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Regionais : Médicos ficam perplexos com indonésia que alega ter dado à luz a uma lagartixa
Enviado por alexandre em 14/06/2014 11:18:50



Debi Nubatonis, uma mulher  da aldeia Oenunto,na Indonésia, está deixando médicos e cientistas perplexos com sua alegação: ela diz que passou por uma gravidez para dar à luz a um saudável bebê gecko. Nós ouvimos o suficiente de tais histórias para saber que provavelmente isso tudo é uma farsa, mas parece que as autoridades indonésias estão investigando para verificar se isso poderia ser verdade.
A parteira mostrando a lagartixa

No mês passado, a pedido do oficial médico responsável da cidade vizinha de Kupang, uma equipe especial foi enviada para aldeia Oenunto, onde mamãe vive.

- "Basicamente, há algo que não está certo aqui", disse Messe Ataupa. - "Estamos analisando se isso foi intencional ou não. É evidente que o útero deve ter ficado vazio e isso é o que é conhecido  como pseudociese. Assim, a lagartixa é provavelmente algum tipo de brincadeira. Parto de uma outra espécie nunca foi relatado na ciência."
Pseudociese ou "gravidez fantasma" é uma condição na qual as mulheres acreditam que estão grávidas e até mesmo exibem os sinais físicos de gravidez, incluindo uma barriga inchada. Mas, na realidade, não existe qualquer feto dentro do útero. Segundo testemunhas da aldeia, Debi estava visivelmente grávida e parecia estar em seu oitavo mês antes de entrar em trabalho de parto em 30 de maio.
Naquele dia fatídico, ela optou por não ir a um hospital porque era muito longe. Em vez disso, ligou para uma parteira para ajudá-la com o bebê. Josephine Lydia Hellen Wadu, a parteira, disse que ela chegou pouco antes do nascimento. Uma grande quantidade de muco e sangue surgiram e em vez de um bebê humano, Debi expulsou um filhote de lagartixa. Josephine soube imediatamente que algo estava terrivelmente errado, então levou o "recém-nascido" para o Centro de Saúde de Oenuntono para saber o que estava acontecendo.

Fonte: metro

Regionais : Dilma diz que xingamentos na Copa não irão intimidá-la
Enviado por alexandre em 14/06/2014 11:13:57

Folha de S. Paulo

Fornecedores da Petrobras pagaram doleiro

Empresas que têm contratos com a Petrobras, como a Sanko Sider e a OAS, fizeram depósitos em conta na Suíça controlada pelo doleiro Alberto Youssef, segundo documentos apreendidos pela Polícia Federal.

A Suíça bloqueou uma conta com US$ 5 milhões (R$ 11,2 milhões) controlada por Youssef, por causa da suspeita de que ela recebeu recursos desviados da Petrobras.

Os papéis são um dos principais indícios de que fornecedores da estatal pagavam propina por meio do doleiro, segundo interpretação da PF.

A Sanko é a maior fornecedora de tubos da Petrobras e tem contratos com empresas que trabalham na obra da refinaria Abreu e Lima, apontada pela PF como fonte de desvios. A OAS também atua nessa obra, em Pernambuco.

A Sanko confirma que fez depósitos no exterior, mas diz que são pagamentos de importação.

A obra de Abreu e Lima é apontada pela Operação Lava Jato como fonte de desvios feitos por Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras. Costa, que foi um dos responsáveis pela refinaria, e Youssef são réus numa ação penal por conta das suspeitas de desvio, o que ambos negam.

Além do bloqueio na conta de Yousseff, a Suíça também reteve US$ 23 milhões (R$ 51,3 milhões) em 12 contas atribuídas a Costa e seus familiares.

Dilma diz que xingamentos na Copa não irão intimidá-la

A presidente Dilma afirmou nesta sexta-feira (13) que não vai se “intimidar” com as vaias e xingamentos que ouviu na abertura da Copa do Mundo, no Itaquerão. Para rebater o coro de ofensas, ela evocou lembranças do período em que foi torturada pelo regime militar.

“Na minha vida pessoal, enfrentei situações do mais alto grau de dificuldade. Situações que chegaram ao limite físico. Suportei não agressões verbais, mas agressões físicas”, disse a uma plateia de operários e trabalhadores do sistema de trânsito do Distrito Federal, governado pelo petista Agnelo Queiroz.

“Não vou me deixar atemorizar por xingamentos que não podem ser escutados pelas crianças e pelas famílias”, acrescentou Dilma, que falava em meio a gritos de apoio dos operários. A presidente falava sobre a Copa quando os ouvintes entoaram: “a taça do mundo é nossa, com a Dilma não há quem possa”.

Sobre o evento da véspera, Dilma disse: “O povo brasileiro não age assim. O povo brasileiro não pensa assim e, sobretudo, o povo brasileiro não sente da forma como esses xingamentos expressam. O povo brasileiro é um povo civilizado e extremamente generoso e educado. Podem contar que isso não me enfraquece”.

Durante o jogo de estreia da Copa, na quinta-feira (12), Dilma foi xingada e vaiada ao menos quatro vezes. “Ei, Dilma, vai tomar no c…”, gritaram, em coro, os torcedores. A vaia começou na área VIP do estádio, mas se espalhou.

Ofensas à presidente são ‘cretinice’, diz Lula

Em um ato de desagravo à presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula entregou uma rosa branca à petista, chamou de “cretinice” os xingamentos destinados a ela durante a abertura da Copa do Mundo e disse que o momento foi “a maior vergonha que o país já viveu”.

“Foi um ato de cretinice com o povo brasileiro, que está cansado de ser pisado e escanteado”, disse nesta sexta (13) em evento do PT no Recife (PE), ao lado de Dilma.

O ex-presidente afirmou que a imprensa “incentivou o tempo inteiro essa reação da sociedade” e atribuiu os xingamentos à “elite” brasileira.

Na abertura da Copa, Dilma foi xingada por torcedores no estádio –ela havia decidido não discursar justamente para evitar as vaias.

PSDB lança hoje Aécio à Presidência como a ‘mudança confiável’

O senador mineiro Aécio Neves será indicado oficialmente pelo PSDB neste sábado (14) como candidato à Presidência da República, numa convenção partidária em que se apresentará como opção de “mudança confiável” para os eleitores insatisfeitos com a presidente Dilma Rousseff.

A convenção tucana será realizada em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, Estado governado pelos tucanos há quase duas décadas e onde a rejeição a Dilma é maior que em outras regiões do país.

Em seu discurso, Aécio planeja defender uma gestão “firme e transparente” da economia, fazendo ao mesmo tempo uma crítica à presidente e um aceno ao mercado financeiro e ao meio empresarial.

Empatado com Campos, Pastor Everaldo defende Estado mínimo

Everaldo Dias Pereira, 58, ou Pastor Everaldo (como se tornou conhecido), nasceu em casa, no Rio, em meio a um culto evangélico, e teve a avó, também evangélica, como parteira. Foi camelô, servente de pedreiro, office boy, corretor de seguros e, hoje, mesmo não tendo nunca se candidatado nem a vereador, afirma que será o próximo presidente da República.

O pré-candidato do PSC (Partido Social Cristão) à Presidência terá o nome confirmado neste sábado (14), em convenção do partido em São Paulo. “Acredito em milagres”, disse, sobre sua afirmação de que subirá a rampa do Planalto em janeiro.

O pastor conseguiu se descolar um pouco do bloco dos nanicos após o ex-governador Eduardo Campos (PSB) sofrer uma queda na mais recente pesquisa do Datafolha e, com 7% das intenções de voto, empatar tecnicamente com ele, que tem 4%.

Pastor da Assembleia de Deus –do Ministério Madureira, um dos ramos da igreja pentecostal–, casado com a cantora gospel Ester Batista e pai de três filhos, Everaldo diz que irá se diferenciar de todos os outros candidatos por defender valores da família e um Estado mínimo.

Candidato do PV ataca Dilma, Aécio e Campos por silêncio sobre aborto

O candidato a presidente pelo Partido Verde, Eduardo Jorge, diz que os três principais concorrentes ao Palácio do Planalto lavam as mãos ao condenarem uma flexibilização da lei do aborto no país.

Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos “estão entrando como Pilatos na história. Estão lavando as mãos, porque não é essa a posição pessoal deles. Eles sabem muito bem do drama das mulheres”, disse ele, que terá sua candidatura oficializada neste sábado (14) em Brasília.

 

O Estado de S. Paulo

Dilma diz não se abalar com ofensa verbal e cita agressão física sofrida na ditadura

Para Lula, ‘parte da imprensa incentivou’ xingamentos

PSDB lança Aécio e mira territórios governistas

Campos não pode exagerar na crítica, diz petista a jornal

Oposição unida no PT no maior estado do Nordeste

‘A polarização em São Paulo agora é com o PMDB’, diz Skaf

PF mapeia depósitos para doleiro na Suiça

Grupo acusado na Lava Jato nega repasses ilícitos a Youssef

 

O Globo

Aécio aposta em dissidências da base aliada de Dilma

Às vésperas da convenção nacional do PSDB que confirmará o senador Aécio Neves como candidato à presidência, o tucano, viveu clima de campanha em sua visita, na manhã desta sexta-feira, à cidade São João Del Rei, a 184 km de Belo Horizonte.

Em entrevista, ele disse que sua caminhada rumo ao Planalto se fortalecerá com as dissidências nos estados de partidos aliados à presidente Dilma Rousseff em nível nacional.

— No âmbito regional, a maioria dessas forças (PP, PMDB e PSD) estão se somando ao nosso lado. Elas querem mudanças. A presidente da República, com um esforço enorme com a oferta de cargos públicos a rodo hoje no Brasil, consegue ficar com mais tempo de TV, mas não ficará com o trabalho e com a crença desses partidos no seu projeto. Portanto, podem esperar que vamos ter dissidências cada vez mais amplas. Essas dissidências fortalecem a oposição porque elas representam o sentimento do Brasil, de uma mudança profunda — afirmou Aécio.

Lindbergh faz campanha ao lado de ex-assessor de Dirceu

Pré-candidato ao governo do Rio pelo PT, o senador Lindbergh Farias anunciou nesta sexta-feira, em Niterói, o apoio do prefeito da cidade e petista Rodrigo Neves para as eleições de outubro. Neves, no entanto, não participou do encontro realizado na Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), que contou com a participação de secretários municipais da gestão do prefeito e de parlamentares.

Apesar de ser filiado ao PT, Rodrigo Neves era um dos principais apoiadores da pré-candidatura à reeleição do governador Luiz Fernando Pezão, do PMDB. Ele organizou até um ato “pró-Pezão” na cidade.

Porém, os peemedebistas anunciaram o nome do deputado estadual Felipe Peixoto, do PDT, adversário político do prefeito em Niterói, como vice na chapa de Pezão. A decisão irritou Rodrigo Neves.

 

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Regionais : Congresso deveria fazer pacote anticorrupção, diz juiz
Enviado por alexandre em 14/06/2014 11:12:48

Um dos idealizadores da Lei da Ficha Limpa, o juiz eleitoral do Maranhão Márlon Reis virou alvo de uma série de críticas disparadas por deputados na última terça-feira (10), no plenário da Câmara. Na ocasião, o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), anunciou que vai protocolar uma representação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra o magistrado por conta do livro O nobre deputado, a ser lançado oficialmente no dia 27 deste mês, em São Paulo (SP).

Em entrevista exclusiva ao Congresso em Foco, Márlon se diz surpreso com a tentativa de intimidação feita pelos deputados. “A partir das informações [apresentadas na reportagem e no livro] sobre parlamentares eleitos com compra de votos, a Câmara deveria ter anunciado medidas para evitar isso”, disse o juiz, um dos coordenadores do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE).

A obra surgiu a partir de pesquisa para a tese de doutorado do juiz, que pretende apresentá-la ainda neste ano à Universidade de Zaragoza, na Espanha. A indignação dos deputados veio à tona por conta de uma reportagem baseada no livro e exibida no programa Fantástico, da TV Globo, no último domingo (8).

No livro, o juiz usou um personagem fictício chamado Cândido Peçanha, um deputado corrupto e corruptor que se aproveita de um sistema eleitoral falho. Na magistratura há mais de 17 anos, Márlon Reis sustenta estar exercendo, por meio da obra, o “direito à liberdade científica” e diz que suas críticas são dirigidas a uma parte dos deputados, os que se elegem por meio de desvio de recursos e de abuso de poder econômico, e não à toda Câmara dos Deputados.

Márlon Reis diz que os deputados que o criticaram não leram o livro. E reforçou que não fez “nenhum tipo de generalização”. “Não digo que maioria dos deputados tenha sido eleita de forma corrupta. Não sei dizer quantos”.

Excedente e anonimato

Sob a condição de anonimato, os entrevistados por Márlon informaram que vários parlamentares, por exemplo, apresentam emendas ao Orçamento da União e, depois, exigem das prefeituras beneficiárias um “excedente” para si. Márlon não menciona nomes dos políticos envolvidos em casos de corrupção. O juiz afirma que não pode fazer isso por causa do pacto pelo anonimato com suas fontes. “Não estou denunciando um ou dois deputados. Estou denunciando o sistema eleitoral que permite a eleição de desonestos”.

Márlon Reis diz que aceita prestar informações aos deputados na Câmara caso seja convidado. Ele adianta que pode dar detalhes sobre os fatos, mas sem revelar nomes, como defenderam os deputados indignados. “Mostrarei tudo o que foi descoberto. Posso apresentar, por exemplo, transcrições de depoimentos”, disse o juiz.

Pesquisa e ficção

O juiz mantém todas as afirmações que fez à emissora de televisão, mas reforça que não é representante da TV Globo. “Tudo o que eu falei e apareceu na entrevista, eu mantenho. Até porque todas as minhas observações e conclusões decorrem de pesquisa. Agora, não sou porta-voz da Globo para defender a matéria. Posso defender o meu livro e minha participação na matéria”.

Ele reforça que a pesquisa resultou em uma obra de ficção. “O livro não é jurídico, não é da ciência política, mas uma obra de ficção. O objetivo não é denunciar pessoas, mas os pontos frágeis do sistema. Por isso há um personagem fictício que permite que a sociedade visualize o tipo de político que estou retratando”.

Veja abaixo a entrevista do juiz ao Congresso em Foco:

Congresso em Foco – Como o senhor avalia a reação da Câmara?

Márlon Reis – Não houve calúnia. É uma reação que não me preocupa. É impossível alguém ser punido por conceder uma entrevista, publicar um livro, emitir sua opinião, fazer pesquisa. Não me pronunciei como juiz, mas como cidadão e pesquisador. Sou estudante de doutorado em sociologia jurídica e instituições políticas e realizo pesquisa há vários anos sobre comportamento político no Brasil com ênfase na questão de compra de votos. A minha fala é de alguém que conhece o que está falando. O Congresso deveria ter buscado um meio de anunciar medidas para debelar a compra de votos e não anunciar a tentativa de intimidação e perseguição contra quem se pronunciou de forma absolutamente livre e alicerçado na liberdade de expressão.

A partir das informações de que há parlamentares eleitos com base na compra de votos, a Câmara deveria ter anunciado a adoção de medidas para evitar que isso aconteça. E não anunciado perseguição a quem demonstrou que essas coisas acontecem. Então, em nenhum momento, eu generalizei. Isso é uma afirmação falsa. Não fiz nenhum tipo de generalização. O que estou afirmando, no livro O nobre deputado, é que parte dos deputados foi eleita de forma antidemocrática, com base no abuso de poder político ou de desvio de recursos de governo. Isso eu faço com base em pesquisa sociológica. Após levantar dados tão duros e cruéis, decidi que não era justo permitir que isso virasse apenas um volume arquivado na prateleira de uma universidade. Decidi levar essas informações a público para atingir o número máximo de pessoas. O Cândido Peçanha, deputado fictício que protagoniza o livro, é uma representação dos políticos desonestos que precisam ser afastados do Parlamento. Não é uma representação de todos os deputados, mas de um tipo de parlamentar descrito no livro. Por isso, não é justo e nem correto afirmar que eu tenha generalizado.

Já é de conhecimento geral que empreiteiras financiam com a finalidade de obter benefícios indevidos e já está demonstrado em diversas pesquisas acadêmicas. A relação antirrepublicana entre empresas e candidatos apoiados por elas já está identificada em pesquisa. Então, todas essas informações deveriam levar o Parlamento a anunciar um pacote de medidas para evitar que isso continue acontecendo e não a reagir da forma eloquente como fizeram contra mim.

Os deputados reclamaram que o senhor não cita o nome de ninguém. O senhor poderia citar nomes?

Fiz isso de propósito. Não estou denunciando um ou dois deputados. Estou denunciando o sistema eleitoral que permite a eleição de deputados desonestos. E deputados desonestos aprenderam a utilizar esse sistema para serem eleitos. Por isso, o personagem é fictício. Ele serve para demonstrar as fragilidades do sistema. É por isso que é muito preocupante que as críticas tenham sido feitas de forma tão acentuadas por pessoas que nem sequer leram o livro. Pessoas que não sabem qual o propósito do livro decidiram representar contra mim no CNJ por conta da redação de um livro que eles não leram. Eu sinceramente fiquei muito surpreso [com as críticas]. O personagem não é fictício para ocultar alguém que deva ser denunciado. É um personagem para ajudar os brasileiros a compreenderem quais são as falhas do sistema. A minha denúncia se refere ao sistema eleitoral vigente, que é ruim, está defasado, não corresponde ao Brasil do século 21 e contribui para que tenhamos uma política permeável à participação de pessoas que praticam atos ilegais para chegar ao poder. De maneira alguma isso representa uma generalização.

O senhor diz que se deparou, na pesquisa, com vários casos de corrupção. Chegou a encaminhar ou vai encaminhar algum para o Ministério Público, por exemplo?

De maneira nenhuma. Eu estava fazendo investigação sociológica, pesquisa científica. Seria antiético, de minha parte, revelar o teor dessas conversas. Como cientista social, afirmei aos meus entrevistados que eles estariam amparados pelo manto do anonimato e que as informações só teriam utilidade acadêmica e que não seriam reveladas, inclusive sob pena inclusive de colocar em risco a vida dessas pessoas. Não se trata de depoimentos que colhi como magistrado. Foram entrevistas feitas por um cientista social com os privilégios da investigação científica. Embora não contenha denúncias contra pessoas, o livro vai facilitar a identificação, pelo Ministério Público e pela Justiça, da prática de atos de corrupção eleitoral.

O livro não é jurídico, não é da ciência política, mas uma obra de ficção. O objetivo não é denunciar pessoas, mas os pontos frágeis do sistema. Por isso há um personagem fictício que permite que a sociedade visualize o tipo de político que estou retratando.

Atualmente, o Ministério Público e a Justiça ainda têm dificuldades para identificar e comprovar corrupção eleitoral?

Sim. Muita. O presidente da Câmara, Henrique Alves, insistiu que deputados não executam nada [obras, por exemplo]. De acordo com meus entrevistados, vários parlamentares exigem do Executivo, as prefeituras que recebem o dinheiro das emendas [apresentadas pelos parlamentares ao Orçamento da União], um excedente. Daí o superfaturamento ou que a obra seja feita de forma inadequada para sobrar dinheiro que vai voltar para os deputados. O dinheiro vai todo para o Executivo mas, quando chega na prefeitura, o prefeito tem o pacto de repassar pelo menos 20% do montante ao deputado. Não estou dizendo que todos fazem isso. Mas, conforme a minha pesquisa, há deputados que fazem. O dinheiro é repassado em espécie para não permitir a fiscalização. Só uma operação policial muito sofisticada para conseguir flagrar essa situação.

O senhor vai tomar alguma providência diante da reação da Câmara ou vai aguardar notificação do CNJ se houver?

Eu respeito a manifestação da Câmara, mas, para mim, não muda nada. Vou continuar com minha agenda normal. Farei o lançamento oficial do livro. Se a Câmara protocolar a representação, verei as medidas adequadas. Tenho 17 anos na magistratura, nunca recebi uma advertência e nenhuma outra punição. Respondi a inúmeras representações porque sempre fiz o que estou fazendo. Todas foram arquivadas porque não havia irregularidades. Essa [da Câmara] é mais uma delas. Tenho certeza de que não serei punido por ter publicado material de uma pesquisa.

O vice-presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia, sugeriu que o senhor vá à Casa para conversar com eles e apresentar nomes de envolvidos em casos de envolvidos em casos de corrupção. O senhor aceitaria essa proposta?

A Câmara é o centro da democracia. Tenho alta admiração pela Câmara. Já estive muitas vezes na Câmara para ser ouvido. Já participei de audiências públicas e reuniões com parlamentares. Vou falar sobre o livro quando quiserem. Só não revelarei os dados irreveláveis por conta da maneira como foram coletados. Mas mostrarei tudo o que foi descoberto. Posso apresentar, por exemplo, transcrições de depoimentos. O juiz Márlon Reis julga casos. Mas o pesquisador Márlon Reis está preocupado com as fragilidades do sistema. Enfatizo que não generalizei, estou apresentando fragilidades que têm permitido que uma parte dos deputados seja eleita de forma não republicana. E também não estou recuando na minha posição. Acredito no Parlamento e estou falando em defesa do Parlamento.

Ao menos um dos deputados disse que o senhor achacou a Câmara.

Não achaquei. Protegi. Eu lancei um alerta de proteção. Quem achaca a Câmara é quem pratica corrupção. Quem está afetando a imagem da Câmara não sou eu. A imagem da Câmara está afetada por um descompasso entre os que estão lá e a sociedade. Esse descompasso decorre do fato de termos um sistema eleitoral ruim que precisa ser superado.

Na sua avaliação, das possibilidades para reforma política, quais as medidas mais urgentes?

Defendo a proibição de doações por empresas. Elas são a porta da ilicitude. O começo da corrupção política está nas doações empresariais. Defendo modelo de votação em dois turnos para o Parlamento, para se votar primeiramente no partido e depois em um pequeno número de candidatos para compor as cadeiras em proporção obtida por cada partido. Mas o principal é acabar com as doações empresariais. A maioria do próprio Supremo Tribunal Federal (STF) já reconheceu que esse tipo de doação é até inconstitucional.

Henrique Alves afirmou que “a reportagem divulgada pelo Fantástico desestimula o exercício da cidadania e, ao contrário do seu objetivo, reforça a ideia de que a política de nada serve à população brasileira”. Como o senhor vê essa opinião?

O que desestimula a participação política e a cidadania são os desvios dos líderes políticos. Minha fala motiva aqueles que acreditam na melhoria vejam exatamente onde estão as práticas que queremos superar para, com mais facilidade, descobrir como vamos debelá-las.

Tudo o que eu falei e apareceu na entrevista, eu mantenho. Até porque todas as minhas observações e conclusões decorrem de pesquisa. Agora, não sou porta-voz da Globo para defender a matéria. Posso defender o meu livro e minha participação na matéria.

Ao menos um deputado o acusou de ter feito, na reportagem, propaganda do livro. Como o senhor responde a isso?

Isso não merece resposta.

Os deputados demonstraram muita indignação. No entanto, em geral, a figura do parlamentar está realmente associada à corrupção por conta do número de escândalos que acontecem no país frequentemente. Como o senhor avalia isso?

A legislação é frágil e facilita tudo que foi mostrado na reportagem. Não digo que maioria dos deputados tenha sido eleita de forma corrupta. Não sei dizer quantos. Mas se houvesse apenas um eleito dessa maneira, como conto no livro, isso já deveria ser motivo para uma grave comoção social. Um parlamentar não é uma pessoa comum. Ele é representante da sociedade.

O senhor considera que a Câmara não anuncia medidas para alterar esse quadro porque não há interesse em mudar o sistema já que os parlamentares acabam se beneficiando desse sistema?

Concordo com isso. Inclusive ouvi de um deputado federal da atual legislatura que não houve impasse sobre reforma política. Mas, sim, uma decisão de não fazer. A maioria quis não fazer e manter as coisas como elas estão. Uma parte pode não querer reforma política porque se utiliza do modelo para obter mandato de forma ilegal. Outra parte não obtém o mandato de forma ilegal, mas já está acostumada com as regras. De fato, isso só vai ser rompido quando a sociedade brasileira perceber o que está em jogo. Na verdade, há uma inversão de valores. Alguns parlamentares agem como se eles fossem um presente para a sociedade e que a sociedade deve servi-los. Mas, na verdade, o Parlamento e o sistema eleitoral devem estar submetidos ao desejo da sociedade. A sociedade precisa despertar para cobrar. A lei da Ficha Limpa só foi aprovada por pressão popular. E a mesma coisa vai ser com a reforma política. Um deputado disse que não foi a sociedade que fez a lei da Ficha Limpa, mas o Congresso. Ora. Se não fossem as assinaturas coletadas e o apoio nas redes sociais e dos meios de comunicação e de outros, a lei não existiria. Não foi uma iniciativa do Parlamento. Só foi aprovada por causa da força da sociedade.

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Regionais : Artesãos da Feira do Sol realizam Assembleia e protestam contra descaso e abandono
Enviado por alexandre em 14/06/2014 11:07:45

Domingo dia 15 de junho será realizada a assembleia dos Artesãos filiados a Feria do Sol e Economia Solidaria a partir das 16 horas no Estacionamento do Prédio do Relógio, com ampla e politizada pauta de discussão. Indignados com o descaso e com abandono os artesãos apelam à participação dos militantes da cultura, amantes do artesanato e frequentadores da feira.

“Nossa pauta vai abordar assuntos relativos ao dia a dia da Feira, prestação de contas e protesto em favor da feira e contra a Prefeitura de Porto Velho. Hoje a Feira funciona num exprimidinho lá nos fundos do Estacionamento do Prédio do Relógio, abandonados, falidos e sem perspectiva de crescimento”, afirma Francisco Leilson – Chicão, presidente da Feira.

Durante todo o período da cheia do Rio Madeira a Feira do Sol funcionou de maneira provisória numa tenda, no primeiro momento na Praça da EFMM e logo após o agravamento da cheia foi transferida para o estacionamento da SETUR.  Restou aos artesãos os prejuízos de uma malfadada relação com a SEMDESTUR e seus dirigentes e um completo abandono das autoridades publicas de todas as esferas.

A Feria do Sol acumula um prejuízo estimado de mais de 20 mil reais, onde foi investido o caixa solidário que era toda a arrecadação de três anos somados às doações semanais, quatro vezes maiores que as contribuições estatutárias, para o pagamento de segurança, energia elétrica e outras despesas, firmados pela promessa de acomodar a Feira do Sol nas instalações do prédio da ENARO.

O que se vê hoje é um abandono total das autoridades, falta politica publica adequada ao segmento e a forma de tratamento dispensada aos artesãos é improvisada, amadora e antiprofissional.

A Feira do Sol e Economia Solidária funciona diariamente nas dependências do estacionamento do prédio do Relógio sempre a partir das 8 horas. Conta com um coletivo de cerca de trinta artesãos e se movimenta pelos princípios da economia solidária.

 

ASCOM

Regionais : Ex-governador Cahulla assegura que melhor nome do grupo ao Governo é o de Maurão de Carvalho
Enviado por alexandre em 14/06/2014 11:06:11

Ao prestigiar o retorno a Rondônia do deputado federal Carlos Magno (PP), após o bem sucedido transplante de fígado, o ex-governador João Cahulla, presidente regional do PPS, aproveitou para mais uma vez reafirmar que o nome do deputado estadual Maurão de Carvalho (PP) é o melhor do grupo para ser o pré-candidato ao Governo.

“O Maurão tem experiência administrativa, tem um nome consolidado na política rondonienses e tem todas as possibilidades de ser o pré-candidato a governador do nosso grupo”, destacou Cahulla.

“É importante a manifestação de apoio de uma pessoa que já foi governador, que tem conhecimento da gestão pública. O Cahulla é mais uma grande liderança que está junto nesse projeto e isso nos estimula ainda mais a continuar trabalhando o nosso nome junto ao partidos e aos aliados”, observou Maurão.

Os dois se encontraram na tarde desta sexta-feira (13), em Ji-Paraná e conversaram sobre a política local. O prazo para a definição das convenções é o dia 30 deste mês e até lá, Maurão de Carvalho seguirá discutindo com as lideranças do PP e de partidos aliados a formação de um bloco para as eleições deste ano.

ASCOM

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