson Dias na Muralha da China
Anderson na Muralha da China, uma das sete maravilhas do mundo moderno (Foto: acervo pessoal)

Através de stories e posts, os seguidores foram aumentando – hoje já acumula mais de 1,1 milhão deles – e todos puderam acompanhar os deslocamentos do nordestino, uma das provas que usa para legitimar sua façanha.

O objetivo da viagem era conhecer o maior número de países no menor tempo possível, o que, aparentemente, necessita de um bom planejamento. Mas não no caso de Anderson: o planejamento para a viagem de 543 dias não durou mais do que três semanas. A vontade de sair pelo mundo era tanta que a execução era o fator mais importante.

Países traçados e hotéis reservados? Nada disso. Ele conta que decidia qual o próximo país no guichê das empresas e que, na maioria das localizações, ficou hospedado em hostels ou Airbnb – mais em conta e que possibilitam trocas de experiências com outros indivíduos.

“A maioria das pessoas tem sonhos, desejos e planos, mas a grande maioria não os põem em prática. Muitas vezes tem aquele sonho que está na gaveta esperando a hora certa. A hora certa não chega nunca! Nunca o dia vai ser perfeito ou a pista vai estar sem trânsito, sempre vai ter uma variável. É aí que vou na vida, isso pra mim é o que me faz sentir vivo”, categoriza.

Burocracia

Segundo o Itamaraty, portadores do passaporte brasileiro estão isentos de visto para viajar a turismo a mais de 150 países do mundo. Para aqueles que necessitam de visto, Anderson utilizava algumas artimanhas. “Sempre existia uma saída para tirar o visto”, revela.

“O mundo é menos burocrático do que a gente imagina que ele seja”. 

Ele conta que, enquanto visitava um país, já comparecia à embaixada do próximo território que pretendia visitar para tirar o visto. Quando necessário, explicava sua condição, o que os fazia abrir exceções. “As embaixadas estão ali para dar um suporte para pessoas que estão querendo entrar naquele país. O papel delas não é dificultar sua entrada no país, se você demonstrar que tem boas intenções”.

Para (tentar) não passar apertos de um país para outro, o nordestino sempre carregava consigo mil dólares mais 600 de emergência. Mas como ele se virava com as moedas locais? A salvação era recorrer às casas de câmbio. “Todo lugar que eu chegava tinha uma casa de câmbio. Inclusive, o Brasil é um país onde elas não são tão acessíveis, você tem que procurar bem para achar uma”, alega. Chips de internet e wi-fi nos aeroportos também o ajudavam na comunicação e a manter seus seguidores informados de suas andanças.

“Eu tinha uma impressão que o mundo era muito mais arcaico do que ele é. Viajando descobri que ele está muito globalizado e que há muitos problemas realmente humanos, e não mais por tecnologia”, arremata o viajante.

Acolhimento e perrengues

Para além de lugares paradisíacos e posts de dar inveja nas redes, jogar-se em uma aventura como essa desperta medo e a adrenalina do desconhecido. Porém, certos países receberam o viajante muito bem, justamente pelo fato dele ser brasileiro.

Um deles foi Irã. “As pessoas tem uma ideia de que é um país terrorista, que está em guerra, mas na verdade foi um país muito acolhedor”, relembra Anderson, que emenda que a Síria também o acolheu de forma bem hospitaleira. “O Brasil tinha e tem ainda uma fama muito boa. O fato de eu ser brasileiro me abriu muitas portas”, conta.

Anderson Dias na Tunísia
Anderson em frente ao Anfiteatro de El Jem, na Tunísia, em 2019 (Foto: acervo pessoal)

Como toda grande viagem, obstáculos estiveram presentes em sua trajetória – e eles não são nada básicos. Alguns exemplos narrados por Anderson são:

– Entrar armado no Iêmen com uma AK47;
– Cruzar a fronteira militarizada do Afeganistão sozinho e a pé;
– Quase ser preso na Líbia por entrar com dinheiro da Tunísia (a importação de moeda tunisiana é proibida);
– Ser deportado da República do Congo. “Me bateram, levaram meu passaporte, embaixador me ajudou no aeroporto”;
– Dormir na rua em Barcelona.

Leia mais
Antártida: o mais isolado e intrigante continente do mundo
Hotel brasileiro é eleito o melhor do mundo
Fernando de Noronha: o paraíso brasileiro

Segunda aventura

Provando que é possível dar a volta ao mundo duas vezes em uma mesma vida, a nova viagem de Anderson terá outro propósito: o objetivo é conhecer mais a fundo a cultura local e mergulhar naquilo que cada país tem a oferecer.

O nordestino deu o pontapé inicial no fim de maio na Costa Rica. Por lá, ele e o colega Lucas Costa já passaram cinco horas caminhando para chegar na boca do vulcão ativo Rincón de la Vieja, enfrentaram chuva ácida e caminharam lado a lado das nuvens. “Um dos dias mais exaustivos da minha vida”, escreveu na legenda de uma publicação com um largo sorriso no rosto.

Anderson Dias na Costa Rica
Anderson no topo do vulcão Rincón de la Vieja, na Costa Rica, em 2021 (Foto: acervo pessoal)

Após a quarentena na capital San Jose, eles seguiram para Nova York, onde, além de visitar novos locais, Anderson tomou a vacina contra a Covid-19, tudo relatado em suas redes sociais e no canal do YouTube Bold Souls. “Sempre penso que a minha viagem é um negócio, é um trabalho. Meu canal também é uma fonte de informação, deixando isso claro para as pessoas para não ser julgado”, explica.

Com a pandemia, a meta de viajar para todos os países do mundo ficou ainda mais complicada. Para se ter uma ideia, os brasileiros podem viajar sem restrições apenas para três países: México, Costa Rica e Macedônia do Norte. O restante aplica medidas restritivas moderadas e mais severas, que incluem quarentena, testes negativos PCR ou até a própria proibição da entrada.

Mas Anderson teve de se adaptar. “Viajar com pandemia é mais difícil? É, mas não é impossível. Dá ainda para visitar vários países se você se atentar às regras e ao o que você tem que fazer”, relata.

Após Nova York, o plano é voltar para o Brasil e então partir para a Ucrânia. Com tantos lugares para serem visitados e os aprendizados da primeira viagem, a nova aventura tem como lema a adaptabilidade. “Sempre falo que a maior habilidade do ser humano é a adaptabilidade. Eu já era uma pessoa adaptável, mas depois dessa viagem eu me tornei um camaleão”, aponta.

Dicas

Com tamanha experiência, Anderson compartilha algumas dicas para quem deseja repetir esse tipo de viagem, que engloba conhecer muitos países de uma só vez – muitos deles longínquos e até aparentemente inóspitos.

A primeira delas é: aceite as diferenças. “Se você é uma pessoa que gosta das diferenças, que gosta de vivenciar o diferente de forma intensa, vale a pena conhecer vários países de forma rápida”. A segunda dica é mais lógica e resume-se em escolher países próximos, para que o custos sejam mais baratos, em que o viajante pode fazê-los inclusive por terra. “A Europa, por exemplo, é ótima para ser feita de ônibus. Você chega a gastar 3, 4 euros de passagem caso pegue uma promoção. E também há passagens de avião low cost. Se você está com uma mochila de costas você consegue pagar 10 euros por uma passagem”, aconselha o influenciador.

A saúde em dia é outra questão importante a ser levada em consideração. “É uma correria muito grande, então se alimentar bem e praticar exercício faz parte dessa rotina puxada de conhecer vários lugares”.

Uma das artimanhas de Anderson para driblar as barreiras linguísticas nas viagens baseia-se num gesto universalmente conhecido: o sorriso. “Quando você sorri, quando você faz mímica, quando você quer se conectar com as pessoas, você se conecta. Aprendi a falar inglês, francês, espanhol e russo quando estava viajando. Sai sem falar nada de nada e voltei assim”, relembra. Se depender de Anderson, veremos ainda muitos sorrisos pelas suas andanças ao redor do mundo.

Brasil : DESTRUIÇÃO
Enviado por alexandre em 14/06/2021 00:39:14

Desmatamento da Amazônia brasileira dispara 67% em maio

O desmatamento da floresta amazônica no Brasil aumentou pelo terceiro mês consecutivo em maio, mostraram dados preliminares do governo nesta sexta-feira, e o presidente, Jair Bolsonaro, ainda não cumpriu a promessa de abril de fortalecer o financiamento da vigilância ambiental.

 

O desmatamento disparou 67% em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e grande parte da terra foi visada para pastos, plantações e corte de madeira.

 

Nos cinco primeiros meses do ano, os dados mostram que o desmatamento subiu 25% quando comparado com um ano antes --foram 2.548 quilômetros quadrados destruídos, uma área maior que três vezes o tamanho da cidade de Nova York.

 

Veja também

 

Dia Mundial do Meio Ambiente: projeções no Congresso Nacional pedem restauração dos ecossistemas. VEJA

 

Ações diversas destacam a Semana do Meio Ambiente nas escolas da rede municipal

 

O desmatamento atinge o pico durante a estação seca, que vai de maio a outubro, quando é mais fácil madeireiros ilegais terem acesso à floresta.

 

Desmatamento da Amazônia brasileira dispara 67% em maio e esvazia promessas  de Bolsonaro Por Reuters

 

Em uma cúpula do Dia da Terra, em abril, Bolsonaro prometeu dobrar o financiamento da vigilância ambiental. No dia seguinte, ele assinou o Orçamento da União de 2021, que cortou os gastos ambientais.

 

Imediatamente, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, apresentou uma proposta ao Ministério da Economia para aumentar os gastos ambientais, mas o pedido aguarda resposta há mais de um mês.

 

O Palácio do Planalto não respondeu de imediato a um pedido de comentário da Reuters.

 

O governo Biden negocia com o Brasil um financiamento em potencial de esforços para conservar a Amazônia, mas autoridades norte-americana dizem que não acreditam em uma ação imediata.

 

"Infelizmente, o regime Bolsonaro retirou parte da vigilância ambiental", disse o enviado climático dos EUA, John Kerry, em uma audiência no Congresso no mês passado. "Já tivemos esta conversa. Eles dizem que agora estão comprometidos a elevar o orçamento."

 

Desmatamento da Amazônia brasileira dispara 67% em maio e esvazia promessas  de Bolsonaro - Brasil 247

Fotos: Reproduções

 

"Se não conversarmos com eles, podem ter certeza de que a floresta desaparecerá."

 

A estratégia de Bolsonaro para proteger a Amazônia depende muito de mobilizações militares custosas que começaram no final de 2019, mas o governo retirou as Forças Armadas no final de abril, não tendo sido capaz de fazer os níveis do desmatamento recuarem para o que eram antes da gestão atual.

 

O vice-presidente Hamilton Mourão confirmou nesta sexta-feira, no entanto, a recriação de uma operação de Garantia da Lei e da Ordem para combater o desmatamento na Amazônia, possivelmente a partir da próxima semana.

 

"A GLO está autorizada pelo presidente (Bolsonaro). Conversei com ele ontem, já estamos fechando planejamento. Falei com o ministro Paulo Guedes (Economia), os recursos são em torno de 50 milhões de reais para fazer isso pelos próximos dois meses, ele disse que isso não é problema. Então agora precisa fechar onde vai ser a principal área de operações", disse Mourão.

 

Fonte: Globo.Com

Brasil : MADEIRA/ILEGAL
Enviado por alexandre em 14/06/2021 00:36:39

Fraudes esquentam madeira vendida ilegalmente para o exterior

O alerta que um carregamento de madeira brasileira havia sido apreendido em um porto estrangeiro veio dos EUA, mas poderia ser Alemanha, Inglaterra, Holanda, Bélgica, China, Tailândia ou México. De acordo com investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, esses são alguns dos destinos do produto extraído da Região Amazônica – resultado de um esquema sofisticado e financiado por grandes volumes de investimentos.

 

Membros da PF ouvidos pelo Estadão estimam que cerca de 90% de toda madeira retirada desse bioma seja ilegal. O porcentual é quase o mesmo de uma pesquisa deste ano do Instituto Centro de Vida (ICV) que mostra que 94% da área desmatada na Amazônia e no Cerrado até o segundo semestre de 2020 ocorreu à margem da lei.

 

A extração clandestina de madeira tem todas as características de grandes empreendimentos, muitas vezes com o aporte de dinheiro transnacional. A situação chegou ao ponto de o próprio ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, ser oficialmente investigado por suposta tentativa de liberar um carregamento apreendido. Além disso, o presidente do Ibama, Eduardo Bim, foi afastado do cargo.

 

Veja também

 

Salles é alvo de protesto na Esplanada dos Ministérios realizado por servidores do Meio Ambiente

 

No Dia do Meio Ambiente, Prefeitura de Manaus realiza programação especial no parque do Mindu, neste sábado

 

“O problema é que temos um nível de ilegalidade que já passou de preocupante”, diz Rômulo Batista, da campanha Amazônia do Greenpeace. Esse é um processo contínuo e caro. “Depois da retirada do ‘filé mignon’ (as espécies mais valiosas, como o ipê), o caminho fica aberto para grilagem e mineração.”

 

 

Nenhum carregamento de madeira pode ser armazenado ou transitar pelo país sem o Documento de Origem Florestal (DOF). É aí que começa a fraude. Desde 2011, a emissão dessa licença passou para os estados. Nela devem constar informações sobre as espécies, tipo do material, volume, valor do carregamento, placa do veículo, origem, destino, além da rota detalhada do transporte.

 

A Operação Arquimedes, deflagrada pela PF em 2017, apontou como essa exigência pode ser contornada. Para “esquentar” a madeira extraída irregularmente, madeireiros atuam com servidores públicos que incluem as informações da madeira no sistema nacional, gerenciado pelo Ibama, em troca de propina. Os servidores informam o volume, o tipo e o local do corte da madeira, usando dados de outras áreas que possuem, de fato, autorização para o corte. Essas autorizações são os “créditos florestais”.

 

Assim, com os créditos emitidos para uma área, o esquema “esquenta” a madeira cortada ilegalmente em outra. Só nos primeiros dias dessa operação, 479 contêineres de madeira de 63 empresas foram apreendidos no Porto Chibatão, em Manaus. Segundo a PF, o volume – cerca de 10 mil metros cúbicos, se fosse enfileirado, cobriria a distância de 1,5 mil quilômetros, equivalente à distância entre Brasília e Belém. O carregamento seria destinado a outros Estados e exportação para América do Norte, Ásia e Europa. Daí em diante, a madeira só pode ser vista nas grandes lojas e em fornecedores no exterior.

 

A busca por termos como “brazilian hardwood flooring” (piso de madeira dura brasileira, na tradução livre) nos sites de algumas delas, como no da rede americana Lumber Liquidators, mostra onde vai parar esse produto. A empresa já foi condenada pela Justiça por importar madeira ilegal.

 

Dificuldade

 

 

Segundo relatório do Ibama, entre 2012 e 2017, 90% da produção legal de madeira ficou no mercado interno, tendo como destino o Sudeste. Entre os 10% exportados, em ordem decrescente, os dez países com os maiores consumos foram: Estados Unidos; Holanda; França; China; Bélgica; Portugal; Suíça; República Dominicana; Argentina; e Reino Unido. Esses países consumiram 73,5% de todos os produtos madeireiros das espécies ameaçadas de extinção exportados no período analisado.

 

Mas como diferenciar o legal do ilegal nesse mercado? A pesquisa do Instituto Centro de Vida (ICV) é um exemplo dessa dificuldade. Feito em parceria com Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e Universidade Federal de Minas (UFMG), com apoio do WWF-Brasil, o estudo apontou 94% de ilegalidade na extração da madeira. Para isso, cruzou dados oficiais de desmatamento do sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para a Amazônia e o Cerrado e bases de dados sobre Autorizações de Supressão de Vegetação Nativa (ASV), obrigatórias para proprietários rurais fazerem o desmate em conformidade com o que prevê a legislação.

 

Fiscais investigam extração de madeira irregular em Rondônia — Português  (Brasil)

Fotos: Reproduções

 

A cada ASV autorizada, os pesquisadores foram checar se o local da retirada batia com a área do mapa de áreas desmatadas. “Fizemos o mesmo caminho que uma empresa compradora faria para tentar rastrear a origem da madeira de seu fornecedor”, diz Paula Bernasconi, coordenadora do ICV, que afirma que outro achado do estudo é a completa falta de transparência e desorganização dos bancos de dados dos Estados, responsáveis pela emissão das ASVs. A coordenadora do ICV afirma que a ilegalidade ocorre na falsificação das informações para a obtenção das ASVs e também na utilização irregular dos créditos florestais.

 

A dificuldade em separar o legal do ilegal nesse mercado é agravada pelo desmonte dos órgãos de fiscalização como o Ibama na gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Áreas devolutas, florestas nacionais, reservas e terras indígenas não são contabilizadas, o que pode elevar esse porcentual para além dos 94% encontrados. “Não adianta o Bolsonaro ir à Conferência do Clima e prometer desmatamento ilegal zero até 2030, se não se sabe o que é ilegal”, diz Paula.

 

Tamanho volume de madeira ilegal cria remessas ao exterior avaliadas em mais de R$ 100 milhões, como no caso dos 226 mil m³ de toras apreendidas na divisa do Pará com o Amazonas, em dezembro de 2020, na Operação Handroanthus GLO. Até agora, é a maior apreensão feita pela PF na Região Amazônica.

 

A recente ação da PF que mirou o próprio Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o presidente do Ibama, Eduardo Bim, afastado de seu cargo, corrobora essa apuração sobre a rota da madeira clandestina brasileira mundo afora. Batizada de Akuanduba e autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, ela ocorreu a partir de investigações que apontaram para um “grave esquema de facilitação ao contrabando de produtos florestais”. Uma das empresas, cujos proprietários foram alvo de mandatos de busca e apreensão, exportou madeira ilegal, sem autorização prévia do Ibama pelo menos em sete ocasiões: cinco contêineres destinados aos Estados Unidos, um para a Dinamarca e um para a Bélgica. Três contêineres foram detidos pelas autoridades americanas no Porto de Savannah, no Estado da Geórgia.

 

 

Após a operação, o presidente Jair Bolsonaro resolveu demitir o delegado Alexandre Saraiva, que estava à frente da investigação, do cargo de superintendente da PF no Amazonas. Há tempos, sua atuação era um problema para Salles, que classificou a Akuanduba como “infundada”. Um mês antes, Saraiva havia enviado ao STF e à PGR uma notícia-crime contra o ministro, o presidente do Ibama e o senador Telmário Mota (Pros-RR). De acordo com ele, Salles havia tentado interferir na investigação.

 

Fonte: Metrópoles

Brasil : VIVER BEM
Enviado por alexandre em 10/06/2021 23:52:37

As melhores cidades do mundo para se viver em 2021
Auckland, na Nova Zelândia, primeira colocada no ranking das melhores cidades para se viver em 2021, de acordo com o Índice de Habitação Global da The Economist Intelligence Unit (Foto: Getty Images)

Tamara Hardingham-Gill, CNN

(CNN) O impacto da Covid-19 na maneira de habitar as cidades foi devastador. Após mais de
um ano de pandemia, crises na área da saúde, fechamentos de comércio e bloqueios de fronteiras continuam afetando milhões de pessoas em todo o mundo. Mas alguns destinos se saíram muito melhor do que outros no gerenciamento do vírus, o que significa que quem vive nesses locais, hoje, é capaz visualizar a vida voltando ao normal.

A Nova Zelândia, por exemplo, foi muito elogiada pela maneira como administrou a crise, então talvez não seja nenhuma surpresa que tenha sido eleita um dos melhores destinos do mundo para se morar em 2021. Auckland ficou em primeiro lugar no Índice de Habitação Global da The Economist Intelligence Unit de um total de 140 cidades ao redor do mundo, graças ao seu sucesso em conter a pandemia rapidamente, permitindo que as restrições fossem suspensas logo no início. A lista anual não foi adiante em 2020, mas Viena, na Áustria, foi a número um em 2018 e 2019, e saiu completamente do top 10 depois de ser fortemente afetada pela Covid-19, e agora está em 12º lugar.

Troca de posições

A capital da Nova Zelândia, Wellington, ficou em quarto lugar na lista deste ano, empatando com Tóquio, no Japão, e quatro cidades da Austrália, onde rigorosos controles de fronteira foram implementados durante a crise. Adelaide, Perth e Brisbane ficaram em terceiro, sexto e décimo lugar, respectivamente, enquanto Melbourne empatou com Genebra, na Suíça, em oitavo lugar.
“As cidades que subiram para o topo do ranking este ano são em grande parte aquelas que tomaram medidas rigorosas para conter a pandemia”, disse Upasana Dutt, da The Economist Intelligence Unit, em um comunicado. “O rigoroso bloqueio da Nova Zelândia permitiu que sua sociedade reabrisse e permitiu que os cidadãos de cidades como Auckland e Wellington desfrutassem de um estilo de vida que parecia semelhante à vida pré-pandêmica.”

Leia mais
Hotel é aberto dentro do Palácio de Versalhes, na França
Brasil, Suíça e Grécia abrigam os melhores hotéis do mundo
As 10 estradas mais bonitas do mundo de acordo com dados do Instagram

Enquanto isso, Tóquio não era a única cidade japonesa perto do topo da lista. Osaka, que ocupava o quarto lugar em 2019, subiu para o segundo lugar. Embora as cidades da Ásia pareçam ter se destacado, o Canadá, que tinha três cidades, Calgary, Vancouver e Toronto perto do topo há dois anos, saiu totalmente do top 10. No número 16, Vancouver é a cidade canadense melhor posicionada da lista.

Sem surpresa, a pontuação média global de habitabilidade geral caiu sete pontos quando comparada com os números anteriores à pandemia. O índice leva em consideração mais de 30 fatores qualitativos e quantitativos que abrangem cinco grandes categorias: estabilidade (25%), saúde (20%), cultura e meio ambiente (25%), educação (10%) e infraestrutura (20%).

Osaka, no Japão, está na 2ª posição (Foto: Getty Images)

Embora as categorias não tenham sido alteradas este ano, uma série de indicadores foram levados em consideração, como estresse em recursos de saúde e restrições a eventos esportivos locais, no cálculo de pontuações para as categorias de saúde, cultura e meio ambiente e educação.

No entanto, a maneira como cada cidade lidou com a pandemia, a rapidez com que as vacinas foram lançadas e o nível de restrições de fronteira implementadas levaram a grandes mudanças na classificação.

Impacto na saúde

“A Covid-19 teve um grande impacto na habitabilidade global”, acrescenta Dutt. “Cidades em todo o mundo estão agora muito menos habitáveis do que antes do início da pandemia, e vimos que regiões como a Europa foram atingidas de forma particularmente dura.” A Alemanha, por exemplo, registrou as maiores quedas no ranking, com destaque para a cidade de Hamburgo, que caiu da 34ª posição para a 47ª na lista.

Mas, apesar de algumas restrições sociais ainda estarem em vigor na Suíça, o país da Europa Central viu duas cidades subirem, como Zurique e Genebra subindo do 11º e 14º para o sétimo e oitavo lugar. As pontuações gerais de saúde também caíram devido à pandemia, com Praga, na República Tcheca, Atenas, na Grécia, e Jacarta, na Indonésia, onde o número de casos estava aumentando no momento em que a pesquisa foi conduzida, com pontuação significativamente menor do que nos anos anteriores.

Em comparação, as cidades espanholas de Barcelona e Madrid tiveram um bom desempenho na categoria de saúde, ganhando quase 25 pontos devido aos seus sistemas de saúde sofrerem menos pressão em comparação com a onda inicial de Covid-19 em 2020.

A capital do Havaí, Honolulu, também aumentou sua pontuação de saúde, com um aumento de 33 pontos como resultado da redução do número de casos da Covid e boas taxas de vacinação. Na verdade, Honolulu foi um dos maiores impulsionadores na lista de 2021, subindo 46 posições para o número 14. Houston saltou 25 posições para o número 31, aumento provavelmente relacionado ao Texas estar entre os primeiros estados dos EUA a suspender as restrições aos espaços públicos.

Adelaide, no sul da Austrália, completa o pódio (Foto: Getty Images)

 

O final do ranking

Mas, embora tenha havido muitas diferenças significativas em relação ao topo, muito pouco mudou no final da lista. Damasco ficou, mais uma vez, em último lugar devido aos efeitos da guerra civil na Síria, e é seguido por Lagos, na Nigéria, Port Moresby, em Papua Nova Guiné, e Dhaka, em Bangladesh, que estavam todos em locais semelhantes ou idênticos em 2019.

Essas cidades tiveram um desempenho ruim de forma consistente ao longo dos anos devido à instabilidade causada por distúrbios civis e conflitos militares em andamento, entre outros problemas. De acordo com o relatório, as condições aqui se deterioraram ainda mais nos últimos 12 meses, especialmente no que diz respeito à saúde, devido à Covid-19.

Embora as implementações de vacinação bem-sucedidas e a redução das restrições em vários países tenham gerado esperanças, a pandemia continua crescendo, com a Índia atualmente em meio a um surto mortal.
“As condições nas cidades mais pobres devem se deteriorar ainda mais, caso não recebam as vacinas de que precisam para evitar a disseminação de novas variantes da Covid-19”, diz o relatório. “Os fracos sistemas de saúde podem ficar sob maior pressão, como aconteceu na Índia.”

Veja mais
Cabines de dois andares podem ser o futuro dos voos comerciais
Caviar, pratos de porcelana, drinks: como era viajar de avião no passado

Isso significa que, provavelmente, veremos mudanças mais significativas na lista de 2022, com alguns dos destinos que caíram possivelmente recuperando suas posições anteriores. “O ritmo de recuperação da qualidade de vida na maioria das regiões será determinado pela eficácia com que os riscos à saúde, causados pela pandemia, serão controlados, seja por meio de uma combinação de vacinação, teste, rastreamento e medidas de quarentena”, continua o relatório. “Exceto grandes contratempos, como o surgimento de variantes resistentes à vacina, as pontuações para cultura e meio ambiente devem melhorar.”

As melhores cidades do mundo para se viver em 2021
1. Auckland, Nova Zelândia
2. Osaka, Japão
3. Adelaide, Austrália
4. Wellington, Nova Zelândia
4. Tóquio, Japão
6. Perth, Austrália
7. Zurique, Suíça
8. Genebra, Suíça
8. Melbourne, Austrália
10. Brisbane, Austrália

As cidades menos habitáveis do mundo 2021
1. Damasco, Síria
2. Lagos, Nigéria
3. Port Moresby, Papua Nova Guiné
4. Dhaka, Bangladesh
5. Argel, Argélia
6. Tripoli, Líbia
7. Karachi, Paquistão
8. Harare, Zimbábue
9. Douala, Camarões
10. Caracas, Venezuela

(Texto traduzido, clique aqui para ler o original em inglês).

Brasil : LINGERIE
Enviado por alexandre em 10/06/2021 23:46:13

Usar roupas íntimas bonita é bom para a saúde mental

Lingerie não é barata. Mas esse investimento vale a pena em muitos níveis. Na verdade, uma calcinha bonita ou um sutiã de renda pode melhorar sua saúde mental, sabia disso?

 

Ninguém (ou quase) vê sua lingerie e, mesmo assim, algumas mulheres não hesitam em gastar muito dinheiro com roupas íntimas bonitas. Renda, seda ou mesmo uma cor diferente, é tão prazeroso colocar uma lingerie nova e se olhar no espelho… Alguns podem pensar que gastar dinheiro com roupa íntima é fútil, mas saiba que prestar atenção às roupas íntimas também é bom para a saúde mental.

 

Veja também 

 

Tamancos são a tendência inesperada de calçados que volta à moda. VEJA

 

Estampas Psicodélicas: o retorno da tendência dos anos 60/70

Um belo sutiã pode aumentar a autoconfiança


Durante a pandemia e confinamento, muitas de nós deixamos de lado o sutiã e passávamos o dia de pijama. Porém, ao colocar um sutiã bonito, você acaba adornando o seu corpo e maximizando as chances de aceitar a sua imagem, apesar dos complexos.

 

lingerie branca

 

Sentir-se bonita em uma roupa sexy, colorida ou mais sóbria, dependendo da sua identidade ou do seu humor, dá um verdadeiro impulso ao ego, mesmo que a lingerie às vezes seja menos confortável do que uma combinação de calcinha macia + camiseta. Paradoxal, mas bom para o moral.

 

Lingerie: um segredo entre você e você


Outro ponto interesse da lingerie: Ela pode ser escolhida e usada somente para você se sentir bem, linda, sexy e confiante, sem precisar mostrar para mais ninguém. Você pode deixar de lado todos os padrões estéticos e demais injunções sociais, pois ninguém poderá criticá-la por ter preferido tal ou tal forma, material ou cor. Novamente, o suficiente para promover sua autoconfiança.

 

lingerie sensual

 

E como não há ninguém para julgá-la, fica mais fácil expressar seus desejos e gostos. Você trabalha em um ambiente restrito onde a camisa branca é obrigatória? Com a lingerie, você libera seus desejos e abre espaço para a originalidade. De sutiã pequeno unicórnio estilo kawaii a espartilho, nenhuma barreira será imposta a você. No dia a dia, expresse seu humor, seu estado de espírito através da calcinha. É até uma ótima maneira de entender os sentimentos que você está tendo, o que pode ser uma tarefa complexa.

 

lingerie

Fotos: Reprodução 

 

Um dia de lingerie amarela? Fácil: hoje você está muito feliz. Quer preto? Talvez seja porque você precisa de segurança agora, ou talvez seu moral esteja escorregando um pouco. Além disso, você pode usar a cor para estimular certos estados de espírito por meio da cromoterapia. Se você está estressado com o trabalho, a lingerie azul ajudará a acalmar seu nervosismo. Então, pronta para mergulhar em sua gaveta de calcinhas? 

 

Fonte: We Fashion Trends

« 1 ... 377 378 379 (380) 381 382 383 ... 999 »
Publicidade Notícia