Bonecos infláveis de Lula e Dilma em Brasília
Do G1 Brasília Grupo protestava contra o governo; estruturas foram protegidas por grade. Concentração dos manifestantes aconteceu no Museu da República. Manifestantes levaram bonecos infláveis representando o ex-presidente Lula vestindo roupa listrada de presidiário e de Dilma para a Esplanada dos Ministério nesta segunda-feira (7), quando ocorria o desfile de 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios. As estruturas tinham cerca de 15 metros de altura e estavam protegidas por grades. O vento forte fez com que ambas furassem, e os organizadores tentavam consertá-las por volta das 9h30 para enchê-las novamente. A concentração do protesto começou às 8h, entre o Museu da República e a Catedral Metropolitana. O grupo portava faixas e cartazes, com pedidos que incluíam impeachment e intervenção militar. Carros de som levados pelos organizados enunciaram palavras de ordem contra o governo. Durante o protesto, policiais militares fizeram barreiras para revistar manifestantes com mochilas. A PM havia vetado o uso de máscaras por manifestantes, bandeiras com hastes de madeira ou plástico, garrafas de vidro e objetos que podiam ser transformados em armas em caso de confusão. "Hoje, o boneco [de Lula] fica parado aqui nesse cercado. Fizemos uma vaquinha para baixar a segurança, porque recebemos muitos ataques virtuais, gente dizendo que voltaria a furar o boneco [como ocorrido em SP]", disse o representante do Movimento Brasil Josan Leite. Cédulas com os rostos da presidente e miniaturas do boneco de Lula com roupa de presidiário eram vendidas no local. O bombeiro hidráulico Valter Ferreira comprou uma e disse ser o quarto protesto do qual participa. “Defendo um Brasil melhor, para que todos os cidadãos de bem possam ir e vir. Comprei o boneco para colocar no carro e para ajudar o pessoal que organiza”, afirmou. O desenvolvedor de sistemas Cleiton Batista, de 39 anos, se disse a favor da saída de Dilma. "Esse movimento deveria acontecer ao menos uma vez ao mês; até a queda da presidente, por conta dessa roubalheira, da corrupção e do financiamento de movimentos sociais", declarou. "Acredito que alguém tem que fazer alguma coisa. Os movimentos estão fazendo a parte dela convocando a população e agora vai de cada um querer agir para mudar esse país", completou Batista. Apreensões Um artefato explosivo, dois canos de PVC, hastes de bandeira, facas e tesouras foram apreendidos por policiais militares durante a revista. Além disso, pelo menos dois adultos e um adolescente foram encaminhados à 5° Delegacia de Polícia depois de serem flagrados com duas porções de droga na mochila. “As abordagens são direcionadas a pessoas que estão com bolsas, mochilas, de bicicleta e ambulantes com caixa de isopor. Esses materiais apreendidos, em uma manifestação podem se tornar uma arma", disse o tenente Marcelo Languedey. "Essa bomba que encontramos faz mais barulho, mas se for estourada perto de uma pessoa, pode machucar." Outro protesto Um grupo aproveitou a ocasião para botar fogo em pneus na altura da Rodoviária do Plano Piloto, pedindo construção de moradias populares e auxílio-aluguel. O ato aconteceu a cerca de três quilômetros de distância do local do desfile. Os manifestantes pertencem ao Movimento Resistência Popular e disseram não ter a ver com o grupo que pede a saída da presidente Dilma Rousseff, que se concentrava com faixas e cartazes no Museu da República e a Catedral Metropolitana. Eles querem um posicionamento do governador do DF, Rodrigo Rollemberg.
Brasília: ao lado de Temer, Dilma abre desfile Postado por Magno Martins
A presidente Dilma Rousseff abriu há pouco o desfile de 7 de Setembro na manhã desta segunda-feira (7). Chegou pontualmente às 9h, conforme previsão do cronograma, no Rolls-Royce. Sob um forte esquema de segurança, a presidente passou as tropas em revista ao som das bandas do Batalhão da Polícia do Exército de Brasília e do Batalhão da Guarda Presidencial. Dilma foi aplaudida por uma claque simpática ao governo posicionada na arquibancada quase em frente ao palanque presidencial. No palanque de autoridades, Dilma acompanhará o desfile militar ao lado do vice-presidente Michel Temer e de pelo menos 10 ministros petistas. Entre eles, Aloizio Mercadante (Casa Civil), Jaques Wagner (Defesa), José Eduardo Cardozo (Justiça), Ricardo Berzoini (Comunicações), Edinho Silva (Comunicação Social), Miguel Rossetto (Secretaria Geral), Gilberto Kassab (Cidades), Carlos Gabas (Previdência) e Pepe Vargas (Direitos Humanos). Também estão presentes Eleonora Menicucci (Secretaria de Política para Mulheres), Tereza Campello (Desenvolvimento Social), Mauro Vieira (Relação Exteriores), e o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, além do advogado-geral da União, Luís Inácio Adams. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que participa de reunião preparatória para a cúpula do G-20, na Turquia, não compareceu ao desfile. O evento cívico ocorre uma semana após o governo entregar ao Congresso o Orçamento com déficit de R$ 30,5 bilhões e entre. rumores de desgaste da equipe econômica. Ao todo, 3.000 militares participarão do desfile desta manhã. As bandas estão em frente ao palanque de autoridades, onde a presidente Dilma acompanha a cerimônia. Manifestantes contrários à presidente preparam protestos para essa segunda. A ideia do grupo é se concentrar em frente ao Museu da República. O boneco inflável que faz referência ao ex-presidente Lula, o Pixuleco, estará na manifestação. Até o fim do desfile militar, a Esplanada dos Ministérios deve permanecer com acesso restrito a carros. (Da Folha de S.Paulo) Não vá embora Postado por Magno Martins
Preocupado com o distanciamento crescente de Michel Temer, o Planalto procurou o vice para tentar "apaziguar" a relação e desfazer mal-entendidos após as reações internas a sua declaração de quinta-feira. O ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) telefonou para Temer no sábado, reafirmando sua importância para o governo. Para peemedebistas, houve demora a reconhecer o risco que o isolamento do vice pode representar à permanência de Dilma Rousseff no cargo. Deputados de oposição diziam que, apesar de ter acenado a Dilma, a nota publicada pelo vice neste domingo deixa uma mão estendida ao grupo. Ao dizer que "seu limite é a lei", sustentam, Temer não se opôs ao processo de impeachment. Hélio Bicudo, que apresentou pedido de cassação de Dilma, vem sendo chamado pelos deputados que articulam a saída da petista de "o nosso Barbosa Lima", uma referência ao jornalista que pediu o afastamento de Fernando Collor em 1992.(Da Folha de S.Paulo - Vera Magalhães) |