Regionais : Por que a influência da Igreja Católica alemã favorece o brasileiro Odílio Scherer
Enviado por alexandre em 03/03/2013 13:19:48

No conclave que elegerá o sucessor de Bento XVI, já se sabe com alguma certeza que caberá aos seis cardeais alemães no encontro o papel decisivo. O país que deu ao mundo o teólogo bávaro Joseph Ratzinger, eleito pontífice em 2005, e que, antes disso, já fizera do polonês Karol Wojtyla o papa João Paulo II, prepara-se, agora, para colocar à frente do rebanho de 1,2 bilhão de católicos outro nome de sua preferência. Pode ser até um cardeal brasileiro de origem alemã, Dom Odilo Scherer. “A influência dos alemães é enorme e foi decisiva nos últimos dois conclaves”, disse a ÉPOCA Andrea Tornielli, historiador e vaticanista do jornal La Stampa. “Com o pontificado de Ratzinger, eles se fortaleceram ainda mais.”

Embora não se trate de um gigante do catolicismo – a Alemanha tem apenas a quinta maior população de católicos da Europa, atrás de França, Itália, Espanha e Polônia –, a influência alemã no interior da Igreja é enorme (leia o gráfico abaixo). Ela é assegurada pelo peso histórico de seus teólogos, que fizeram da Alemanha um dos centros mundiais do pensamento católico, prolonga-se pela unidade do episcopado alemão, que se apresenta unido e uniforme diante do clero de outros países, e chega ao apogeu no enorme poder econômico da Igreja germânica. A riqueza da Igreja alemã se reflete em obras de caridade e no apoio às comunidades católicas do mundo inteiro. “Não há nenhuma diocese brasileira que não tenha recebido dinheiro alemão”, afirma o teólogo Volney José Berkenbrock, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora. “Eles não usam isso como moeda de troca, longe disso, mas influência é influência.”

Na tarde de quinta-feira, quando o alemão Bento XVI se despediu dos fiéis da sacada do Castel Gandolfo, dando início a uma existência inédita como papa emérito, abriu-se para a Igreja um período de dúvida e ansiedade. Naquela manhã, durante sua despedida dos cardeais, ele declarara sua “incondicional reverência e obediência” ao novo papa que emergiria do conclave. Tentava, com esse gesto dramático, dirimir a dúvida essencial criada por sua renúncia: com quem ficará o poder em Roma quando ainda vive, entre os muros do Vaticano, um homem que leva o título de Sua Santidade, usa a batina branca de pontífice e é chamado pelo nome papal de Bento XVI?

Regionais : PF investiga revenda ilegal de grãos subsidiados pelo governo
Enviado por alexandre em 03/03/2013 13:17:28

Em meio a pior estiagem em 40 anos no Nordeste, pequenos criadores rurais são acusados de revender grãos de milho que deveriam ser usados para alimentar pequenos rebanhos

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ligada ao Ministério da Agricultura, tem recebido denúncias de que pequenos produtores rurais do Nordeste estão deixando de alimentar seus rebanhos com grãos de milho subsidiados pelo governo para revendê-los a preços de mercado. Segundo os relatos, produtores compram, por intermédio do “Programa de Vendas em Balcão”, sacas de milho por valores que variam entre R$ 18 e R$ 23 a unidade a fim de revendê-las por preços que oscilam entre R$ 50 e R$ 60. O caso mais grave denunciado é da Paraíba. A Conab encaminhou denúncia para a superintendência da Polícia Federal no estado para investigar o caso.

Regionais : Reale Jr. adverte que novo Código Penal pode ser objeto de vergonha internacional
Enviado por alexandre em 03/03/2013 13:14:01

Com várias frases de efeito e bastante exaltado, o jurista Miguel Reale Júnior (foto), ex- ministro da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso, voltou a atacar duramente ontem a proposta de reforma do Código Penal em tramitação no Senado. Reale disse que a proposta contém absurdos, contradições graves e pode ser motivo de vergonha internacional para o Brasil. O procurador da República Luiz Carlos Gonçalves, relator da comissão de juristas que elaborou o anteprojeto que agora tramita no Congresso, não deixou por menos. Também bastante exaltado, rebateu Miguel Reale Júnior e exigiu respeito.

Os dois participaram de uma audiência pública no Senado na quinta-feira (28/02).

- Recentemente, eu disse que a minha intensa preocupação com esse projeto é que ele apresenta impropriedades de tamanha grandeza que pode se constituir, inclusive, em objeto de uma vergonha internacional – disse Reale Júnior, em sua fala de meia hora.

Regionais : Convenção Nacional do PMDB reafirma aliança com PT para 2014 e sonha com candidato próprio a 2018
Enviado por alexandre em 03/03/2013 13:12:31

Em convenção nacional realizada neste sábado (02/03) em Brasília, o PMDB confirmou a aliança com o PT para as eleições presidenciais de 2014. O presidente em exercício da sigla, senador Valdir Raupp (foto), disse estar disposto a lançar candidato próprio a presidente em 2018. "Essa é a nota meta", disse. O desejo de candidato presidencial também foi endossado pelo senador Eunício Oliveira, líder do PMDB no Senado.

"Em 2014 vamos colher os frutos do nosso trabalho, da nossa competência, para tornar em 2014 Michel \[Temer] vice-presidente, a presidenta Dilma reeleita e o maior número de governadores", afirmou o deputado Henrique Eduardo Alves (RN), presidente da Câmara.

O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), afirmou que a convenção é "o início de uma arrancada". "Nós temos a condição de ganhar a Presidência da república em 2018. Um partido forte começa com condições de crescer. Time que não joga não tem torcida. O PMDB vai mostrar em 2014 o quão grande ele é".
Apoio a Sarney e Renan

O auditório do centro de convenções onde ocorre o evento foi tomado por militantes do PMDB segurando bandeiras, vestindo camisetas e viseiras com os logotipos do partido.

Entre as palavras de ordem gritadas pelos militantes, era possívell ouvir "Sarney, guerreiro, do povo brasileiro" e "Renan é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo".

Regionais : China exibe quatro condenados à morte em rede nacional
Enviado por alexandre em 03/03/2013 13:01:07

Um "desfile" na televisão estatal chinesa de quatro homens estrangeiros sentenciados à morte pelo assassinato de 13 marinheiros no rio Mekong provocou indignação na China ontem (01/03). Muitas pessoas consideram que foi uma exibição desnecessária de vingança. O assassinato dos marinheiros chineses, em 2011, foi um dos ataques mais mortais a cidadãos chineses no exterior nos tempos modernos.

O suspeito principal, Naw Kham, extraditado para a China em maio pelas autoridades do Laos, foi considerado culpado pela morte dos marinheiros no ano passado na região do chamado "Triângulo de Ouro", ponto de encontro das fronteiras do Laos, Mianmar e Tailândia e lugar conhecido pelo tráfico de drogas.

Naw Kham, de Mianmar, e outros três suspeitos foram executados por injeção letal na cidade chinesa de Kunming, mas antes disso foram mostrados ao vivo na televisão estatal, amarrados com cordas e acorrentados, enquanto a polícia os conduzia da prisão até o ônibus que os levaria ao local da execução.

A transmissão, da China Central Television, não mostrou a execução propriamente dita.

"A transmissão ao vivo por duas horas do processo desses criminosos que enfrentam a pena de morte constitui uma violação do artigo 252 da Lei de Processo Criminal da República Popular da China", disse um destacado advogado de direitos humanos, Liu Xiaoyuan.

"O artigo determina que criminosos que enfrentam a pena de morte não podem ser exibidos ao público", disse.

A televisão chinesa exibia cenas do tipo regularmente no passado, mas praticamente parou de fazê-lo há quase duas décadas.

O retorno à prática provocou manifestações de ultraje em muitas redes sociais.

"Amarraram (o preso) com cordas e o desfilaram diante de 1,3 bilhão de chineses. São esses os direitos humanos que o governo vive destacando?", escreveu um usuário no microblog chinês Sina Weibo, semelhante ao Twitter.

A caçada a Naw Kham ganhou cobertura ampla na mídia chinesa. Alguns jornais festejaram a captura dele e a compararam ao assassinato de Osama bin Laden por forças americanas.

De acordo com o tabloide "The Global Times", a China chegou a cogitar realizar seus primeiros ataques com drones (aviões não tripulados) para matar Naw Kham, mas as autoridades teriam decidido capturá-lo vivo e levá-lo a julgamento.

Um dos três executados era tailandês, um era laociano e o outro era apátrida, segundo a mídia chinesa.

Acredita-se que a China execute milhares de pessoas por ano --o número exato é segredo de Estado--, e a pena de morte conta com amplo apoio popular.

Mas a exposição pública dos condenados pelas mortes no Mekong levará a população chinesa a questionar o uso de execuções, opinou Nicholas Bequelin, pesquisador da organização Human Rights Watch, para quem "é uma iniciativa predadora, voyeurística e exploradora, algo que contraria a própria finalidade de se ter um sistema legal".

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