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Brasil : PETROLINA
Enviado por alexandre em 11/11/2021 09:44:25

Petrolina a melhor cidade para o agronegócio no Brasil
Petrolina foi a única cidade do Nordeste a figurar entre as seis melhores do Brasil para fazer negócios. O ranking das campeãs foi divulgado, ontem, pela revista Exame numa parceria com a consultoria Urban Systems. O estudo analisou todos os municípios brasileiros com mais de 100.000 habitantes em seis setores: comércio, serviço, indústria, mercado imobiliário, educação e agropecuária.

O ranking da Urban Systems leva em consideração aspectos relacionados à infraestrutura de saneamento, transportes, mobilidade urbana, logística e telecomunicações. Conhecida internacionalmente pela fruticultura, Petrolina surge em primeiro lugar no levantamento relativo ao agronegócio. Nas outras cinco categorias destacam-se apenas cidades do estado de São Paulo. A capital paulista acumula o melhor desempenho para fazer negócios nos segmentos imóveis, educação e comércio. Já na categoria serviços a campeã foi Barueri, enquanto São Bernardo do Campo teve a melhor avaliação na indústria.

O resultado de destaque nacional foi comemorado pelo prefeito Miguel Coelho, que acredita em um novo salto da economia local após a conclusão de novos projetos de inovação e da implantação da irrigação do Pontal. “É um reconhecimento importante e comprova como valeu à pena todo o investimento feito nos últimos anos em infraestutura, mobilidade e no fortalecimento do agronegócio. Acredito que no futuro próximo vamos ter resultados ainda melhores não só no agro, mas nos demais setores com a chegada do Pontal, que deve gerar mais de 20 mil empregos diretos e indiretos. Além disso, estamos investindo forte em novas tecnologias e inovação já pensando no mercado de trabalho e oportunidades que surgirão no futuro”, detalhou o prefeito.


Estudo aponta Petrolina como melhor cidade no agronegócio do Brasil

O ranking da Urban Systems leva em consideração aspectos relacionados à infraestrutura de saneamento, transportes, mobilidade urbana, logística e telecomunicações. Conhecida internacionalmente pela fruticultura, Petrolina surge em primeiro lugar no levantamento relativo ao agronegócio.

Petrolina foi a única cidade do Nordeste a figurar entre as seis melhores do Brasil para fazer negócios. O ranking das campeãs foi divulgado, nesta terça-feira (09), pela revista Exame numa parceria com a consultoria Urban Systems. O estudo analisou todos os municípios brasileiros com mais de 100.000 habitantes em seis setores: comércio, serviço, indústria, mercado imobiliário, educação e agropecuária.

 

  1. O ranking da Urban Systems leva em consideração aspectos relacionados à infraestrutura de saneamento, transportes, mobilidade urbana, logística e telecomunicações. Conhecida internacionalmente pela fruticultura, Petrolina surge em primeiro lugar no levantamento relativo ao agronegócio. Nas outras cinco categorias destacam-se apenas cidades do estado de São Paulo. A capital paulista acumula o melhor desempenho para fazer negócios nos segmentos imóveis, educação e comércio. Já na categoria serviços a campeã foi Barueri, enquanto São Bernardo do Campo teve a melhor avaliação na indústria.

 

O resultado de destaque nacional foi comemorado pelo prefeito Miguel Coelho, que acredita em um novo salto da economia local após a conclusão de novos projetos de inovação e da implantação da irrigação do Pontal . “É um reconhecimento importante e comprova como valeu à pena todo o investimento feito nos últimos anos em infraestutura, mobilidade e no fortalecimento do agronegócio. Acredito que no futuro próximo vamos ter resultados ainda melhores não só no agro, mas nos demais setores com a chegada do Pontal, que deve gerar mais de 20 mil empregos diretos e indiretos. Além disso, estamos investindo forte em novas tecnologias e inovação já pensando no mercado de trabalho e oportunidades que surgirão no futuro”, detalhou o prefeito.

Brasil : TV RONDÔNIA
Enviado por alexandre em 11/11/2021 01:14:01

Grupo Rede Amazônica a caminho dos 50 anos!

TV Rondônia é edificada e avança no espaço territorial

Todas as pessoas que se voltam para resgatar a memória, as conquistas, alegrias e dificuldades de um passado, sempre haverão de se deparar com verdades históricas, especialmente com pessoas que marcaram suas passagens por determinada região, com o seu trabalho e suas conquistas. Pessoas que, na sua trajetória, souberam construir e desenhar suas caminhadas, colorindo os jardins que plantaram ou ajudaram a plantar.

Os grandes arquivos da humanidade continuam sendo os depoimentos de pessoas que vivenciaram os fatos de uma época.

Os manuscritos traduzem e transmitem muitos informes e acabam deixando transparecer, através do brilho das informações, o que é sensivelmente possível perceber no material coletado.

Os documentos iconográficos, que permanecem estáticos no tempo, acabam nos dando uma ideia quando pesquisado de profunda amostragem de um tempo vivenciado, sendo tão raro e emotivo que surge nos relatos das pessoas que falam sobre aquele momento.

A vida renasce quando buscamos e ouvimos as narrativas destes episódios, tendendo a desaparecer quando apenas identificamos e não os registramos para a posteridade.

Jornalista Ulisses Paes de Azevedo Filho.

Foi assim que tudo começou, dando a partir daí a produção de som e imagem para toda a capital da primeira emissora de televisão do hoje Estado de Rondônia.

Na época, a emissora recebia os malotes, com fitas gravadas dos programas que seriam exibidos. Vale ressaltar que tais programas eram exibidos com uma semana de atraso. Chegamos a ter cerca de três mil e quinhentas fitas circulando na Amazônia.

Um dos primeiros equipamentos adquiridos pela emissora foi um V.T. 2.610, que era utilizado para a produção dos programas que seriam transmitidos, equipamento este, totalmente mecânico, mas que atendia perfeitamente à necessidade da época.

A emissora entrava no ar a partir das 18 horas. De acordo com o crescimento do produto do Departamento Comercial, a emissora foi aumentando seu horário e consequentemente sua programação. Um dos momentos que marcou a TV Rondônia e a capital Porto Velho foi a novela, na época exibida por ela e produzida pela TV Educativa, Meu Pedacinho de Chão, que marcou de tal forma a população, acabando após o término da mesma, por criar o bairro Meu Pedacinho de Chão.

A TV Rondônia sempre esteve presente na historiografia do atual Estado de Rondônia. Nos momentos difíceis, a emissora foi fiel ao relato dos fatos jornalísticos.

De 1974 a 1981, passaram-se sete anos de lutas e conquistas maiores que seriam a transformação do Território de Rondônia em Estado de Rondônia. A emissora se fez presente e marcou a sua luta, contribuindo para esta conquista.

Com o Projeto de Lei Complemento, o então Território de Rondônia passou a ser denominado, em Janeiro de 1981. Estado de Rondônia.

Escrevia-se, assim, mais uma história do novo Estado da Federação. A emissora, depois de encampar para si esta luta, agora documentava o fato histórico, na euforia de um povo, que viu o sonho transformar-se em realidade.

As conquistas não foram só no campo social, a emissora mudou, a programação passou a ser gravada pela madrugada e levada ao ar nas primeiras horas do dia. Era uma mudança radical do horário, a população já tinha a oportunidade de assistir, com apenas uma hora de atraso, toda a programação nacional, com relação aos outros Estados, pois o sinal recebido era via satélite, passando a ter programação diversificada, com notícias nacionais e internacionais. Era outro momento importante: o Estado de Rondônia estava integrado ao restante do país e do mundo.

Como podemos observar, a TV Rondônia entrava na era da integração regional, com um sistema via satélite, cuja, programação era transmitida para quase todo o interior do Estado, programação compatível e absolutamente acessível ao telespectador: a emissora, a esta altura, necessitava de uma programação local, o que já havia, traduzindo qualidade de vídeo e, o mais importante a credibilidade.

Houve, então, a contratação de mais profissionais que, seriam os responsáveis por três programas locais: Bom Dia Rondônia, que ia ao ar de segunda a sexta-feira, a partir das seis e meia da manhã; Amazônia em Revista, variedades, agendas, notícias, esporte e entrevistas, diariamente às onze e meia da manhã Jornal de Rondônia, as notícias do dia, os principais fatos que são notícia na capital e no interior, de segunda a sábado, sempre às dezoito e quarenta e cinco. 

Aluísio Daou, presidente do Conselho Consultivo.

Para ser um veículo de integração regional, a TV Rondônia precisou tornar-se por inteiro, complementação e integralizando a qualidade das melhores notícias, mostrando com fidelidade as mazelas de uma cidade em franco desenvolvimento.

Este momento não foi somente de uma conquista, foi um prêmio de muita luta e trabalho sério. Todos os dias, quatro equipes de jornalismo saem às ruas, cobrindo os fatos do dia a dia, tendo como meta levar ao telespectador, de forma simples e com fidelidade, os fatos ocorridos na região sempre com um compromisso maior, a verdade. Tudo isso levou a TV Rondônia a conquistar o Estado, abrindo um belo espaço na clareira da selva amazônica e, principalmente, gerando empregos.

A TV Rondônia é uma emissora moderna. Sua marca é estabelecida pela identidade de suas cores, possuía a época um estúdio de 18 m de comprimento por 8 m de largura e, 6 m de altura que, é utilizado para a apresentação dos telejornais e produção comercial. Possui um transmissor de 5.000 watts de potência, da marca Harris, transistorizado, sendo considerado a melhor tecnologia que existe em transmissão. Na Amazônia, só existem dois: um da TV Rondônia e o outro da TV Amazonas; uma torre de 65 m de altura, com sistema irradiante, atingindo uma área aproximada de 60 km, oferecendo ótima qualidade de som e imagem.

O sistema de microondas via Embratel leva o sinal para quase todo o interior do Estado. Guajará-Mirim é o único município que não é beneficiado pelo sistema.

Já Ariquemes recebe o sinal da TV Rondônia, que transmite para toda cidade, até uma área de aproximadamente 40 km. Utilizando o mesmo sistema, os outros municípios recebem o sinal a ponto, até cobrir toda a região. Vale ressaltar que a emissora mentém, no interior do Estado, profissionais competentes.

O setor de operações, que podemos chamar de coração da emissora, onde passa toda a programação, onde também são produzidas todas as vinhetas e comerciais. O teletexto recebe todos os dados da programação que está em exibição, os que serão exibidos durante todo o dia a até a programação de uma semana inteira.

A TV Rondônia já havia sido inaugurada e todo este trabalho fora acompanhado desde os primórdios da Rádio TV do Amazonas, por um dos grandes colaboradores, o jornalista Ulisses Paes de Azevedo Filho, cuja, execução foi profícua na implantação da Rede, na região amazônica.

João Dalmo, primeiro apresentador do jornal da Tv Rondônia - 1980.

Ulisses Paes de Azevedo Filho, durante muitos anos, fora o maestro que conduzira, com perfeição, a orquestra da expansão da Rádio TV do Amazonas, cujo trabalho fora marcado pela dedicação e profissionalismo. Porém, traído pelo destino, foi acometido de uma enfermidade que o obrigou a abandonar a tarefa, tendo retornado a Manaus, onde mais tarde viria a falecer.

Vale a pena registrar os depoimentos de pessoas que conviveram lado a lado com o jornalista Ulisses Paes de Azevedo Filho, na implantação e no crescimento da Rádio TV do Amazonas em nossa região:

Ulisses Paes de Azevedo Filho foi um dos grandes colaboradores da Rede Amazônica de Televisão e acho que todos os Estados da Amazônia devem muito para esse homem, que ajudou a implantação da Rádio TV do Amazonas, primeiro na TV Amazonas em Manaus e em seguida, junto comigo, a TV Rondônia – Canal 4, em Porto Velho, que logo depois, começamos a implantar toda a Rede no interior do Estado, no Governo do Coronel Jorge Teixeira de Oliveira e do Coronel, Humberto Guedes.

Mais tarde, implantou, também, Rio Branco, Roraima e Macapá.

Ele tinha o ideal de mostrar a Amazônia para todo o Brasil. Era o sonho dele! Foi um homem que trabalhou demais, especialmente e principalmente em Rondônia; infelizmente morreu, sem ter concluído o sonho dele, que era a implantação do jornalismo impresso.

A vontade dele era fazer o jornalismo, mas um jornal impresso, isso foi a única coisa que, infelizmente, não concluiu.

Ele deixou nomes aqui e, muitos amigos e naturalmente, muitos serviços prestados, principalmente ao Estado de Rondônia.

Murilo Aguiar

Ex-administrador da TV Rondônia

É com imenso prazer que falo do jornalista Ulisses Paes de Azevedo Filho. Um companheiro que tive a felicidade de conviver por mais de doze anos, na Rádio TV do Amazonas.

Da implantação de Porto Velho a Cabixi, todos os quadrantes do Estado de Rondônia foram percorridos por este homem, predestinado à realização de um sonho maior, que vinha da Direção da Rede Amazônica, a implantação da Rede no nosso Estado, E com ele aprendemos o amar mais ainda os meios de comunicação, com uma dedicação mais extremada e, acima de tudo, o respeito e a honestidade que, era o ponto marcante e principal na vida deste jornalista.

Osmar Vilhena

Ex-administrador da TV Rondônia

Marindia Mours, apresentadora da Tv Rondônia.

Eu tive o privilégio de conviver com o jornalista Ulisses Paes de Azevedo Filho durante muito tempo. Nós não nos limitávamos aos encontros profissionais! Havia os encontros de amizade, encontros de amigos, eu tive a oportunidade de conversar horas, em vários dias, em vários meses. Eu aproveitava essas oportunidades para captar dele a grande massa de conhecimentos históricos que ele tinha da Amazônia e do Amazonas. Ele era uma espécie de enciclopédia viva, onde estava escrita a história contemporânea da Amazônia.

Ao lado disso, Ulisses era um grande profissional. Como jornalista deu exemplos magníficos, ensinou muita gente. Grande parte dos conhecimentos que eu adquiri, na área de jornalismo, foi por ele transferido a mim, em termos de telejornalismo.

Nós convivemos na implantação da Rádio TV do Amazonas, em Rondônia, tive a honra de sucedê-lo na Gerência da TV Rondônia, por quase quatro anos, mantivemos viva a filosofia do trabalho dele, da transparência, da austeridade e, da competência.

Eudes Lustosa

Ex-administrador da TV Rondônia

Ulisses Paes de Azevedo Filho era o retrato e o arquivo vivo da Rede Amazônica. Daí, ele ser uma pessoa sempre lembrada, todos os dias em nossa casa.

Ulisses era um guerreiro de todos as horas e de todos os momentos, era um guerreiro, sempre preparado para realizar qualquer missão, para qual fosse ele incumbido.

Amizades todas, em todos os lugares em que Ulisses é lembrado, há sempre uma história que se conta, a respeito da conduta que era fraterna e amiga.

Nós também, por isso mesmo, sentimos muita saudade, porque perdemos um companheiro que não nos criava problema de espécie alguma, pelo contrário, trazia sempre soluções para os problemas, os mais graves que eles fossem.

Phelippe Daou

Presidente da Rede Amazônica

Relembro com muita saudade o nosso companheiro Ulisses Paes de Azevedo Filho, que nesta empresa, na Rede Amazônica, exerceu a função de relevo, como diretor da TV Rondônia e depois da TV Roraima, finalmente em Manaus, como coordenador de Rede.

Foi um companheiro direto, dinâmico, um jornalista vibrante, com uma área de atuação muito grande. No jornalista de Manaus, antes de trabalhar conosco, marcou uma época, dono de uma memória privilegiada, que conhecia toda história de Manaus e, que encontrava qualquer pessoa no contato diário e direto.

Lamentamos a perda desse companheiro que contribuiu com os melhores esforços para o crescimento da nossa empresa.

Eu, ao relembrar o companheiro Ulisses Paes de Azevedo Filho, desejo prestar uma homenagem a todos os jornalistas da região amazônica.

Milton Cordeiro

Diretor da Rede Amazônica

O senhor Ulisses Paes de Azevedo Filho faleceu no dia 4 de novembro de 1987, deixando significativo acervo de trabalho e dedicação à causa do jornalismo na Amazônia, especialmente à Rádio TV do Amazonas.

Esses depoimentos foram colhidos em Rondônia, durante a realização da entrega do Troféu Candiru, criado pelo Sebrae, que, na época mudou o nome para Jornalista Ulisses Paes de Azevedo Filho – Sebrae/Rondônia.

A partir dessa reflexão e consequentemente do seu falecimento, a diretoria da Rede Amazônica de Rádio e Televisão passou a pensar na possibilidade de um novo homem para dar continuidade àquele importante trabalho em Rondônia.

A Rádio TV do Amazonas em Manaus caminhava a passos largos. Éramos já, na época, o sonho de sermos em um futuro próximo, uma grande Rede, a nossa presença, em nível nacional, já estava assegurada, alicerçada em um trabalho empreendedor e profícuo. 

Marcelo Bennesby, apresentador da Tv Rondônia.

A esta altura, um homem fora incumbido de dar continuidade na manutenção, reconstrução e crescimento da Rede Amazônica em Rondônia, trata-se do Dr. Aluísio Daou. Membro da família, societário da empresa e consciente da responsabilidade que lhe coubera, acreditou que esse seria om espaço a ser contemplado.

O Brasil pujante acabara de descobrir a Amazônia, com sua economia saudável e produtiva. Rondônia passou a exercer uma atração irresistível, com um campo aberto a uma televisão comercial, constituída de alto padrão.

Quando o Governo Federal abriu a licitação para a região, todos foram à luta, pois entenderam que era chegada a hora de demarcar o mapa com a nossa marca no contexto da comunicação nacional.

A partir desta concessão, deu-se início a um trabalho com muito amor, em um pequeno e saudoso gabinete da TV Rondônia. Ali nasceram projetos, que saíram do sonho para a realidade.

O prédio já estava bem adiantado e os equipamentos funcionando em fase experimental.

Dr. Aluísio Daou abraçou a obra iniciada pelo jornalista Ulisses Paes de Azevedo Filho e encarnou a luta e os anseios da diretoria, com otimismo e dedicação. Passou a corrigir as anomalias, que o tempo se encarregou de impregnar.

Durante essa longa trajetória, correram dias de muito trabalho. Nunca fora tão difícil administrar obras naquela região.

A linguagem usada com os profissionais era comum, precisamos continuar a expandir a Rede para valorizar a região, crescendo com a região, estaremos construindo uma Amazônia forte e pujante.

Podemos ressaltar o êxito das nossas conquistas a alguns fatores básicos: a expansão e o progresso que a região ofereceu, a competência e a dedicação dos profissionais da região e, principalmente, à vontade de levar a Amazônia para o Brasil.

Estamos em todo o Estado de Rondônia: Porto Velho TV Rondônia, TV Ariquemes, TV Ouro Preto D'Oeste, TV Jaru, TV Ji-Paraná, TV Presidente Médici, TV Cacoal, TV Rolim de Moura, TV Pimenta Bueno, TV Espigão do Oeste, TV Santa Luzia, TV Vilhena, TV Colorado, TV Cerejeira e TV Guajará-Mirim.

Toda esta expansão, todo este desafio é o resultado e a força da proposta, aliados ao trabalho do Dr. Aluísio Daou, estruturado na vontade e no comprometimento da diretoria com a Amazônia.

Para isso, houve a necessidade de novos investimentos na busca da qualidade da nossa prestação de serviços e, principalmente, a determinação do Dr. Phelippe Daou em desbravar a região.

Rondônia esteve sempre junto à nossa vontade de servir. A comunidade escreveu a sua história, vivenciada em emoções do seu dia a dia, o que contribuiu para fortalecimento do Estado de Rondônia. 

Nonato Neves. apresentador da Tv Rondônia.

O vigoroso crescimento das áreas que alcançam o nosso sinal tem possibilitado a realização dos objetivos da Rádio TV do Amazonas, o que acentuaria, aliado ao desenvolvimento de toda aquela região, nos aspectos econômicos, social e cultural do Estado.

Segundo informações enviadas pelo Diretor Executivo da TV Rondônia Hélio Kimelblat, a Rede Amazônica Rondônia está presente em 35 municípios, sendo seis destes afiliadas e 29 restantes são retransmissoras. O projeto da emissora para ano que vem é de atender os 17 municípios restantes, fechando assim, os 52 municípios do Estado de Rondônia.

São os seguintes municípios atendidos:

Alta Floresta do Oeste, Alto Paraíso, Alvorada do Oeste, Ariquemes, Buritis, Cacoal, Campo Novo de Rondônia, Cerejeiras, Colorado do Oeste, Costa Marques, Cujubim, Espigão do Oeste, Guajará-Mirim, Jarú, Ji-Paraná, Machadinho D'Oeste, Mirante da Serra, Monte Negro, Nova Brasilândia D'Oeste, Nova União, Ouro Preto do Oeste, Pimenta Bueno, Presidente Médici, Porto Velho, Rolim de Moura, São Miguel do Guaporé, Santa Luzia do Oeste, Seringueira, Tarilândia, Teixeirópolis, Theobroma, Vale do Anari, Vale do Paraíso e Vilhena. 

Brasil : QUEJOS
Enviado por alexandre em 09/11/2021 10:00:57

Veja quais os queijos mais saudáveis, segundo especialistas

Queijos podem ser boas fontes de proteínas e cálcio, mas nem todos são igualmente saudáveis

Queijo
Queijo Foto: Pixabay/Lipefontes0

Francesca Giuliani-Hoffmanda CNN

Parece impossível não amar queijos, um alimento de popularidade indiscutível. Somente nos EUA, os norte-americanos consumiram mais de 38 quilos de queijo per capita só em 2020, de acordo com dados do Departamento de Agricultura do país.

Agora, se comer queijo é saudável, isso é outra história.

Rico em proteínas, cálcio, vitaminas e aminoácidos essenciais, o queijo também é um alimento repleto de calorias e pode ter gorduras e sódio de sobra.

“Se você gosta de queijo, ele pode ser uma boa fonte de proteína. Pode ser uma boa fonte de cálcio. É bom comer sem exagero, porque você pode acumular muitas calorias rapidamente”, afirmou Lourdes Castro Mortillaro, nutricionista e diretora do NYU Food Lab, à CNN.

A proteína encontrada no queijo é uma boa alternativa às proteínas derivadas da carne, pois é de origem animal e contém todos os aminoácidos essenciais que o corpo precisa, mas não consegue sintetizar por conta própria, segundo a nutricionista.

Por isso, o queijo é considerado uma proteína completa.

No entanto, como acontece com tudo relacionado à nutrição, é o equilíbrio geral do que você come no dia a dia que deve balizar a quantidade de queijo que você consome, explicou Castro Mortillaro.

“É preciso olhar de fato para o que mais está acontecendo em sua vida. E o que mais você está colocando no seu prato”, aconselhou. “Não é preciso ter grandes quantidades para obter os benefícios do queijo”.

E qual queijo é o mais saudável? A resposta depende do seu corpo e de suas necessidades nutricionais, mas aqui estão algumas dicas de especialistas.

Ricota campeã

Tanto Castro Mortillaro quanto Emily Martorano, nutricionista especializada em gerenciamento de peso do programa NYU Langone, concorda que a ricota é uma vencedora no quesito saúde.

O nome do queijo pode ser traduzido como “cozido de novo” e Castro Mortillaro explicou que a autêntica ricota é produzida pelo tratamento do soro que sobra após a coagulação do leite (como o de ovelha) para a produção de queijo (como o pecorino).

A ricota possui uma alta concentração de proteína de soro de leite (ou whey protein), que é facilmente absorvida pelo organismo.

“A whey protein é uma das formas mais absorvíveis de proteína e contém uma ampla gama de aminoácidos”, explicou Martorano. “Portanto, ela é a melhor aposta para quem está procurando ganhar músculos, ganhar força e, ao mesmo tempo, perder gordura e peso”.

Castro Mortillaro também apontou os potenciais benefícios da sustentabilidade da ricota, uma vez que aproveita as sobras de subprodutos da fabricação de queijos.

“É um método bem toscano”, acrescentou ela.

Queijos duros (com cautela)

A diretora do NUY Food Lab acredita que queijos mais duros como parmesão, pecorino ou gouda também estão entre as opções mais saudáveis, quando consumidos com moderação.

Como eles contêm menos água e são mais concentrados, “os queijos duros têm mais cálcio e você provavelmente ficará saciado com quantidades menores, então tende a não consumir em excesso”, contou.

No entanto, por serem mais concentrados, os queijos mais duros também podem ter um teor de sódio mais alto do que os mais macios.

“Se você é hipertenso, precisa controlar a ingestão de sódio ou tem problemas renais, provavelmente é melhor optar por um queijo mais macio”, disse Castro Mortillaro.

Melhor queijo para controle de peso

Se você está controlando seu peso, a proteína é o xis da questão. Ela o mantém saciado por mais tempo e ajuda no ganho muscular.

Segundo Martorano, os queijos ricos em proteínas e com baixo teor de gordura são ótimas opções para quem quer controlar o peso.

Uma boa maneira de determinar quais queijos se enquadram nessa categoria é considerar uma proporção de 1:10 de proteína para calorias, de acordo com Martorano.

“Para cada 100 calorias, deve haver pelo menos dez gramas de proteína, e isso dirá se é o queijo uma boa fonte de proteína e, por sua vez, um queijo mais saudável”, explicou.

Alguns queijos que ela recomendou com base nisso são queijo suíço light, queijo cheddar light e ricota.

Queijos a evitar

Se possível, evite os produtos altamente processados, incluindo queijo em lata, fatias embaladas individualmente e aqueles blocos que nem precisam ser refrigerados.

“Queijo cremoso para espalhar, queijo americano e até mesmo cream cheese fornecem proteína mínima para um teor de gordura e sódio muito maior”, disse Martorano.

Algumas das variedades de queijo processado não são nem tecnicamente classificadas como “queijos” pela FDA, a agência reguladora de medicamentos e alimentos nos EUA, mas como “alimentos processados com queijo pasteurizado” ou “produtos com queijo processado pasteurizado”, dependendo da porcentagem de queijo real que eles contêm junto com outros ingredientes.

“Fresco é sempre melhor”, afirma Martorano.

As tendências dietéticas vêm e vão, e Castro Mortillaro se lembra da “fase sem gordura” nos anos 1990 e no início dos anos 2000.

“Tínhamos queijo e maionese sem gordura, produtos desse tipo, altamente processados”, recordou.

A diretora da NYU Food acha que, a menos que seu objetivo específico seja perder peso, o queijo gordo deve ter um lugar em sua dieta.

“É melhor ter uma quantidade menor de algo que seja apenas mais saudável, se você estiver nessa categoria neutra, e apreciar”, aconselhou.

Alguns queijos também podem ser uma boa fonte de probióticos, segundo Martorano, que apontou o feta, o queijo de cabra e o queijo de leite cru ou não pasteurizado como ótimas opções.

As variedades de queijo artesanal, no entanto, podem custar um bom dinheiro.

“Nem todo mundo pode comprar os queijos mais sofisticados. Quando se trata de queijos industrializados, tudo bem consumi-los desde que com moderação”, opinou a nutricionista.

Moderação em todas as coisas

É melhor pensar no queijo como uma espécie de agente aromatizante do que como uma refeição em si, de acordo com Martorano e Castro Mortillaro.

“Em vez de usar o queijo como principal fonte de nutrientes, ele deve entrar como coadjuvante”, disse Martorano à CNN.

“Ao combinar um certo queijo com outro alimento, como legumes ou grãos integrais, temos uma refeição mais satisfatória e farta”.

A ricota no café da manhã, combinada com aveia e frutas, pode ser um começo de dia saudável, sugeriu Martorano.

Um lanche da tarde com queijo suíço e alguma verdura ou legume, ou um biscoito integral, também seria uma boa ideia.

No final das contas, a menos que haja preocupações específicas, o queijo mais saudável é o seu favorito, apreciado com moderação, como o deleite ocasional delicioso que deveria ser.

“Em suma, se você tem um queijo favorito e quer consumi-lo com moderação, faça isso. Portanto, escolha sempre o que você mais gosta”, finalizou a especialista.

(Texto traduzido. Clique aqui para ler o original em inglês).


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Brasil : DIABETES
Enviado por alexandre em 08/11/2021 23:57:59

Diabéticos podem chegar a 784 milhões no mundo em 2045, estima IDF

Dados da décima edição do Atlas do Diabetes, divulgado pela Federação Internacional de Diabetes (IDF, a sigla em inglês), mostram que 537 milhões de pessoas entre 20 e 79 anos de idade têm diabetes no mundo, alta de 16% em dois anos.

 

Os especialistas da IDF projetam que o número de adultos com a doença pode chegar a 643 milhões em 2030 e a 784 milhões em 2045. A prevalência global da doença atingiu 10,5%, com quase metade (44,7%) sem diagnóstico.

 

O levantamento, feito a cada dois anos, revela que o número de pessoas com diabetes aumentou de tal maneira que superou, proporcionalmente, a expansão da população global. Segundo afirmou à Agência Brasil a presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes - Regional do Rio de Janeiro (SBD-RJ), endocrinologista Rosane Kupfer, o diabetes está em evolução crescente “e não foi contido, até agora, por nenhuma tomada de ação, de decisão, em relação à doença”.

 

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Para a médica, isso significa que continua havendo falta de divulgação, de informação, de acesso ao conhecimento, ao diagnóstico e a um tratamento de qualidade. Rosane ressaltou que além da covid-19, outras doenças têm matado muito em todo o mundo. Uma delas é o diabetes. O Atlas do IDF diz que, só neste ano, 6,7 milhões de pessoas morreram em decorrência da doença.

 

A presidente da SBD-RJ informou que a proporção de pessoas com diabetes, que era de uma a cada 11, caiu agora para uma a cada dez pessoas. “E grande parte delas está em países de baixa renda”. O Atlas do Diabetes indica que 81% dos adultos com a doença vivem em países em desenvolvimento. Na América Latina e América Central, estima-se que o número de diabéticos alcance 32 milhões.

 

Causas


No próximo domingo(14), quando se comemora o Dia Mundial do Diabetes, Rosane Kupfer alertou que as causas da doença são diversas. “A falta de acesso, as péssimas escolhas alimentares que o mundo está fazendo, principalmente esse estilo de vida ocidental, onde se vê que está crescendo muito a obesidade, muita gente com sobrepeso, muita gente com pré-diabetes, que é uma categoria de altíssimo risco para ficar diabética”.

 

Pessoas que não têm nenhum fator de risco devem fazer uma glicemia anual após os 45 anos. “Tem que fazer exame de sangue porque diabetes é uma doença que não apresenta sintomas, pelo menos no início. Isso não quer dizer que ela não esteja fazendo mal por dentro (do organismo)”.

 

As pessoas que fazem exames de rotina todo ano percebem quando ocorre aumento da glicose e se preocupam, salientou. O problema, disse Rosane, são as pessoas que não se cuidam, não fazem exame para verificar se são diabéticas. Alertou que indivíduos com alto risco para diabetes, que têm casos da doença na família, que são hipertensos, que têm sobrepeso ou obesidade, e mulheres que tiveram diabetes na gestação, devem fazer exame anual acima dos 35 anos de idade.

 

Por essas razões, Rosane Kupfer analisou que não se pode mais restringir a mobilização de combate à doença ao mês de novembro e ao Dia Mundial do Diabetes. Ela acredita que é preciso ampliar as ações, mobilizar a sociedade e fazer campanhas fora de época, além de cobrar por mais políticas públicas que garantam o acesso à saúde e a um tratamento de qualidade. O tema da campanha de conscientização deste ano sobre a doença é “Acesso ao cuidado para o Diabetes”.

 

Segundo a presidente da SBD-RJ, o diabetes não tem cura. “Por isso é tão importante fazer o diagnóstico precoce. Quanto mais precoce o diagnóstico e o controle, menos problemas a pessoa vai ter”. As consequências de um diabetes mal controlado incluem problemas cardiovasculares, principal causa de mortalidade na doença; problemas na retina, podendo levar até mesmo à cegueira; problemas renais, cuja maior causa de diálise entre adultos é o diabetes; problemas arteriais nos membros inferiores; amputações; neuropatias. “Então, tratando cedo, precocemente, dificilmente a pessoa vai ter essas complicações”, afirmou.

 

Rio de Janeiro tem maior índice de diagnósticos de diabetes no país

 

No Brasil, o número de pessoas com diabetes atingia 16,8 milhões, até 2019. “Essa não é uma estimativa de gente que está se tratando, mas de gente que tem diabetes”, destacou a endocrinologista. “É muita gente, quase 20 milhões”. No ranking mundial, o Brasil ocupa a quinta colocação em termos de pessoas com diabetes, depois da China, Índia, dos Estados Unidos e do Paquistão.

 

O Rio de Janeiro é a capital brasileira com maior índice de diagnósticos de diabetes no país, de acordo com a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2020, do Ministério da Saúde. A capital fluminense teve o maior percentual de indivíduos com a doença (11,2%), seguida por Maceió (11%) e Porto Alegre (10%).

 

A doença é mais prevalente nas mulheres do que nos homens. O Rio de Janeiro também lidera nessa questão, com 12,4% de diagnósticos no sexo feminino, seguido do Recife (12,2%) e de Maceió (11,4%). Entre os homens, o Rio de Janeiro apresenta taxa de 9,8%, a quarta maior do país.

 

“O Rio de Janeiro vai mal”, definiu a endocrinologista. “Mas, espero que o Rio se reerga”, completou. Ela sugeriu que os pacientes que se descobrem diabéticos se cadastrem em uma unidade de saúde da família. Quando necessário, essas unidades encaminham para a atenção especializada. “É muito importante que haja investimento também na atenção especializada”.

 

Rosane é também chefe do Serviço de Diabetes do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luis Capriglione (Iede), que é referência para o estado do Rio de Janeiro na área de diabetes e endocrinologia. “A gente só recebe paciente que vem encaminhado com indicação pelo médico da Unidade Básica de Saúde (UBS). Esse é o caminho”. Cerca de 40% dos pacientes do Iede são de fora do Rio.

 

Custos


De acordo com a Federação Internacional de Diabetes (IDF), a doença provocou um gasto mundial com saúde de US$ 966 bilhões, alta de 316% nos últimos 15 anos.

 

 

O último Atlas da entidade mostra que o Brasil gasta em torno de US$ 52,3 bilhões por ano no tratamento de adultos de 20 a 79 anos, o que resulta em cerca de US$ 3 mil dólares por pessoa.

 

Fonte: Agência Brasil

Brasil : SEM ACESSO
Enviado por alexandre em 08/11/2021 15:22:34

Aluno dividia celular com dois irmãos, 51% na rede pública ainda não tem acesso a computador com internet

Metade dos alunos matriculados em escolas públicas do país continuam sem ter um computador com conexão à internet para poder estudar, passado cerca de um ano e meio desde o início da pandemia.

O dado foi revelado por uma pesquisa do instituto Datafolha, encomendada por Fundação Lemann, Itaú Social e Banco Interamericano de Desenvolvimento, à qual a BBC News Brasil teve acesso. O estudo investiga como as famílias avaliam a educação não presencial durante a pandemia.

O acesso aos computadores com acesso à internet vem aumentando aos poucos desde o início da pandemia: na primeira das sete pesquisas conduzidas pela Fundação Lemann e Itaú Social, realizada em maio de 2020, eram 42% dos alunos, índice que chegou a 49% no levantamento mais recente, com base em entrevistas feitas entre agosto e setembro.

Mas 51% das famílias entrevistadas disseram que ainda enfrentam esse problema.

Mesmo com a ligeira melhora, esse patamar ainda é considerado insuficiente e um problema "urgente", diante do aumento na desigualdade educacional do país e do fato de que as escolas continuam aumentando sua dependência dos recursos digitais, mesmo com a volta gradual às aulas presenciais.

O celular foi o equipamento mais utilizado (85%) pelos alunos das famílias entrevistadas para acessar aulas e atividades, o que é considerado um limitante ao aprendizado — até porque mais de um terço desses alunos tinham de dividir o aparelho com outros membros da família.

A pesquisa reflete a realidade observada pelo professor Marcelo Martins, que dá aula nas redes pública e privada e coordena um cursinho preparatório na comunidade carente de Vila Cruzeiro, na zona Norte do Rio de Janeiro.

"Nunca teve conectividade aqui", diz ele à BBC News Brasil. "É precário, desanimador."

Dos atuais 33 alunos do cursinho Estudando Para Vencer, a grande maioria (cerca de 20, nas contas de Martins) contou apenas com o celular para acompanhar as aulas desde o início da pandemia, mas tampouco tinham o aparelho só para si.

"Temos alunos que dividiam um celular com dois irmãos", diz.

"Uns outros dez alunos tinham computadores, mas obsoletos, sem memória suficiente ou inadequados para eles assistirem à aula online. Três dos nossos alunos não tinham acesso nenhum (a aparelhos), nada. E todos tiveram problemas de conexão com a internet."

Marcelo Martins, professor na Vila Cruzeiro, no Rio

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto,

Marcelo Martins, professor na Vila Cruzeiro, no Rio; todos os seus alunos de cursinho comunitário tiveram dificuldade de conexão durante o ensino remoto

Isso não mudou desde então — a falta de conectividade continua.

"Um acesso à internet com computador decente minimizaria o impacto" da ruptura nas aulas, que ainda estão voltando ao presencial na cidade, prossegue Martins.

"Os alunos já não tinham um ambiente favorável dentro de casa para estudar, com pouco espaço, mas pelo menos teriam conseguido acessar as aulas. Mas isso não aconteceu."

Em São Paulo, apesar de os estudantes da rede estadual terem recebido chips de internet para estudar, "para a maioria dos jovens por aqui, o chip não funcionava em partes da casa deles, porque não dava área (de cobertura pelas antenas das operadoras)", conta Vânia Rocha, que mora na comunidade do Jardim São Luís, no extremo Sul da capital paulista.

Seus filhos, agora com 15 e 8 anos, passaram a maior parte do tempo de pandemia com acesso precário às aulas, usando apenas o celular dela. "Parcelei (o pagamento) de um tablet usado para dar à minha filha, e o meu filho ganhou um celular antigo do pai. Mas isso foi em março deste ano. Antes disso, quase não teve como estudar. E eu diria que essa é a situação de 100% dos jovens daqui."

'Mundo digital é direito de todos'

Depois de tanto tempo de pandemia, a dificuldade de acesso de alunos e das próprias escolas à tecnologia é grave, diz à BBC News Brasil Angela Dannemann, superintendente do Itaú Social.

"A tecnologia chegou para ficar na educação. Esse debate estava atrasado, mas isso foi atropelado na pandemia", opina ela, ressaltando que o ensino híbrido — ou seja, parcialmente na escola e parcialmente em casa — será uma das principais estratégias para recuperar os atrasos de aprendizagem que ficaram do período de escolas fechadas.

"E também temos escolas que não têm equipamentos disponíveis, nem internet com boa velocidade", completa.

Há evidências de que alunos conseguem passar mais tempo de aula diante de computadores do que diante de celulares, segundo um guia de práticas escolares elaborado durante a pandemia pela Ofsted, a agência governamental britânica que supervisiona as escolas do Reino Unido.

Aula online em notebook

Crédito, Getty Images

Legenda da foto,

Pouco menos da metade dos alunos da rede pública tinha acesso, em agosto e setembro, a notebook ou computador com internet, segundo pesquisa feita com pais e responsáveis

"Não podemos aceitar que um quarto das escolas não tenham acesso à internet e que a maioria dos alunos não tenha computador para estudar. (...) Quando olhamos as classes mais baixas, os números são ainda piores. O Brasil precisa investir urgentemente em conectar suas escolas e equipar seus alunos para que estar no mundo digital seja um direito de todos", afirmou, em comunicado, Cristieni Castilhos, gerente de conectividade da Fundação Lemann.

Abismo entre público e particular

Como professor tanto de escolas públicas quanto de uma particular, Marcelo Martins também observou as desigualdades digitais agravarem o abismo educacional durante o período de ensino remoto.

"Na escola particular, eu tinha 90% dos alunos entrando nas minhas aulas online. Na rede municipal, passava às vezes a aula inteira sem nenhum aluno sequer conseguir entrar. Alguns passavam a semana inteira sem entrar na plataforma de aula, porque a mãe levava para o trabalho o celular da família", conta.

Para tentar recuperar o conteúdo, o cursinho comunitário que ele coordena agora tem uma turma mista, com alunos de mais de uma série escolar.

"Mas, neste ano, como no anterior, estamos sem expectativas de aprovação muito elevada (no Enem e em vestibulares). Estamos trabalhando o psicológico dos alunos para que não desistam, porque a culpa não é deles", conta.

O impacto da desconexão

Pesquisas prévias já mostravam que a falta de conectividade de escolas e alunos vinha deixando marcas, principalmente no primeiro ano de pandemia.

Em janeiro deste ano, o Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo (USP) e o Centro de Aprendizagem em Avaliação e Resultados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) avaliaram a eficiência dos planos de educação remota de Estados e capitais e criaram um Índice de Educação à Distância.

Foram analisados os meios usados para as aulas (como TV ou internet), seu alcance e qualidade e os materiais e tecnologias oferecidos aos alunos, entre março e outubro de 2020, ou seja, sob o primeiro ano da pandemia.

Os resultados foram considerados desanimadores: a nota média dada pelos pesquisadores aos planos estaduais foi de 2,38 (de 0 a 10) e de 1,6 para os das capitais.

Um dos pontos levantados foi de que a maioria das redes não havia conseguido garantir que seus alunos tivessem meios de acessar as aulas online.

Complexo do Alemão, em foto de arquivo

Crédito, ABR

Legenda da foto,

Mesmo havendo chip de internet, casas em comunidades periféricas e vulneráveis nem sempre conseguem sinal de internet

"A quase totalidade dos Estados decidiu pela transmissão via internet, (mas) apenas cerca de 15% deles distribuíram dispositivos e menos de 10% subsidiaram o acesso à internet" ao longo de 2020, escreveram os pesquisadores Lorena Barberia, Luiz Cantarelli e Pedro Schmalz.

A nova pesquisa do Datafolha sinaliza no entanto que, mesmo com todas as dificuldades, 87% dos 1,3 mil pais entrevistados em todas as regiões do Brasil acreditam que o uso da tecnologia foi positivo para a aprendizagem dos filhos; e um terço afirmou que a possibilidade de estudar remotamente, em qualquer lugar, deve ser mantida no futuro.

Para Angela Dannemann, essa aparente contradição entre valorizar a tecnologia mesmo sem ter tido acesso a ela ainda precisa ser melhor estudada, mas é um indicativo de como a pandemia mudou alguns aspectos da relação entre as escolas e as famílias.

Para os pais que puderam presenciar as aulas online dos filhos, "pela primeira vez, eles viram a escola acontecendo e viram o valor do professor", diz ela.

O professor, ao mesmo tempo, "baixou a guarda (em sua resistência à) tecnologia, mas é necessário que a política pública o apoie. Tem que haver formação continuada para o uso da tecnologia e manter os equipamentos atualizados, senão ficam obsoletos. Não é uma tarefa simples."

Uma fonte de recursos para isso pode vir do leilão do 5G, a internet móvel de quinta geração. Cerca de R$ 3,1 bilhões arrecadados na venda de um dos lotes terão de, segundo as normas do edital, ser investidos em projetos de conectividade nas escolas públicas, ainda a serem definidos pelo Ministério da Educação.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) afirmou que a quantia obtida no leilão do 5G — embora muito abaixo do montante estipulado inicialmente (R$ 7,6 bilhões) — será suficiente para garantir a cobertura 5G para as escolas de educação básica do país, informa a Agência Brasil.

Até agora, o tema da conectividade vinha provocando uma espécie de queda de braço entre o governo federal e o Congresso, que aprovou uma lei demandando que a União transferisse a Estados um montante de R$ 3,5 bilhões que custeassem o acesso à internet a professores e alunos das redes públicas.

O projeto foi vetado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), veto este que foi revertido após nova votação no Legislativo, até que o caso foi levado ao Supremo Tribunal Federal.

Em agosto, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo federal estaria cometendo crime de responsabilidade fiscal se fizesse o repasse diante do desequilíbrio das contas públicas.

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