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Brasil : VIDA SAUDÁVEL
Enviado por alexandre em 04/07/2021 22:48:26

Conheça 10 alimentos para aumentar imunidade

Se você já sofreu com unhas fracas, quedas de cabelo, resfriados e gripes frequentes, por exemplo, saiba que eles podem estar diretamente relacionados à sua alimentação.

 

A escolha do que se coloca no prato faz toda a diferença para o sistema de defesa. Por isso, é essencial garantir os nutrientes que são capazes de blindar o organismo contra bactérias e outros invasores responsáveis por uma série de doenças.

 

Pensando nisso, selecionamos 10 alimentos que não podem faltar no seu cardápio!

 

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Beterraba

 

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A raiz é fonte de substâncias que aumentam a produção de óxido nítrico e agem como vasodilatadores, ideal para ajudar no treino. "Já as suas folhas são ricas em cálcio, ferro, vitamina C e betacaroteno. Então, é bom associar o consumo delas ao da beterraba", indica o nutrólogo José Alves Lara Neto. Aposte também na bebida feita com a beterraba crua, o suco rosa, para turbinar a sua dieta.

 

Alface

 

Alface Crespa (1 unid) – Orgânicos in Box

 

A folha apresenta muitos nutrientes, poucas calorias e pode ser encontrada no país com facilidade em qualquer período do ano. É fonte de vitaminas como A e C, contribuindo para a manutenção da imunidade. Além disso, ela é composta por celulose, uma fibra que melhora o funcionamento do intestino.

 

Iogurte

 

Iogurte de morango em casa | JPNEWS

 

É fonte de lactobacilos, bactérias do bem que transformam a lactose em ácido lático, inibindo a ação da bactéria H. pylori, responsável por úlcera e gastrite. Isso acontece porque os micro-organismos benéficos, mais conhecidos como probióticos, aderem às paredes do sistema digestivo e liberam substâncias que eliminam micróbios perigosos, prevenindo problemas gastrointestinais.

 

"Nos iogurtes encontramos probióticos que melhoram a nossa flora intestinal, desse modo, reduzimos a presença de bactérias ruins e aumentamos as boas, diminuindo o risco de infecções e melhorando a absorção de nutrientes", explica a nutróloga Andrea Pereira.

 

Alho

 

Da gripe ao colesterol: saiba se o alho ajuda mesmo nessas 6 doenças -  20/02/2020 - UOL VivaBem

 

O tempero é capaz de acabar com micro-organismos nocivos e espantar males como resfriado, tosse e até mesmo bronquite. Ele também dá um chega pra lá nas inflamações e ajuda a controlar a pressão arterial e os níveis de colesterol. Isso porque o alimento é fonte de alicina, que atua como um potente antioxidante, protetor contra doenças inflamatórias e cardiovasculares. A substância ainda é a responsável pelo odor presente no alimento.

 

Laranja

 

Laranja: 10 incríveis benefícios para saúde e beleza – Villalva Frutas

 

Além do delicioso suco que é possível obter por meio da fruta, ela também é fonte de vitamina C, nutriente essencial para o sistema imunológico. A vitamina C funciona como antioxidante, barrando algumas doenças, como resfriados e tumores. Os benefícios da laranja não param por aí. Ela ainda é rica em fibras e potássio: a primeira ajuda o intestino a funcionar com regularidade, e o segundo auxilia no controle da pressão arterial.

 

Castanha-do-pará

 

15 benefícios da castanha-do-Pará que você precisa conhecer – Revista  Seleções

 

Muito selênio é o que esta oleaginosa oferece. O mineral age na tireoide, fortalece o sistema imunológico, diminui o risco de tumores e os efeitos do refluxo. Além disso, a castanha é fonte de gordura poli-insaturada, aquela que protege o coração contra o mau colesterol (LDL).

 

Couve

 

Couve-manteiga ajuda no bom humor e mais: veja 8 benefícios desse vegetal -  20/07/2020 - UOL VivaBem

 

Tradicional acompanhante da feijoada, a couve merece mais espaço no cardápio. Isso porque possui vitaminas como A e C, ao lado de substâncias que estimulam a produção de enzimas que ajudam o corpo a se proteger de tumores. Além disso, suas folhas têm propriedades anti-inflamatórias que amenizam a irritação das mucosas do estômago, aliviando os sintomas da gastrite, por exemplo.

 

Açaí

 

Açaí: a fruta com superpoder para a saúde

 

Ideal para ser consumido por quem pratica exercícios, o açaí garante vigor físico por possuir alto valor energético e vitaminas do complexo B. Ômega 6, ômega 9, proteínas, carboidratos e minerais também estão presentes nessa fruta, além de fibras, boas para intestino, e ferro, que previne a anemia e ajuda a fortalecer a musculatura. A dica é não abusar dos complementos para não comprometer a dieta.

 

Cenoura

 

Cenoura Orgânica - Reserva

 

O alimento é fonte de vitamina A, nutriente importantíssimo para manter a pele bonita, além de proteger os olhos. A cenoura ainda possui betacaroteno, importante antioxidante. "É um dos alimentos mais ricos nesta substância. Ela ajuda na proteção da pele, proteção contra os raios UVA e UVB", conta o nutrólogo André Veinert. A carência deste antioxidante pode provocar problemas no sistema imunológico, deixando você bem mais suscetível a infecções.

 

Feijão

 

LA REGGIANA | FEIJÃO CARIOCA (250g) LA410

Fotos: Reprodução 

 

 

Acompanhante perfeito para o arroz, o feijão é uma das melhores fontes de proteína vegetal, essencial para a construção dos tecidos do corpo. Além disso, possui substâncias antioxidantes capazes de prevenir câncer de mama e pulmão. Por conter grande quantidade de fibras, também ajuda a regular o intestino.
 

Fonte: Terra

Brasil : O NOSSO CORPO
Enviado por alexandre em 04/07/2021 22:45:27

Confira 10 coisas que gostaríamos de saber antes do nosso corpo

Com relação ao nosso corpo e nossa vida, é sempre bom ter suas próprias experiências de vida, em vez de ter tudo explicado.

 

No entanto: alguns insights teriam sido apreciados anteriormente.

 

… por exemplo, o conhecimento que diz respeito ao nosso corpo. Se soubéssemos certas coisas antes, poderíamos nos poupar alguns complexos, medos, erros e nervos.

 

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1. A vida deixa rastros


Você não só descobre rugas, espinhas ou marcas de nascença e cicatrizes ao longo do tempo. Isso é completamente normal e só acontece no decorrer da vida. Tudo isso mostra que você gosta e viveu a vida plena, em vez de ficar em casa e cuidar de si mesmo linda e perfeitamente. Chame-as de trilhas de aventura e fique ao lado de todos esses pequenos sinais em seu corpo.

 

2. Os homens não gostam necessariamente de 90-60-90


Se todas as mulheres tivessem medidas de modelo e um corpo uniforme, a vida seria muito chata. É bom que, em algum momento, percebamos que somos apenas o que somos, únicos e excelentes. Felizmente, os gostos dos homens são tão diversos quanto nós, mulheres. A propósito: muito poucos homens gostam de modelos com quadris de menino.

 

 

3. Suas supostas falhas são o que te tornam única

 


Nariz grande, sardas, pelos finos e panturrilhas fortes? E daí? Isso é exatamente o que você é e o que o torna especial. Até mesmo o homem que ama você vai achar exatamente isso tão distinto em você.

 

4. Os homens veem muito bem a beleza interior

 


Nem todo homem gosta de Gisele Bündchen ou seja lá o que for. Os homens gostam de mulheres que se sentem confortáveis com seus corpos e que têm caráter. Isso a torna mais bonita do que qualquer mulher tamanho zero. Portanto, aceite o seu corpo como ele é e prossiga com orgulho pela vida com um sorriso.

 

5. Sexo é melhor quando você pega leve

 


Depois de ler 1000 artigos e guias sobre posições e conversas picantes, percebemos: O sexo é mais gostoso quando estamos simplesmente relaxados. Todo o resto é irrelevante.

 

6. Existem zonas mais erógenas do que as usuais

 


Existem muitas partes do corpo que são extremamente sensíveis ao toque. E é incrivelmente bom descobri-los com outra pessoa.

 

7. Seu corpo vai começar a sofres depois dos 30 anos

 

 

 

É incrível como parece que liga uma peça que antes não fazia o menor sentido pra você. Depois do 30 anos, sair para beber todas as noites pode até ser bom, mas você vai precisar de uma boa dose de remédios para dor de cabeça pois a ressaca vai ser maior.

 

8. A depilação na área genital não é uma boa ideia

 


Experimentado e verificado uma vez: depilação na área genital. Você também pode se atormentar e sofrer de maneira diferente.

 

9. Sua própria fragrância é a melhor

 


O que costumava ser embrulhado em fragrâncias espessas de perfume. Principalmente antes de um encontro. O perfume do seu corpo é o mais lindo para quem te ama.

 

10. Ame e respeite o seu corpo

 

Ame seu corpo, seja como ele for!

Fotos: Reproduções

 

 

Não há nada que você possa fazer para não envelhecer. Mas você deve ter cuidado com seu corpo. Cuidado com sua dieta, dentes, cabelo e ossos. Isso vai evitar muitos problemas na velhice.

 

Fonte: We Fashion Trends

Brasil : APANHOU MUITO
Enviado por alexandre em 04/07/2021 22:35:56

Oswaldo Eustáquio denuncia tortura "Apanhei até apagar", em entrevista a Jovem Pan

Preso há um ano em inquérito dos atos antidemocráticos, Oswaldo Eustáquio denuncia torturas: ‘Apanhei até apagar’ Em entrevista exclusiva à Jovem Pan, jornalista revelou detalhes sobre período na cadeia, que o deixou paraplégico; Moraes arquivou investigação nesta quinta-feira, 1º, e pretende abrir uma nova, por organização criminosa

 JP

  • Por Giullia Chechia Mazza
  •  

Imagem: Youtube/Oswaldo EustáquioAcostumado a publicar conteúdos sobre política nas redes sociais, o jornalista Oswaldo Eustáquio percebeu sua vida mudar completamente há mais de um ano, quando foi preso pela primeira vez

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou na quinta-feira, 1º, o inquérito que investiga a organização e o financiamento de manifestações que ocorreram no último ano, e defenderiam causas antidemocráticas, como o fechamento do Congresso e do STF. Acostumado a publicar conteúdos sobre política nas redes sociais, o jornalista Oswaldo Eustáquio percebeu sua vida mudar completamente há mais de um ano, em junho de 2020, quando foi preso pela primeira vez em decorrência do inquérito. De acordo com o Supremo, ele seria alvo da investigação por violar a Lei de Segurança Nacional ao, supostamente, defender uma ruptura institucional — o que nega a defesa do jornalista. Em sua primeira entrevista desde o arquivamento do inquérito, Oswaldo Eustáquio denunciou à Jovem Pan o que considera “abuso de autoridade do Judiciário” e revelou detalhes sobre o último ano, no qual teve a liberdade restrita em prisões domiciliares e chegou a ser torturado no Complexo Penitenciário da Papuda, enquanto cumpria prisão preventiva em regime fechado. Confira os principais pontos da entrevista.

Embasamento jurídico da prisão

Para Oswaldo Eustáquio, sua prisão durou por mais de um ano “sem justificativas jurídicas”. Moraes usou uma justificativa exclusivamente política para determinar minha prisão. Isso é muito evidente. Me acusam de ser um radical que quer o fechamento do Congresso e do STF, mas não há nenhum registro em vídeo, áudio ou em outro formato, em que peço por isso. Ali eu participei de manifestações de apoio ao presidente Jair Bolsonaro, nunca defendi qualquer ato antidemocrático.” Na entrevista, o jornalista enfatizou que “a separação entre os Poderes é importante”. “O que eu disse, e sigo dizendo, sobre o STF é que os ministros também devem ser investigados, assim como todas as autoridades. Tudo correndo dentro das quatro linhas da Constituição. Por mais de um ano, fui mantido em cárcere privado pelo Estado brasileiro. Por muito tempo, Alexandre de Moraes, relator do inquérito, fingiu que não viu os pedidos de liberdade encaminhados ao Supremo. No Brasil, é proibido manter um réu preso por mais de dez dias sem que haja uma denúncia concreta. No entanto, eu estive nesta condição por mais de um ano”, concluiu. 

Primeira e segunda prisões

Por ordem do ministro Alexandre de Moraes, o jornalista foi preso temporariamente pela primeira vez no dia 26 de junho de 2020. Após identificar que o investigado no inquérito dos atos antidemocráticos estava no município de Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, a PF pediu a prisão de Eustáquio por “identificar risco de fuga”. “No final de semana anterior à minha prisão, participei de uma manifestação de rua em Brasília, na qual ganhei um crucifixo de um manifestante. O crucifixo era lindo, mas sou evangélico. Por isso, pensei: ‘Vou dar esta imagem para uma de minhas tias, que é muito católica’. Para entregar o crucifixo, me desloquei até Pedro Juan Caballero, a cidade que ela vive”, disse. Segundo Oswaldo, quando voltava de viagem, foi parado e preso pela Polícia Federal em Campo Grande. “Recebi um mandado de prisão sem motivo algum e ainda não descobri porque estive preso até agora”, completou. Após permanecer dez dias na prisão, o jornalista foi solto em 5 de julho sob a condição de respeitar uma série de medidas restritivas.

Já no final do mesmo ano, em 17 de novembro, a Corte decretou que Oswaldo permanecesse em prisão domiciliar com monitoramento por tornozeleira eletrônica. Na ocasião, ele desrespeitou as medidas restritivas impostas ao publicar nas redes sociais um vídeo com críticas ao então candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos. “De fato, desta vez descumpri uma medida, mas fiz isso em defesa da nação e da minha liberdade. Naquele momento, gravei um vídeo falando sobre as produtoras fantasmas de Boulos”. Em sua fala, Oswaldo fez referência à acusação que rondou o político Guilherme Boulos (PSOL) durante o pleito eleitoral de 2020. Estas denúncias afirmavam que o psolista teria contratado produtoras “laranja” para atuarem em sua campanha, mas a Justiça Eleitoral já se manifestou alegando que trata-se de uma “acusação fraudulenta”.

Arapuca

“Em prisão domiciliar, fui proibido de sair de casa. Só estava autorizado a sair em situações de extrema urgência, como emergências médicas ou quando iria prestar depoimento à Justiça — mesmo assim, antes de deixar minha casa precisava avisar a Central de Monitoramento da Papuda. Neste período, me tornei um alvo constante de ameaças de morte. Pessoas passavam em frente à minha casa mostrando armas, buzinando dentro de carros sem placa, xingando e ameaçando. Em um e-mail, contei o que ocorria e pedi proteção ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MDH), que marcou uma reunião virtual para o dia 14 de junho. Quando a data chegou, me enviaram uma mensagem para desmarcar a ligação afirmando que a reunião deveria ocorrer presencialmente no dia seguinte, em 15 de junho. Junto com meu advogado, informei a saída para a audiência à Central de Monitoramento da Papuda, estava tudo certo — quando caí em uma arapuca”, contou. O jornalista, que estava preso preventivamente em regime domiciliar, contou que “de repente, o Ministério enviou à Vara de Justiça um comunicado no qual afirmava que eu estava prestes a descumprir a ordem judicial que me proibia de chegar perto do STF”.

Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, até então, Oswaldo deveria se manter afastado do Supremo por, no mínimo, um quilômetro de distância. “Nossa ida à audiência no prédio do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos possuía total respaldo legal porque a Central da Papuda estava avisada e o edifício em questão está há dois quilômetros do Supremo. Ou seja, o ministério desmarcou a audiência virtual, convocou uma reunião presencial e me denunciou, de forma ilegal, à Justiça. Foi uma covardice, uma arapuca. Não se deram nem o trabalho de medir a distância entre os prédios antes de enviarem a denúncia porque, até mesmo jogando no Google Maps, é possível constatar que, em todos os ângulos, o STF está a no mínimo 1,8 quilômetros do MDH.”

Chegada e agressões na Papuda

“A PF foi até minha casa e me prendeu no dia do aniversário da minha esposa, em 18 de dezembro de 2020. Fui para a Papuda e me jogaram direto no cárcere — na cela 13, espero que não tenha sido intencional. Essa foi uma das maiores sensações de medo que eu senti na vida. A cadeia tem suas próprias regras. Eu estava completamente sem fome quando cheguei e, por isso, ainda no primeiro dia, acabei discutindo com agentes penitenciários. Eles gritavam: ‘Por  porque você não comeu a marmita, seu animal?’ e eu respondia: ‘Me respeita, não sou um animal’. Como eles continuavam gritando, eu disse: ‘Se eu sou um animal, vocês também são’. Na cadeia você não pode sequer olhar no olho do policial, quem dirá responder. Devido à minha resposta aos agentes, toda minha ala foi castigada e me levaram para uma cela solitária.”

Como relatou, o jornalista foi vítima das primeiras agressões policiais durante o caminho até a cela solitária. “Enquanto eu passava, haviam dezenas de policiais no corredor. Quando passei pelo primeiro agente, ele disse: ‘Pede licença’. Pedi. Ele retrucou: ‘Você tem que dizer licença seu polícia’. Pedi. Então, quando passei pelo segundo agente, ele também me mandou pedir licença. Todos os outros repetiram a ação. Pedi para todos que vi, não sei se esqueci de algum ou se já estavam com raiva de mim, mas tomei meu primeiro golpe de cacetete nas costas — neste momento entendi que ali as coisas seriam diferentes. Quando eles dizem que você é um animal, você tem que concordar. Em seguida, um agente me pegou pelo braço. Um outro me enforcou. Torceram meus dois braços, meu pescoço e, quando me soltaram para respirar, espirraram uma espécie de spray de pimenta na cara. Apanhei igual cachorro. Eu já estava sem ar, machucado e ainda me espirraram aquilo, fiquei desnorteado, apaguei e só acordei na solitária, na cela 6″, revelou.

Acidente

As pessoas que acompanham o trabalho de Eustáquio ficaram sabendo no dia 22 de dezembro que ele havia sofrido um acidente na prisão. A informação foi confirmada através de sua esposa, Sandra Terena, que publicou no Twitter que o jornalista estaria “sem o movimento das pernas” por conta de uma fratura na quinta vértebra da coluna. Na entrevista, ele contou que, naquela ocasião, até sua esposa foi impedida de saber detalhes do acidente. “A solitária em que eu estava era ‘melhorzinha’ porque possuia chuveiro, vaso sanitário e pia. No dia 20, a água da Papuda acabou, voltando no dia seguinte. Como a ala em que eu estava tinha acabado de ser construída, quando liguei o chuveiro, a potência da água estava muito forte e acabou estourando o cano. A cela era pequena, então a água batia na parede e caía na cama. Em pouco tempo, a solitária começou a encher. Este era meu quarto dia na prisão, tentei pedir ajuda, mas ninguém me ouviu. Vi que precisaria parar a água sozinho. Subi no vaso para fechar o registro, mas ele estava escorregadio, eu estava sem comer há quatro dias e machucado. Então, acabei caindo e batendo muito forte a costela e as costas no vaso. Devido à dor, desmaiei instantaneamente, não vi mais nada”, afirmou. De acordo com o relatório divulgado pela Penitenciária da Papuda, Oswaldo caiu de bruços, com a cabeça submersa na água.

“Caí de bruços e quando os policiais me puxaram, cuspi 200 ml de água. Tiveram que fazer um trabalho pra que eu voltasse a ter o primeiro fôlego. Quanto tempo fiquei dentro da água? Não sei. Dois policiais me tiraram da cela, um puxando pela perna e outro puxando pelo braço. Fizeram os primeiros socorros e minha pressão estava 18 por 12. Devido à pressão alta, me chamaram para comparecer ao atendimento médico, mas quando tentei levantar não consegui sentir minhas pernas”, lembrou. Apesar das agressões, ele confirmou que o quadro de paraplegia foi causado por um acidente. “De fato, ocorreu um acidente. No entanto, há a hipótese de que a lesão na coluna tenha ocorrido quando os policiais me tiraram do chão de forma inadequada.”Oswaldo relatou que foi vítima de mais uma série de abusos no Hospital de Base do Distrito Federal, para onde foi deslocado após o acidente.

Diagnóstico de paraplegia e novas agressões

“O que mais me angustiava naquele momento era o barulho dos portões de ferro batendo. Era aterrorizante. Presos são proibidos de falar com os médicos por isso, quando cheguei ao hospital, o ‘policial Xavier’, responsável pela operação, conversou com a médica de plantão e contou que eu sentia falta de ar e dores na costela. Eu não sentia dor alguma nas pernas porque, simplesmente, não sentia minhas pernas. Fiz apenas exame do tórax, que não apontou fratura nas costelas. Por isso, a médica me mandou embora. Eu estava na cadeira de rodas, não sentia minhas pernas e estava voltando para a cadeia. Fiquei nervoso e perguntei: ‘Xavier, como vamos retornar se eu não estou andando?’. Ele respondeu: ‘Na cadeia há uma ala para cadeirantes’. Dei um tapa forte na parede do hospital e comecei a gritar que não sairia dali sem um laudo médico. Questionei a médica do porquê de não sentir minhas pernas e ela me respondeu com outra pergunta: ‘Mas você não é paraplégico?’. Respondi: ‘Se sou, sou desde hoje’. Ela ficou super constrangida e me levou para fazer uma tomografia na coluna, que apontou uma fratura na vértebra T5 e um desvio na T6.” Os médicos então decidiram internar Eustáquio, mas mesmo com o resultado do exame em mãos, ele contou que enfrentou resistência do ‘policial Xavier’ para obter a permissão para ser hospitalizado.

“O policial pensava que eu fingia não sentir minhas pernas. Por isso, pediu para a médica provar isso. Ela pegou uma caneta enfiou na minha perna até ficar roxo. Eu não sentia absolutamente nada. Ela reiterou: ‘Se sentisse qualquer coisa, estaria chorando’. Ainda sim, o policial Xavier não acreditou e repetiu a ação, fincando a caneta até que minha perna sangrasse.” A esposa de Oswaldo soube do acidente através de um seguidor do jornalista, que o reconheceu no hospital, bateu uma fotografia e publicou nas redes sociais. “Fui reconhecido por um paciente que tirou uma foto e postou. Assim minha esposa ficou sabendo que eu estava internado, se deslocou até o hospital para me ver, mas foi impedida. Minha médica, a doutora Nise Yamaguchi, pegou um voo para me encontrar, mas também foi impedida. Só pude ver meu advogado para, como indicaram os policiais, esclarecer que aquilo havia sido um acidente e nada mais. Quando meu advogado chegou, disse para ele: ‘Fala para a minha esposa que trata-se de um acidente “JAPU”, ela vai entender’. A Sandra possui descendência indígena e, em Guarani, “JAPU” significa mentira. Por isso, ela compreendeu que havia algo de errado. Me proibiram de vê-la e de me reunir com meu advogado por 40 dias, o que é ilegal.” Antes de sofrer novas agressões policiais na cadeia, Oswaldo disse que não pôde prosseguir o tratamento para recuperar o movimento das pernas. “Algum tempo depois, meu advogado conseguiu uma liminar que autorizava o tratamento com a doutora Nise. Então, ela começou a aplicar ozônio nas minhas pernas. Após a primeira aplicação, senti até frio nas pernas – o que eu não sentia há dias. No entanto, antes da segunda sessão, mandaram interromper o tratamento porque o método não possui comprovação científica.” Atualmente, o jornalista continua na cadeira de rodas. “Meu estado clínico ainda é de paraplegia, mas estou me esforçando muito para reverter isso. Trabalho para voltar a andar, mas não posso afirmar que conseguirei.”

Após os primeiros dias de tratamento no Hospital de Base, o comunicador foi transferido para o Hospital de Apoio de Brasília, onde relata ter sido agredido “na cadeira de rodas”. “Neste hospital, eu fazia sessões de hidroterapia. Em Brasília faz muito sol e a piscina na qual eu fazia os exercícios é a céu aberto. Como eu estava ficando muito queimado, minha fisioterapeuta recomendou que minha esposa levasse um protetor solar. Quando Sandra chegou, foi proibida de entregar o produto. Mesmo assim, minha esposa deixou o protetor na recepção, mas o policial deu a ordem para que o jogasse fora. Eu disse que ele não poderia fazer aquilo porque tratava-se de uma recomendação médica. Ele respondeu: ‘Posso fazer o que eu quiser, eu sou o Estado’. Quando ele repetiu isso pela terceira vez, me aproximei e afirmei: ‘O que o senhor está fazendo não representa a farda que usa’. Enfurecido, ele me mandou a virar de costas e ficar de cócoras com as duas mãos na cabeça. Como eu poderia fazer isso se estou, até agora, na cadeira de rodas? Como não fiz, ele empurrou minha cadeira longe e me deu três chutes”. De acordo com o jornalista e sua defesa, as denúncias sobre as agressões sofridas estão tramitando em segredo de Justiça no Ministério Público do Distrito Federal.

Futuro político

Após o arquivamento do inquérito que o investigava, Oswaldo pretende ingressar oficialmente na política, lançando-se às eleições como candidato ao Senado. “Só temo a Deus nesta vida, não tenho medo dos homens — sobretudo daqueles que não agem com Justiça. Não tenho medo de possíveis represálias. Estou desenhando uma denúncia para apresentar à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. No texto, vou denunciar o Estado brasileiro, por meio do STF, por ter mantido um jornalista em cárcere privado e pelo fato de eu ter perdido meus movimentos enquanto estava sob custódia do Estado. Nunca quis ser político, sou comunicador. No entanto, me candidatarei ao Senado pelo Paraná para poder julgar com Justiça os ministros do Supremo, que me julgaram com injustiça”, concluiu.

Brasil : AÇAÍ/TAMBAQUI
Enviado por alexandre em 28/06/2021 14:47:58

Variedade de açaí garante extrema qualidade e alta produtividade do cultivo

Neste ano, está prevista a distribuição de 900 quilos de sementes da "Cultivar de Açaí BRS Pai d'Égua", variedade descoberta pela Embrapa


Precocidade, extrema qualidade, alta produtividade e rendimento. Essas são as principais vantagens da "Cultivar de Açaí BRS Pai d'Égua", variedade do fruto, descoberta por pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Amazônia Oriental), financiada por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e de Pesca do Pará (Sedap), em 2019.

Além de financiar a pesquisa, a Sedap também distribui sementes da variedade. De 2011 a 2020, já foram distribuídas mais de 20 milhões de sementes aos produtores do estado. Para este ano, ainda estão previstos 900 quilos a serem disseminadas entre os projetos da secretaria.

Foto: Divulgação

Segundo Geraldo Tavares, gerente de fruticultura da Sedap, o rendimento da produção do "Açaí BRS Pai d'Égua" é muito alto, uma média de 10 a 15 toneladas por hectare, desde que esteja irrigado, com adubação e espaçamento adequado.

"Há plantas que com três anos e meio possuem alta produção, porque começam a produzir com porte bem baixo. Como é um fruto pequeno, ele possui uma quantidade de polpa, por lata, maior do que você encontra, geralmente, no estado. Esse atributo, é um dos que o produtor artesanal procura muito", explica o gerente. Além de facilitar a vida de produtores rurais, essas características também facilitam o trabalho de associações, cooperativas de produtores, mercado varejista e exportador.

A variedade, diferentemente do fruto tradicional, é imigrado da terra firme, por isso, a semente é o insumo mais importante, quando se fala em projeto de proteção de açaí. "Se você não tiver insumo de extrema qualidade, vai começar a fazer o plantio sem o rendimento esperado e só saberá isso depois de quatro anos. Então, a principal importância é essa, possibilitar que você tenha essa expansão para terra firme, com sementes de alta qualidade e terá uma colheita esperada", destaca.

 Sobre a cultivar

A "BRS Pai d'Égua" é resultado da pesquisa, com melhoramento genético, do açaizeiro, que apresenta duas características principais: produção na entressafra e frutos menores. Durante cinco safras, a pesquisa avaliou centenas de materiais de açaizeiro, no campo experimental da Embrapa Amazônia Oriental em Tomé-Açu, no Nordeste Paraense.

Os principais diferenciais da "cultivar" são; a redução da sazonalidade, com uma distribuição bem equilibrada da produção anual, produz 46% no período da entressafra (de janeiro a junho) e 54% na safra (de julho a dezembro); o maior rendimento da polpa, já que os frutos menores, rendem 30% mais que os tradicionais; a produção precoce, já que tem a primeira colheita aos três anos e meio, contraponto os materiais tradicionais que iniciam no quinto ano.


Confira uma receita prática de caldeirada de tambaqui

Ingredientes:

limões à gosto,
azeite à gosto,
1 cebola branca picada
1 cebola roxa picada
1 pimentão picado
pimenta de cheiro à gosto
cebolinha à gosto
colorau à gosto
3 tomates picados
1 kg de filé de tambaqui

Modo de preparo:


  • refogue no azeite as cebolas, pimentas e o pimentão
  • depois acrescente 1 litro de àgua, cebolinha e o tomate.
  • acrescente o filé de tambaqui, sal e colorau à gosto
  • deixe ferver por cerca de 15 minutos
  • acrescente ovos cozidos se preferir.

Brasil : ÍNDIOS REFÉNS
Enviado por alexandre em 28/06/2021 14:37:39

A comunidade yanomami refém de tiros e bombas de garimpeiros há mais de um mês

Por volta do meio-dia de 11 de maio, o líder indígena Dario Kopenawa recebeu uma ligação desesperada de uma aldeia remota na Amazônia.

A região do Palimiú, no interior de Roraima, tem uma população de cerca de mil habitantes vivendo às margens do rio Uraricoera. Só é possível chegar ali de avião ou após uma longa viagem de barco.

Os Kopenawa, do povo Yanomami, costumam receber pedidos de ajuda de comunidades da floresta, mas esse foi diferente.

"Eles nos atacaram", disse um homem. "Quase nos mataram".

"Eles": garimpeiros ilegais que chegaram em sete barcos a motor, alguns carregando armas automáticas, e atiraram indiscriminadamente.

Escondidos atrás das árvores, os Yanomami revidaram, usando espingardas e arcos. Um indígena foi atingido com uma bala na cabeça e quatro garimpeiros ficaram feridos, segundo informaram a Kopenawa.

Aterrorizadas, as mulheres fugiram para dentro da densa floresta com seus filhos. Dois meninos, de um e cinco anos, morreram afogados.

Naquele dia, os ataques duraram cerca de meia hora, mas os garimpeiros prometeram voltar para se vingar — e assim fizeram.

Segundo o Instituto Socioambiental (ISA), as ameaças e violências contra a região de Palimiú, na Terra Indígena Yanomami, já dura mais de um mês. Desde 10 de maio, já houve sucessivos ataques com tiros e bombas de gás. A organização sem fins lucrativos denuncia que, até agora, "as comunidades não receberam qualquer proteção do Estado".

Colagem com três cenas de vídeo mostra barco no rio e policiais correndo em sua direção
Legenda da foto,

Imagens de ataque contra o Palimiú compartilhados com a reportagem por Junior Hekukari mostram barcos a motor durante tiroteio com a polícia

Colagem com duas cenas de vídeo mostra barco no rio e indígenas na terra
Legenda da foto,

Vídeo compartilhado por Junior Hekukari mostra barco a motor passando pelo Palimiú

A mineração é ilegal na Terra Indígena, mas os garimpeiros sempre encontraram formas para contornar isso.

"Os garimpeiros estão por todo lado", diz Kopenawa, que evita ir a áreas onde os mineradores ilegais estão, por já ter sido ameaçado de morte.

No dia seguinte ao primeiro ataque de maio, uma equipe da Polícia Federal (PF) viajou para Palimiú em um pequeno avião, e juntou-se a Junior Hekukari, que chefia o conselho local de saúde indígena.

Ao sair da área, Hekukari avistou alguns barcos com os motores desligados e imaginou que eles estavam tentando se esconder.

"Os agentes gritaram: polícia, polícia", conta Hekukari. "Mas não pararam. Não tinham respeito".

Os policiais reagiram e houve um intenso tiroteio. O grupo saiu cinco minutos depois e ninguém se feriu.

Quando Hekukari relatou o que havia acontecido, Kopenawa ficou pasmo. Se até mesmo a polícia estava sendo atacada, ninguém do seu povo estava seguro.

'Garimpeiros foram encorajados'

Foto aérea mostra grande buraco com poços no meio da floresta

Crédito, Christian Braga/Greenpeace

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Estima-se que a mineração ilegal destruiu uma área equivalente a 500 campos de futebol no território Yanomami em 2020

As invasões de garimpeiros às reservas indígenas se intensificaram sob o mandato do presidente Jair Bolsonaro, que já expressou diversas vezes seus planos para abrir parte dessas áreas protegidas para a mineração e agricultura.

O Instituto Socioambiental (ISA) estima que haja cerca de 20 mil garimpeiros somente em território Yanomami.

O procurador Alisson Marugal, do Ministério Público Federal (MPF) em Roraima, disse que a atividade ilegal foi impulsionada recentemente pela alta no preço do ouro e por uma ordem da Fundação Nacional do Índio (Funai) limitando o trabalho de campo devido à pandemia de coronavírus.

"Os garimpeiros não se isolam ou fazem distanciamento social", afirma o procurador. "Na verdade, eles intensificaram suas atividades".

As unidades de conservação, como as terras indígenas, são de acordo com especialistas e ONGs uma das formas mais eficazes de proteger a Amazônia, a maior floresta tropical do mundo e um enorme estoque de carbono que ajuda a desacelerar o aquecimento global.

Mas o presidente Bolsonaro, um cético em relação às mudanças climáticas apoiado por poderosos líderes do agronegócio, considera essas áreas grandes demais para o número de pessoas que vivem lá.

O presidente, cujo pai foi garimpeiro, é particularmente crítico em relação à extensão do território Yanomami, estabelecido em 1992 em uma região onde estão grandes riquezas minerais.

"Os mineiros ilegais foram encorajados... por um discurso que legitima seu trabalho", explica Marugal.

Tribo reunida em círculo em área externa
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Indígenas no Palimiú, uma região que abriga cerca de mil pessoas

Kopenawa, que mora na capital Boa Vista, onde lidera a associação indígena Hutakara, diz que "Bolsonaro apoia os garimpeiros" e não tem interesse em proteger os Yanomami.

"Nosso território está sendo desrespeitado", denuncia. "E nossos pedidos de ajuda não estão sendo ouvidos."

'É óbvio que não há vontade política'

Kopenawa é filho do respeitado líder David Kopenawa, à frente da campanha que resultou na criação da reserva Yanomami. Apelidado de Dalai Lama da floresta, ele me disse quando nos conhecemos em 2014: "Homens brancos que têm dinheiro querem mais. Eles querem destruir mais. Essa é a tradição deles: eles não têm limites."

No ano passado, a mineração ilegal devastou uma área equivalente a 500 campos de futebol em terras Yanomami, segundo o ISA, e deve gerar ainda mais destruição neste ano. Os garimpeiros também poluem rios com mercúrio, que é usado para separar o ouro da lama, e são acusados de levar álcool, drogas e, mais recentemente, a covid-19, para as comunidades.

Se não é segredo onde eles estão, por que não estão sendo combatidos?

"É óbvio que não há vontade política", disse-me um ex-funcionário da Funai, que pediu demissão no ano passado porque "não aguentava mais".

"Existem algumas pessoas poderosas envolvidas na mineração ilegal que conseguem limitar ou prevenir qualquer ação."

As operações de fiscalização da Funai são tão inconstantes, acrescentou o ex-funcionário, que o impacto é muito limitado e os garimpeiros voltam rapidamente.

Procurada pela reportagem, a Funai disse que não havia ninguém disponível para entrevista. O gabinete do presidente Bolsonaro tampouco respondeu ao pedido de posicionamento.

Imagem aérea mostra barco carregado de barris e pessoas em água marrom do rio

Crédito, Christian Braga/Greenpeace

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Barco carrega petróleo no rio Uraricoera; os Yanomami criaram restrições à circulação para proteger comunidades do coronavírus

Enquanto a pandemia se alastrava na Amazônia no ano passado, os Yanomami criaram uma barreira no Uraricoera, o maior rio de Roraima, em um esforço para impedir a circulação de barcos ao redor de Palimiú.

Eles acreditam que o ataque de maio foi uma retaliação depois que os indígenas interceptaram um navio e apreenderam gasolina e equipamentos.

Alisson Marugal diz que há suspeitas de que membros de facções criminosas foram contratados para fazer ataques contra as comunidades e para proteger áreas de mineração ilegal. Essa conexão entre o crime organizado armado e a mineração ilegal estaria por trás da violência recente.

"Estamos vendo algumas armas pesadas chegando aos acampamentos", ele me disse.

Cinco dias após a visita da polícia, o Palimiú foi atacado novamente, lembra Kopenawa. À noite, chegaram vários barcos, de onde pessoas começaram a atirar.

Em maio, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso determinou que o governo Bolsonaro tome medidas para proteger esta e outras comunidades indígenas e para tirar os garimpeiros da área.

Mas Kopenawa diz que os Yanomami estão cansados de esperar.

"Estamos sob ameaça", diz o líder indígena. "Nossa paciência acabou."

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