Em plena sexta feira 13, o VILHETAÇO alerta que a Expovil deste ano, que começa no próximo dia 05, será um ambiente extremamente propício à transmissão do H1N1, doença que já matou oficialmente quatro pessoas em Vilhena, acionando autoridades sanitaristas e epidemiológicas do estado e apavorando a população. Segundo especialistas da Agevisa, a céu aberto a propagação do vírus Influenza A é menor, pelo nível de aeração. Já em ambientes fechados ou de grande concentração de pessoas, como no caso da Expovil, o risco aumenta consideravelmente. As pessoas se falam, se tocam, espirram, tossem, pegam em maçanetas, cadeiras de lanchonetes, arquibancadas e ficam muito tempo juntas, como na hora das apresentações na arena e a movimentação pelas ruas do parque. Além disso, bebem nos mesmos copos, no bico de garrafas, fumam os mesmos cigarros e é claro, “ficam” com muitas pessoas durante os dias de festa. Todos esses fatores favorecem a disseminação do vírus, que, em ambientes fechados permanece vivo até 72 horas e, em superfícies como corrimões e torneiras, até 10 horas. Na prática, quer dizer que se o vírus estiver presente na Expovil, entre uma noite e outra da festa, serão apenas 24 horas de intervalo e o vírus permanecerá vivo durante esse período. Ainda não admitida como surto pela Agência Estadual de Vigilância Sanitária – AGEVISA – embora o protocolo do MS revele que dois casos comprovados em um ambiente fechado já caracterizam surto – a disseminação da doença em Vilhena vem aumentando, já que à cada caso confirmado, entre 15 e 20 pessoas do ciclo do paciente infectado, podem ter contraído a doença e, por isso, devem ser monitorados de perto. O protocolo do Ministério da Saúde, no item 7.1, revela que a influenza pode se disseminar rapidamente entre as populações, especialmente as que vivem em ambientes restritos ou fechados, podendo causar morbidade considerável e interrupção das atividades diárias. Por isso, é importante que, mediante situações de surto ou epidemia, sejam adotadas medidas especificas para a sua interrupção. Alguns profissionais de saúde lembram que todos os anos é feita a campanha de vacinação contra o H1N1, mas, pouca gente vai até o posto de saúde para receber a dose. Como a Expovil atrai pessoas de diversos municípios da região, a preocupação é que o vírus possa continuar vindo de visitantes de Comodoro, a exemplo dos últimos três casos, sendo uma morte confirmada e duas suspeitas. Além de Comodoro, outras cidades do Mato Grosso, que fazem parte do relatório de risco do governo do MT, participam ativamente da Festa agropecuária vilhenense. Há grande preocupação também com eventos como o baile dos idosos, já que essas pessoas fazem parte do grupo de maior risco. A imensa maioria da população está desprotegida, depois que a Agevisa anunciou a ineficiência da vacina após o início do surto. Se as autoridades não tomarem providências durante a festa, a Expovil deste ano poderá servir de “incubadora do vírus”. Com tantos alertas, espera-se que esta não seja uma tragédia anunciada. Por: Paulo Mendes Fotos: Diário da Amazônia / Folha de Vilhena / Vilhenanoticias |