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Brasil : A OBESIDADE
Enviado por alexandre em 11/10/2021 09:39:17

Obesidade infantil veja como criar ambientes saudáveis para as crianças

A obesidade é uma ameaça para a saúde pública global e é lembrada nesta segunda-feira (11), Dia Nacional de Prevenção da Obesidade.

 

Além dos problemas de saúde, a obesidade também está relacionada com a vida social e o bem-estar das crianças e adolescentes. Como criar crianças mais saudáveis? Quais os riscos do excesso de peso na infância? Veja 8 pontos sobre a obesidade:

 

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1. As causas da obesidade


Se engana quem pensa quem a obesidade está ligada apenas à falta de exercício. Primeiramente, precisamos entender que é uma doença, não um desleixo.

 

A decisão de comer menos não está relacionada à força de vontade. "Existe uma região no nosso cérebro que regula essa nossa capacidade de tomar decisões, de dizer o 'não, obrigado'. Estudos já demonstraram que pessoas com obesidade têm uma diminuição do metabolismo cerebral nessa região. Mostra que elas têm um menor controle inibitório", explica a endocrinologista Cintia Cercato, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso).

 

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A obesidade é uma doença multifatorial - o estilo de vida e fatores genéticos que influenciam a composição corporal. Falta de exercício físico, hábitos alimentares pouco saudáveis, sono insuficiente, estresse e aumento do tempo de tela podem aumentar o Índice de Massa Corpórea (IMC). Além disso, muitas crianças não têm acesso à alimentos mais saudáveis e são mais expostas.

 

"Não é só o ambiente e nem só a genética. É a junção dos dois. Há a predisposição genética, mas se a criança não estivesse em um ambiente que não fosse tão obesogênico, não ia crescer tanto os índices de obesidade infantil", pontua a endocrinologista.

 

A endocrinologista alerta que, em 40 anos, a obesidade infantil cresceu 1000% no mundo.


"Mas o que contribuiu para esse crescimento tão alarmante? Existem crianças que são geneticamente suscetíveis e o ambiente cada vez mais obesogênico, rico em alimentos ultraprocessados, uma redução da atividade física de um modo geral, isso vem fazendo com que a gente tenha esse crescimento", completa.

 

2. Qual o cenário da obesidade no mundo?


Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que a prevalência de obesidade no mundo triplicou entre 1975 e 2016. Sobre os jovens, a organização diz que o número de crianças com excesso de gordura corporal pode chegar a 75 milhões até 2025.

 

Segundo o Atlas Mundial da Obesidade, o Brasil estará na 5ª posição no ranking de países com o maior número de crianças e adolescentes com obesidade em 2030, com apenas 2% de chance de reverter essa situação se nada for feito.

 

Já um levantamento de 2020 do Sisvan/Ministério da Saúde mostra que, no país, uma em cada três crianças com idade entre 5 e 9 anos estava acima do peso, sendo que 9% delas com obesidade e 5%, com obesidade grave.

 

3. Como melhorar o ambiente para a criança?


Melhorar a alimentação não depende só dos pais e da escola. É necessário investir também em ambientes mais saudáveis e políticas públicas de prevenção.

 

"Precisamos ter promoção de ambientes mais saudáveis para a população. Uma cidade mais segura para que as pessoas possam fazer mais atividades físicas. Precisamos de uma rotulagem adequada dos alimentos. Merendas escolares e cantinas precisam ter opções mais adequadas. E dentro de casa ter o hábito de cozinhar a 'comida de verdade'", sugere a presidente da Abeso.

 

Em 40 anos, obesidade infantil cresceu 1000% no mundo — Foto: depositphotos

 

4. Como identificar a obesidade infantil?


O cálculo mais usado para identificar a obesidade é o do IMC, que divide o peso do paciente pela sua altura elevada ao quadrado. Entretanto, muitas vezes ele é falho para crianças e adolescentes, já que eles estão em fase de crescimento.

 

Pesquisas mostram que os pais só identificam a obesidade nos filhos depois que eles já estão com excesso de peso.

 

"Na criança, como a altura muda a cada idade, você não tem ponto de corte. Às vezes, é mais difícil para os pais identificarem que a criança está com um sobrepeso ou risco de obesidade", diz Cercato.

 

5. Como criar hábitos saudáveis?


O trabalho começa desde a primeira infância. Os pais devem oferecer alimentos mais saudáveis desde a primeira refeição da criança e não devem desistir no primeiro 'não gosto'.

 

"A alimentação é um hábito aprendido. Os pais precisam apresentar os alimentos e oferecer desde cedo verduras e legumes. Caso a criança diga 'não gosto', eles devem oferecer de outras formas, seja no preparo".

 

Obesidade infantil: dicas de alimentação e hábitos para prevenção - Sabor à  Vida Gastronomia

 

Outro ponto importante é: criar rotinas. O comer deve ter hora e lugar, sem distrações como televisão, celular, tablet, videogame. E a refeição deve ser feita em família.

 

E tente sempre incluir a criança nas tarefas. Leve a criança para a cozinha, para ajudar a preparar a refeição, deixe a criança escolher os alimentos (saudáveis!) na feira ou no mercado.

 

6. Quais os riscos da obesidade infantil?


Crianças e adolescentes que vivem com obesidade têm maiores chances de desenvolver doenças como diabetes tipo 2 na vida adulta, AVC, hipertensão, câncer colorretal e doença cardíaca coronária.

 

Pessoas que vivem com obesidade têm 80-85% mais probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2.


Além disso, segundo Cercato, 84% dos adolescentes que vivem com obesidade têm probabilidade de se tornarem adultos obesos.

 

7. Obesidade também afeta a saúde mental


Obesidade também está relacionada com a vida social/emocional, com bem-estar e autoestima.

 

Conscientização contra a obesidade mórbida infantil

Fotos: Reprodução 

 

"A criança tem obesidade. Por conta da doença ela sofre bullying. Isso afeta a autoestima da criança e provoca um isolamento. E tem uma repercussão inclusive no comportamento alimentar. Aumenta a ansiedade, gera um estresse na criança que desencadeia no mecanismo do comer emocional, da compulsão, que acaba agravando mais a obesidade", alerta Cercato.

 

8. Como é feito o tratamento?


O tratamento inicial para crianças consiste em mudar os hábitos e estilo de vida: alimentação mais saudável e atividade física. Alguns medicamentos são aprovados para os adolescentes a partir dos 12 anos.

 

"Em casos muito extremos, pode-se fazer o uso de algum medicamento, mas a criança passa por uma avaliação adequada", explica a endocrinologista.

 

 

A cirurgia bariátrica é indicada para adolescentes com mais de 16 anos. "Em idades menores, somente em centros especializados e com uma avaliação multidisciplinar", alerta Cintia Cercato. 

 

Fonte: G1

Brasil : É PAU NO FOGO
Enviado por alexandre em 11/10/2021 09:25:41

Lenha é mais usada que o gás nas cozinhas brasileiras

Com o gás de cozinha custando mais de R$ 100 e a crise corroendo o orçamento das famílias mais pobres, a lenha ganhou espaço nos lares brasileiros durante a pandemia. Em 2020, o consumo de restos de madeira em residências aumentou 1,8% frente a 2019, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Famílias estão guardando botijões de gás para usar apenas em emergências, e outras até venderam o fogão para fazer dinheiro na crise. Como solução, recorrem à lenha e ao carvão vegetal para cozinhar, um retrocesso em saúde e qualidade de vida.

Até 1970, 80% dos lares usavam pedaços de madeira para cozinhar e se aquecer. Com a massificação da eletricidade e do gás liquefeito de petróleo (GLP), o como gás de cozinha, esse quadro se alterou. Hoje, a eletricidade é a principal fonte de energia, mas a lenha ainda ocupa a segunda colocação na matriz residencial, com 26,1% de participação, seguida do GLP (24,4%), de acordo com a EPE.

O gás estava sendo mais consumido do que a lenha até 2017, quando o preço do botijão começou a disparar. Naquele ano, a Petrobras alterou sua política de preços e começou a reajustar o GLP toda vez que a cotação do petróleo e o câmbio subiam, assim como já fazia com a gasolina e o óleo diesel.

Como a commodity se valorizou muito no ano passado, o GLP disparou no Brasil. O resultado foi um crescimento ainda maior do consumo de lenha em 2020, um ano de deterioração do mercado de trabalho e escalada da inflação. As estatísticas de 2021 ainda não estão disponíveis.

A projeção do órgão de planejamento energético do governo, no entanto, é de que o uso da lenha encolha apenas com “a retomada do crescimento da economia e o aumento da renda”.

“Até a metade do século 18, a lenha era a energia predominante, antes da invenção da máquina a vapor. Com o avanço tecnológico, o carvão e, depois, o petróleo e o gás assumiram a dianteira como fonte de energia. O avanço da lenha no Brasil representa um retrocesso em 200 anos”, afirma Rodrigo Leão, pesquisador do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep).

Algumas alternativas de baixo custo e emissão de carbono até são estudadas pela EPE. Uma delas é o aproveitamento de resíduos sólidos urbanos para produzir gás. “Poderiam ser construídos grandes biodigestores e canais de distribuição de biometano nas comunidades, por exemplo. Mas esbarramos em muitas dificuldades, até na coleta seletiva do lixo”, diz Carla Achão, superintendente de Estudos Econômicos, Energéticos e Ambientais da EPE.

Sem alternativas

Enquanto novas soluções não saem do papel, a demanda por lenha avança entre os mais pobres. Para essa fatia da população, o peso da inflação nos gastos do dia a dia é 32% maior do que para os mais ricos, segundo cálculos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta do gás foi um dos principais fatores para que os mais pobres sintam mais o peso da inflação, diz o Ipea.

Apenas neste ano, a Petrobras já reajustou o preço do GLP em 47,53%. Desde o início de 2020, a alta acumulada é de 81,5%. O aumento mais recente, de 7%, foi anunciado na sexta-feira, após 95 dias de estabilidade e forte pressão política para segurar o preço.

Um programa de acesso ao gás de cozinha está sendo elaborado pela estatal. O conselho de administração da empresa aprovou a liberação de R$ 300 milhões, em 15 meses, para ajudar as camadas mais pobres a comprar o botijão.

O modelo de distribuição desse dinheiro ainda não está definido. Se fosse usado para custear integralmente o produto, esse valor seria suficiente para beneficiar 400 mil famílias (considerando o botijão a R$ 100 e a duração de um botijão por dois meses), um número de pessoas pequeno frente aos cerca de 15 milhões inseridos no Programa Bolsa Família.

“É possível que parte da população que passou a utilizar a lenha na pandemia não consiga voltar a consumir o GLP imediatamente, no pós-pandemia. A lacuna econômica que se formou não será extinta na mesma velocidade da retomada. E, ainda, uma parte dessa mesma população vai pensar em comer carne antes de comprar gás. Esse é um problema social que vai além da questão do gás e precisa ser analisado de forma mais estruturada e em conjunto com programas sociais”, avalia Anderson Dutra, sócio da KPMG e especialista em energia e recursos naturais.

Brasil : KOMBUCHA
Enviado por alexandre em 08/10/2021 10:01:27

Conheça 6 benefícios do chá probiótico

Não é de hoje que a kombucha virou uma das bebidas mais populares da internet, principalmente entre as pessoas que buscam um estilo de vida mais saudável. A procura por hábitos melhores, inclusive, se revela uma tendência cada vez mais evidente entre as pessoas. Principalmente no atual momento, onde o avanço da vacinação contra a Covid-19, aos poucos, devolve atividades que ficaram no passado.

 

As pessoas, no geral, também estão mais ativas e buscando fortalecer o organismo. E é aí que entra a kombucha, uma bebida probiótica de origem chinesa. Segundo Ju Fuscaldo, aromoterapeuta e especialista em chás, o produto é feito a partir da fermentação S.C.O.B.Y, colônia de bactérias e leveduras que proporcionam ao organismo diversos benefícios.

 

“A kombucha produz enzimas que auxiliam na digestão e tem vitaminas do complexo B e K, provenientes para o processo metabólico dos microrganismos. Outro ponto importante é que seu consumo regular faz com que os tecidos recebam mais oxigênio e a partir daí consigam produzir mais energia” conta a especialista.

 

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Para facilitar o entendimento, Fuscaldo elencou os 6 principais benefícios do chá. Confira:

 

1 – Fortalece o sistema imunológico

 

“Por ser uma bebida probiótica e com ação antioxidante é um ótimo complemento para a dieta detox. Auxilia na imunidade do corpo, pois deixa o organismo menos suscetível a doenças. Além de melhora na ingestão e absorção de nutrientes que combatem a ação de radicais livres contra o envelhecimento precoce”, afirma.

 

2 – Kombucha é um estimulante natural

 

“Como possui o ferro, que é liberado durante o processo de fermentação, acaba sendo responsável por melhorar o transporte de oxigênio no sangue. Também tem uma pequena quantidade de cafeína, o que faz dela um estimulante para a produção de energia no nosso organismo”, revela Fuscaldo.

 

KOMBUCHA: O QUE É? – Laranja na Colher

 

3 – Funciona como um antibiótico natural

 

De acordo com a especialista, a kombucha possui inúmeras “bactérias do bem” em sua composição. Fator que auxilia no combate de microrganismos mal-intencionados e responsáveis por infecções e intoxicações alimentares.

 

4 – Kombucha alivia inflamações

 

“Uma dieta rica em fermentados, como a Kombucha, contribui de forma marcante para a redução de 19 compostos inflamatórios, entre eles a interleucina-6, que tende a desencadear diabetes tipo 2 e a artrite reumatoide”, afirma Fuscaldo.

 

O que é Kombucha e Qual seus Benefícios - Receita Natureba

Fotos: Reprodudução

 

5 – Melhora as articulações

 

“Entre os nutrientes encontrados no produto está a glucosamina, responsável pela produção do ácido hialurônico, que previne a dor nas articulações e consegue preservar justamente a produção do colágeno”, conta.

 

 

6. Facilita a digestão

 

“Os micro-organismos presentes na fermentação da Kombucha ajudam na saúde intestinal, evitando incômodos, como a prisão de ventre e a diarreia. Ela produz enzimas que combatem o mal-estar digestivo”, finaliza Fuscaldo. 

 

Fonte: Saúde em dia



Cúrcuma para o dente? Saiba o que dentistas pensam

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Foto: Reprodução

Dentistas alertam para o uso de receitas caseiras nos dentes

Vira e mexe surge uma nova moda no que diz respeito à saúde bucal e ingredientes famosos na culinária surgem como opções clareadoras ou de limpeza dos dentes. A cúrcuma é uma delas: com forte coloração amarela e um dos ingredientes do curry, a substância já foi, inclusive, defendida por famosos como substituta do creme dental.

 

Mas, afinal de contas, a cúrcuma é benéfica para a saúde bucal? Quando usada na composição de cremes dentais, sim. Porém, há riscos no uso de receitas caseiras para os dentes. Isso também vale para o flúor, um dos maiores avanços da odontologia em relação à prevenção da cárie dentária no mundo, inclusive no Brasil. Justamente por isso, até nossa rede de abastecimento acrescenta flúor na rede de água para ajudar no combate à cárie.

 

É importante ressaltar que as substâncias que compõem a fórmula dos cremes dentais disponíveis no mercado são seguras para o uso do consumidor. Esses ingredientes têm décadas de pesquisas científicas e de aprovação nos órgãos reguladores brasileiros, americanos e europeus.

 

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Todas as substâncias que compõem a fórmula dos cremes dentais disponíveis no mercado são seguras para o uso do consumidor. Esses ingredientes têm décadas de pesquisas científicas e de aprovação nos órgãos reguladores brasileiros, americanos e europeus.

 

Escovar os dentes com cúrcuma faz bem? - Atualidades

 

Caso deseje acrescentar ingredientes à sua saúde bucal, opte por cremes dentais que contenham esses ativos em sua composição e são testados para esses fins e liberados para o uso pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). E, em hipótese alguma, faça a higiene bucal com itens caseiros.

 

Cinco motivos escovar os dentes com pasta

 

1. A composição do creme dental contém 50% de agente abrasivo, que removem películas mais aderidas e fazem o polimento da superfície para evitar a adesão do biofilme.

 

2. Contém detergente para quebrar a gordura dos restos de comida em cadeias menores para serem removidas.

 

3. Contém flúor, que remineraliza os dentes, tornando-os mais fortes e prevenindo as cáries.

 

4. Contém agentes que previnem placas e tártaro.

 

 

5. Sua eficácia é comprovada cientificamente. 

 

Fonte: Terra

Brasil : MELHOR HORÁRIO
Enviado por alexandre em 08/10/2021 09:49:51

Cientistas descobrem qual horário traz melhores resultados na atividade física

Pesquisadores holandeses descobriram que o horário pode fazer diferença nos benefícios metabólicos, sobretudo em pessoas com diabetes tipo 2 e obesas

Horário da tarde é o mais recomentado para atividades físicas
Horário da tarde é o mais recomentado para atividades físicas Leon Neal/Getty Images

Lauren Kentda CNN

Os treinos da tarde levam a melhores resultados para algumas pessoas, de acordo com um estudo publicado este ano.

O estudo, que analisou homens em risco ou com diagnóstico de diabetes tipo 2, descobriu que os participantes que se exercitaram à tarde tiveram mais benefícios metabólicos, bem como efeitos mais positivos em seu desempenho nos exercícios e perda de massa gorda em comparação com os participantes que se exercitaram pela manhã.

Os pesquisadores dizem que não sabem exatamente por que o treinamento à tarde pode levar a melhores resultados — provavelmente devido a uma combinação de fatores e mais pesquisas são necessárias –, mas eles podem especular com base no que se sabe sobre a fisiologia humana e o tempo biológico.

“Nosso corpo tem um relógio biológico e ele regula muitos processos no corpo e esses processos têm um ritmo”, disse o autor do estudo, Patrick Schrauwen, professor de “Aspectos metabólicos do diabetes tipo 2” na Universidade de Maastricht, na Holanda.

“Alguns deles são bem conhecidos, como sua temperatura corporal e sua pressão arterial”, disse Schrauwen.

Nossos relógios biológicos também afetam nosso metabolismo e se nossos corpos queimam gordura ou carboidratos em determinados momentos, acrescentou.

E para os participantes do estudo que eram obesos ou em risco de diabetes tipo 2, os processos de queima de gordura eram mais adequados no período da tarde.

A ingestão de alimentos também provavelmente desempenha um papel, disse Shawn Arent, professor e chefe do departamento de ciência do exercício da Universidade da Carolina do Sul (EUA).

“Você passou mais horas acordado durante o dia, ficou mais acordado, teve a chance de abastecer um pouco mais o sistema”, disse Arent, que não participou do estudo.

Temperaturas corporais mais altas à tarde também podem ajudar no desempenho muscular, quase como um aquecimento diário embutido.

“Quando você começa a perceber o quão forte esse relógio biológico pode ser, e então se você faz coisas como ingerir alimentos na hora errada do dia, ou ficar inativo na hora errada do dia, ou ficar inativo nos momentos em que você deve ser ativo, isso pode ter um grande impacto”, acrescentou Schrauwen.

“A boa notícia é que você também pode usá-lo em seu benefício.”

Schrauwen disse que não comer lanches à tarde e evitar refeições noturnas pode ter um grande impacto no peso e na saúde geral de uma pessoa.

Outros estudos mostraram que os que comem tarde tendem a consumir mais calorias totais do que aqueles que comem no início do dia.

Arent também disse que é importante comer proteína após o treino, mas o momento exato da ingestão de nutrientes após o exercício pode ser flexível — então não sinta a necessidade de engolir algo imediatamente após uma corrida.

Qualidade do exercício supera o tempo

Para muitas pessoas, fazer exercícios suficientes é muito mais importante do que se exercitar exatamente na hora certa.

“A qualidade do seu treino e a qualidade da sua dieta geral irão muito mais longe, então o tempo começa a aumentar e o torna muito mais eficaz”, disse Arent. “Existe um momento ideal? Sim, é o que você fará de forma consistente.”

Arent também disse que os ritmos circadianos são ajustáveis, portanto, com alguma perseverança, uma coruja noturna pode se tornar um madrugador se exercitando, se isso fizer mais sentido para sua programação.

“Se você treinar de forma consistente em um determinado momento do dia, você começa a se adaptar a isso”, comentou Arent. Mas ele alertou contra sacrificar o sono para treinar cedo porque a qualidade geral do sono é mais importante do que fazer um treino extra aqui e ali.

Felizmente, a pesquisa também mostra que os exercícios podem levar a um sono de melhor qualidade, e os exercícios à tarde ou à noite não comprometem os horários de sono, desde que sejam feitos pelo menos 90 minutos antes de dormir.

Treine no mesmo horário da competição

Pode ser especialmente útil para atletas de competição ou pessoas treinando para uma corrida se exercitar no mesmo horário do dia do evento. Por exemplo, Arent disse que trabalhou com um time de futebol que conseguiu melhorar seu desempenho com movimentações no mesmo horário dos jogos.

No entanto, a hora do dia pode ser menos importante para exercícios de resistência, como corrida de longa distância ou ciclismo.

Mas para aqueles que buscam alto desempenho, potência e força, os exercícios da tarde ainda estão em primeiro lugar. A melhor janela para atletismo explosivo parece ser entre 13h e 18 horas, disse Arent. Essa é uma boa notícia para os atletas profissionais que não precisam programar seus exercícios em torno de empregos das 9h às 17h.

(Texto traduzido. Leia aqui o original em inglês.)

 


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Brasil : CARNE MOÍDA
Enviado por alexandre em 08/10/2021 01:38:57

Regras não se aplicam a açougues e supermercados, diz governo

As novas regras para produção e venda de carne moída, colocadas em consulta pública pelo Ministério da Agricultura na última segunda-feira (4), não se aplicam aos açougues e supermercados.

A proposta de um novo regulamento vale apenas para os frigoríficos que fornecem pacotes prontos do produto para o varejo, disse o Ministério da Agricultura ao g1.

Ela foca em estabelecimentos registrados no Serviço de Inspeção Federal (SIF), do Ministério. Entre as exigências propostas estão que as embalagens tenham no máximo 1 kg, que não incluam glândulas, cartilagens nem ossos e que seja informado no rótulo o percentual de gordura da carne.

A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) disse ao g1 que ainda não tem uma posição a respeito do assunto e que avalia a portaria junto aos seus associados.

Entenda alguns pontos da proposta a seguir:

Pode osso na carne moída?

Uma das exigências propostas à fabricação da carne é que o produto deve estar livre de aponeuroses (membranas semelhantes a tendões), glândulas, cartilagens, ossos, grandes vasos, coágulos, tendões e demais tecidos não considerados aptos ao consumo humano.

A carne também não pode conter linfonodos, que são gânglios linfáticos que constituem o sistema de defesa do organismo do animal e que carregam substâncias nocivas.

Pela legislação, a carne moída é um produto obtido da moagem da massa muscular de bois e búfalos. Portanto, materiais considerados não comestíveis, como os citados na proposta, já não fazem parte de sua definição.

Ossos e cartilagens, por exemplo, ao serem consumidos, podem causar indigestão em algumas pessoas ou problemas gastrointestinais, aponta a nutricionista e doutoranda pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Neiva Souza.

Ela afirma que isso acontece porque o trato gastrointestinal não é tão preparado para digerir essas partes da mesma forma que é para as carnes ou outros alimentos de origem vegetal.

Além disso, esses tecidos, como os linfonodos, são mais suscetíveis a transmitir doenças como a salmonela, explica Alice Mendes, nutricionista da UBS Paranapanema, gerenciada pelo Cejam (Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”).

Ainda que existam métodos de inspeção realizados pelo governo, não dá para ter certeza de que não há contaminação e é impossível analisar cada animal abatido, afirma a nutricionista.

A proposta prevê ainda a proibição do uso de miúdos e de carne industrial, que é feita a partir da cabeça e tratada na sala de sangria, explica a veterinária Ana Cristina Marquez.

Segundo a veterinária, ela tem uma grande quantidade de sangue e pode conter vísceras e ossos. Assim, ela não é boa por causa da alta quantidade de resíduos, ossos que vão junto na moagem e, também, devido à quantidade alta de sangue, que aumenta a proliferação de bactérias e patógenos, diz.

Rapidez para embalar

Segundo a proposta, a carne moída deverá ser embalada imediatamente após a moagem. Isso porque este tipo de produto tem uma superfície de contato alta em relação ao ambiente em que sofre a manipulação, o que acaba aumentando a probabilidade de desenvolver patógenos, explica a veterinária Ana Cristina.

Além disso, por ser processada, esta carne tem um risco contaminação muito maior e se deteriora mais rapidamente por causa das fibras musculares serem rompidas e da alta oxidação. Assim, é importante que ela seja embalada imediatamente.

De olho na balança

Outra proposta determina que cada pacote do produto ter peso máximo de 1 kg. A veterinária relata que essa limitação permite um resfriamento e congelamento mais rápido, protegendo o produto e mantendo a sua qualidade.

De modo geral, para a Ana Cristina, na prática as novas propostas alteram pouco as normativas em vigência.

Restrição de gordura

Quanto de gordura pode na carne moída? A proposta não determina uma quantidade exata de modo geral, apenas que é permitido o uso “inerente ao corte utilizado para a produção da carne moída” e que essa informação deve constar na embalagem.

A nutricionista Alice afirma que existe Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (Taco), feita pelo Ministério da Saúde e por universidades. Nela há uma lista com diferentes tipos de carnes, informando a partir de 100 g a quantidade permitida para alguns itens de sua composição, como a gordura.

Então, a carne moída segue o mesmo nível de gordura do corte que a compõe.

Como congelar e descongelar a carne moída?

A proposta determina que a carne moída deverá sair do equipamento de moagem com temperatura nunca superior a 7 graus Celsius e ser submetida, imediatamente, ao resfriamento, ao congelamento rápido ou ultrarrápido.

Em casa, é importante que o consumidor também mantenha alguns cuidados com o produto. Ainda cru, é fundamental que ele permaneça congelado. Segundo a nutricionista Neiva Souza, a recomendação é a seguinte:

0 a – 5°C: até 10 dias

– 6 a -10°C: até 20 dias

-11 a -18°C: até 30 dias

Menor que -18°C: até 90 dias

O freezer doméstico alcança até -20ºC, já a maioria dos congeladores acoplados à geladeira chegam até -6 ºC, detalha a nutricionista Alice.

Já a carne cozida deve sofrer um resfriamento imediato, indo de 60°C a 10°C dentro do período de 2 horas. Este resfriamento rápido pode acontecer na geladeira, e, em seguida, o prato pode ir para congelamento.

Depois, para consumi-lo, o descongelamento pode ser feito pelo micro-ondas ou em temperatura inferior a 5°C ou em um forno de convecção, que permite a circulação do calor de forma uniforme, fazendo com que a comida também seja cozida.

Após este processo, ele não pode ser congelado novamente, pois o processo de descongelar a carne pode favorecer bactérias que estavam congeladas e não causaria danos no consumo imediato, mas se passarem pelo processo de refrigeração novamente, começam a se proliferar podendo até mesmo causar uma infecção alimentar, pontua Aline.


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