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Regionais : Andressa Urach descobre nova bactéria na perna: "sem conseguir pisar no chão"
Enviado por alexandre em 07/01/2015 18:52:41

Andressa Urach descobre nova bactéria na perna: "sem conseguir pisar no chão"


Dias depois de deixar o hospital após ficar internada por complicações por uso de hidrogel nas pernas, Andressa Urach descobriu uma nova bactéria. A apresentadora sentiu fortes dores durante uma viagem a Florianópolis no fim de semana. Em entrevista ao 'Ego', a loira confirmou a informação e contou que não consegue nem pisar no chão. "Infelizmente neste final de semana, em que esperava sair um pouco de casa e tentar retornar aos poucos minha rotina, adquiri uma   nova bactéria, agora na perna direita. Estou de repouso absoluto sem conseguir pisar no chão. Sei que estou nas mãos de Deus e tudo tem um propósito. A equipe do PAD está cuidando de mim e todos os dias aplicando antibióticos. Rezo para conseguir vencer mais esta batalha e rezo para não precisar mais voltar ao hospital", disse ela nesta quarta-feira (07). O assessor de imprensa de Andressa, Cacau Oliver, explicou que ela está em observação: "Na primeira vez que ela teve as complicações, ela estava muito fraca, com anemia, o que agravou o caso. Desta vez, é algo sério, que deve ser observado, mas está sob controle. Andressa já está fazendo o tratamento indicado pelos médicos e está confiante que tudo ficará bem. Ela está focada em sua recuperação". (Ibahia)


Andressa Urach diz a polícia que não sabe quem fez implante de hidrogel


A polícia de Porto Alegre ter aberto um inquérito para apurar se ouve crime de lesão corporal no caso de Andressa Urach durante o implante de hidrogel nas pernas. Em depoimento à delegacia que está cuidando do inquérito, a 14ª DP da capital gaúcha, a modelo afirmou que os procedimentos foram realizados numa clínica existente na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, mas ela não lembra quem foi o médico responsável e o local foi fechado. "A Andressa foi ouvida no dia 22/12/2014, nas dependências do Hospital Nossa Senhora da Conceição. Ela afirma ter realizado dois procedimentos estéticos: com produto hidrogel e outro conhecido por PMMA, aliás, este é considerado uma mistura perigosa. Ela informou que os procedimentos foram realizados numa clínica existente na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Ela não lembra do nome do médico, bem com assevera que está clinica não mais existe", afirma o delegado Cleber Ferreira ao Ego. "Ela demonstrou que não quer processar ninguém. Não deu nomes, disse que não lembra direito...". (Correio)

Regionais : Veja o suco que ajuda a manter o bronzeado por muito mais tempo
Enviado por alexandre em 07/01/2015 18:47:21

Veja o suco que ajuda a manter o bronzeado por muito mais tempo


Manter a pele bronzeada é o desejado de muitas pessoas e uma ajuda simples como o mix de ingredientes do suco Acerola Invernal, que inclui acerola, hortelão, gengibre e cenoura, é ideal para isto. De acordo com a nutricionista da rede Mixirica, franquia de alimentação saudável, Cinthia Julião, a cenoura é a grande responsável pelo prolongamento da cor, pois é rica em betacaroteno, potente antioxidante que colabora com o aumento da elasticidade da pele e formação de melanina, substância responsável pela sua coloração. A acerola também contribui bastante, já que é uma fruta antienvelhecimento, exercendo ação antioxidante sobre a pele. Mas a nutricionista faz um alerta, o consumo deve ser constante para se obter resultados. “O ideal é que o consumo comece alguns dias antes da exposição ao sol e permaneça por todo o verão. Assim é possível evitar o envelhecimento precoce e prolongar a cor obtida durante um bom tempo”. O suco, que é o mais pedido da rede nesta época do ano, além de auxiliar no bronzeado é um antioxidante potencializado por conta de seu mix. A combinação do betacaroteno, presente na cenoura e os minerais, como cálcio, ferro e fósforo presentes na acerola, ajudam a neutralizar os danos às células causados pelos radicais livres. “São inúmeros os benefícios, como ativação do metabolismo e perda de calorias. Além disso, ele é rico em vitamina A e C”, afirma a nutricionista. O suco pode ser encontrado em todas as unidades do Mixirica, mas para quem quer fazê-lo em casa, Cinthia revela a receita.

Receita – Suco Acerola Invernal

Ingredientes:

-- 100 gramas de acerola;

-- 3 folhas de hortelã;

-- 20 gramas de cenoura ralada;

-- 1 fatia de gengibre;

-- Adoçar a gosto (açúcar ou adoçante);

Modo de fazer:

-- Coloque todos os ingredientes no liquidificador e complete com 500 ml de água;

-- Bater tudo e servir.

Regionais : Grampo provoca reações, Maurão firme na presidência, deputados secretários
Enviado por alexandre em 07/01/2015 18:37:32

Grampo – Causou surpresa a parte do discurso de posse do governador (reeleito) Confúcio Moura (PMDB), no primeiro dia do ano. Confúcio anunciou prioridades na área tecnológica e destoou quando disse que autorizou a utilização do Sistema Guardião (espionagem eletrônica) pelo secretário de Segurança e Defesa, Antônio Reis, e diretor geral da Polícia Civil, Pedro Mancebo, para detectar eventuais grampos ilegais nos telefones de assessores e auxiliares do governo. Além de antipática a medida “expulsa a democracia” do governo.
  
 
Reação – O anúncio de grampos ilegais, sem autorização da Justiça, como determina a Constituição provocou reações, inclusive do presidente da Assembleia Legislativa (Ale) Hermínio Coelho (PSD-PVH), que acionará o Ministério Público (MP) com pedido de auditoria no Sistema Guardião, equipamento da Polícia Civil, que monitora voz e dados identificando os locutores. Considerado um político democrático e pacificador, o pronunciamento de Confúcio surpreendeu de forma negativa.
 
  
Eleição – A Assembleia Legislativa (Ale) será recomposta a partir de fevereiro próximo, com a posse dos deputados reeleitos e eleitos nas eleições de 5 de outubro último. A mobilização na Casa do Povo é para a eleição da futura Mesa Diretora, que irá dirigir os trabalhos nos próximos dois anos. Pelo menos por enquanto o nome do experiente deputado Maurão de Carvalho (PP-Andreazza) é o favorito.
 
  
Liderança – Simples e trabalhador, Maurão tem o apoio de pelo menos mais 20 dos 24 parlamentares que compõem a Assembleia Legislativa. Conhecido ditado popular diz que “toda unanimidade é burra” e talvez seja por isso que Maurão, hoje vice-presidente da Ale vem conduzindo o processo eleitoral da Mesa Diretora, com muita cautela, segurança e apoio da grande maioria.
 
  
Rebeldes – Contra a candidatura de Maurão estão os deputados Adelino Follador (DEM-Ariquemes), rejeitado pela quase totalidade dos colegas, pelas atitudes individualistas, Alex Redano (Solidariedade-Ariquemes), que está chegando agora e Ribamar Araújo (PT-PVH), que não tem o apoio nem do seu partido. Já Maurão é quem consegue caminhar junto com os demais poderes (Executivo e Judiciário), Ministério Público (Federal e Estadual), além de autarquias e outros órgãos federais e estaduais, devido a sua conduta conciliadora e simplista.
 
  
Secretarias – Pelo menos três deputados estaduais deverão comandar secretarias de Estado, autarquias e órgãos, após a posse no primeiro dia de fevereiro. Edson Martins (PMDB-Urupá) deverá assumir a Seagri, Lazinho da Fetagro (PT-Jaru) está cotado para assumir o Departamento de Obras-Deosp, que deverá ser desmembrado do DER, que terá o comando de Eurípedes Lebrão (PTN-São Francisco).
 
 
 
Respigo
 
O “Trio Esperança” da Assembleia Legislativa (Ribamar Araújo, Adelino Follador e Alex Redano) está empenhado em conseguir eleger o presidente da Ale. Em troca os cargos da Mesa Diretora estão no “negócio” +++ A imprensa de Rondônia tem um novo “professor de Deus” e que certamente no futuro estará ministrando aulas nas faculdades de comunicação do Estado. Talvez empolgado com a possibilidade de morar em Brasília, se o “Patrão” não for preso antes, esteja se achando que é o melhor dos melhores +++ O nível do rio Madeira está subindo muito rápido. Nos últimos dias subiu pelo menos dois metros acima do considerado ideal para a área.

WALDIR COSTA/RONDONIADINAMICA

Regionais : PM ADMITE QUE NÃO TEM EFETIVO PARA COIBIR FURTOS E ARROMBAMENTOS EM ESCOLAS
Enviado por alexandre em 07/01/2015 17:50:26


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Apesar dos constantes arrombamentos em escolas estaduais na capital, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) não mudou a estratégia para oferecer segurança às instituições educacionais. Segundo a assessoria de comunicação da Seduc, um convênio firmado em abril de 2014 com a Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania de Rondônia (Sesdec), prevê o patrulhamento escolar diurno e noturno para coibir os furtos e outras ações marginais.

Mesmo após o convênio, inúmeros casos de arrombamentos e furtos nas unidades escolares têm sido registrados e denunciados por diretores e pais de alunos. Escolas como a Eloísa Bentes Ramos, na Zona Leste de Porto Velho, que já foi alvo por mais 10 vezes da ação dos bandidos, e ainda a Padre Mário Castagna, na Zona Sul, que pela vigésima vez foi invadida e teve toda a fiação furtada no início desta semana.

O secretário-adjunto de Segurança, coronel César Adilson Bandeira Pinheiro, justifica que o efetivo da Polícia Militar não é suficiente para atender à demanda. “O convênio prevê a convocação de policiais militares da reserva para compor as equipes de patrulhamento escolar, mas os policiais não demonstraram interesse, e tirar da nossa patrulha ordinária seria ‘descobrir um santo para cobrir o outro’. Isso não seria possível”, explicou.

A Capital conta com quatro viaturas para o patrulhamento escolar, sendo duas do 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM) e outras duas do 5º BPM. O 1º BPM faz a “cobertura” da região central da cidade e Zona Sul, com limite na Avenida Jorge Teixeira. O 5º BPM cuida da Zona Leste, a mais populosa da capital.

Segundo o adjunto da Sesdec, a cúpula da Segurança Pública deve se reunir com a Seduc na próxima semana para discutir novas estratégias para redefinir a forma de coibir e ampliar o trabalho de segurança nas escolas do Estado.

Reposição

A Seduc orienta à direção das escolas a registrarem um Boletim de Ocorrência, fazer o levantamento dos objetos furtados e a cotação de preços para que apresentar em relatório à secretaria. Os diretores das escolas invadidas reclamam da morosidade desse processo para aquisição do material a ser reposto.

A assessoria de comunicação informou que, o quanto antes o relatório é entregue e analisado pela Seduc, o recurso necessário para a reposição dos objetos furtados é repassado para a direção das escolas.

Fonte: RONDONIAGORA

Autor: RONDONIAGORA

 

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Regionais : CENTENÁRIO DAS LINHAS TELEGRÁFICAS EM RONDÔNIA
Enviado por alexandre em 07/01/2015 17:46:26


Se a chegada da expedição colombina às Antilhas, em 1492, contribuiu para ampliação do horizonte geográfico e cultural dos europeus no final do século XV, uma vez que as terras recém-descobertas tornaram-se uma gigantesca periferia do mundo, as várias expedições conquistadoras, que trilharam o Novo Mundo ao longo do século XVI, revelaram, por seu turno, que nesta imensa “margem do mundo”, havia outras margens. Foi assim que, a partir das Antilhas, as regiões de terra firme do continente americano foram sendo conquistadas.

No primeiro momento, foi a região mesoamericana, tendo a derrota da Confederação Asteca como seu principal triunfo. No segundo, já a partir do que hoje é o Panamá, foi a vez dos Andes Centrais,e com prêmio, o Império Inca.

Foi nesse processo de conquista colonial que a região amazônica tornou-se uma das margens do Novo Mundo, um vasto desconhecido. Porém, um vasto desconhecido que, ao contrário do que ocorreu com o Vale Mexicano ou com os Andes Centrais – “margens” que se tornaram “centros” do mundo colonial -, continuou nessa condição, vindo até os dias de hoje.

Sendo uma das “margens” – limites – do Novo Mundo, a Amazônia, como região ainda bastante desconhecida pelos europeus, tornou-se, ao lado de outras “margens americanas”, um alimento para imaginação coletiva. Em suma: à medida que a conquista europeia prosseguia, o empirismo do devassamento era acompanhado por expectativas e projeções oriundas de um universo mental carregado de componentes de longa duração e outros simbolismos. Desejos da conquista e colonização são escravos das canoas, e estas dos rios. Pelas estradas naturais da Amazônia seguiram bandeirantes, índios, missões, moções, entradas, sertanistas e quilombolas. Os sertões são transformados em paisagens movediças. Estão em todos os lugares. Ressurgem ou desaparecem. Tanto lugares de passagem das narrativas que enfatizam a dominação como portos seguros para quem procura proteção. Mapas e desenhos consolidam a dominação. Cenários ocultam e ao mesmo tempo desvelam os sertões.

Diante de muitas incertezas e obscuridade sobre a região Amazônica em Rondônia, o presidente da República Afonso Pena, incumbiu um homem, que trazia consigo o espírito dos povos indígenas, o respeito pela floresta dos quilombolas, e a coragem e determinação bandeirantes e exploradores, estes personagens do passado, Mas, que se faziam presente em atitudes positivas no que tange ao percurso doloroso que Rondon travou em meio ao vasto desconhecido, trazendo após anos de trabalho, um pouco da floresta ao povo brasileiro, que ainda era povoado por lendas, mistérios e vazios científicos. Marechal Rondon, foi em seu tempo o homem certo, para uma missão incerta. O militar aguerrido, que evitada guerra contra índios. O positivista convicto em busca da Ordem e do Progresso.

1907, O COMEÇO DE TUDO

Em 1907, o oficial do corpo de engenharia militar, Cândido Mariano da Silva Rondon foi encarregado pelo governo federal de implantar a linha telegráfica entre Mato Grosso e Amazonas ( atualmente parte de Rondônia), tendo como extremos a cidade de Cuiabá e Santo Antônio do Rio Madeira, povoado que se localizava a 7 km acima da atual capital de Rondônia.

Rondon a implantou depois de cortar toda uma região que Roquete Pinto sugeriu em 1915, chamar-se “terras de Rondônia”, local etnográfico entre Juruena e o Madeira, cortado pela linha telegráfica já conhecida por “Estrada Rondon”. Para bom desempenho do seu trabalho o sertanista dividiu-o em três grandes etapas denominadas “expedições” e que foram: A expedição de 1907, que levantou o trecho entre Cuiabá e o rio Juruena, fazendo um total de 1.781 km de reconhecimento; A expedição de 1908, que efetuou 1,653 km de reconhecimento, tendo varado o inóspito trecho entre Juruena e a Serra do Norte; A expedição de 1909, a mais famosa de todas, com 2.232 km de reconhecimento e incrível varação pelas florestas intrínsecas da Amazônia, saída da Serra do Norte até o caudaloso rio Madeira.

A EXPEDIÇÃO DE 1907

A empreitada teve início em 2 de setembro de 1907 e, no dia 29 de novembro, já estava de regresso a Diamantino, após ter chegado a Juruena. Era aquele ponto que seria conquistado pela Comissão Rondon em sua primeira penetração pelos sertões, depois da partida de Cuiabá, e passagem pelos vilarejos de Guia, Brotas e Rosário, trajetória da linha telegráfica. Entretanto, os 89 dias contados pela Expedição foram a partir de Diamantino, quando começaram a abrir o piquete de penetração. A coluna foi composta pelo até então Major Rondon como comandante; ajudante o 2° tenente João Salustiano Lyra; o farmacêutico Benedito Canavarros; o fotógrafo Luiz Leduc; e mais 16 praças e empregados auxiliados por 34 muares e 4 bois cargueiros.

Munidos de uma trompa que lhes servia acústica, os expedicionários andavam a cavalo quando o local permitia, seguindo o “picador” com a bússola de algibeira do chefe. Um homem era encarregado de medir a distância por intermédio do passômetro de um dos animais escolhido para aquela finalidade. O picador iria à frente marcando as árvores por onde deveriam passar os foiceiros e machadeiros, denominados assim naquela épocas, os bravos homens que seguiam a frente da abertura dos caminhos da Comissão Rondon.

Ao meio-dia já os trabalhadores deveriam escolher o local para acamparem, pois que haviam saído pela madrugada depois da primeira refeição e mesmo porque os picadeiros, mais lentos, haveriam de chegar muito mais tarde, quando então se reuniam para avaliação dos feitos diários e, após a terceira refeição, às 22 horas, soava o toque do silêncio.

Cinco dias depois da saída de Diamantino, os expedicionários entraram em contato com os índios Parecis, na cachoeira do Kágado, a 74 km de Diamantino, quando Rondon mandou fincar um mastro no qual se fez o hasteamento do pavilhão nacional pelo cacique da tribo; ao mesmo tempo incorporou o parecis Zavadá-issu como guia. Aqueles índios já eram pacificados, sendo que muitos trabalhavam com proprietários de seringais.

Em 10 de outubro, os sertanistas chegavam as margens do rio Sauêuna, divisa com dos domínios Parecis e Nhambiquaras. Transposto o rio, a mata exigiu mais um sacrifício da Comissão que passaria a andar somente a pé, pois que o cerrado exigia maior número de braços na abertura do pique. Ainda em outubro a Comissão Exploradora chegara ao Jacy e, prosseguindo, varou várias trilhas de índios e, finalmente, no dia 20 chegaram à margem do Juruena.

EXPLORAR É PRECISO, EXPEDIÇÃO DE 1908

Entre os dias 20 de julho a 3 de novembro do ano de 1908, a coluna expedicionária de Rondon voltou a percorrer o trecho já conquistado e mais a parte compreendida entre Juruena e Serra do Norte, desta feita com número maior de expedicionários – 127 homens bem armados, 90 bois de carga, 50 burros, 6 cavalos e mais 20 bois para corte. Os principais expedicionários eram, além de Rondon, os segundos-tenentes Nicolau Bueno Horta Barbosa, Emanuel Silvestre Amarante, João Salustiano Lira e tenente médico Manoel de Andrade, tenentes Carlos Carmo de Oliveira Melo e Américo Vespúcio Pinto da Rocha, o farmacêutico Benedito Canavarros, o fotógrafo Luiz Leduc, um inspetor e dois guarda-fios, 30 tropeiros e 82 praças do exército que seriam homens comandados pelo 2° tenente Joaquim Ferreira da Silva que tinham como missão, além do apoio que ofereciam aos demais expedicionários, pacificarem os ferozes Nhambiquaras para a facilitação dos trabalhos de implantação da linha telegráfica. Eles eram, defendiam sua morada, não deram descanso aos expedicionários que se viam também com extravio dos animais, seja por adoecerem ou mesmo fugirem. Alguns “soldados de espírito fraco”[1], como os denominou Rondon, chegaram a desertar, apavorados com o desconhecido.

A fome os castigou violentamente, pois largaram os víveres na estrada, pela falta de animais para os conduzirem ou por estragarem. Em outubro, Rondon já se encontrava divisando a Serra do Norte e transpôs o rio que denominou Nhambiquara. Nos dias 10 e 11, os sertanista fez travessia dos igarapés que denominou Veado Branco, Assaí, Jacutinga, Guariboca, Gruta da Pedra, Garnica, Traíra, dentre outros. Dali, a 5 km do rio Nhambiquara, Rondon regressou ao ponto de partida.

Como da vez anterior, o chefe anterior, o chefe da coluna expedicionária mandou colocar em giraus todo o material que servira na abertura da picada, além de ter salgado sete bois que lhes restavam e que ficariam como presente aos índios que pretendiam pacificar.

Aquela expedição sofreu, além dos ataques dos índios que naturalmente defendiam sua morada, também o aparecimento do impaludismo que chegou a vitimar um de seus homens. Sendo assim, Rondon então regressou a Tapirapoã, local de onde partira a coluna, no dia 22 de dezembro de 1908, onde posteriormente o Marechal Rondon dissolveu a Comissão Exploradora.

RONDON EM RONDÔNIA: EXPEDIÇÃO DE 1909

Em seu caminho pelas florestas inexploradas, tribos hostis foram o menor dos percalços onde hoje são consideradas terras do Estado de Rondônia. Doenças como malária sugaram as forças das tropas que o acompanharam e mataram muitos dos seus homens. O próprio Rondon esteve à beira da morte. A caminhada pela floresta era dura.

A fome sempre rondava, já que não havia, inicialmente, postos de reabastecimento. Muitas vezes, os soldados precisavam caçar o alimento do dia. O resultado era uma enorme quantidade de deserções entre os praças designados para trabalhar com o marechal. “A nossa resistência física se dobrava sob o peso da fome e das privações de toda sorte que nos atormentaram durante a travessia”, declarou Rondon sobre sua segunda expedição ao Rio Madeira.[2]

Ainda assim, o militar e seus mandados foram abrindo caminho por entre árvores e rios, levantando postes e construindo postos de telégrafo em meio à selva em Rondônia. No entanto, como conta Todd Diacon[3], os números mostram que a obra não significou uma revolução em termos de comunicação para a região. Uma das estações, por exemplo, a Presidente Hermes (Situada em Presidente Médice-RO), só mandou 38 telegramas em 1924, e só recebeu 15 ao longo daquele ano.

Quando o último prego da linha telegráfica ligando Cuiabá a Rondônia foi pregado, a tecnologia das transmissões por rádio se estabeleceu e criou-se o telégrafo sem fio. O importante não foi a linha em si, e sim a exploração de uma região inexplorada e o contato cordial com os indígenas. Rondon era um excelente geógrafo e naturalista, trouxe as primeiras informações sobre muitos lugares da Amazônia. Trouxe conhecimento do território, de plantas, animais, além da descrição de tribos e seus costumes. Além disso, foi ele quem convenceu a população brasileira de que valia a pena defender os índios.

Dessa forma, claro que a Terceira Expedição de 1909 foi a mais importante das expedições para Rondônia. Pois a mesma varou todo o sertão do atual Estado em travessia que durou 237 dias de maio até dezembro, numa extensão superior a 800 quilômetros e, duas turmas organizadas por Rondon e denominadas turma Norte e turma Sul, sendo que, enquanto a norte procurava localizar a cabeceira do rio Jacy-Paraná, cabia à turma sul a tarefa de reconhecimento e exploração do terreno compreendido entre Serra do Norte e o Rio Madeira, esta sob a chefia do então tenente-coronel de engenharia Cândido Mariano da Silva Rondon e mais os subalternos zoólogo Alípio de Miranda Ribeiro, 1° tenente médico Dr. Joaquim Augusto Tanajura, 1° Tenente militar João Salustiano Lyra, 1° tenente Engenheiro militar Emanuel Silvestre do Amarante, 1° tenente Alicariense Fernandes da Costa, 2° tenente Antônio Pirineus de Souza, guarda-fio Pedro Creveiro Teixeira, guarda-fio João de Deus e Silva, cacique parecis major Libanio Koluizorocê, guia índio Joaquim Zolámaie, 14 praças do exército e 18 trabalhadores civis.

Como se tratava de uma das mais ricas arriscadas missões da coluna expedicionária, Rondon preocupou-se tomar algumas decisões, tais como exigir de seus auxiliares, rigoroso exame sanitário visando a sondar o estado físico necessário aos andarilhos que seriam a partir de então. Nos Campos Novos, no local por ele denominado Mata da Canga, os índios fizeram emboscadas que resultaram na morte do soldado Rosendo, nos Campos de Comemoração de Floriano ( em Pimenta Bueno), os expedicionários se detiveram 51 dias, procurando localizar as cabeceiras que davam para os rios Guaporé, Madeira e Tapajós – um platô que foi explorado minuciosamente até o dia 21 de agosto daquele ano. No dia 14 de setembro, a coluna passou por uma aldeia de índios que fora visitada por Rondon.

No dia 9 de outubro, no km 354 da exploração, os expedicionários descobriam um rio de 50 metros de largura, a que Rondon deu o nome de Pimenta Bueno. No dia 24 de outubro, a turma teria se dividido conforme orientação de Rondon. O mesmo chefiava uma turma de 28 homens e, em dezembro, viu-se bastante prejudicado com a falta de alimentos, mas no dia 25, a expedição chegava ao ponto desejado, Santo Antônio do Rio Madeira, quando o chefe da turma proferiu o seguinte discurso:

“Heroicos e dedicados companheiros, não ofenderei a modéstia que orna o vosso diamantino caráter, afirmando-vos que à vossa coragem e patriotismo devemos a conclusão deste reconhecimento de sua organização. Entretanto, aqui nos achamos à margem do rio Madeira, com a marcha de 1.415 km, a contar do porto de Tapirapoã, um levantamento topográfico de 1.211 km, inclusive 200km de variantes diversas e 354 km do curso do rio Jamary, compreendido entre o repartimento e a barra e determinação de 15 posições geográficas dos pontos em que nos foi possível fazer observações astronômicas para tanto”[4]

[1] MAGALHÃES, Amilcar A. Botelho – Pelos Sertões do Brasil. Porto Alegre, Globo – 1930.  pág.244.

[2]VIVEIROS, Esther. Rondon conta sua vida. Biblioteca do Exército.  Rio de Janeiro, 2010.

[3] DIACON, Todd A. Rondon. Companhia das Letras. São Paulo, 2006.

[4] [4] MAGALHÃES, Amilcar A. Botelho – Pelos Sertões do Brasil. Porto Alegre, Globo – 1930.

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