Os criminosos, utilizando-se de muita violência, jogaram o casal no chão, chutaram uma das vítimas e, em seguida,os trancaram no banheiro. Foram subtraídos uma TV, uma roçadeira e um notebook.
Um casal de idosos, ambos de 74 anos, passou por momentos de puro terror na tarde desta terça-feira (7), por volta das 14h20. Eles foram rendidos por três homens que trancaram as vítimas no banheiro e praticaram o roubo. O crime aconteceu em uma propriedade localizada na linha 04 da RO-473, zona rural da Estância Turística de Ouro Preto do Oeste.
O sitiante relatou que, ao chegar a sua propriedade por volta das 14h20, juntamente com sua esposa, avistou na estrada um veículo branco aparentando ser uma Parati ou Belina, modelo antigo. Ao passarem pela porteira, foram abordados por três homens que vieram ao encontro do casal, sendo que um deles portava um revólver.
Informou que, utilizando de muita violência, os criminosos o arrastaram pela camisa até a varanda dos fundos de sua residência, momento em que outro assaltante retirou sua esposa de dentro do veículo e a levou para a cozinha. Em seguida, os jogaram no chão e um deles chegou a chutar a costela do idoso. Ato contínuo reviraram todo o interior da casa e, em seguida, pediram a chave da porta do banheiro para poder trancá-los.
Como não possuía chave, os assaltantes os ameaçaram dizendo que não era para chamar a polícia, caso contrário voltariam ao local. O trio fugiu tomando o sentido Ji-Paraná, levando uma roçadeira da marca Husqvarna, um notebook marca Dell, uma TV da marca Samsung, de 42 polegadas, e seu porta-cédula contendo o documento do veículo e dinheiro.
Após os criminosos terem fugido, o idoso, com a ajuda do filho, localizou o porta-cédula jogado à beira da estrada e, por incrível que pareça, os assaltantes não levaram o dinheiro que estava dentro da carteira. O documento do veículo foi encontrado metros à frente. A Polícia Militar foi acionada e realizou patrulhamento em toda a região, mas não localizou os assaltantes.
Ministro do STF afirmou que a era digital tem influenciado os veículos de comunicação, mas esses ainda são o melhor meio de se informar
Reprodução/UniCeub
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) deu uma aula especial a alunos de direito do Centro Universitário de Brasília (UniCeub), em Brasília, nesta quarta-feira (08/05/2019). Na ocasião, o magistrado afirmou que a era digital tem afetado muito os veículos de comunicação tradicionais, mas esses ainda são os canais de maior credibilidade para se informar.
“Eu ainda sou uma das poucas pessoas que leem jornais impressos, muitos já fecharam. Os jovens passaram a ler tudo nos celulares e, num contexto com tantas redes sociais, a imprensa desempenha um papel fundamental na nossa sociedade”, comentou Barroso.
Na área jurídica, o ministro afirmou que os profissionais também devem estar prontos para encarar uma série de questionamentos éticos que envolvem as novas tecnologias. “Se um cliente no Brasil te procura para remover uma informação sobre ele que circula na internet, como agir? Quais são os limites para as intervenções humanas em modificações genéticas?”, questionou o ministro.
Já entre as diversas mudanças ocasionadas pela revolução tecnológica, Barroso ainda ponderou que a inteligência artificial, ao mesmo tempo em que é positiva, tem o risco de acabar com uma série de empregos.
O ministro finalizou o encontro com uma visão positiva diante de todos os avanços alcançados na atualidade. “Olhando em uma perspectiva mais ampla, enxergamos o quanto já crescemos e o quanto ainda podemos desenvolver para o bem comum”, encerrou.
Com tanta gente abusando dos filtros e retoques nas fotos, ficando cada vez mais irreal, Natália Casassola resolveu inovar e fazer um ensaio 100% natural, com o tema "nua, crua e sem Photoshop".
A ex-BBB, que foi destaque da 8ª e 13ª edição do reality show, posou mais uma vez como veio ao mundo para mostrar que a beleza feminina não precisa de retoques.
"Resolvi fazer um ensaio totalmente novo, sem Photoshop, sem tratamento de luz, sem retoques, sem nada. As fotos estão cruas, como saíram da máquina do fotógrafo", garantiu a gaúcha de 33 anos.
A modelo conta que decidiu fazer um ensaio natural em protesto às fotos artificiais que são postadas por muitos no Instagram.
"Hoje em dia está tudo tão artificial, que uma coisa é a pessoa na foto, e outra é a mesma pessoalmente. Então, eu queria mudar esse conceito e mostrar que mulher brasileira não precisa de retoque, que temos celulites, estrias, sim, e que a beleza feminina é assim", justificou.
O ensaio completo de Natália Casassola nua em pelo pode ser conferido no site Bela da semana.
A AMEAÇA FOI CLARA. Aline C. só poderia fazer força três vezes para sua filha nascer. Caso contrário, teria sua vagina cortada. Mesmo conseguindo parir, não escapou da tesoura. A dor do corte – chamado de episiotomia – se somou à das contrações que cessavam e à da experiência de ser transformada em cobaia. Durante o trabalho de parto, vários estudantes de medicina foram orientados a fazer o doloroso exame de toque em sua vagina para aprender a técnica. “Foi apenas [uma] instrução de como um corpo de uma mulher não precisa consentir para enfiar nada dentro dela”, escreveu em um relato no Facebook. Não bastasse, após o nascimento de sua filha, ainda teve que ouvir, em tom de piada: “Ano que vem você está aqui de novo”.
Todos os abusos físicos e verbais sofridos por Aline em 2012 têm um nome: violência obstétrica. O termo foi criado para dar visibilidade aos maus tratos que mulheres sofrem nas mãos de equipes de saúde ao dar à luz. Mas, em outubro de 2018, o Conselho Federal de Medicina decidiu inverter o significado da expressão. O órgão, em teoria responsável por fiscalizar e punir a má conduta médica, publicou um parecer em que classifica a violência obstétrica como “uma agressão contra a especialidade médica de ginecologia e obstetrícia” e, portanto, “contra a mulher”. O CFM, vale lembrar, também é responsável por defender os interesses corporativos da categoria.
Agora, cedendo abertamente a esses interesses, o Ministério da Saúde decidiu abolir o uso da expressão violência obstétrica. A pasta liderada por Luiz Henrique Mandetta publicou, no dia 3 de maio, um despacho alegando que ela tem “conotação inadequada, não agrega valor e prejudica a busca do cuidado humanizado”. Na esteira do CFM, o ministério decidiu que a melhor forma de lidar com a violência que uma a cada quatro mulheres sofre durante um parto é fingir que ela não existe. Mas o que não falta são relatos para lembrá-lo.
Toda mulher tem direito a ter alguém de sua escolha na sala de parto. Essa é a determinação da Lei do Acompanhante, sancionada em abril de 2005. Quase 15 anos depois, porém, a legislação ainda é desrespeitada. Se a grávida for negra, a chance de ter o acompanhante negado – e de sofrer qualquer outra forma de violência obstétrica – é ainda maior.
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Vaginas cortadas sem permissão
Uma das violências mais comuns no parto é a episiotomia, um corte feito abaixo da vagina para aumentar o canal de passagem do bebê. Segundo a Organização Mundial da Saúde, não há nenhuma prova científica de que o corte, tão doloroso, seja necessário. Mas, no Brasil, mais da metade dos partos normais são feitos com episiotomia. Muitos deles, sem autorização.
Comentário em post da página Quebrando o Tabu, que fez um compilado de reações de mulheres à nossa reportagem “Deixei virgenzinha pra você”: Médicos cortam e costuram vaginas no parto e estragam a vida sexual das mulheres – uma mutilação genital, segundo especialistas.
Foto: Reprodução/Facebook
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Uns pontinhos a mais para agradar o marido…
Depois do corte, alguns médicos decidem fazer pontos extras ou mais repuxados na altura da vagina, para deixar a mulher “apertadinha” para seu marido. Algumas dessas histórias foram contadas pelo Intercept em setembro de 2018. Depois da publicação dessa reportagem, muitos outros casos vieram à tona. Os comentários eram assustadores.
Relato feito em um post da página Todas Fridas, que divulgou nossa reportagem sobre o ponto do marido.
Foto: Reprodução/Facebook
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…e acabar com a vida sexual da mulher
Conversei com seis mulheres para a reportagem. Os relatos delas e de outras mães que se manifestaram no Facebook mostram as consequências do corte e dos pontos extras em suas vidas sexuais: dor, traumas e, às vezes, até abstinência.
Ela quer lutar por seus direitos? Dá uns tapas que para
Em fevereiro, um vídeo de violência obstétrica tomou conta da internet. O médico Armando Andrade Araújo, do Hospital Balbina Maestrinho, na capital amazonense, aparecia dando tapas na virilha de uma adolescente em pleno trabalho de parto. A agressão, em maio de 2018, aconteceu depois de garota havia ameaçar chamar a imprensa para denunciar os maus tratos que estava sofrendo no parto.
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Bebês puxados por pinças
Uma das formas de violência obstétrica mais terríveis é o uso sem indicação clínica de fórceps, espécie de pinça médica gigante. O uso do instrumento – que só pode ser feito com autorização da mulher – é indicado em casos como exaustão materna, problemas na frequência cardíaca da criança e outros sinais de sofrimento fetal, segundo a obstetra Melania Amorim. Mal utilizado, ele pode causar danos ao crânio da criança e ao corpo da mãe.
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Sem água, sem comida, sem banheiro
Falar do parto de mais de um quarto das brasileiras é, de certa forma, descrever uma tortura. Não é raro que as grávidas sejam impedidas de se alimentar, aliviar a sede ou a bexiga durante o trabalho de parto – ainda que nenhuma dessas coisas prejudique o nascimento.
Mais um comentário em reação à nossa reportagem na página Quebrando o Tabu.
Foto: Reprodução/Facebook
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Na hora de fazer não gritou
Esse é o título de uma reportagem da Agência Pública sobre violência obstétrica, publicada em 2013. A frase é uma das mais comuns entre as diversas ofensas a que as gestantes brasileiras são submetidas ao parir. Segundo essa pesquisa de 2010, 9% das grávidas foram alvo de gritos da equipe de saúde durante o parto, e 7% foram xingadas ou humilhadas.
Essa é a lógica da prática quase medieval chamada de “manobra de Kristeller”. Ela consiste na prática de empurrar, apertar ou mesmo se sentar sobre a barriga da mulher – que, lembremos, já está passando pelas dores das contrações – para acelerar o parto.
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No fim de tudo, a morte
A adolescente Juliana dos Santos, que morreu após ter suas fortes dores pós-parto ridicularizadas.
Foto: Reprodução
A taxa de mortalidade materna no Brasil é alta: são mais de 60 mortes de mulheres a cada 100 mil nascidos vivos – e o número está crescendo. Para se ter uma ideia da dimensão do problema, em 2000 o Brasil firmou um pacto com a ONU se comprometendo a baixar a taxa para 35 até 2015. Mais de 90% dessas mortes poderiam ser evitadas. A negligência fatal dos profissionais de saúde é pior entre as mulheres negras. Uma reportagem de 2018 da Gênero & Número mostrou que, a cada 100 mil internações de mulheres pretas para parto, 22 morrem. O número cai para a metade quando a paciente é branca.
O texto narra o caso da adolescente Juliana dos Santos, que teve suas fortes dores pós-parto classificadas como “frescura” por uma médica do Hospital Municial Ronaldo Gazolla, no Rio de Janeiro, e teve alta. Ao voltar ao serviço alguns dias depois, seus órgãos já estavam necrosados. “Se ela teve um bebê e reclamou de dor, a médica não podia dar a ela um remédio para gases e mandá-la para casa”, afirmou a tia de Juliana à Gênero & Número. “Ela foi assassinada.”
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) divulgou uma nota oficial, nesta quarta-feira (8), se posicionando contra o decreto sancionado por Jair Bolsonaro, que estende o porte de arma para um conjunto de profissões, como advogados, caminhoneiros, políticos eleitos e jornalistas, entre outras.
Leia abaixo a íntegra da nota:
Fenaj diz não ao armamento de profissionais
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), entidade de representação nacional da categoria, que congrega os Sindicatos de Jornalistas do país, vem a público reafirmar sua posição de defesa do Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826, de 22/12/2003), aprovado após amplo debate nacional. A Fenaj considera inadequada sua alteração por decreto, sem o devido e necessário debate democrático. O Poder Executivo não pode agir autocraticamente, usurpando competência do Poder Legislativo de aprovar e alterar leis.
Ao modificar o Estatuto do Desarmamento para facilitar o transporte de armas para determinadas categorias profissionais, que não mais precisarão comprovar a necessidade de portá-las, o governo Bolsonaro promove o armamento da população que, comprovadamente, não contribui para a diminuição da violência. Ao contrário, a posse de armas de fogo pela população é determinante para mortes acidentais e contribui significativamente para o aumento da violência social.
Quanto aos jornalistas que fazem cobertura policial, a Fenaj entende que a posse/transporte de armas não vai contribuir para a segurança dos profissionais, que devem cuidar da produção da notícia, sem exposições ou enfrentamentos que coloquem em risco sua integridade física. O porte de arma pode, inclusive, transformar o jornalista em alvo.
Cabe ao aparato de segurança do Estado garantir a segurança dos jornalistas e demais profissionais da comunicação no exercício profissional, ainda que em coberturas jornalísticas nas quais os profissionais são expostos a riscos. Igualmente, cabe às empresas jornalísticas adotarem medidas para mitigar os riscos a que são submetidos os jornalistas nas coberturas policiais e em outras situações em que a segurança dos profissionais esteja em xeque. A Fenaj tem defendido a ação, por parte das empresas jornalísticas, de um Protocolo de Segurança para a atuação profissional, que inclui a criação de comissões de segurança nas redações para avaliação de cada situação específica, bem como o fornecimento de equipamentos de proteção individual e treinamento para os jornalistas que cobrem conflitos sociais.
A responsabilidade pela segurança dos jornalistas e demais profissionais da comunicação não pode ser transferida; é do Estado em corresponsabilidade com as empresas empregadoras.