Regionais : Blog do Chá: CAOS PENITENCIÁRIO
Enviado por alexandre em 17/04/2013 09:05:44

Sistema penal: ex-diretor elogia coragem de Confúcio e mostra solução para o

CAOS PENITENCIÁRIO

 Caro Carlos Henrique: li o seu artigo sobre o apelo do Governador. Perfeito. Você foi ao ponto, nada a acrescentar. Pena que os eleitores e os eleitos nunca queiram enfrentar o problema. Por isso é admirável a atitude do Governador em falar sobre o tema de forma tão franca, surpreendente mesmo. Tive uma breve experiência à frente de uma unidade prisional em Rondônia e pelo que vi, embora tenham-se passado mais de 15 anos, nada mudou nessa área, infelizmente. Segue sugestão que dirijo ao Governador, atendendo ao pedido feito.

Atenciosamente - Luiz Henrique Candido

 Vale à pena conhecer a experiência que relata a correspondência do leitor Luiz Henrique Cândido, ex-diretor de Penitenciária de Ji-Paraná, que respondeu à dramática convocação do governador Confúcio Moura em seu pedido de socorro publicado no Facebook e reproduzido aqui. Quero acreditar que a situação enfrentada por ele em seu breve período na direção do período já não exista hoje. Muito embora seja forçoso admitir que é quase impossível a moralização de um sistema no qual existem mais bandidos no entorno do que propriamente no interior das celas.

Se a administração do sistema penal está conseguido impedir a comercialização de vantagens, que vão desde a entrada de drogas, bebidas, celulares e prostitutas para as verdadeiras orgias historicamente presentes nas penitenciárias. Se já não acontecem mais as fugas negociadas. Se o fornecimento das tais “quentinhas” já deixou de ocupar lugar de destaque no balcão de negociação política. Então parabéns: há indícios de seriedade no enfrentamento do problema e pode ser que se consiga pelo menos atenuá-lo. Leiam o que diz Luiz Henrique Cândido:

Senhor Governador.

Creio que a solução está em fazer cumprir a lei de execução penal, no que diz respeito ao trabalho do preso (direito e dever, observadas as habilidades de cada um). Tive a oportunidade de dirigir a Penitenciária de Ji-Paraná, em 1997, por 59 dias, e pus todos os presos para trabalhar. Os que estavam no regime semiaberto saíam para trabalhar, em grupo, com escolta. Os do regime fechado trabalhavam no pátio da cadeia. 

Busquei apoio na sociedade e consegui: caminhão, betoneira, cimento, tijolos, areia etc. (consegui ainda, pedindo pelas rádios, milhares de livros em doação para a biblioteca do presídio). No presídio os presos faziam bloquetes de cimento. Na rua assentavam os bloquetes (fizemos a calçada de um posto de gasolina e de um motel e ainda uma terceira obra, na parte de construção civil). Reformamos todo o interior do presídio. O que era matagal virou horta. Construímos uma granja...

Um galpão que abrigava uma marcenaria de um dos agentes penitenciários foi desocupado à força e ali fiz construir, com parte dessas doações, quartos coletivos, para alojar os presos do semiaberto que viviam em “puxados” de pau-a-pique, nos fundos do presídio. Resumindo: os presos que costumavam ir dormir lá pelas 3 ou 4 da manhã, passaram a ir dormir antes das 19 horas, de tanto cansaço... O trabalho é fundamental para que o preso se ocupe e possa obter rendimento para sustentar sua família que não está presa (evitando que a mesma viva na dependência da caridade alheia ou acabe aderindo ao crime também).

Logo depois que deixei a direção do presídio fui visitar um ex-presidiário, que cumprira pena por furto, que havia acabado de ser solto da penitenciária. Ele morava à beira do Rio Machado, pura miséria, dava dó de ver a pobreza de sua moradia, a condição miserável de vida da esposa e filhos. Ele me pediu. “Me arranja trabalho, eu preciso...” Que jeito se arranja um trabalho para um ex-presidiário, Governador? Três meses depois ele foi preso novamente, cometendo furtos em Jaru!!! Se na cadeia o preso não aprende um ofício, se não lhe dão a chance de mostrar do que é capaz, além dos crimes cometidos, de que adianta que seja solto? De que adianta, aliás, que tenha sido preso?

Mas as forças de segurança rechaçam a ideia. Isso não lhes agrada, pois os obriga a ficarem vigilantes enquanto os presos trabalham. É muito mais cômodo que fiquem trancafiados 24 horas por dia. Preso só merece veneno, entendem. Como se ficar privado de liberdade, por si só, já não fosse veneno bastante! Além do mais, quem combate o crime não pode estar à frente de presídios, nem à frente de formulação de políticas prisionais, como os estudiosos já alertaram, posto que a convivência diária com os cenários de crime os torna totalmente avessos e refratários à ideia da pena como meio de ressocialização, o que é completamente compreensível.

E por isso acabei exonerado.

Mas esse período em que essas forças me toleraram como diretor daquele presídio foi magnífico, porque tive a certeza de que tratar o preso com respeito não é só o melhor caminho, É O ÚNICO CAMINHO - se não para a sua integral recuperação, que depende de outros fatores – capaz de manter a paz nos presídios, com certeza.

Uma experiência me marcou profundamente nesse período: três dias após ser “batizado” (primeira fuga de preso após a chegada de um diretor). Três presos fugiram à meia noite, quando eu chegava ao presídio (eu dormia na sala da administração) – até parece que fora tudo combinado para me assustarem. Nunca escutei tanto tiro na minha vida e eu ali, entre o portão da rua e o interno, sem saber o que fazer, com os pipocos rasgando o céu.

Fugiram escalando as muralhas com uma corda de lençóis (a famosa teresa). Um deles, apelidado de “Doido”, caminhou mais de 200 km, até sua cidade natal: Vilhena. Ladrão de galinhas, que furtava para sustentar o vício que não conseguia largar (maconha ao que depois eu soube). AQUELA TERIA SIDO A NONA OU DÉCIMA FUGA DE DOIDO... DE VÁRIAS CADEIAS.

Recapturado uma semana depois, tive que ir a Vilhena para recambiar DOIDO para o presídio. E o trouxe amarrado (não havia algema no presídio, nem na SEJUS em PVH), porque me diziam que ele era muito perigoso. Na viagem conversei bastante com ele e vi que era um pobre coitado. Passei a comprar cigarros para ele após o retorno ao presídio. E vez ou outra, quando me informavam que ele estava depressivo demais, pela ausência da droga, provavelmente, eu o chamava para conversar na administração,

E Doido se tornou um excelente colaborador. Foi dos que mais me ajudou na reforma do presídio – fiz levantar muros que separassem o pátio da cadeia do prédio da administração, para evitar contatos desnecessários entre agentes e presos, e também a ansiedade causada neles por qualquer movimentação na área administrativa, presença de advogados, familiares de presos etc. – e Doido trabalhou nessa obra como um verdadeiro burro de carga.

Mas o que mais meu surpreendeu em Doido, foi quando tive de ir buscar uma doação e precisei levá-lo comigo para ajudar (os agentes, a essa altura, quase todos tinham me deixado, haviam ido para o albergue, para o PROCON, para PVH - não impedi ninguém que saísse - houve uma noite em que no presídio havíamos eu e uma agente apenas – além dos policiais nas guaritas, claro).

Por um acaso do destino, Doido acabou ficando mais de 10 minutos sozinho no carro. E NÃO FUGIU. Veja, o sujeito que fugira 10 vezes, que enfrentara saraivada de tiros, que andara 200 km no meio da mata, não quis fugir naquele momento...

Depois que saí da direção, nunca mais soube dele. Mas a partir dali tive a certeza de que o tratamento respeitoso ao preso, ainda que não o recupere, pode inspirar nele confiança e tranquilidade para cumprir sua pena em paz (e se o preso está em paz com a direção do presídio, a cadeia fica em paz, sem mortes, sem destruição do patrimônio público, sem desassossego da sociedade...)

Ao final da minha passagem pela direção, sabendo que não tinha como me manter no cargo por mais tempo tentei de tudo, pedi a políticos próximos ao Governador que o trouxessem para conhecer a nossa experiência... mas foi em vão. Pedi então aos órgãos de imprensa que viessem dar divulgação ao nosso trabalho. Vieram. Mas vieram tarde: no dia seguinte à reportagem em que a Marindia Moura mostrara pela TV Rondônia todas as novidades e tecera elogios rasgados à experiência, veio a exoneração

Mas, enfim, voltando à ideia principal, a gerência do trabalho dos presos pode ser desenvolvida por empresas criadas especificamente para esse fim, como preveem os arts. 34 e 35 da Lei de Execução Penal, cujos produtos podem ser vendidos à administração pública direta ou indireta, sem licitação, o que está previsto também na Lei de 8.666. Ou podem ser vendidos a particulares, inclusive no exterior.

Os presos podem, por exemplo, sob a gerência dessa empresa, produzir sua própria alimentação. O custo para o Estado seria muito menor do que o atual (eu fiz algo parecido em Ji-Paraná, trouxe a cozinha para dentro do presídio, para empregar os presidiários nessa tarefa). Aliás, esse negócio de quentinha já passou da hora de acabar, faz tempo... Bem administrada, essa empresa, ou empresas, poderiam financiar um fundo destinado à própria construção e manutenção de presídios.

E, por fim, Governador, falando nisso, acredito que nenhum presídio deva ter mais do que 300 presos, ainda que numa mesma cidade. Mais de 300 presos a coisa fica perigosa, incontrolável. Como foi o caso do Carandiru, como é o caso do Urso Branco. Desculpe se me estendi. Espero que essas ideias possam lhe ser úteis de algum modo.

 Correio de Notícias:
Artesanato de presos
é vendido no exterior

Produtos feitos por presos da penitenciária Ariosvaldo Campos Pires, de Juiz de Fora (MG), estão ganhando fama internacional.

Produtos feitos por presos da penitenciária Ariosvaldo Campos Pires, de Juiz de Fora (MG), estão ganhando fama internacional. Detentos da unidade - que abriga pessoas que cumprem pena em regime fechado e semiaberto, além de presos provisórios - trabalham na produção de peças em tricô e crochê, parte delas assinadas pela estilista mineira Raquel Guimarães.

Os produtos já foram vendidos em 70 lojas multimarcas no Brasil, além de Nova York e Tóquio. Em Paris, exatamente na Place Vendôme, lugar mais badalado da moda mundial, já foi inaugurado um show room permanente das peças produzidas pelos homens que cumprem pena na penitenciária de Juiz de Fora. O projeto funciona no presídio desde 2009 e tem contribuído para a reintegração dos detentos no mercado de trabalho.

Projetos dessa natureza são fomentados pelo programa Começar de Novo, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), como forma de garantir a ressocialização de egressos do sistema carcerário e evitar a reincidência criminal. O artesanato produzido no presídio de Juiz de Fora também já serviu de decoração para o badalado e concorrido réveillon do Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro.

Foram 1.600 suportes de velas, feitos de vidro e revestidos de crochê, confeccionados pelas mãos dos detentos que deixaram o histórico prédio ainda mais bonito. O trabalho no sistema prisional tem se mostrado benéfico a todas as partes: ao Estado, que cumpre sua função de humanização e ressocialização dos indivíduos que estão presos; aos próprios detentos, que têm a oportunidade de se profissionalizarem enquanto cumprem pena; e aos parceiros, que contam com mão-de-obra mais barata e com alta produtividade.

Além disso, o trabalho autônomo desenvolvido pelos presos reforça o vínculo deles com a família. São os familiares que levam o material a ser trabalhado e que vendem o produto fabricado, gerando renda. Dos 480 presos da penitenciária, 267 estão envolvidos em atividades laborativas.

 

 

 

 

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Postado por: Carlos Henrique

Regionais : Adelino Follador denuncia paralisação de cursos da UAB em Rondônia
Enviado por alexandre em 16/04/2013 23:51:41

Durante sessão ordinária na tarde desta terça-feira (16) na Assembleia Legislativa de Rondônia, o deputado estadual Adelino Follador (DEM) apresentou denúncia sobre a paralisação de um ano e seis meses de cursos de graduação e pós-graduação Universidade Aberta do Brasil - UAB/UNIR e também de cursos do Plano Nacional de Formação de Professores de educação Básica em Rondônia.

De acordo com o deputado, no ultimo dia 13 houve reunião com os estudantes prejudicados por essa paralisação em Ariquemes. Os alunos reclamaram da falta de atenção e justificativas por parte da UNIR para a paralisação dos cursos. “Os mais de 2.200 alunos não tem nem ideia de quando devem retornar as salas de aula. Muitos já estão sendo prejudicados pela falta do diploma, especialmente aqueles que passaram em concurso público”, afirmou o deputado. Os cursos da UAB existem em Ariquemes, Porto Velho, Buritis, Ji-Paraná, Rolim de Moura, Chupinguaia e Nova Mamoré, num total de 44 turmas.

Outro problema relatado ao parlamentar foi à suspensão, também, de aulas do Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica - PARFOR, que acontece em Ariquemes, Cacoal e Porto Velho. Esse curso está sem atividades há um ano e quatro meses.

Na busca de uma solução para os problemas, o deputado manteve audiência na manhã desta terça-feira com a Reitora da UNIR- Berenice Tourinho juntamente com representantes dos alunos. “A reitora afirmou que a universidade passa por problemas que se arrastam por anos e que está tentando contornar essa situação da forma mais rápida possível para permitir que os estudantes concluam seus cursos e adquiriam seus diplomas”, destacou.

O parlamentar lembrou que a UNIR passou por sérios problemas e denuncias, mas que isso ocorreu na gestão anterior, portanto, essa reitoria não pode ser responsabilizada. Disse que a justiça deve constatar quem de fato trabalhou de forma errada e prejudicou todos esses estudantes. “Essas pessoas devem responder perante a justiça”, concluiu.

Acidente
O deputado Adelino aproveitou para falar sobre o acidente automobilístico ocorrido com ele no ultimo dia 11 de abril, na BR-364, onde o carro capotou após desviar de uma carreta. “Graças a deus nada de grave aconteceu comigo, mas não tem sido assim na maioria das vezes”. Esse fato só me faz continuar pedindo melhorias para a BR, pois não temos acostamento nem sinalização. “Sobram buracos e muita reclamação de quem precisa da BR 364 como forma de sobrevivência”. frisou.
Fonte: Assessoria
  • Adelino Follador denuncia paralisação de cursos da UAB em Rondônia

Regionais : Hermínio Coelho apresenta PEC que determina eleição para a Polícia Civil, PM e Corpo de Bombeiros
Enviado por alexandre em 16/04/2013 23:50:30

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Hermínio Coelho (PSD), apresentou Proposta de Emenda Constitucional (PEC) subscrita por 11 outros parlamentares instituindo eleição para diretor geral de Polícia Civil, comandante da Polícia Militar e comandante do Corpo de Bombeiros. A proposta é semelhante à que instituiu recentemente a democracia nas escolas públicas, com a eleição de diretores e vice-diretores.

A PEC dá nova redação a dispositivos dos artigos 146 e 148 da Constituição Estadual, justamente nas nomeações do diretor geral de Polícia e dos comandantes da PM e dos Bombeiros. Em sua justificativa, Hermínio Coelho citou que em outras importantes instituições estaduais também já é prevista essa forma democrática para escolha de seus dirigentes máximos, como a Defensoria Pública e o Ministério Público.

O Artigo 146 ficou com a seguinte redação, na PEC: “À Polícia Civil, dirigida por delegado de Polícia de carreira, eleito pelos seus integrantes, para um período de dois anos, e nomeado pelo Governador do Estado, incumbe, ressalvada a competência da União, as funções de Polícia Judiciária e apuração de infração penal, exceto as militares”.

O parágrafo primeiro do Artigo 148, na PEC, ficou com esta redação: “O Comando Geral da Polícia Militar será exercido por oficial do último posto do quadro de combatentes da própria corporação, eleito pelos integrantes do quadro de oficiais, para um período de dois anos, e nomeado pelo Governador do Estado”.

O Artigo 148 ainda diz o seguinte, na PEC apresentada por Hermínio Coelho: “O Comando do Corpo de Bombeiros Militar será exercido por oficial do último posto do quadro de combatentes da própria Corporação, eleito pelos integrantes do quadro de oficiais, para um período de dois anos, e nomeado pelo Governador do Estado, dentro os que possuírem Curso de Formação de Bombeiro Militar – CFO/BM, Curso de Bombeiro para Oficiais – CBO, Curso de Especialização de Bombeiro Militar ou Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais Bombeiro Militar”.

Ainda em sua justificativa, o deputado Hermínio Coelho explica que o diretor geral da Polícia Civil e os comandantes da PM e do Corpo de Bombeiros serão nomeados pelo governador após terem sido eleitos pelos membros de suas respectivas instituições. O parlamentar citou, ainda, que a medida propicia a participação dos integrantes desses órgãos na escolha de seus dirigentes máximos.
Fonte: Decom
  • Hermínio Coelho apresenta PEC que determina eleição para a Polícia Civil, PM e Corpo de Bombeiros

Regionais : Polícia Militar prende suspeito transportando folhas de coca
Enviado por alexandre em 16/04/2013 23:49:03

Guajará Mirim: O flagra ocorreu no início da noite de sexta-feira (12), durante o patrulhamento de rotina de uma guarnição lotada na sede do 6º Batalhão de Polícia Militar em Guajará-Mirim.

Conforme relatos dos policiais militares que atenderam a ocorrência, minutos antes da abordagem o veículo Fiesta, cor prata e placa MXZ 9499 de Porto Velho, foi visto parado nas proximidades de um porto clandestino no bairro Triângulo. Anônimos ajudaram a PM na apreensão das folhas, fornecendo dados do acusado desde que ele desembarcou de uma canoa com motor tipo rabeta, em solo brasileiro.

O suspeito foi alcançado transitando com o carro no cruzamento da Av: Princesa Izabel com Dom Xavier Rey, bairro Serraria, onde o veículo foi revistado e o motorista identificado como F. M. D. S., 20 anos, de profissão madeireiro. No interior do Fiesta foi encontrada uma sacola, com capacidade de aproximadamente 20 litros, plástica de cor preta contendo certa quantia de folhas de “coca”. De acordo com a legislação brasileira em vigor é proibida a entrada no Brasil, das referidas folhas alucinógenas.

O madeireiro foi encaminhado até a delegacia para confecção da ocorrência, após ser ouvido foi posto em liberdade.

Consta na ocorrência de nº. 1990-2013 registrada na depol local, que as folhas ficaram apreendidas, posteriormente levadas à PF para futuramente serem incineradas e arquivamento do caso.
Fonte: Assessoria
  • Polícia Militar prende suspeito transportando folhas de coca

Regionais : Homenagem da ALE a pecuarista acusado de mandar matar Agenor de Carvalho é tapa na cara da advocacia
Enviado por alexandre em 16/04/2013 23:36:58

A homenagem que a Assembleia Legislativa de Rondônia está fazendo ao conceder o título de honra ao mérito ao pecuarista José Milton Rios tem o efeito de um verdadeiro ‘tapa na cara’ da advocacia rondoniense e brasileira. Esse cidadão, contra quem não tenho nada pessoalmente, é acusado de ser o mandante da covarde execução do advogado Agenor Martins de Carvalho no início dos anos 80 aqui em Porto Velho. A declaração, com sentimento de indignação, é do ex-presidente da Caixa de Assistência dos Advogados de Rondônia (Caaro), advogado José Bandeira Filho, conclamando a advocacia de Rondônia a se mobilizar contra determinadas atitudes da Assembleia Legislativa.
Bandeira argumenta que o advogado Agenor Martins de Carvalho, muito conhecido em Rondônia pela sua luta em favor dos menos favorecidos, foi assassinado porque defendia famílias pobres que buscavam um pedaço de terra na região onde hoje é o bairro Nova Porto Velho e Agenor de Carvalho, áreas da União que alguns barões do latifúndio alegavam ser suas. “O advogado Agenor de Carvalho foi impiedosamente executado na calada da noite por pistoleiros vindos da cidade de Ji-Paraná e até hoje os acusados de serem os mandantes não foram a julgamento, mesmo tendo a polícia prendido os matadores que acusaram o pecuarista José Milton Rios e o empresário Carlos Figueiredo, então dono do suntuoso Floresta Hotel, como os autores da ordem para executá-lo, mas nunca chegaram a ser julgados para provar ou não suas inocências”, lembra Bandeira Filho.
Além de conviver com a impunidade, já que os acusados de serem os mandantes nunca sentaram no banco dos réus, agora a advocacia e as famílias que conheceram e conviveram com o Agenor terão de ver um de seus algozes sendo homenageado pela Assembleia. Segundo o ex-presidente da Caaro, isso parece brincadeira de mau gosto e precisa de uma reação firme da Seccional Rondônia da OAB, sob pena de total desmoralização da advocacia.
Ademais, segundo o advogado Bandeira Filho, quais são os méritos do pecuarista José Milton Rios, que a sociedade rondoniense desconhece. “No meu ponto de vista isso é mais uma provocação do presidente da Assembléia Legislativa contra os advogados e precisa receber uma resposta institucional, nem que para isso tenhamos de mobilizar o Conselho Federal da OAB, já que a atual direção da seccional Rondônia não se manifesta e se mostra indiferente quanto à defesa da advocacia”, reitera.

Fonte: TUDORONDONIA

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