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Regionais : Chefe da segurança do CPA, Tenente Cisne, humilha, constrange, e ameaça servidora com 37 anos de serviços prestados ao estado.
Enviado por alexandre em 31/07/2019 01:03:03


A servidora Mirian de Maria Mendes Dantas, de 62 anos, com 37 anos de serviços Públicos, com relevantes serviços prestado ao estado, ex conselheira do Conselho estadual de Educação, juntamente com o governador Marcos Rocha, tendo sido condecorada varias vezes pelo serviços prestados a Rondônia, não constando uma mancha sequer em sua vida profissional , viveu momentos de terror hoje, no período de Manhã, conforme Boletim de ocorrência policial numero 135110/2019, registrado na segunda Delegacia de Polícia Civil em Porto Velho (Boletim abaixo).

Na manhã desta terça feira, a servidora Mirian de Maria, se dirigiu até o seu local de trabalho, no quinto andar do Edifício anexo Rio Cautário,  no Centro Político Administrativo (CPA) do governo de Rondônia, na SEIJUCEL, e quando chegou o segurança disse que ela não poderia entrar com a mala, sendo que não era mala, e sim uma mochila, onde guarda seus pertences e seu material escolar, pois é estudante de direito, e já entrou várias vezes no edifício com sua mochila.

O segurança Lucas da Silva, disse que por normas de segurança ela não poderia entrar  com sua “Mala”, Mirian disse que ele poderia revistar sua mochila  para verificar que não tinha nada  de ilegal dentro, e que sempre adentrou no Edifício portando sua mochila, não sendo está a primeira vez, mesmo assim o segurança foi irredutível, falando que ela não iria entrar no edifício, então o segurança mandou ela  passar a catraca, e logo em seguida, após ela passar a catraca,  de uma maneira muito mal educada, impediu que ela se dirigisse ate o seu local de trabalho, e aos gritos disse que iria ligar pro Tenente  Cisne, chefe da segurança, colocando o telefone em viva voz.

O tenente PM José Leite de Figueiredo Cisne   chefe da segurança, ao chegar ao local, aos berros e na frente de todos os servidores que estavam presente, começou a destratar, a gritar e a constranger a servidora, inclusive  mandando a servidora calar a boca, mandando Miriam baixar o tom de voz e dizendo que poderia mandar prende-la por desacato a autoridade, Miriam, como sempre fez, só queria cumprir seu expediente. O fato foi presenciado por vários servidores.

Após sofrer constrangimento, ameaça, humilhação praticada pelo Tenente Cisne, no CPA, servidora é atendida no pronto socorro do hospital Prontocordis com crise de pressão alta,falta de ar e extremo abalo emocional

O Interessante, é que a servidora Miriam após toda a controvérsia, conseguiu se dirigir ao seu local de expediente, e no elevador foi abordada por outro servidor que se dizia da equipe do Tenente, dizendo para que ela não tomasse nenhuma atitude e esquecesse o fato, o ocorrido foi acompanhado por outra servidora do governo do estado.

Mirian de Maria visivelmente abalada e constrangida, com crises de choro e pressão alta, entrou em contato com sua advogada  e pediu orientação, pois não tinha condições psicológicas de cumprir seu expediente.

Sob a orientação de sua advogada, Mirian se dirigiu até a segunda Delegacia de Policia da Capital e fez uma ocorrência Policial, depois se dirigiu até o Instituto Médico legal, onde sob a orientação de um psicólogo relatou os acontecidos.

A Advogada de Mirian de Maria , já entrou com pedido das imagens, pediu o testemunho dos servidores que presenciaram o grave acontecimento , e disse que vai tomar as providencias judiciais que o caso, requer, inclusive entrando com uma representação contra o Tenente Cisne, por constrangimento ilegal, e abuso de autoridade na corregedoria da Policia Militar

Mirian de Maria  abalada psicologicamente, falou que fez questão de registrar um boletim de ocorrência policial sobre o fato, até para em defesa dos colegas de trabalho, para que  isso nunca mais aconteça, pois é um fato lamentável, de desrespeito ao servidor  do estado, e é muito constrangedor.

O tenente Cisne, mostrou um militar despreparado para o cargo que ocupa, e que não tem cabedal para tratar com nenhum servidor público, resta agora saber se o governador Marcos Rocha vai tomar alguma atitude para que isso não aconteça mais.

Da Redação Folha

Autor Jornalista Gomes Oliveira

VEJAM O B.O

 

http://www.folharondoniense.com.br/atualidades/estarrecedor-chefe-da-seguranca-do-cpa-tenente-cisne-humilha-constrange-e-ameaca-servidora-com-37-anos-de-servicos-prestados-ao-estado/

Regionais : Coronel da PM em Rondônia é mais uma vez agredido por namorada
Enviado por alexandre em 31/07/2019 01:01:19

Coronel Figueiroa da Polícia Miliar de Rondônia

Porto Velho, RO - E há quem diga que o amor suporta tudo. Pode ser o caso do Coronel da PM, Figueiroa, que mais uma vez se vê envolvido em escândalo conjugal.

Mais uma vez o casal foi parar na Central de Flagrantes, dessa vez porque ele não queria comprar mais uma cerveja para a amada.

No início do ano houve ocasião em que o casal protagonizou mais uma boa briga de casal. Quem achou que isso abalaria a relação se enganou. Pois continuaram juntos, sendo ela o motivo de separação da antiga esposa, com quem já tinha matrimônio de anos.

Populares que estavam no local ficaram assustados com o episódio pois o Coronel é conhecido por ser muito “certinho”.

A verdade tem que ser dita, já virou novela mexicana esse “AMOR”. Espera-se que essa relação de altos e baixos não termine como filme de terror.



 

Fonte: brasil364

Regionais : Natalia Cassasola posa nua em hotel de luxo e fala da vida de ‘mestre de obras’. VEJA FOTOS
Enviado por alexandre em 31/07/2019 00:39:48


Natalia Cassasola posa nua em hotel de R$ 1 mil a diária e fala da vida de ‘mestre de obras’

Natalia Casassola protagonizou mais um ensaio nu de tirar o fôlego. A ex-BBB escolheu as luxuosas suítes do Palácio Tangará em São Paulo para os cliques do fotógrafo Guto Bordoni. As diárias no hotel custam a partir de R$ 1 mil.

 

A loira diz que os ensaios são feitos por pura diversão, já que o dia a dia é dividido entre os cuidados com a beleza e a construção civil. Nati virou empresária no ramo e está prestes a entregar um condomínio em Florianópolis.


“Enqunto estava posando nua tinha que lidar com os pedreiros através do celular. Sou praticamente uma mestre de obras”, conta ela: “Empoderamento é isso. Faço tudo sozinha e não tenho ajuda de ninguém nesse ramo”.

 

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Recentemente, Natalia postou foto com o novo namorado, mas não quer entrar em detalhes sobre a vida conjugal. No entanto, ela planeja se aposentar da carreira de modelo, quer casar, ter filhos e se dedicar aos negócios.

 

 

 

 

 

 

 

Fotos: Guto Bordoni / Divulgação

 

Extra

Regionais : HOMEM É PRESO POR FURTAR VIATURA POLICIAL E SUA MULHER TAMBÉM 'VAI EM CANA' POR TENTATIVA DE SUBORNO
Enviado por alexandre em 31/07/2019 00:37:09


Gedeon e sua mulher Andreza foram presos e vão responder a processos na Justiça Comum

Uma equipe de policiais da Delegacia Especializada em Roubos e Furtos de Veículos (DERFV) cumpriu o mandado de prisão preventiva de Gedeon Alves da Cunha, 34, conhecido como “Gegê”, acusado de ter furtado uma viatura policial descaracterizada.

 

No momento da prisão de Gedeon, a mulher dele, Andreza Albuquerque de Souza, também foi presa por corrupção ativa após oferecer R$ 10 mil para que os policiais deixassem de cumprir o mandado de prisão.

 

De acordo com o delegado titular da DERFV, Cícero Túlio, durante a lavratura do auto de prisão em flagrante foi verificada a existência de um boletim de ocorrência contra Andreza Albuquerque.

 

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Delegado titular Cícero Túlio esclareceu detalhes

sobre a prisão de "Gegê" e sua mulher (Foto: Divulgação)


No B.O., uma assessora da juíza da 2ª Vara de Especializada em Crimes de Uso e Tráfico de Entorpecentes (Vecute) denunciou que Andreza estaria tentando lhe subornar para favorecer “Gegê” em um processo que ele responde naquele orgão do Poder Judiciário do Amazonas.

 

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O delegado Cícero Túlio disseu que a partir de agora Gedeson passa a responder na Justiça por crime de furto qualificado, e sua mulher Andreza, vai responder a processo por tentativa de suborno.  

Regionais : Conheça a tocante história da enfermeira que adotou garoto com paralisia cerebral abandonado pelos pais
Enviado por alexandre em 31/07/2019 00:33:26


Solange, que tinha dois empregos, teve de deixar a função na empresa de home care, para se dedicar aos cuidados com a criança

A cortina ilustrada por pequenos ursos está aberta e ilumina o quarto na residência localizada em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá (MT). O sol clareia o cômodo repleto de aparelhos hospitalares que mantêm a vida de Ronei Gustavo Pires, de 12 anos.

 

O garoto passa o dia deitado na cama. Um artesanato, pendurado na porta do lugar, avisa: "aqui dorme um príncipe".

 

Por meio do olhar, a sua única forma de comunicação com o mundo, Ronei assiste atento a cada movimentação no quarto. A rotina dele é acompanhada 24 horas por dia pela mãe, a enfermeira Solange Maria Pires, de 56 anos.

 

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Há uma década, eles se encontraram pela primeira vez. O amor que ela que sentiu pelo garoto fez com que o adotasse. A decisão mudou completamente o futuro dos dois.

 

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Ronei nasceu com agenesia do corpo caloso, uma má-formação congênita na qual a criança não possui a estrutura que conecta os dois hemisférios cerebrais. Ele também tem neuropatia crônica, possivelmente causada pela falha na formação do cérebro, que atinge o sistema nervoso e afeta o desenvolvimento de funções como a postura e os movimentos.

 

Desde recém-nascido, o garoto tem um quadro grave de convulsões, que pode ter sido causado pela neuropatia. Aos oito meses de vida, enquanto era amamentado, ele teve um episódio de broncoaspiração - quando alimentos ou líquidos são aspirados pelas vias aéreas - e a família biológica, segundo Solange, demorou para buscar ajuda médica.

 

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O fato prejudicou ainda mais a saúde de Ronei. Com pouco mais de um ano, ele foi diagnosticado com paralisia cerebral e passou a viver em estado vegetativo.

 

Os problemas de saúde fizeram com que o garoto, que nasceu em Cuiabá, fosse abandonado pelos pais biológicos antes de completar um ano. Quando Solange o conheceu, ele vivia em um lar para crianças e adolescentes aptos à adoção, na capital mato-grossense.
Solange, que é divorciada, morava sozinha quando decidiu adotar a criança. Os outros dois filhos dela, hoje com 33 e 37 anos, eram casados e haviam se mudado da casa da mãe. Com a adoção do caçula, a enfermeira passou a dedicar grande parte da vida aos cuidados com o garoto.

 

"Eu sinto o mesmo amor pelos meus três filhos. Mas sei que me dedico mais ao Ronei do que me dediquei aos outros dois, porque eles sempre foram saudáveis, se desenvolveram normalmente e foram saindo das minhas asas. Já o Ronei, sei que vai estar sempre aqui e sempre vai precisar dos meus cuidados", diz Solange à BBC News Brasil.

 

A decisão de adotar o garoto que vive em estado vegetativo causou espanto entre alguns conhecidos da enfermeira. "Algumas pessoas me desaconselharam, me disseram para viver uma fase mais tranquila, pois meus filhos já estavam criados. Mas eu não tive dúvidas de que deveria cuidar do Ronei. Ele é meu filho, assim como os outros dois que eu pari", declara.

 

No Brasil, encontrar pais para crianças com alguma doença ou deficiência é uma difícil missão. Segundo o Cadastro Nacional de Adoção, há 46,1 mil pretendentes à adoção. Destes, apenas 4.623, pouco mais de 10% do total, aceitam crianças com deficiência física ou mental.

 

Ainda de acordo com dados do CNA, conforme levantamento acessado nesta semana, há 9.550 crianças e adolescentes aptos para adoção. Deste total, 2.452 possuem problemas de saúde.


O encontro de mãe e filho


As internações de Ronei eram constantes desde o nascimento dele, em cinco de maio de 2007. Depois da piora do quadro de saúde do jovem, após a broncoaspiração, o garoto foi levado a um lar para crianças, após pedido da equipe médica que o atendia, pois os profissionais consideraram que ele não recebia os cuidados adequados da família biológica.

 

O garoto passou semanas no lar, mas os problemas de saúde pioraram. Ele teve infecção e foi encaminhado novamente ao hospital, onde passou meses internado. A Justiça de Mato Grosso acolheu pedido do Ministério Público e determinou que o Estado custeasse serviços de home care - internação domiciliar - para a criança.

 

Era fim de 2008. Solange trabalhava como enfermeira em uma empresa que prestava serviços de home care. Junto com uma equipe, foi em busca de Ronei, após a decisão judicial que permitiu ao garoto o direito à internação domiciliar.

 

'Não tive dúvidas de que deveria cuidar do Ronei. Ele é meu filho, assim como os outros dois que eu pari', diz Solange â?? Foto: Emanoele Daiane

Fotos: Divulgação

 

"Fui atrás dele na casa dos pais biológicos e da avó, mas ele não estava. Me disseram que ele estava no Lar da Criança. Depois, descobri que ele estava internado no Pronto-Socorro de Cuiabá", diz. Os pais biológicos, segundo a enfermeira, haviam visitado o garoto poucas vezes no hospital.


Após Ronei receber alta médica, a Justiça determinou que o Estado pagasse uma casa para a família biológica morar com ele, pois a residência dos pais era precária e não tinha condições para receber a home care. "A expectativa era de que os familiares se reaproximassem do Ronei e ajudassem o tratamento dele, caso fossem para um novo lar", conta a enfermeira.

 

Ronei passou mal novamente, semanas depois de receber alta, e foi levado ao Pronto-Socorro, após diversas convulsões. Em estado grave, foi encaminhado para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). O garoto deixou de respirar espontaneamente e passou a necessitar do aparelho de ventilação mecânica.

 

Dias após a internação, a Justiça determinou que ele saísse do hospital em 24 horas e fosse colocado em uma home care.

 

O garoto não tinha lugar para ser levado com a internação domiciliar. Não havia uma definição sobre a casa que poderia ser concedida para a família dele. No lar de crianças, seriam necessárias adaptações para receber os equipamentos. Ronei, então, foi levado para um quarto vazio na sede da empresa de home care. O cômodo foi adaptado e os aparelhos hospitalares foram instalados no local.

 

"A gente acreditava que ele passaria semanas no quarto da empresa, a família se reestrutaria, conseguiria a casa e tudo daria certo", conta Solange.

 

A família do garoto foi informada sobre a situação dele. Porém, segundo a enfermeira, os pais o visitaram apenas duas vezes na empresa.
"Foram visitas rápidas, que não duraram 15 minutos", relata Solange.

 

Após Ronei passar três meses no quarto, a dona da empresa informou que ele não poderia permanecer no quarto por mais tempo. "Eles não poderiam ficar tantos meses assim com uma criança, porque ali era uma empresa", relembra.

 

Quando percebeu a incerteza sobre o futuro do garoto, na época com quase dois anos, Solange decidiu levá-lo para casa. "Falei que pediria a guarda dele na Justiça e que cuidaria dele, até resolver a questão com a família."


A Justiça concedeu a guarda provisória de Ronei para a enfermeira. Ela adaptou o quarto da filha, que havia se casado poucos meses antes, para receber o garoto e os equipamentos da internação domiciliar - como um tubo de oxigênio e um aparelho de ventilação mecânica.

 

Solange, que tinha dois empregos, teve de deixar a função na empresa de home care, para se dedicar aos cuidados com a criança. Ela continua trabalhando em um hospital de Cuiabá.

 

A guarda do garoto


Por um ano, Ronei viveu de modo provisório na casa de Solange. No período, os pais do garoto o procuraram apenas uma vez.

 

"Eles foram na empresa de home care, para saber da casa que a Justiça tinha determinado que conseguissem. Eles foram informados que o filho estava com uma família, mas nunca me procuraram", conta.

 

Os pais não conseguiram a residência, pois não eram mais os responsáveis pela criança.

 

Solange tem casa própria e não precisou do benefício que havia sido oferecido aos pais biológicos do garoto.

 

"Essa residência, que havia sido determinada pela Justiça, é para as pessoas que não estão em um lugar com condições adequadas para a internação domiciliar", ressalta a enfermeira.

 

A última vez em que Solange viu os pais biológicos de Ronei foi no início de 2010, no Fórum de Cuiabá.

 

"A juíza me convocou e pensei que os pais queriam a guarda dele. Eu disse a ela que, caso eles quisessem de volta, seria um direito deles.

Mesmo que isso me entristecesse, não poderia fazer nada."


"Mas a juíza me disse que os pais falaram que não tinham condições psicológicas, nem financeiras, para ficar com o Ronei. Eles abriram mão do filho, disseram que eu poderia criá-lo", conta.

 

A magistrada explicou a Solange que ela não era obrigada a continuar com o garoto, caso não quisesse. Se a enfermeira não criasse Ronei, ele seria levado a um lar para crianças aptas à adoção.


"Não tive dúvidas, disse que o Ronei era meu filho e que ficaria com ele", diz Solange.

 

"A juíza me perguntou duas vezes, porque queria que eu tivesse certeza da responsabilidade que teria pela frente. Novamente, disse que era aquilo que eu queria. Não iria abrir mão do meu filho", relata a enfermeira, que recebeu apoio dos dois filhos.

 

A decisão da mãe de Ronei comoveu a magistrada. "A juíza me disse que nunca tinha chorado, mas chorou naquele momento, porque ficou comovida com o meu caso."


Solange passou pelos procedimentos necessários para conseguir a guarda definitiva de Ronei - como análise da residência por assistentes sociais e uma entrevista na qual detalhou sobre a sua rotina. Menos de um mês depois, obteve a guarda definitiva do filho.

 

Os procedimentos para adoção de crianças com deficiência ou doença crônica são mais rápidos que os demais. Em 2014, a prioridade a esses processos foi estabelecida em texto acrescido à legislação. Anteriormente, tais casos já eram tidos como prioritários e tinham mais rapidez, por serem considerados incomuns.

 

"Essa distinção [nos processos] é fundamental para incentivar as adoções envolvendo essas crianças. Isso porque ainda há bastante resistência de famílias inscritas em cadastro nacional para aceitar crianças com deficiência ou doença crônica", explica a advogada Regina Beatriz Tavares da Silva, presidente da Associação de Direito de Família e das Sucessões.

 

Segundo a advogada, o baixo número de interessados em crianças com deficiência ou doença crônica ocorre em razão da complexidade que envolve os cuidados com elas. "Isso acaba por suscitar insegurança sobre como essa dificuldade poderá interferir, modificar ou repercutir em suas vidas."

 

"Por isso é importante sempre lembrar que a geração de um filho, que acontece também na adoção, envolve sempre uma experiência de renovação e aceitação", acrescenta.

 

'Eu sou a mãe dele'

 

Grande parte da vida de Ronei se resume à cama do quarto. Ele recebe ajuda profissional durante todo o dia. A cada 12 horas, um novo técnico de enfermagem chega para acompanhar o garoto - serviço incluído na home care. Solange trabalha em um hospital no período da manhã e, por meio do celular, fica atenta a tudo o que acontece com o filho. "O tempo todo pergunto como ele está ou peço para mandarem fotos. É uma preocupação constante", diz.

 

Quando não está no trabalho, a enfermeira tenta se distanciar de Ronei o mínimo possível.

 

"Se eu saio, tento voltar rápido. Nas vezes em que viajei, tive que comprar passagens perto da data, porque se ele não estiver bem, não viajo. E não posso ficar dias longe", comenta.


Diariamente, Ronei toma seis anticonvulsivos. Ele se alimenta por meio de uma sonda. Uma vez por semana, o garoto, que nunca andou ou falou, passa por acompanhamento com fonoaudiólogo e com fisioterapeuta - serviços incluídos na home care para auxiliar no desenvolvimento dele.

 

Todos os meses, Solange recebe um salário mínimo, referente a um benefício do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), para ajudar nos cuidados com o filho. Por meio do auxílio, ela busca ajuda médica.

 

"Gasto boa parte desse dinheiro com consultas para ele, porque tive de cortar o nosso plano de saúde, pois ficou muito caro. Pelo SUS (Sistema Único de Saúde), as consultas demoram muito. Então, acabo tendo de recorrer aos particulares."

 

Apesar da ajuda profissional, Ronei tem ficado mais debilitado com o passar dos anos. "Ele está regredindo e atrofiando. As mãos e os pés dele tinham mais força antes, mas agora está mais fraco. Infelizmente, não há muito o que ser feito no caso dele", lamenta a mãe.

 

O neuropediatra Marcos Escobar explica que a neuropatia, como no caso que acomete Ronei, costuma apresentar sintomas que pioram com o passar dos anos.


"Muitas vezes, pelo fato de o paciente não conseguir se movimentar bem e por seus músculos ficarem tensos, os tendões se retraem e encurtam. A longo prazo, os ossos e as articulações podem se deformar", diz o especialista, que ressalta que não há cura para a enfermidade.

 

A falta de esperanças para o futuro do garoto entristece a mãe. Apesar disso, a enfermeira afirma que não se arrepende de ter passado grande parte da última década se dedicando aos cuidados com Ronei. "Parei muita coisa por ele. Mas é normal uma mãe fazer isso por um filho."

 

"Uma médica me disse que ele viveria somente até os oito anos, mas ele está aqui comigo até hoje. Acho que o que mantém vivo é o amor que ele recebe", diz.


O principal desejo de Solange para o futuro do filho caçula é que ele tenha qualidade de vida. "Peço a Deus que se for para levar o Ronei, que não seja nada doloroso. Não quero que ele sofra em um hospital."

 

"Também peço a Deus para que eu não morra enquanto o Ronei estiver aqui. Por que quem vai cuidar dele do jeito que cuido? Quem vai dar toda a atenção? Espero que Deus me atenda. Depois que ele partir, posso ir sossegada. Mas antes, preciso continuar por aqui."

 

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O garoto, que pouco conhece sobre o mundo fora do quarto, acompanha com olhos atentos cada declaração da mãe. "Não sabemos até que ponto ele nos entende, por causa das lesões no cérebro", explica Solange, enquanto segura a mão esquerda do filho. 

 

G1

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