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Regionais : Menina de dez anos com 32 meses de gravidez comove cidade argentina
Enviado por alexandre em 12/08/2017 12:39:00


A gravidez avançada de uma menina de 10 anos comoveu Mendoza, no oeste da Argentina, onde a polícia deteve nesta sexta-feira seu tio, suspeito de ser o estuprador, informou o procurador dessa província.

A menina, cuja identidade não foi divulgada, tinha se queixado de dores abdominais, e na quarta-feira sua mãe a levou ao hospital Notti de Mendoza, onde detectaram que ela estava com 32 meses de gravidez.

"A menor comentou a situação no hospital e não tinham percebido a gravidez antes. A menina é um pouco robusta, por isso desconheciam esta gravidez de 32 semanas", detalhou o procurador-geral da Corte de Justiça de Mendoza, Alejandro Gullé, ao Canal 9 Televida.

Após escutar a vítima, a promotora Cecilia Bignert ordenou a detenção do tio da vítima, de 23 anos, que convive há alguns meses com esta modesta família.

Serão realizados exames genéticos no tio da menina, que poderá ser acusado de "abuso sexual agravado por convivência", porque isso "é essencial para ver se o suspeito é realmente o autor" do crime, disse Gullé.

Na Argentina, a gravidez provocada por um estupro é um dos casos em que o aborto é autorizado, mas o procurador considerou o procedimento "inviável" devido ao estágio avançado da gestação, e disse que a menina e os pais deverão decidir se ficarão com o bebê ou o darão para adoção.

24horasnews

Regionais : Idosos pegam mala errada e descobrem 30 quos de maconha dentro
Enviado por alexandre em 12/08/2017 12:36:45



Uma adolescente 16 de anos foi apreendida em flagrante suspeita de transportar aproximadamente 30 kg de maconha em um ônibus interestadual em Café do Vento, distrito de Sobrado, na zona da mata paraibana, na sexta-feira (11). Segundo a Polícia Militar, a jovem só foi flagrada porque um casal de idosos pegou por engano a bagagem que pertencia a adolescente.


De acordo com o cabo Clenilson Trindade, da 3ª Companhia de Polícia Militar de Santa Luzia, os idosos desceram do ônibus que seguia para a João Pessoa, na cidade do Junco do Seridó, na região da Borborema, levando a bagagem da adolescente por engano. Após notarem que não era deles, o casal foi até a rodoviária da cidade e informou ao funcionário da empresa responsável pelo ônibus.


“O funcionário percebeu que o material de dentro era droga e acionou a Polícia Militar local. Foi quando nós, fomos até a rodoviária, constatamos o fato e solicitamos apoio a Polícia Rodoviária Federal (PRF)”, comentou o cabo Clenilson. A PRF montou uma barreira na BR-230, no distrito de Café do Vento e conseguiu abordar o ônibus. A adolescente foi identificada a partir do número do bilhete da bagagem que estava com a droga.


Autuada em flagrante, a jovem contou que a droga seguia de Goiânia, no estado de Goiás, para João Pessoa, onde seria comercializada. A adolescente e a droga foram encaminhadas para delegacia de Santa Rita, cidade da Grande João Pessoa.

Regionais : O misterioso desaparecimento de Marina Silva
Enviado por alexandre em 12/08/2017 12:33:08

O misterioso desaparecimento de Marina Silva



Rudolfo Lago – Blog Os Divergentes

Anda cada dia mais difícil concorrer com a realidade, mas o delicioso site de humor Sensacionalista sempre consegue se superar. Nesta sexta-feira (11), publicou um post impagável brincando com a história do rapaz acreano pseudoesquisito que escreveu nas paredes do seu quarto um livro pseudoesquisito, que conseguiu fazer isso de forma pseudoesquisita sem que seus pais percebessem nada, que desapareceu de forma pseudoesquisita por cinco meses, deixou pseudoesquisitas procurações e orientações sobre direitos autorais e voltou agora, de forma pseudoesquisita depois que seu livro pseudoesquisito já figura na lista dos mais vendidos. Segundo o Sensacionalista, o menino voltou, mas resta o mistério do inexplicável desaparecimento de outra menina acreana, Marina Silva.

De fato, é impressionante o sumiço de Marina Silva do debate nacional. Nas duas últimas eleições, Marina apareceu com uma mensagem de novidade. Em 2010, era alguém que tinha saído do PT rompida com a opção do governo Lula de abandonar bandeiras históricas, especialmente na área ambiental. Ela deixara o Ministério do Meio Ambiente após uma trombada justamente com a então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, por não aceitar pressões para conceder licenças ambientais para grandes obras que Dilma, então a “mãe do PAC”, tocava. Saía candidata pelo PV vendendo a ideia de opção de esquerda ao PT. Logo depois, ela deixava o PV e iniciava o caminho para fundar a Rede.

Em 2014, sem conseguir legalizar a Rede a tempo, saiu candidata a vice na chapa de Eduardo Campos, do PSB. Eduardo Campos morreu num acidente aéreo, e Marina, na comoção que se seguiu, chegou mesmo a experimentar por um tempo uma perspectiva real de vitória. Mas embaraçou-se nas suas próprias hesitações e contradições.

O fato, porém, é que nas duas eleições em que participou como candidata, Marina esboçava a ideia do novo. Depois da criação da Rede, buscou-se explicitar isso mais ainda: a Rede seria um modo novo, mais horizontal, de se fazer política. Nos dois casos, a manutenção do PT no poder venceu a ideia do novo. É, no mínimo, curioso que no momento em que o PT não está mais no poder, em que há um sentimento generalizado de desconfiança com relação à velha política e seus personagens, em que parece haver de forma mais amadurecida a chance de eleição de um nome novo, fora da polarização PTXPSDB que domina a política brasileira desde Fernando Henrique Cardoso, aquela que encarnou esse personagem nas últimas eleições esteja totalmente desaparecida.

Talvez a manifestação de Ciro Gomes, agora no PDT, só o leve a vencer a eleição de político mais convencido e arrogante, mas é nessa linha o raciocínio que ele faz ao dizer, em entrevista ao blog Ultrajano: “Esta eleição está para mim”. Ciro imagina que as eleições do ano que vem pontuarão a necessidade do novo, que ele poderia encarnar sem o risco de vitória de um neófito, sem qualquer experiência, um aventureiro como foi Fernando Collor em 1989. Nesses tempos em que nada é entendido se não for literal e estiver devidamente reforçado: essa é a opinião de Ciro Gomes, não a deste que escreve aqui. Ciro seria, nas palavras dele, “o cara que pode restaurar o ideário progressista sem o custo da aventura juvenil”.

Na construção do perfil para a disputa do ano que vem, Marina Silva poderia da mesma forma vestir igual figurino. E é engraçado que não faça isso. A não ser que ela tenha uma estratégia que nos surpreenda na manga, nesse caminho totalmente inverso ao de Ciro.

Desde o início dessa longa crise, no início do processo que levou Dilma ao impeachment, Ciro não parou de se posicionar de forma contundente. Em alguns momentos, esforçou-se para revelar mesmo até mais coragem de sair na defesa de Dilma ou de Lula, quando as denúncias chegaram até ele. Ciro claramente buscava colocar-se como Plano B, como alternativa a Lula. Quando Lula começou a sinalizar sua disposição de ir para a eleição, cujas pesquisas vem liderando, Ciro passou a criticá-lo, considerando sua candidatura e o que ela representa como manutenção da atual polarização política um “desserviço”.

Talvez tamanha contundência e exposição acabe por queimar Ciro. Talvez seja disso que Marina busque se resguardar. De qualquer modo, é estranho que alguém que aspire à sucessão no fim desses tempos encarniçados se omita tanto no debate. Se foi o mesmo ET acreano que pegou o rapaz quem também levou Marina, quem sabe não seja a hora de devolvê-la…

Trump não descarta ação militar contra a Venezuela



Folha de S.Paulo – Isabel Fleck, de Washington

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (11) que não descarta uma "opção militar" contra a Venezuela. Sem detalhar, ele disse que, "se for necessário", poderá buscar uma ação militar.

"Temos muitas opções para a Venezuela, inclusive uma opção militar se for necessário", afirmou, em Nova Jersey, quando questionado por uma repórter sobre a situação do país sul-americano.

Trump não quis dar mais detalhes, só repetiu que uma opção militar é "certamente algo que podemos buscar".

"[A Venezuela] é nossa vizinha, e nossas tropas estão por todo o mundo, em lugares muito, muito distantes. A Venezuela não é muito longe, e as pessoas estão sofrendo e morrendo", disse o americano.

A declaração ocorre na mesma semana em que Trump subiu o tom contra a Coreia do Norte, ao dizer que os EUA responderiam "com fúria e fogo" caso o regime do ditador Kim Jong-un continuasse a ameaçar Washington com testes de mísseis.

Nesta quinta-feira (10), o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, havia dito que pediu ao chanceler venezuelano que ele contatasse Washington para tentar arranjar um telefonema com Trump, ou até mesmo um encontro durante a Assembleia Geral da ONU, em setembro, em Nova York.

"Se está tão interessado na Venezuela, estou aqui 'mister Trump', aqui está minha mão", disse, para na sequência chamá-lo de imperador e fazer uma ameaça. "Jamais vamos nos render e responderemos a uma agressão com armas na mão."

Regionais : Uma forma de corrupção
Enviado por alexandre em 12/08/2017 12:31:39

Uma forma de corrupção



O ministro Ricardo Lewandowski, um dos três votos no STF a favor do aumento, reclamou do baixo salário. A Frentas falou em perdas salariais acumuladas. É zero a consistência desses argumentos. Puro corporativismo.

Os salários não são baixos na magistratura nem no Ministério Público. Perdas salariais atingem todas as categorias de servidores públicos e privados. Não é exclusividade da Frentas, que representa 40 mil juízes e procuradores.

Para ficar no exemplo do Supremo, em junho, todos os ministros receberam um salário bruto acima do teto constitucional de R$ 33,7 mil. O maior vencimento bruto foi do ministro Alexandre de Moraes: R$ 57.678,46. Isso gerou um salário líquido de R$ 44.344,82.

Os menores vencimentos brutos do STF em junho foram dos ministros Dias Toffoli e Edson Fachin. Ambos ganharam R$ 45.017,13, mas Fachin teve um rendimento líquido um pouco menor do que Toffoli. Fachin ficou com R$ 30.841,27 após descontos.

Juízes federais têm um salário base de R$ 27.500,17, com teto igual ao dos ministros do STF. Aliás, é bastante comum que juízes e procuradores ganhem acima do teto constitucional com penduricalhos, que são salários indiretos, como o auxílio-moradia de R$ 4.377,73.

Reportagem do jornal “O Globo” de outubro de 2016 mostrou que, dos 13.790 magistrados da Justiça comum, 10.765 ganhavam acima do teto constitucional na ocasião. No âmbito federal, 89,18% dos juízes ultrapassam o teto salarial. Aliás, há servidores nos Três Poderes que ultrapassam o teto, algo proibido pela Constituição.

Receber acima do teto também é uma forma de corrupção. Os cavaleiros do combate à corrupção deveriam reagir a isso. Para muitos, o teto virou piso. É contra essa ilegalidade, mascarada em “indenizações, vantagens e gratificações”, que a Frentas deveria se manifestar.

Os números mostram que a magistratura e o Ministério Público pertencem a uma elite do funcionalismo. Os pobres não são invisíveis. São um dado da realidade. É preciso maior sensibilidade social para falar em direitos adquiridos e perdas salariais, porque direitos básicos da população, como acesso à saúde, à educação, à moradia, à segurança pública etc. estão sendo sacrificados e desrespeitados todos os dias no Brasil.

É preciso mais solidariedade, mais responsabilidade social e mais sacrifício dos mais ricos do funcionalismo e da iniciativa privada neste momento de grave crise. Portanto, intolerável foi a reação da Frentas, porque privilegiados perderam a vergonha de defender privilégios. A conta do ajuste econômico está pesando sobre o lombo dos mais pobres e não sobre as costas dos doutores juízes e procuradores do país. (Kennedy Alencar)



Insaciáveis, juízes e procuradores querem mais grana




Por mais salário, juízes e procuradores criam “patrimonialismo moral”

É desonesto invocar combate à corrupção para abocanhar dinheiro público

Blog do Kennedy

Quando a notícia surgiu ontem no fim da tarde, parecia “fake news”. Mas era verdadeira. Ela estava no blog do excelente jornalista Frederico Vasconcelos, repórter da Folha que cobre assuntos do mundo jurídico.

A Frentas (Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público) divulgou uma nota com reação dura à decisão de 8 dos 11 ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) de não prever reajuste salarial de 16,3% para juízes e procuradores no Orçamento de 2018.

De acordo com a Frentas, que representa cerca de 40 mil magistrados e integrantes do Ministério Público, a decisão do STF seria “intolerável”, porque jogaria o peso da crise econômica sobre “as costas das categorias”.

A Frentas invocou, indiretamente, o combate à corrupção para dizer que juízes e procuradores estariam sofrendo retaliação. Foi preciso ler para crer: “Ao fim e ao cabo, a Magistratura e o Ministério Público, que tanto vêm lutando para corrigir os rumos desse País, inclusive em aspectos de moralidade pública, estão sofrendo as consequências de sua atuação imparcial, com a decisiva colaboração do Supremo Tribunal Federal, ao desautorizar o seguimento de projeto de lei por ele mesmo chancelado e encaminhado em 2015”.

É inacreditável que juízes e procuradores, que ganham excelentes salários na comparação com a maioria dos brasileiros, tenham reagido de tal maneira numa hora de alto desemprego, de grave crise fiscal e na qual os mais pobres estão pagando com imenso sacrifício a conta do ajuste econômico.

A nota da Frentas, endossada por nove entidades representativas de juízes e procuradores, equivale a um manifesto de criação do “patrimonialismo moral” no Brasil, dando contribuição inovadora, digamos assim, aos conceitos da sociologia e ciência política.

O patrimonialismo é uma característica do atraso civilizatório do país, segundo o qual uma elite não faz distinção entre o patrimônio público e privado, mas uma confusão entre os dois. Essa elite, desde o colonialismo português, gosta de se apropriar de fatias do Estado em benefício próprio, vivendo como uma casta privilegiada em meio a uma enorme desigualdade social.

Ao apelar para uma suposta retaliação pelo combate à corrupção, a Frentas mente em nome do “patrimonialismo moral”. Basicamente, o argumento é o seguinte: não querem me dar aumento porque luto contra corruptos. Ora, os 8 ministros do STF que se recusaram a colocar o reajuste de mais de 16% no orçamento de 2018 não estão retaliando ninguém por combate à corrupção.

Aumentar o salário de ministros do STF elevaria o teto salarial em todo o país, num efeito cascata negativo para as contas da União, Estados e municípios. O Supremo acertou. Agiu com responsabilidade.

O governo decidiu elevar as metas fiscais de 2017 e de 2018, que já são negativas, porque não há dinheiro suficiente para fechar nem o rombo previsto.

É desonestidade intelectual usar o combate à corrupção para justificar aumento salarial. Se os juízes e procuradores que assinaram a nota da Frentas julgam e acusam com a honestidade intelectual com a qual argumentaram, os cidadãos estão perdidos.

Regionais : Jatinho de R$ 2,5 milhões de Pezão causa indignação
Enviado por alexandre em 12/08/2017 12:29:04


Jatinho de R$ 2,5 milhões de Pezão causa indignação



Políticos, professores, ONGs e associação de servidores criticam governador

Jornal do Brasil

A notícia de que o governador Luiz Fernando Pezão lançou licitação de até R$ 2,518 milhões para contratar uma empresa de táxi aéreo que forneça ao governo jatinho com "um serviço de excelência ao Chefe do Poder Executivo" repercutiu duramente entre políticos, servidores e representantes da sociedade. A contratação milionária no momento em que o estado atravessa séria crise, com servidores com salários atrasados, hospitais em colapso, comércio fechando as portas e universidades em ruínas causou revolta.

Veja a repercussão:

Chico Alencar, deputado federal (PSOL) - “Completamente absurda essa iniciativa que se coloca contra o que ele mesmo tem declarado, quando fala de cortes e projetos para enxugar os gastos, pois está sempre em Brasília com o pires na mão. Estamos aí com as universidades estaduais estranguladas, inviabilizadas, o Hospital Universitário Pedro Ernesto também. Essa atitude do governador significa desconhecer totalmente a realidade. É quase inacreditável essa iniciativa sob a alegação de que a agenda dele precisa deste serviço especialíssimo de transporte. Nunca o vi reclamar disso em voos de carreira. Esse avião está fora de rota, não merece nem estar na pista, quanto mais decolar.”



Wadih Damous, deputado federal (PT) - “É um acinte. Falta de respeito. O governador está pensando nele e essa atitude mostra que ele tem medo de ser hostilizado nos aeroportos. É mais um ato de desrespeito ao povo do Rio.”

Jean Wyllys, deputado federal (PSOL) - "É uma barbaridade, mas é a cara do governo do PMDB. O estado do Rio de Janeiro não está falido por uma catástrofe natural, mas porque eles faliram. Enquanto tem servidores sem receber e a Uerj em uma situação de asfixia financeira, o governador gasta dinheiro em táxi aéreo, da mesma forma que gastava em um cardápio de luxo para almoçar salmão e frutas exóticas, da mesma forma que dava isenções bilionárias de impostos a empresas amigas. A falência do Rio de Janeiro é o resultado dessa forma impudica de governar do PMDB.”.

Alessandro Molon, deputado federal (Rede) - "Enquanto servidores não recebem seus salários - alguns não têm sequer o que comer -, o governo pretende gastar R$ 2,5 milhões com um jatinho. Numa crise como esta, isso é inadmissível! Não se pode cortar a comida de alguns e manter o conforto de outros. Chega a ser surreal."

Marta Moraes – coordenadora geral do Sindicato dos Professores - "O que ele está fazendo é um grande absurdo. Primeiro foi o SPA, agora é a compra desse jato executivo. Parece que ele esta brincando com a vida dos servidores. Enquanto isso, vejo pessoas aqui no sindicato vindo buscar cesta básica porque não tem o que comer. Várias pessoas sendo despejadas. E aí o governador está 'sambando' na cabeça das pessoas. É um absoluto desrespeito com os servidores sem salário. É uma revolta, e uma indignação muito grande. A prioridade dele está mais do que claro que não é pagar o que deve aos servidores. O que nós exigimos é que ele pague imediatamente os nossos salários. Não é um favor, é um cumprimento da lei."

Carlos Senna Jr. – assessor Muspe - "O estado já está recuperado. Já voltou a receber dinheiro de petróleo, só que não pode usar isso ainda. E sabe o que ele fez semana passada? Ele conseguiu aprovar na Alerj a isenção fiscal por decreto. É mais uma questão. Desde o dia 15 de novembro eles estão concluindo o Arco Metropolitano com dinheiro do estado, e o servidor está passando fome. A gente desconfia que eles estão usando contas não declaradas para poder o dinheiro não ser pego em arresto. Ele já não apresentou nenhum número da Olimpíada, não tem um aumento ICMS, o imposto que estado recebe. É outro gasto supérfluo. E assim vai. Não tem fornecedor reclamando mais, só escola e hospital. Nós temos absurdos aí. Por que não vende nada? Porque 20% da população, servidores, estão sem dinheiro, e não compram, então não gira a economia. O estado está indo à falência. Mas o jatinho tem que ter. Que administração é essa?"

Debora Pio – coordenadora de mobilizações da ONG Meu Rio - "A gente está lançando uma mobilização sobre isso. É um absurdo o Pezão querer gastar esse dinheiro para viajar com luxo e conforto, enquanto servidores estão sem salário. É inacreditável que ele tenha a cara de pau de lançar esse edital."

Dom Antonio Augusto Dias Duarte - Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro - "É um tema delicado, uma vez que a situação econômica do estado está bastante deficiente e creio que nesse momento em que há tantas necessidades dos servidores públicos, um gasto dessa natureza não seria prudente. É uma opinião pessoal, como cidadão dessa cidade. Não é o que o estado necessita agora".

Padre Alexandre Parciolli – reitor da Igreja da PUC-RJ - "Me parece um ato imprudente diante da situação delicadíssima econômica no estado do Rio. E é necessário encontrar outras vias de transporte para o governador sem este grande ônus econômico para o estado".

Padre Marcos Delizario Ferreira - Paróquia São Conrado - "Eu tenho quase certeza que esse homem agora ficou completamente louco. Agora é um nível de ser mais do que investigado, ele tem que ser tratado. O ex-governador, pelo grau de crimes já demonstrados, cometeu genocídios, pela quantidade de hospitais prejudicados. Agora parece que o seu sucessor tem a mesma pauta, sem sensibilidade nenhuma. É uma situação de crime. As igrejas do Rio estão fazendo campanha para arrecadar cestas básicas para os servidores, mas isso só não soluciona o problema. A Arquidiocese faz com boa vontade, mas o governador tem que pagar as pessoas".

Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) - "O Conselho considera o edital para o aluguel de jatinho um verdadeiro deboche com a população fluminense. O governo estadual parece desconhecer a realidade de seus servidores, que não recebem seus salários há quase três meses. Muitos, inclusive, precisam enfrentar filas para receber cestas básicas. O governador Luiz Fernando Pezão, que se beneficiaria com os jatinhos, ignora também a situação catastrófica da rede estadual de Saúde - que há meses não tem recebido nem 4% dos 12% da receita bruta, como determina a lei. Com a falta de repasses, acompanhamos com revolta o sucateamento do Hospital Universitário Pedro Ernesto, o encerramento de diversos serviços de assistência à população e a demissão de profissionais de saúde, como é o caso do Hospital Getúlio Vargas, uma das emergências mais importantes do Estado, que demitiu 73 médicos no último mês".

Porões da Caixa: políticos e operações milionárias



ÉPOCA – Mateus Coutinho

Em julho de 2016, integrantes da Corregedoria da Caixa Econômica Federal em Brasília apreenderam o notebook de um funcionário da Vice-Presidência de Pessoa Jurídica. O notebook trazia registros datados de 2012. Entre 2011 e 2013, o vice-presidente de Pessoa Jurídica era Geddel Vieira Lima (PMDB), que recentemente ocupou um ministério no gabinete de Michel Temer. Os investigadores da Corregedoria localizaram nos arquivos uma planilha que ganhou a chancela “sigilosa”.

O documento tinha a lista das empresas que solicitavam empréstimos ao banco público, com os valores das operações e o status do negócio. Até aí, um registro prosaico de atividades. Não fosse por uma outra coluna, identificada como “contatos externos”. Nela, políticos de PMDB, PT e PSC estavam relacionados às operações, que deveriam ser eminentemente técnicas.

Àquela altura, a Lava Jato ainda não desbaratara o esquema de achaque a empresas interessadas em recursos do banco. Os investigadores da Lava Jato suspeitam que o esquema fosse tocado por Geddel, pelo ex-deputado Eduardo Cunha e por seu operador Lúcio Funaro – os dois últimos, padrinhos de Fábio Cleto, que ocupava a Vice-Presidência de Loterias na Caixa no mesmo período. O documento despertou a atenção. Imediatamente, auditores do banco anotaram em um relatório sigiloso, obtido por ÉPOCA: “Conforme se denota do documento ora anexado, o empregado possuía em seus arquivos uma lista com as seguintes informações: Cliente/Contato Externo/Operação/Status. Na referida planilha, no campo contato externo figuram políticos influentes”.

E qualificaram o risco: “Dos políticos citados na planilha, há um deputado preso por fraudes licitatórias, e outro formalmente indiciado por envolvimento na Operação Lava Jato”.

O deputado investigado na Lava Jato é Marco Maia, do PT gaúcho, alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF).

O documento obtido por ÉPOCA mostra que o raio de atuação de Geddel não estava restrito a sua aliança com Eduardo Cunha e com Lúcio Funaro. Presidente do PSC e presença frequente no Congresso, o pastor Everaldo, segundo sugere o documento, também pode ter buscado ajuda de Geddel na Caixa. No documento interno do banco, o nome de Everaldo aparece associado às empresas “Protex/Dinâmica” e a um financiamento de R$ 3 milhões, dos quais R$ 2,75 milhões constam como já contratados. O pastor afirma que procurou Geddel em 2012 na sede da Caixa. “Eu pedi um favor, apresentei a empresa e pedi para ele [Geddel] fazer as coisas normalmente”, diz, sem dar mais detalhes do encontro. Everaldo pediu o “favor” porque um dos sócios da Dinâmica, Edson da Silva Torres, é seu amigo e sócio em outra empresa.

De acordo com os investigadores, o esquema do PMDB na Caixa, principalmente no FI-FGTS, não estava escorado no poder de aprovar empréstimos, mas de usar um intermediário – um “longa manus” –, o ex-vice-presidente de Loterias Fábio Cleto, que possuía assento no Conselho do Fundo, para dificultar a concessão de empréstimos, mesmo os lastreados tecnicamente. No jargão, vendia dificuldade para colher facilidades. De modo análogo ao que ocorria com Cleto no FI-FGTS, Geddel tinha assento no Conselho Diretor do banco, responsável pela aprovação de grandes empréstimos, podendo votar ou “vetar” as operações pleiteadas.

Ex-assessor especial de Temer e ex-deputado federal, Sandro Mabel (PMDB-GO) também consta da planilha, associado a uma operação da empreiteira paulista Termaq. A negociação do empréstimo de R$ 25 milhões, contudo, aparece com o “conceito de risco F” e acabou não saindo do papel.

Por meio de sua assessoria, a Caixa informou que o processo interno da Corregedoria “foi levado ao conhecimento da Polícia Federal e do Ministério Público Federal”, mas que, como corre sob sigilo, não pode se manifestar sobre ele.

Em relação aos empréstimos, o banco afirmou que “até o momento não foram identificadas irregularidades nas concessões”. Como o escândalo do FI-FGTS foi revelado pela PF e não pela área de compliance da Caixa, a planilha obtida pelos auditores é considerada um grande ponto de partida.

O ex-ministro Geddel Vieira Lima afirmou por meio de nota que só vai se manifestar quando tiver acesso ao documento e disse que jamais atuou para favorecer ou retardar operações financeiras para empresas no banco. Giovanni Alves, o usuário do computador apreendido pelos investigadores da Corregedoria, não quis comentar o assunto.

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