« 1 ... 6594 6595 6596 (6597) 6598 6599 6600 ... 13267 »
Regionais : General do Exército sugere intervenção caso "problema político" não se resolva
Enviado por alexandre em 17/09/2017 22:58:00


General do Exército Antonio Hamilton Martins Mourão foi demitido em 2015 por convocar "despertar de luta patriótica"

O general Antonio Hamilton Martins Mourão, secretário de economia e finanças do Exército, sugeriu em evento promovido pela comunidade maçônica em Brasília na última sexta-feira (15) que o "Alto Comando do Exército" considera liderar uma nova intervenção militar caso "os Poderes não encontrem uma solução para os problemas políticos" do País.

"Quando olhamos com temor e com tristeza os fatos que estão nos cercando, a gente diz 'por que não vamos derrubar esse troço todo?'", afirmou. "Ou as instituições solucionam o problema político, com a ação do Judiciário retirando da vida pública esses elementos envolvidos em ilícitos, ou então nós teremos que impor isso", continuou o general ao sugerir uma intevernção militar .

O secretário do Exército garantiu que as Forças Armadas não pretendem ser "um fator de instabilidade" para o Brasil e criticou o que chamou de "sucessivos ataques de forma covarde" dirigidos ao Exército por conta do período da ditadura militar, entre 1964 e 1985. "Não são coerentes com o que aconteceu no período", pontuou Mourão.

Apesar desses "ataques", o general garantiu que os militares não irão titubear quando considerarem que é o momento de promover uma intervenção no Poder.

"No presente momento, nós vilumbramos que os Poderes terão que buscar a solução. Se não conseguirem, chegará uma hora que teremos que impor uma solução. E essa imposição não será fácil. Ela trará problemas", disse. "O nosso compromisso é com a Nação, independente de sermos aplaudidos ou não. Então, se tiver que haver, haverá."

Leia também: Mudanças no front: Planalto articula novo comandante para Exército
Comando do Exército nega possibilidade de intervenção militar

Apesar das declarações de Mourão, o comandante do Exército, General Eduardo Villas Bôas, têm garantido em sucessivas notas divulgadas ao longo deste ano ano que "a atuação da Força Terrestre tem por base os pilares da estabilidade, legalidade e legitimidade", e ressaltando ainda a "coesão e unidade de pensamento entre as Forças Armadas".

Villas Bôas já havia discordado e repreendido Mourão em ocasião anterior. Em 2015, o general Antonio Hamilton Martins Mourão foi demitido do comando Militar do Sul após convocar outros militares a um "despertar da luta patriótica".

Mourão foi realocado após essa decisão do comandante Villas Bôas justamente na Secretaria de Economia e Finanças do Exército, onde permanece até os dias atuais.

As declarações do general sugerindo uma intevenção militar foram proferidas durante evento da rede de lojas da Maçonaria Grande Oriente do Brasil (GOB).

Regionais : Homem tira foto da viatura, posta no Face e chama policiais de porcos fardados
Enviado por alexandre em 17/09/2017 22:54:52

Homem tira foto da viatura, posta no Face e chama policiais de porcos fardados


Pimenta Bueno, RO – Um jovem marginal da cidade de Pimenta Bueno-RO, achou que ia passar despercebido diante de uma postagem em seu perfil do Facebook. O mesmo tirou uma selfie em frente de uma viatura mostrando o dedo e chamando a polícia de "porcos fardados" e diplomados. Posteriormente ele retirou a postagem, porém esta já havia percorrido vários grupos de policiais. Também há boatos que o mesmo foi detido hoje para prestar esclarecimentos sobre o episódio.





Fonte: News Rondônia

Regionais : Dia de campo sobre a cultura do inhame em Nova União gera expectativa entre os participantes
Enviado por alexandre em 17/09/2017 20:26:37


Dia de campo sobre a cultura do inhame em Nova União gera expectativa entre os participantes
Com o objetivo de disponibilizar conhecimentos técnicos sobre a cultura de Inhame e divulgar mais uma alternativa de diversificação aos agricultores, foi realizado na propriedade do jovem produtor Jhonata Borges de Jesus, localizada no Assentamento Palmares gleba 04 zona rural do município de Nova União. O evento foi promovido pelo governo do Estado por meio da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater) e com apoio da Secretaria Executiva Regional de Governo polo Ouro Preto do Oeste que se representar pelo Dr. Pedro Paulo de Carvalho e prefeitura e Câmara municipal de Nova União.

Técnicos da Emater conduziram o evento e apresentaram o crescimento vertiginoso da cultura do inhame em Nova União que já tem 4 produtores com potencial e destacaram que novas pesquisas deverão ser iniciadas em breve. “Incentivamos os produtores rurais da região porque o produto tem mercado consumidor garantido”, atesta o técnico do escritório local da Emater/RO Elói Murbach que presta assistência técnica nas propriedades produtoras de inhame.

Durante o encontro, os participantes receberão informações sobre técnicas de produção de inhame, divulgação de resultados da utilização de aspersores de baixa vazão, demonstração de cultivares e demonstração de resultados. Após a parte teórica os participantes tiveram uma demonstração de como é feita a colheita do inhame através do uso do trator e a mão de obra do homem.

O jovem produtor Jhonata Borges, iniciou o cultivo do inhame no ano de 2015 após ter indo buscar conhecimento sobre a cultura em outros Estados da federação como Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Com uma área de 2,8 hectares cultivado Jhonata vende toda sua produção para três grandes centros consumidores do país as cidades de Recife, Maceió e Campinas –SP. O custo de implantação varia de acordo com a variedade e os tratos culturais desenvolvidos pelo produtor. Podendo alcançar uma média de 18 toneladas por hectare do inhame da costa (Dioscorea cayennensis Lam.) e 23 toneladas do inhame São Tomé (Dioscorea alata L.). Nos preços atuais, o produtor pode ter uma receita de até 60% do valor investido. “Plantar inhame é uma cultura que requer cuidados principalmente com as pragas, mas quem cultiva de forma correta tem produção garantida com um mercado aberto para um produto de qualidade. No início foi um grande desafio plantar inhame na nossa região, mas com determinação e focado no objetivo que traçamos temos a certeza que estamos no caminho certo”, disse otimista o produtor Jhonata Borges que agradeceu ao apoio do governo do Estado através da Emater/RO e a prefeitura de Nova União.

O Governo do Estado, segundo a secretária executiva regional de Governo Maria Araújo de Oliveira, tem fortalecido o agricultor, especialmente à agricultura familiar. “A cidade só vai bem quando o campo está bem e temos como prova o jovem produtor Jhonata Borges pela sua perseverança e determinação em cultivar o inhame o que mostra a força do homem do campo em transformar cenários antes obscuros em novos horizontes impactando na economia do município no caso aqui de Nova União”, pontuou a secretária Maria Araújo, destacando que o Governo do Estado vem atuando em várias frentes em favor do pequeno agricultor, como o incentivo a outras culturas, à criação de peixe, produção de leite, dentre outras.
O prefeito de Nova União Luiz Gomes Furtado destacou que o município vem investindo na cultura do inhame e para tanto vem colocando a estrutura da sua administração municipal para os produtores. Gomes disse que espera para os próximos anos Nova União esteja no patamar dos municípios do Vale do Guaporé região grande produtora de inhame que vende tudo que produz. “Hoje é comum você consumir nas capitais da região nordeste o inhame produzido em Rondônia isso significa agregar renda e valor e desta feita a nossa administração vem dando todo o suporte necessário para esta importante cultura”, destacou o prefeito Luiz Gomes.

A expectativa para exportação também vem crescendo com o interesse de países, como Paquistão, Holanda e Estados Unidos, que já buscam o produto rondoniense para o consumo de sua população. Com a perspectiva de mercado aberto e a crescente demanda para consumo do inhame, os agricultores estão investindo cada vez mais na cultura a exemplo do jovem Jhonata Borges gera somente na sua propriedade cerca de 20 empregos diretos pagando uma diária de R$ 70 com a tendência de aumentar este número em breve. No entanto o produtor relatou que a grande dificuldade é encontrar mão de obra para o plantio e colheita do inhame.

A cultura do Inhame

O inhame também conhecido como cará-da-costa (Dioscorea cayenensis), é uma planta de origem africana, sendo cultivado no mundo inteiro por se tratar de um alimento energético e de alto valor nutritivo. Esta cultura pode ser cultivada nas regiões tropicais e em diversos tipos de solos desde aqueles com textura arenosa, até os de textura argilosa-média, profundos, bem drenados e arejados.
Quando o cultivo é feito em condições de sequeiro, deve ser plantado no início das chuvas e quando em regime de irrigação, a melhor época é aquela em que a colheita coincide com o período da entressafra do inhame. O plantio pode ser feito em cova alta (matumbo) e em leirão ou camalhão, utilizando-se sementes inteiras ou partidas.

A colheita deve ser realizada quando o inhame estiver amadurecido aproximadamente aos 180 dias após o plantio. Seguindo algumas recomendações, como as já citadas e com as condições climáticas favoráveis, a produção do inhame poderá alcançar as médias de 20 a 25 t/ha.
Considerado um dos alimentos medicinais mais eficientes, pois além de livrar o sangue de impurezas, seu consumo fortalece o sistema imunológico, pois é riquíssimo em zinco, que aumenta as defesas do organismo. Outra vantagem está no cultivo que dispensa o uso de qualquer tipo de agrotóxico, tornando-o totalmente orgânico, saudável e ecologicamente correto. Essas vantagens, somadas a muitos outros benefícios, fazem do inhame um produto muito procurado para consumo de quem quer levar uma vida mais saudável.














Fonte

Texto: Alexandre Araujo

Fotos: Alexandre Araujo

Secom – Governo de Rondônia

Regionais : Sob as barbas do PT
Enviado por alexandre em 17/09/2017 15:56:35

Sob as barbas do PT



Da esq. para dir., os então ministro das Relações Institucionais Tarso Genro, deputado federal Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e o governador da Bahia Jaques Wagner (PT) durante encontro em que ficou acertado o ministério da Integração Nacional para Geddel Vieira, em Brasília, em 2007

Da esq. para dir., os então ministro das Relações Institucionais Tarso Genro, deputado federal Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e o governador da Bahia Jaques Wagner (PT) durante encontro em que ficou acertado o ministério da Integração Nacional para Geddel Vieira, em Brasília, em 2007



Bernardo Mello Franco - Folha de S.Paulo

A segunda denúncia contra Michel Temer não deveria despertar tanto entusiasmo no PT. A acusação fragiliza o presidente, mas deixa claro que o "quadrilhão" do PMDB da Câmara deve parte de seus lucros aos governos Lula e Dilma.

O procurador Rodrigo Janot fez um breve histórico da aliança. Ela começa em 2006, quando o petismo teve que recompor sua base no Congresso depois da crise do mensalão.

O PMDB do Senado, comandado por Renan e Sarney, já era lulista desde criancinha. Faltava a ala da Câmara, que esperou o presidente se reeleger para negociar a adesão.

Os jornais da época registraram a euforia de Temer e seus amigos denunciados pela Lava Jato. "União assim, só para apoiar o Tancredo contra a ditadura militar", celebrou o então deputado Henrique Eduardo Alves, hoje preso em Natal.

O primeiro fruto da aliança foi a nomeação de Geddel Vieira Lima, hoje na Papuda, como ministro da Integração Nacional. Ele impôs um pedágio de 3% nas obras da pasta, segundo as investigações. Parte do propinoduto ficou documentada no sistema Drousys, da Odebrecht.

No segundo governo Lula, o "quadrilhão" ainda ocuparia a diretoria internacional da Petrobras, a presidência de Furnas e a vice-presidência de Loterias da Caixa, na qual se revezaram Moreira Franco e Geddel.

Com Dilma, Temer virou vice-presidente e passou a indicar os ministros da Agricultura e da Aviação Civil. A denúncia descreve a atuação de Moreira na concessão de aeroportos como "um verdadeiro escambo com a coisa pública".

Só a Odebrecht teria repassado ao menos R$ 11 milhões em propinas. As planilhas da empresa registram a entrega de dinheiro nos escritórios de Eliseu Padilha e José Yunes.

Na sexta-feira, o PT afirmou que Temer chefia um governo "corrupto e ilegítimo, que deve ser afastado o quanto antes". Tudo bem, mas faltou explicar por que a turma faturou tanto sob as barbas do partido.

O mensalinho de Lula



Delator da Odebrecht revela que pagou reforma de sítio, patrocinou o filho mais novo de Lula e pagou mesada em dinheiro a um dos irmãos do petista

VEJA - Thiago Bronzatto

Com a delação dos executivos da Odebrecht, a situação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já não era boa, vai ficar ainda mais complicada.

Um ex-diretor da empreiteira contou aos procuradores que pagava uma mesada a um dos irmãos do ex-presidente.

Além disso, a empreiteira confirmou que reformou o sítio de Atibaia, comprou um lote para abrigar o Instituto Lula.

E, ainda, financiou palestras e patrocinou o filho mais novo do petista – tudo a pedido do ex-presidente.

As campeãs nacionais da corrupção



Vinicius Torres Freire - Folha de S.Paulo

Os irmãos Batista e sua JBS foram uma grande novidade no mundo das maiores empresas brasileiras deste século, um time em que mudam mais as camisas do que os jogadores. Apesar do histórico muito mais longo e notório, a Odebrecht também fez carreira rápida.

Cresceram de modo acelerado porque eram corruptas ou eram corruptas porque cresceram de modo acelerado? Difícil responder, mas há elementos para especulações razoáveis.

No começo do século, a JBS/Friboi chegava ao grupo das 400 maiores. Em meados da década de 2000, subia para a primeira divisão, o grupo das 50 maiores.

Em 2014, superou a Vale, tornando-se a segunda maior companhia, em receita líquida. A Odebrecht passou da rabeira da primeira divisão para o sétimo lugar em cerca de uma década.

Embora não seja fácil imaginar crimes que superem os feitos de JBS e Odebrecht, quantas empresas da primeira divisão teriam restos a pagar nos tribunais?

Algumas outras grandes foram apanhadas em operações diversas da Polícia Federal desde 2014, mas a bandalheira sabida até agora não foi tão longe. Oito têm a ficha suja.

Neste século, não mudou muito a composição do grupo das 50 maiores, se consideradas fusões e aquisições.

Em um período que se pode chamar de "meia geração", os 16 anos de 2001 a 2016, apenas uma meia dúzia de empresas caiu de divisão (contas feitas com base nos rankings "Valor 1000", algo adaptados por este jornalista).

Um tanto curioso, nesse período pouco mudou o tamanho relativo das 500 maiores (em relação ao tamanho da economia; umas em relação às outras).

Houve troca de lugares no grupo de elite. Empresas de petróleo, alimentos e varejo subiram, empurrando para baixo fabricantes de veículos, indústrias e elétricas, pincelada do que foi a história econômica do período.

A Marfrig, por exemplo, teve ascensão quase tão fulgurante quanto sua companheira de ramo.

Difícil dizer que Odebrecht e JBS fossem incompetentes (em operações mais estritamente empresariais), nem era isso o que diziam seus pares de mercado e analistas, ao menos antes das evidências escandalosas ou definitivas de gangsterismo.

Como também é notório, JBS e Odebrecht subiram pelas tabelas com a contribuição milionária de todos os erros e mutretas dos governos petistas, por meio de negócios com dinheiro público, embora várias outras empresas tenham recebido grossos subsídios, em particular depois de 2008.

Algumas empresas da elite até escaparam da morte na crise de 2008 com ajuda do governo, que financiou fusões e aquisições a fim de evitar a falência de firmas metidas em especulação financeira de incompetência criminosa (caso de frigoríficos, de empresas de papel e celulose e bancos).

A maioria da tropa de elite, uns 80%, parece ter um comportamento mais discreto (Petrobras, a número um, e Eletrobras, entre as dez mais, são casos à parte).

A maioria dessas empresas está no topo pelo menos desde o início do século; as mais novatas surgiram há mais de 30 anos, em geral muito mais. Um terço é multinacional com controle estrangeiro.

Com exceção da também notória Oi, nenhuma delas teve negócios tão íntimos com o Estado quanto Odebrecht e JBS.

Regionais : Discurso duro de Raquel Dodge terá vários recados
Enviado por alexandre em 17/09/2017 15:53:44


Discurso duro de Raquel Dodge terá vários recados


Pessoas próximas à nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, dizem que, em seu discurso de posse, nesta segunda (18), ela criticará vazamentos e ressaltará os danos de condenações midiáticas.

Também defenderá o respeito ao devido processo legal e levantará a bandeira da harmonia entre os Poderes.

A colegas do Judiciário, Dodge explicou que a decisão de criar uma estrutura para revisar delações não tem conexão com caça às bruxas. Ela quer encontrar lacunas para novas investigações.

Disse ter medo que, só com os relatos, as acusações não parem de pé.(Painel - FSP)

Dodge precisa continuar com o combate à corrupção


Jânio de Freitas - Folha de .Paulo

Muitos esperam, com Michel Temer, que este último dia de Rodrigo Janot como procurador-geral da República marque o fim de um ciclo. É o que a futura procuradora-geral Raquel Dodge, a ser empossada amanhã, precisa impedir. Já que estamos enlameados de vergonha pelos borrifos do lodaçal de corrupção, não há por que parar, nem mesmo recuar. O melhor é ir em frente. Ir logo até o fim, seja qual for. Para isso, o que se espera de Raquel Dodge é a compreensão de que só será possível com o reenquadramento das instituições na sua natureza e nos seus limites. E nisso a sua contribuição é o reajuste de valores, concepções e métodos deformados na busca descontrolada de punições como moralização.

Rodrigo Janot representou um avanço em comparação a seus dois últimos antecessores. Antonio Fernando de Souza e Roberto Gurgel satisfizeram-se mais com adjetivos que com apurações substantivas do que constituiu, de fato, o mal denominado mensalão: erros, para menos e para mais, perduram ainda. Janot mostrou, no entanto, uma tolerância com deslizes da Lava Jato que a prejudicaram muito.

Seria possível que, em vez de complacente, fosse ele o indutor de condutas exacerbadas. Mas deu sinais contrários. Quando a onda de "vazamentos" ilegais, muitos inverdadeiros, provocou críticas até no Supremo, Janot emitiu nota e declarações que, apesar de sinuosas, não endossavam o que eram práticas só explicáveis por motivações políticas. Se não endossava, não seria o indutor, mas o chefe solidário ou conformado.

O caráter político da Lava Jato até hoje ocupa adeptos seus com pretensas negativas: artigos e declarações sem fim. Nestes últimos dias, Janot deixou-lhes uma armadilha. Está no seu pedido de arquivamento da investigação de José Sarney, Renan Calheiros e Romero Jucá, cuja prisão chegara a pedir. Agora, usou o argumento de que não consumaram a idealizada obstrução de justiça, inexistindo o delito. Pois bem, a nomeação de Lula para ministro de Dilma, ouvida em grampo ilegal feito por Sergio Moro e por ele divulgado, também não se consumou, inexistindo o delito.

No caso da nomeação, porém, a Lava Jato quis o processo contra Lula, pela alegada intenção, e Sergio Moro quis julgá-lo. E nem se trataria, com a nomeação, da obstrução de justiça de que fala a Lava Jato: a nomeação apenas transferiria o assunto Lula do cadafalso de Curitiba para o do Supremo. Não há, entre os dois casos, tratamento diferenciado? Há outra causa que não a política, para os tratamentos diferentes?

O denuncismo e a voracidade punitiva, incompatíveis com justiça, Ministério Público, Judiciário, moralização e lealdade constitucional, gozaram sob Janot, na Lava Jato, de liberdade injustificável. O show de Deltan Dallagnol, com aqueles círculos e setas contra Lula tratado como se condenado, foi uma aberração autoritária que manchou para sempre o Ministério Público. Um abuso de poder, inconsequente em dois sentidos: não tinha razão de ser nas obrigações da Lava Jato, por isso não produziu qualquer efeito nas apurações devidas, e nenhuma providência mereceu de Janot, ao menos em respeito aos estarrecidos com a depreciação do Ministério Público.

Janot deixa a Procuradoria enrolada com Joesley Batista. O problema começou no "prêmio" de imunidade judicial dado ao delator. Agravou-se no exagero de Janot ao descrever o teor da conversa gravada de Batista com seu parceiro de subornos. Daí decorreu a oportunidade de Janot satisfazer às críticas pelo "prêmio". E, como complemento provisório, uma vindita que inclui o Supremo.

O descritério dos "prêmios" aos delatores, concedidos pelos procuradores e por Janot, merecia mais escândalos do que apenas a imunidade agora cassada de Joesley Batista. A Paulo Roberto Costa, por exemplo, foi concedida a permanência dos bens postos em nome de familiares seus. O reincidente Alberto Youssef, que voltou ao crime porque "premiado" com a liberdade em sua primeira delação (caso Banestado), pôde também transferir bens, como vários outros. Usado o "prêmio" de Youssef para explicação, diz a Procuradoria-Geral que ele "reconheceu quais eram os bens que são produto ou proveitos de atividade criminosa". O dinheiro de delatores tem diferenças quando provém de crimes.

Como "tantos são os fatos e tão escancaradamente comprovados" de corrupção, nas palavras recentes de Rodrigo Janot, é preciso continuá-lo. Corrigido.

Lava Jato: Raquel Dodge prepara troca de procuradores


Minuta da decisão dá 30 dias para transição de equipe

Do blog Poder 360

Uma das primeiras medidas de Raquel Dodge à frente da PGR (Procuradoria Geral da República) deve ser a troca de procuradores que integram o grupo de trabalho responsável pela Lava Jato em Brasília. Já há uma minuta da decisão que dá 30 dias para a transição da atual equipe para uma nova composição. A informação é da revista Época.

Dodge assume na 2ª (18.set.2017) o cargo de procuradora-geral da República no lugar de Rodrigo Janot. Segundo a revista, a nova PGR manterá apenas 2 nomes da equipe formada por Janot: Maria Clara Barros Noleto e Pedro Jorge do Nascimento. Os novos integrantes serão Hebert Reis Mesquita, José Alfredo de Paula, José Ricardo Teixeira, Luana Vargas Macedo e Raquel Branquinho.

Em 14 de agosto, Dodge havia convidado os integrantes do grupo de Lava Jato na capital federal a continuarem na equipe depois que ela assumisse.

À revista, a assessoria da nova PGR afirmou que o tema só será decidido na 2ª feira (18.set), após a posse. Também afirmou que parte dos procuradores pediu a saída do grupo.

« 1 ... 6594 6595 6596 (6597) 6598 6599 6600 ... 13267 »
Publicidade Notícia