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Brasil : PEIXES
Enviado por alexandre em 07/05/2022 00:35:47

Saiba o significado dos nomes de peixes populares na Amazônia

Tambaqui, tucunaré, pacu, pirarucu e curimatã são algumas espécies de peixes da região que possuem nomes curiosos.


Os peixes da Amazônia são populares e fazem parte da dieta de milhares de amazônidas. Tambaqui, tucunaré, pacu, pirarucu e curimatã. Esses são apenas alguns exemplos que, com certeza, você conhece pelo menos um dos nomes. Afinal, eles são os queridinhos dos cozinheiros de plantão.

Mas você saberia dizer o significado dos nomes dos peixes da Amazônia? O Portal Amazônia selecionou sete entre os mais populares e conta a origem de seus nomes:

Brasil : MEL É SAÚDE
Enviado por alexandre em 07/05/2022 00:23:47

11 benefícios do mel para a pele

Além de saudável, saboroso e versátil, o mel também é um grande aliado da skincare. Não é à toa que a composição costuma estar entre os ingredientes de muitos produtos de beleza. Mas você não precisa optar por eles para garantir seus benefícios, o alimento puro, com as devidas indicações, pode ser uma ótima opção, além de mais acessível.

 

À “Women’s Health”, de onde são as informações, Mona Gohara, professora clínica do Yale Department of Dermatology (EUA), explica que o mel tem propriedades curativas naturais, especificamente para cicatrização de feridas. “Ele também pode promover a formação de colágeno”, acrescenta ela.

 

E isso não é tudo que o ingrediente pode fazer: “Ele tem propriedades anti-sépticas, antibacterianas e anti-inflamatórias naturais”, lista Dendy Engelman, cirurgiã dermatológica de Nova York (EUA).

 

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Mas calma, isso não significa que o conteúdo vendido em mercados vá resolver magicamente todos os seus problemas. Carly Stein, fundadora da Beekeeper’s Naturals (EUA), diz que o melhor mel para uso de beleza é cru e não pasteurizado.

 

Ela recomenda o mel de trigo sarraceno ou o mais escuro e cru que encontrar — quanto mais escuro for, maior a contagem de antioxidantes e melhor para a sua rotina de beleza. Além disso, é indispensável consultar um profissional de beleza e/ou dermatologia.

 

Confira a seguir 11 formas de usar o mel como produto de beleza:

 

Máscara facial hidratante

 

“Com seus efeitos hidratantes e calmantes, o mel cru pode hidratar a pele, deixando-a macia, radiante e brilhante”, diz Ildi Pekar, proprietária da Ildi Pekar Skin Care (EUA). “Os açúcares no mel atuam como umectantes naturais e emolientes que aumentam o teor de água e reduzem o ressecamento da pele mesmo depois de terem sido lavados.”

 

Experimente: aplique o mel cru diretamente sobre a pele e deixe-o por até 20 minutos, depois enxágue e massageie bem com água.

 

E você ainda pode associar o uso do mel cru com o consumo de outros produtos apícolas de alta concentração, como geleia real, primordial para aumentar o colágeno; própolis, que é anti-inflamatório e antibacteriano (um grande aliado a pele propensa a acne); ou pólen que “contém um composto chamado rutina que ajuda a drenar os capilares” e suaviza manchas.

 

Esfoliante suave

 

“Quando o mel cru cristaliza com o tempo, seus minúsculos grânulos atuam como um esfoliante suave”, diz Stein. Eles começam a se quebrar quando entram em contato com a água e o calor da sua pele, provocando uma esfoliação mais leve do que os produtos de beleza.

 

Experimente: aqueça o mel em suas mãos, esfregando-o entre os dedos primeiro, depois aplique-o diretamente sobre a pele em movimentos circulares. Deixe por alguns minutos antes de massagear (levemente) com uma toalha molhada.

 

Cicatriza feridas e ameniza estrias

 

“As propriedades antioxidantes do mel (principalmente o mel de trigo mourisco) nutrem a pele danificada, ajudando no processo de cicatrização”, de acordo com Stein. E, para o bônus adicional de anti-inflamação, fique atento ao mel infundido com própolis — ele pode ajudar a atenuar a aparência das estrias e a descoloração da pele.

 

Experimente: use o mel cru diretamente na área afetada em um movimento circular por um a dois minutos, depois lave.

 

Cura machucados

 

“As propriedades anti-sépticas naturais ajudam a prevenir infecções e proteger as feridas”, diz Engelman. Isso pode ajudar a reduzir as cicatrizes e o tempo de cicatrização. Os antioxidantes do mel (principalmente o mel Manuka) estão mais do que prontos para servir como um remédio natural para nutrir a pele danificada e trazê-la de volta.

 

Experimente: aplique mel cru diretamente na área afetada e deixe por um a dois minutos, depois lave. Se ficar um pouco pegajoso, busque na farmácia um tratamento de ferida com infusão de mel que não será tão grosso.

 

Tratamento de acne

 

Mel de trigo mourisco é um ótimo remédio natural para acne. “É um anti-inflamatório, que ajuda a reduzir a vermelhidão e inchaço das espinhas”, diz Stein. Além disso, suas propriedades antibacterianas podem ajudar a combater as bactérias causadoras de acne, especialmente se for infundido com própolis. “Além disso, por manter a pele bem hidratada e equilibrada, o mel ajuda a controlar a produção de óleo”, acrescenta Pekar.

 

Experimente: aplique diretamente o mel cru na acne e enxágue após 10 a 15 minutos.

 

Banho de imersão

 

“Aumente seus momentos de relaxamento e tome um banho com infusão de mel. Os poderes hidratantes do mel vão deixar a pele macia e sedosa”, diz Pekar.

 

Experimente: faça em casa misturando duas colheres de sopa de mel cru em uma xícara de água quente até que o mel seja dissolvido. Despeje em uma banheira de água morna e entre. Você também pode usar uma versão pré-fabricada se for mais seu estilo.

 

Hidratante para cutículas

 

Uma vez que o mel é um umectante natural (devolve umidade), ele pode ajudar a manter as cutículas saudáveis. “Pegue uma garrafa de mel que contenha geleia real, outro produto de abelha”, orienta Stein, já que é um construtor de colágeno. Esse ingrediente adicionado trará nova vida às suas unhas e fortalecerá a pele ao redor delas.

 

Experimente: esfregue o mel cru sobre cada cutícula e deixe por cinco a 10 minutos antes de enxaguar.

 

Condicionador

 

“O mel é naturalmente um condicionador perfeito porque é umectante, retém e atrai umidade, mantendo o cabelo suave e saudável”, diz Felix Fischer, cabeleireiro de celebridades nos Estados Unidos. “Seus fios se sentirão macios, nutridos e terão vida.”

 

Experimente: misture um quarto de xícara de mel cru orgânico com água fresca o suficiente para diluir e espalhar no cabelo. Aplique nos cabelos úmidos depois do shampoo por alguns minutos, depois lave com água morna.

 

Hidratante labial

 

“Os benefícios hidratantes misturados com enzimas naturais, antioxidantes e minerais funcionam bem para hidratar os lábios“, diz Pekar.

 

Experimente: aplique o mel cru diretamente nos lábios, deixe agir por alguns minutos e depois lave.

 

Tratamento capilar hidratante

 

O mel pode evitar que seu cabelo seque, porque é eficaz em reter umidade e manter as madeixas macias. “Ele age como um amaciante natural”, diz Fischer.

 

Experimente: faça uma máscara de banana e mel combinando duas bananas bem maduras, meia xícara de mel não processado e um quarto de xícara de azeite. Misture os ingredientes até ficar homogêneo e aplique-os no cabelo e no couro cabeludo. Deixe por cerca de 20 a 25 minutos, depois lave com água fria ou morna e shampoo. Penteie o cabelo para se livrar de qualquer resíduo e enxague novamente. Esta máscara pode ser usada de duas a três vezes por mês.

 

Ajuda extra para dormir

 

“Quando você come mel, causa um aumento lento e constante de insulina”, explica Stein. Ela, então, se converte em serotonina e melatonina, dois compostos químicos que ajudam a dormir. E se você acordar no meio da noite, uma colher de sopa de mel vai auxiliar, já que “o mel ajuda a armazenar o glicogênio no fígado”, algo que o cérebro precisa para te manter dormindo.

 

 

Experimente: coma uma colher de mel 15 minutos antes de dormir ou se acordar no meio da noite.

 

Fonte: Istoé

Brasil : MOEDA RARA
Enviado por alexandre em 03/05/2022 09:40:10

Moeda de R$ 1 pode valer até 7 mil, saiba como

No ano de 2016 o Brasil foi sede das Olimpíadas no Rio de Janeiro e, para celebrar o evento, o Banco Central do Brasil emitiu milhares de moedas de R$ 1 comemorativas.

Foram vários modelos distintos, incluindo natação, golfe, basquetebol, atletismo, futebol, voleibol, judô e boxe. Alguns colecionadores, denominados numismatas, oferecem bons valores aos modelos mais raros.

De acordo com alguns sites de colecionadores, uma coleção completa das moedas Rio 2016 pode valer até R$7 mil. Ao todo, são 17 moedas comemorativas diferentes.

*Com informações d’O São Gonçalo

Brasil : BR 319 INVADIDA!
Enviado por alexandre em 02/05/2022 09:03:20

Abertura de ramais na área da BR 319 cresce quase o dobro do tamanho da rodovia em 5 anos

Municípios que apresentaram a maior rede de ramais foram Canutama, Humaitá, Manicoré e Tapauá, de acordo com um levantamento realizado pelo Observatório BR-319.


Um levantamento feito pelo Observatório BR-319 identificou o aumento de 1.593 quilômetros (km) na rede de ramais localizada na área da BR-319 nos últimos cinco anos, o que corresponde à abertura de quase duas rodovias no período. Os números correspondem aos municípios de Canutama, Humaitá, Manicoré e Tapauá, no sul do Amazonas.

"Esse trabalho foi desenvolvido em um contexto de avanço do processo de licenciamento das obras no Trecho do Meio da BR-319 e de muita expectativa pela finalização destas intervenções, o que aumentou a especulação fundiária na região e intensificou atividades relacionadas à grilagem de terras, como a abertura de ramais e desmatamento em florestas públicas", explica a coordenadora da nota técnica do OBR-319 e pesquisadora do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), Paula Guarido.

A grande expansão de ramais na região da BR-319 entre 2016 e 2021, indica que a repavimentação da rodovia pode estar impulsionando ocupações ilegais na região: "É importante destacar que construção de estradas oficiais, como a BR-319, geralmente é acompanhada do surgimento de redes de estradas menores, que são os ramais", explica.
BR-319 está localizada próximo a região de terras indígenas do Amazonas. Foto: Divulgação/Observatório BR-319

Os dados utilizados no mapeamento do Observatório foram gerados a partir de imagens de satélite e banco de dados do governo, e resultou na identificação de uma rede de ramais que, somados, perfazem uma extensão total de 4.752 km em Canutama, Humaitá, Manicoré e Tapauá. O ano de maior crescimento de ramais nestes municípios foi 2020, com aumento de 14% e um acréscimo de 560 km à rede.

O município que apresentou a maior rede de ramais foi Canutama, seguido por Humaitá, Manicoré e Tapauá. Humaitá foi o município que mais expandiu sua rede de ramais em quilômetros nos últimos cinco anos. Tapauá, mesmo sendo o município com a menor rede de ramais, apresentou a maior taxa de crescimento entre 2016 e 2021, com aumento de 451%. Com exceção deste município, que apresentou um maior acréscimo de ramais no ano de 2018, nos outros três a rede de ramais cresceu mais em 2020.

Entre as categorias fundiárias analisadas, Imóvel Privado foi a que concentrou a maior parte dos ramais mapeados em Canutama, Humaitá e Tapauá. Em Manicoré, os ramais estavam em maior número nas Terras Indígenas.

Dinâmica relacionada à BR-319 e pressão em Áreas Protegidas

Em relação à dinâmica de abertura de ramais diretamente relacionada à rodovia, a análise na área de 40 km para cada lado da BR-319 mostrou que, quando somados, 62% dos ramais dos quatro municípios estão na área sob influência direta da BR-319, totalizando 2.934 km. Contudo, a distribuição desses ramais por município não é homogênea: em Humaitá, 91% dos ramais estão dentro dos 40 km; em Canutama, 86%; em Tapauá, 67%; e em Manicoré, apenas 2%.

Os dados indicam, ainda, que Canutama e Humaitá, além de possuírem uma dinâmica de abertura e expansão de ramais bastante relacionada à BR-319, apresentam, também, um aumento recente da expansão deste tipo de via, já que o ano de maior crescimento de ramais nesses municípios, na área de influência direta da rodovia foi 2020.

Um fator que gera grande preocupação é que, somente em 2021, 55% dos ramais mapeados, nestes municípios, estavam dentro de Florestas Públicas Não Destinadas (FPND), totalizando 2.609 km de ramais, sendo 40% pertencente a Canutama (1.048 km), 32% a Manicoré (845 km), 25% a Humaitá (647 km) e 3% a Tapauá (70 km).

Além disso, a nota mostra que grande parte da rede de ramais nesses dois municípios está possibilitando uma forte pressão por ocupações ilegais nas Áreas Protegidas que possuem limites próximos à rodovia.
Em Canutama, é possível notar uma extensa rede de ramais próxima ao Parque Nacional (Parna) Mapinguari e à Terra Indígena (TI) Jacareúba/Katawixi, que possui 96% de seu território sobreposto a esse Parna e está sem proteção legal desde dezembro de 2021, devido ao fim da vigência e não renovação de sua Portaria de Restrição de Uso.

Da mesma forma, em Humaitá, é possível notar uma extensa rede de ramais na região do distrito de Realidade, promovendo pressão irregular da Floresta Nacional (Flona) de Balata-Tufari.

A nota técnica do OBR-319 sugere ainda sete encaminhamentos:


  • monitoramento permanente de ramais, por satélite e in loco, por parte dos órgãos de fiscalização ambiental estaduais e federais;

  • a urgente revisão e implementação do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) do Purus e a elaboração do ZEE do Madeira, integrando-os à gestão desse território;

  • maior aporte de recursos financeiros e humanos pelos governos federal e estadual para garantir a gestão e implementação das Áreas Protegidas, que estão na região de influência da BR-319, além de um plano de monitoramento e proteção destas áreas; entre outros.  

A nota técnica será protocolada em órgãos ambientais e de fiscalização estaduais e federais, Ministério Público Federal e outros.


Brasil : METILFENIDATO
Enviado por alexandre em 02/05/2022 08:59:27

Pílula da inteligência existe? Conheça

Conheça o metilfenidato e o riscos do uso sem receita por estudantes e concurseiros


Uma pílula que promete turbinar sua inteligência e a capacidade de concentração. Quem não desejaria isso? Parece coisa de ficção científica, mas é justamente isso o que muitos jovens, principalmente universitários e concurseiros acreditam que o metilfenidato, um psicoestimulante tarja preta indicado para tratar um transtorno psicológico, é capaz de fazer.

 

O uso indiscriminado dessa drogas traz riscos e, segundo especialistas ouvidos pelo g1, não apresentam comprovação científica de que "aumente a inteligência". Pode sim atuar sobre a capacidade de concentração, mas também ter como efeito colateral aumento da ansiedade, dores de cabeça, perda de apetite e até mesmo gerar alucinações ou piorar quadros de esquizofrenia ou transtorno bipolar.

 

Abaixo, entenda por quê.

 

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O que é metilfenidato e como é o mecanismo de ação dele?


O cloreto de metilfenidato, vendido com os nomes comerciais de Ritalina e Concerta, faz parte de uma classe de medicamento chamada de psicoestimulantes, drogas que excitam o nosso sistema nervoso central. Isso quer dizer que, assim como a cafeína, nicotina, cocaína e até mesmo as anfetaminas, ele causa uma variação no nosso estado de humor, aumentando o estado de alerta e excitação do corpo.

 

Como os nossos neurônios se comunicam uns com os outros, esses medicamentos atuam justamente na parte do nosso cérebro que é o local de contato entre as células nervosas, as sinapses. São nessas regiões que as informações necessárias para o funcionamento do nosso organismo são transmitidas.

 

Esse processo todo de troca de informações acontece por meio dos chamados neurotransmissores, moléculas mensageiras que são liberadas de um neurônio para outro.

 

Depois que os neurotransmissores passam seu recado, eles são então degradados ou voltam para a célula nervosa. Mas diferente de outros medicamentos que aumentam o estoque dessas substâncias, como a adrenalina, o metilfenidato atua inibindo a recaptação dessas moléculas, estimulando cada vez mais os neurônios e, assim, os processos de concentração.

 

Qual a indicação do medicamento?


O metilfenidato é indicado para o tratamento de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) em crianças e adultos e também para o tratamento de narcolepsia.

 

O médico psiquiatria e professor do departamento de psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, Amilton Santos Jr., explica que o precursor da droga começou a ser estudado nos anos 50, inicialmente como um remédio para enxaqueca, mas logo essa sua utilidade foi descartada porque os cientistas perceberam que ele piorava esses quadros.

 

Por outro lado, com o uso da medicação, algumas crianças que eram mais distraídas e agitadas ficavam um pouco mais concentradas e focadas. Por isso, o medicamento, que teve sua formulação aprimorada ao longo dos anos, hoje ele auxilia o tratamento do TDAH, mas não são todos os casos que precisam do uso do fármaco.

 

“Ele não é cura. Não é o único tratamento que existe. A gente sempre fala: em saúde mental nada prescinde de abordagens não farmacológicas”, ressalta o médico.

 

O uso indiscriminado do medicamento em doses não controladas pode resultar no aumento da ansiedade, dores de cabeça, perda de apetite e até mesmo, em alguns casos mais raros, alucinações. — Foto: Pexels

 

Impacto discutível no desempenho acadêmico


O cloridrato de metilfenidato é um medicamento que deve ser administrado conforme as necessidades de adaptação de cada paciente. Ou seja, é preciso uma avaliação caso a caso feita por um especialista sobre a posologia da droga. É ele que irá indicar a dosagem de acordo com períodos de maiores dificuldades escolares ou comportamentais de um paciente com TDAH.

 

“Os efeitos de melhora cognitiva do metilfenidato são claramente comprovados em pessoas com diagnóstico de TDAH”, diz Henrique Bottura, diretor clínico do Instituto de Psiquiatria Paulista.

 

Ele explica que, quando o medicamento é usado em doses terapêuticas e para as indicações adequadas, ele auxilia o tratamento dos sintomas relacionados ao transtorno, como a desatenção, inquietação e impulsividade, mas que em pessoas que não apresentam o problema, a eficácia no desempenho cognitivo é discutível.

 

Atualmente, faltam evidências de efeitos a longo prazo do metilfenidato no desempenho acadêmico. Bottura ressalta que alguns estudos chegaram até avaliar as implicações do medicamento no desempenho matemático de crianças e adolescentes, mas os resultados dessas pesquisas mostraram números de melhora muito baixos.

 

“Hoje em dia muitas pessoas utilizam esse medicamento para melhorar a atenção, até porque hoje ela é muito mais desafiada do que anos atrás. No entanto, o benefício [do metilfenidato] para isso não é comprovado”, destaca.


O médico psiquiatria Amilton Santos Jr. acrescenta que o medicamento pode até deixar uma pessoa acordada por mais tempo e, consequentemente, estudando mais. Mas o descanso depois do estudo, pontua, é igualmente importante nesses casos porque é nessas horas que o cérebro irá organizar as sinapses e armazenar toda informação que foi aprendida durante o período que esteve desperto.

 

“Mas [o metilfenidato] não aumenta a inteligência de uma pessoa. O que ele faz é, durante o seu período de atuação no organismo, aumentar a janela atencional, o período pelo qual a pessoa consegue ficar um pouco mais tempo concentrada”, ressalta.

 

O problema é que, em indivíduos que não têm TDAH e fazem o uso por conta própria, isso pode causar vários problemas, tendo em vista que não há um controle das doses adequadas do medicamento.

 

“E aí a hora que a pessoa fica sem o remédio, ela fica como se estivesse deprimida mesmo, ela fica para baixo, sem ânimo, sem energia, que é o estado que a gente chama de abstinência”, alerta o médico.


Quais são os principais efeitos colaterais após o uso sem prescrição médica?


A automedicação com o metilfenidato pode acabar não ajudando o desempenho acadêmico daqueles que buscam um ‘up’ nos estudos e, em alguns casos, até mesmo resultando em sérios problemas de saúde.

 

O pesquisador Fernando Freitas, do Laboratório de Saúde Mental e Atenção Psicossocial da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) aponta que, como esses medicamentos alteram a química do cérebro e provocam um efeito calmante, eles vão criando uma dependência psicológica que estimula a necessidade de aumento da dose.


“Ele ajuda você a concentrar. Você consegue ter mais foco naquilo, fica com mais atenção, mas isso é algo passageiro”, lembra.

 

O problema é que, se uma pessoa tinha níveis de atenção normais, é como se ela tomasse uma “overdose de cafeína”, explica Santos Jr.

 

Por isso, o uso indiscriminado do medicamento em doses não controladas pode resultar no aumento da ansiedade, dores de cabeça, perda de apetite e até mesmo, em alguns casos mais raros, alucinações e na piora de quadros de esquizofrenia ou transtorno bipolar.


A questão, defende o médico, é que os pacientes muitas vezes não sabem se têm predisposição a esses problemas até a ocorrência do primeiro episódio. Assim, ele acredita que a questão-chave tem a ver com o controle de acesso a esse medicamento e a necessidade do acompanhante médico.

 

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"Todos os remédios têm indicações e contraindicações. Pessoas são mais sensíveis e menos sensíveis. Então o mais importante é não fazer o uso de forma aleatória e sem a supervisão de um médico especialista na área". 

 

Fonte: G1

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