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Regionais : Amazonas e mais 3 estados podem entrar em ‘aceleração descontrolada’ devido o Covid-19
Enviado por alexandre em 04/04/2020 22:04:29


hospital

Análise do Ministério da Saúde mostra que quatro estados e o Distrito Federal estão em transição para a fase de “aceleração descontrolada” da Covid-19. São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Amazonas têm alta incidência de casos, assim como o Distrito Federal.

O documento, que faz parte do novo boletim epidemiológico do ministério que está previsto para ser divulgado neste sábado (04), mostra que o Brasil ainda não tem testes e leitos suficientes para fase aguda da epidemia. O jornal Folha de S.Paulo teve acesso ao texto.

Este sábado é o 37º dia desde a confirmação do primeiro caso de Covid-19 no país. No documento a ser publicado, a pasta faz uma revisão da trajetória do vírus e reconhece gargalos diante de uma possível fase crítica.

O documento descreve quatro fases para a epidemia: localizada, aceleração descontrolada, desaceleração e controle.

A avaliação da pasta é que nos quatro estado e no DF, a taxa de incidência já fica acima da nacional, que é de 4,3 casos por 100 mil habitantes. No Distrito Federal, já é quase o triplo: 13,2 casos a cada 100 mil habitantes.

Por isso, a pasta reforça a recomendação para que os estados mantenham medidas de distanciamento social. “Este evento representa um risco significativo para a saúde pública, ainda que a magnitude (número de casos) não seja elevada do mesmo modo em todas os municípios”, aponta o ministério, que avalia o risco nacional como “muito alto”.

Isso porque haverá uma insuficiência de insumos. De acordo com o documento, a rede atual de laboratórios é capaz de processar 6.700 testes por dia. No momento mais crítico da emergência, porém, serão necessários 30 mil a 50 mil testes por dia. Continue reading

Regionais : Papa pede para fiéis não lucrarem com pandemia
Enviado por alexandre em 04/04/2020 21:47:29


Ansa

 Durante a missa na Casa Santa Marta, que foi transmitida online neste sábado (4), o papa Francisco pediu para que ninguém se aproveite deste momento de dor provocado pela pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) para obter lucro.   

“Rezemos hoje para que o Senhor dê a todos uma consciência reta, uma consciência transparente, que possa mostrar-se a Deus sem envergonhar-se”, disse Francisco.   

O Pontífice explicou que durante momentos “de desconforto, de dificuldades, de dor”, principalmente como o originado pela pandemia da Covid-19, “muitas vezes as pessoas veem a possibilidade de fazer muitas coisas boas. Mas também não deixa de vir a alguém a ideia não muito boa de aproveitar a situação para si e obter lucro”. Durante a homilia, o líder religioso usou o Evangelho de São João que relata a decisão de Sinédrio de matar Jesus após o sinal de ressurreição de Lázaro para explicar que “já há muito que os doutores da Lei, também os sumos-sacerdotes, estavam inquietos porque ocorriam coisas estanhas na região”.   

“Foi um processo que começou com pequenas inquietações no tempo de João Batista e depois acabou nesta reunião dos doutores da Lei e dos sacerdotes. Um processo que crescia, um processo que era mais seguro da decisão que deviam tomar, mas ninguém a tinha dito assim de forma clara: ‘Este deve ser eliminado'”, acrescentou. Jorge Bergoglio disse que “o modo de fazer dos doutores da Lei é uma figura”, como a tentação age e “por trás dela evidentemente estava o diabo que queria destruir Jesus”.   

“A tentação geralmente age deste modo em nós, começa com pouca coisa, com um desejo, uma ideia, cresce, contagia e no final se justifica. Esses são os três passos da tentação”, afirmou Francisco, ressaltando que todos quando “vencidos pela tentação” ficam “tranquilos”, porque encontram “uma justificação para este pecado, para esta vida não segundo a Lei de Deus”.



Lombardia impõe uso obrigatório de máscaras

Por Ansa

O governador da Lombardia, Attilio Fontana, anunciou que a partir deste domingo (5) o uso de máscaras de proteção será obrigatório quando os cidadãos saírem pelas ruas do norte da Itália.   

A determinação é mais uma medida protetiva contra a propagação do novo coronavírus (Sars-CoV-2), que já contaminou 49.118 pessoas na região. Segundo Fontana, todos os moradores que precisarem circular pela Lombardia devem utilizar máscaras ou qualquer outra proteção no nariz e boca.   

Questionado sobre a medida, o chefe da Defesa Civil, Angelo Borrelli, disse que a prevenção “é importante”. “Máscaras obrigatórias na Lombardia? Eu não uso porque respeito as distâncias. É importante usá-la se as distâncias não forem respeitadas”, concluiu. 

Regionais : Está na hora de começarmos a falar sobre Mourão
Enviado por alexandre em 04/04/2020 21:46:06


Por Marcos Strecker, da ISTOÉ

Jair Bolsonaro continua resistindo a combater a epidemia do coronavírus, na contramão do mundo. Mais que isso, aproveita para radicalizar seu discurso contra os outros Poderes. Está cada vez mais isolado e perde as condições políticas de liderar o País. Com isso, cresce a percepção de que é necessária uma alternativa para driblar a paralisia e recolocar o País nos trilhos após a crise — que é ao mesmo tempo econômica, sanitária, institucional e social. Ao se colocar como um obstáculo para a condução do País, a alternativa constitucional que se impõe é a ascensão do vice Hamilton Mourão. De uma mera hipótese, a tese do afastamento já é tratada em Brasília como uma possibilidade concreta.

O isolamento do presidente atingiu seu ápice no início da última semana, depois que foi confrontado pelo núcleo militar do Palácio do Planalto e pelos principais ministros — Sergio Moro (Justiça), Paulo Guedes (Economia) e Luiz Henrique Mandetta (Saúde). Todos são a favor do isolamento social, um consenso internacional. O titular da Saúde se recusou a voltar atrás nas suas recomendações técnicas, mesmo confrontado pelo mandatário. No sábado, 28, disse que o presidente precisaria demiti-lo se quisesse mudar a orientação do ministério. Bolsonaro recuou. Na terça-feira, 31, em seu quarto pronunciamento na TV sobre a pandemia, falou em um tom mais conciliador. Mas, como havia feito antes, voltou a distorcer a mensagem do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, que citou o risco que as medidas de isolamento trariam para os mais pobres. Ao contrário do que o presidente insinuou, a menção pregava a assistência financeira, e não o fim das medidas de isolamento. O pronunciamento gerou uma nova onda de panelaços pelo país. O novo tom durou pouco. Na manhã seguinte, divulgou no Twitter um novo ataque aos governadores, com uma notícia falsa sobre desabastecimento na Ceasa de Belo Horizonte.

Essa nova mensagem em cadeia nacional foi o resultado de uma semana de crises dentro do Palácio do Planalto. No dia 24, o presidente havia decidido radicalizar seu discurso. Além de temer as consequências da recessão para o seu mandato, queria contra-atacar os governadores que lideravam a mobilização. Fez nesse dia um pronunciamento raivoso pregando o fim do confinamento em massa. Pretendia mobilizar os militares, mas o movimento não foi acompanhado, inclusive pelos da ativa. Um dos militares com gabinete no Palácio do Planalto se recusou a endossar o discurso e deixou o Planalto. O general Edson Leal Pujol, comandante do Exército, divulgou horas antes desse pronunciamento um vídeo dizendo que a corporação estava integrada ao esforço contra o coronavírus. Disse que essa “talvez seja a missão mais importante de nossa geração”. O tuíte teve enorme visibilidade.

O presidente tem mostrado cada vez mais instabilidade emocional. No início do ano, havia tentado dar mais protagonismo ao núcleo militar do governo, em detrimento do grupo ideológico. Com o agravamento da crise, voltou-se para os filhos. Para tentar recuperar o controle da crise, escalou o general Walter Braga Netto, chefe da Casa Civil. Ele passou a liderar o Comitê de Crise com o objetivo de tirar a visibilidade do ministro da Saúde, mas a manobra deixou ainda mais estampada a fragilidade na condução do processo. O ministro da Defesa, Fernando Azevedo, o secretário de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e Braga Netto têm buscado conter o ímpeto do presidente contra as medidas de isolamento, mas sem sucesso. Isso provocou em Brasília reuniões entre militares para discutir os possíveis cenários. Os militares estão apoiando Bolsonaro menos por convicção e mais porque temem a crise institucional. Além disso, consideram que a emergência pode derivar para distúrbios, com a falta de comida e a perda de empregos. Os militares também não desejam ser instrumentalizados em uma disputa política do presidente com outros Poderes, ou com os governadores. O medo é que o presidente, acuado, radicalize e seja tentado a gestos autoritários — afinal, já chegou a dizer que não pensava no Estado de Sítio “nesse momento”. “Quem quer dar o golpe jamais vai falar que quer dar”, respondeu em outra ocasião. As Forças Armadas não desejam ser envolvidas em uma aventura. Há a delicadeza também de que a imagem da corporação hoje está associada ao governo. Esse é mais fator que leva os militares a tentar conter o isolamento do chefe, apesar de sua atitude errática e cada vez mais agressiva. Por isso, as mensagens emitidas têm sido ambíguas, destacando a preocupação, mas ao mesmo tempo dando suporte ao presidente. Na véspera do último pronunciamento, Bolsonaro pediu a ajuda do ex-comandante do Exército, o general Eduardo Villas-Bôas, após uma desastrada visita que fez ao comércio popular em Brasília. O militar, que tem ascendência entre os seus pares, aquiesceu. Divulgou um tuíte em defesa do presidente, alertando que “ações extremadas podem acarretar consequências imprevisíveis”.

Sem o apoio do Congresso

No caso da crise se agravar, é possível que o governo seja informalmente dirigido por um comitê de ministros, ou por meio de uma maior participação dos militares. Isso não seria inédito na história política brasileira. Quando o governo Collor derretia, a condução também passou a ser de um grupo de “notáveis” do ministério. Como há a sensação de Bolsonaro já não governa, discutem-se em Brasília alternativas. Uma saída seria a renúncia, mas o presidente não dá nenhum sinal de considerar essa possibilidade. Lideranças no Congresso relutam em colocar o impeachment em marcha, pois temem que o mandatário utilize a iniciativa para posar de vítima dos políticos e do “establishment”. Mas a perda de sustentação parece irreversível. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, declarou na última quarta-feira que o governo Bolsonaro não tem mais apoio no Congresso e terá de estabelecer nova relação com o parlamentares após a crise. Nesse momento, o Parlamento está empenhado em buscar soluções para a pandemia, mas, depois, “a situação tende a se complicar para o governo”, afirmou. Outro caminho para o afastamento é a notícia-crime por crimes contra a saúde pública. Uma ação nesse sentido foi encaminhada na segunda-feira, 30, pelo ministro do STF, Marco Aurélio Mello, para a Procuradoria-Geral da República, em resposta a um pedido feito pelo deputado Reginaldo Lopes, do PT mineiro. No mesmo dia, sete partidos de esquerda também decidiram ingressar com uma notícia-crime contra o presidente, pedindo o seu enquadramento por incitação à prática de crime. Outra possibilidade constitucional é a interdição. Um grupo de advogados solicitou no último dia 21 ao Ministério Público do Distrito Federal que o presidente seja considerado incapaz para os atos da vida civil. Eles pedem que seja feita uma avaliação psiquiátrica de Bolsonaro, pois suas atitudes na crise teriam configurado “um considerável grau de desorientação e confusão psíquica”.

O jurista Miguel Reale Jr., que foi um dos responsáveis pelo pedido de impeachment de Dilma Rousseff, não vê oportunidade nesse momento para o impeachment. Mas acha que já há embasamento técnico, pois está caracterizada a contínua falta de respeito às leis e à dignidade da função. “Ele é o inimigo da saúde pública, não tem limite ético, é amoral.” Mas ele considera que não é o momento de politizar, pois um eventual processo de impeachment, além de lento, poderia servir ao próprio presidente. “É o instante da classe política e entidades médicas atuarem na luta pela saúde pública.” Após o pronunciamento de Bolsonaro no dia 24, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reagiu. “O presidente repetiu opiniões desastradas sobre a pandemia. O momento é grave, não cabe politizar, mas opor-se aos infectologistas passa dos limites. Se não calar estará preparando o fim. E é melhor o dele que de todo o povo. Melhor é que se emende e cale”, divulgou no Twitter. Líderes de esquerda — Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (PSOL) e Flávio Dino (PCdoB) — pediram a renúncia.

Além do freio de arrumação imposto pelos ministros, o Congresso e o Judiciário já deixaram claro que vão impor limites à atuação de Bolsonaro. O presidente do STF, Dias Toffoli, disse que não dá para combater o coronavírus com “achismos” e defendeu a atuação de Mandetta. O ministro Luís Roberto Barroso vetou a campanha “O Brasil não pode parar”, divulgada — e depois suprimida — dos canais oficiais. Gilmar Mendes usou seu Twitter para defender as recomendações da OMS: “A crise não sustenta o luxo da insensatez”. Além de encaminhar a notícia-crime à PGR, o ministro Marco Aurélio Mello decidiu que governadores e prefeitos podem determinar sobre restrições de circulação de transporte.

Foco em Mourão

As atenções em Brasília se voltam para o vice, que tem a simpatia em um amplo espectro político. Formado na Academia Militar das Agulhas Negras, Mourão nunca foi próximo do presidente, apesar de manter uma relação cordial desde os anos 1980. Foi escolhido para ocupar a vaga de vice quando se preparava para concorrer ele mesmo à Presidência, em 2018. É conhecido pela franqueza, o que o indispôs com os ex-presidentes Dilma Rousseff e Michel Temer. Para compor a chapa com Bolsonaro, teve o cuidado de garantir que a agenda econômica fosse liberal. No início da gestão, Mourão foi bombardeado pelo gabinete do ódio por demonstrar muita autonomia. Diminuiu o número de entrevistas, mas não deixou de mostrar sua personalidade e demarcar diferença em relação a posições das quais discorda. Tem se mantido no fio da navalha para defender Bolsonaro e, ao mesmo tempo, desfazer equívocos e criticar as ações desastradas do governo. Recentemente, desautorizou Eduardo Bolsonaro, quando esse criou um incidente diplomático com a China — ao culpá-la pela disseminação do coronavírus. Mourão afirmou que o filho “03” do presidente não falava em nome do governo: “Se o sobrenome dele fosse Eduardo Bananinha, não teria problema nenhum. É só por causa do sobrenome. Não é a opinião do governo”. Da mesma forma, em plena crise do coronavírus, quando o presidente desautorizou o ministro da Saúde, ele foi uma voz dissonante. “A orientação do governo é uma só: isolamento e distanciamento entre as pessoas.” Foi o único general de quatro estrelas do Planalto a se contrapor publicamente ao presidente na crise. Isso incomodou Bolsonaro, que revidou publicamente: “Com todo o respeito ao Mourão, mas ele é mais tosco do que eu. Muito mais tosco. Não é porque é gaúcho, não. Alguns falam que eu sou um cara muito cordial perto do Mourão.”

Pragmático

O vice é poliglota e defende uma política externa pragmática. Além de fiador das relações estratégicas com a China, é o responsável pela coordenação do Conselho da Amazônia, que foi criado depois que as queimadas e os ataques de Bolsonaro fragilizaram a relação brasileira com os investidores. Em vários temas se diferencia do presidente, como o aborto (acha que é uma opção da mulher) e a transferência da Embaixada em Israel para Jerusalém (é contra). Como militar, tem uma carreira sólida em vários comandos e experiência internacional, como adido militar na Embaixada na Venezuela — o que o tornou um líder natural para formular a política atual em relação ao país. Ao contrário de Bolsonaro, sempre defendeu o papel da imprensa. Mantém a posição do Exército sobre o regime militar. No aniversário dos 56 anos do golpe de 64, na última terça-feira, divulgou que a intervenção tinha ocorrido para enfrentar “a desordem, a subversão e a corrupção”, e que o movimento pertencia à história.

“O Mourão é extremamente íntegro, inteligente, educado e trabalhador. É mais bem preparado em vários sentidos do que o Bolsonaro. Administraria muito bem o País”, diz o deputado Alexandre Frota, que já protocolou um pedido de impeachment contra o presidente. “É preparado, sabe lidar com conflitos e divergências. É sobretudo um homem de diálogo “, diz a líder do PSL na Câmara, Joice Hasselmann. O senador Major Olímpio, do PSL, diz que “engana-se quem pensa que o Mourão é um troglodita”. Segundo ele, “o centro hoje está confortável porque manda, ignora e afronta Bolsonaro quando quer. Só haveria impeachment se fosse uma situação muito flagrante. Mourão é tão boa alternativa que Bolsonaro o escolheu, mas entendo que o melhor para o País será o presidente seguir governando e dar espaço no governo ao Mourão, a começar pela coordenação política”.

No caso de a crise se agravar, é possível que o governo seja informalmente dirigido por um comitê de ministros, ou por meio de uma maior participação dos militares

Apesar de Bolsonaro ter minado boa parte de seu capital político na pandemia, ele ainda mantém o apoio de seu eleitorado mais fiel. Mas está decepcionando muitos setores que se iludiram com ele. É significativo que até o astrólogo Olavo de Carvalho já esteja se distanciando do pupilo. O presidente também está sendo abandonado pelo centro, que votou nele para afastar a ameaça da volta do PT ao poder. Internacionalmente, sua imagem não poderia ser pior. Foi descrito pela centenária revista americana “The Atlantic” como o “líder mundial do movimento de negação do coronavírus”. O jornal britânico “The Guardian” disse em editorial que ele “era um perigo contra os brasileiros”. Nunca o País teve um mandatário no papel de pária mundial. Está cada vez mais clara a sua incapacidade para liderar o País. Mesmo que nesse momento a melhor saída seja driblar o obstáculo presidencial e lidar com a emergência sanitária, a solução definitiva começa a se impor. Se for afastado, Bolsonaro terá um fim melancólico, processado por crime e indisciplina, como começou a carreira. Será um efeito colateral — benéfico — da Covid-19.

O comandante do Exército, general Edson Pujol, divulgou  um vídeo dizendo que o coronavírus “talvez seja a missão mais importante de nossa geração”. O presidente repetiu as mesmas palavras  em seu pronunciamento  de recuo na terça-feira, 31

Regionais : Sim, a igreja é um “serviço essencial” para o Brasil, afirma pastor.
Enviado por alexandre em 04/04/2020 17:14:13

Josué Valandro Jr. ecoa decreto presidencial e enfatiza papel fundamental da igreja

Fonte: Gospel Prime

Por Neto Gregório

Gospel Prime promove uma série de entrevistas com líderes e pastores de diversas denominações para entender o momento que estamos vivendo, como a igreja deve se portar e o que Deus está dizendo ao mundo.

Nossa primeira entrevista é com o pastor Josué Valandro Jr., líder da Igreja Batista Atitude (IBA) há 14 anos, escritor, conferencista e apresentador do programa Tempo de Atitude, na Rede TV!.

O pastor enfatiza a importância da igreja em meio ao medo e pânico causados pela pandemia de Covid-19 e ecoa o decreto presidencial afirmando que “sem sombra de dúvidas, a igreja é um serviço essencial” para o Brasil nesse momento.

O líder lembra que a igreja tem o papel de “levar ao mundo uma palavra de esperança” e que deve demonstrar aos não-cristãos a “nossa fragilidade e necessidade de Deus”. “Podemos acreditar que Deus nos ama e que Ele tem uma saída para qualquer situação”, ensina.

Valandro Jr. enfatiza o papel social da igreja e como ela deve cuidar dos necessitados, principalmente, em meio à crise econômica que se avizinha. “Nós estamos – literalmente – matando a fome de muita gente. Alguns autônomos não estão ganhando nada. A reserva já se foi”, diz.

“Cuidando do espiritual, emocional e material”, afirma convicto de que a igreja “é um serviço essencial para esse momento no Brasil”.

O que podemos aprender?

Sobre as mudanças que a pandemia tem causado, o apresentador afirma que “nós somos igreja independente do presencial”, e, por isso, “precisamos ter uma estrutura de trabalho independente do presencial”.

O pastor observa que a igreja deve ser “voltada para fora” e que precisamos “ampliar a forma de nos comunicar com o mundo”.

“Nós estamos aprendendo que somos muito maiores do que aquilo que fazemos dentro dos nossos templos”, enfatiza.

O que se modificará?

O líder da IBA acredita que quando o mundo “voltar ao normal”, no pós-coronavírus, “a tecnologia não será mais um complemento” daquilo que a igreja desenvolve, mas, “um elemento de trabalho”.

Ele aponta que a tecnologia e a internet não serão “apenas alguma coisa que a gente faz para somar” ao ministério, mas terão um “papel vital” na comunicação do Reino.

“Se queremos salvar esse mundo”, salienta, “precisamos tornar a tecnologia como algo fundamental” em nosso evangelismo.

Jair e Michele Bolsonaro recebem oração. (Foto: Reprodução / Instagram – Josué Valandro)

Estamos preparados?

“As nossas igrejas experimentam um mover muito glorioso quando as pessoas se envolvem em cuidar dos outros”, afirma.

O pastor acredita que é no meio de crises que a força da noiva de Cristo se apresenta. “A igreja só enfrenta problemas quando se volta para si mesma, mas toda vez que chega um desafio – pessoas para ela cuidar -, a igreja cresce, melhora e se aperfeiçoa”, diz.

Ele lembra que os fiéis possuem “experiência em amar” e, por isso, estamos preparados para oferecer ajuda aos necessitados.

O que Deus está dizendo?

“Vocês não se bastam”, afirma. “Deus está dizendo ao mundo: olha, um microscópico vírus entra num palácio de uma rainha, no palácio do presidente, entra na casa do famoso, do bilionário, ou seja, o dinheiro de vocês, as fortalezas de vocês, não são suficientes para blinda-los de um pequeno vírus”, pontua.

“Vocês precisam de alguém que os proteja, de alguém que reacenda em vocês duas palavrinhas: esperança e futuro”, enfatiza.

O pastor cita Jeremias 29:11-13 para dizer que Deus tem uma “proposta de benção” para o mundo e que “Ele quer resgatar em nós a esperança e o futuro”.

“Não dá para ter futuro sem esperança. A gente chega no futuro, mas chega desesperançado – morto por dentro. E, não dá para ter esperança sem olhar para o futuro”.

Conclui dizendo que “nunca mais seremos os mesmos” e que esse é o momento que a igreja precisar estar “de braços abertos para acolher as multidões que vão nos procurar”.

Regionais : ‘O senhor que me demita’, diz Mandetta em briga com Bolsonaro por telefone
Enviado por alexandre em 04/04/2020 14:02:15


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Radar/Veja

No jantar que teve com Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia na noite da quinta-feira, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, narrou aos chefes do Legislativo o tenso diálogo que travou com o presidente Jair Bolsonaro pelo telefone.

Durante a ligação, o presidente teria dito ao ministro da Saúde que ele deveria pedir demissão e deixar o governo. Mandetta rebateu de pronto: “O senhor que me demita, presidente”.

A partir desse momento, a conversa teria esquentado ainda mais, ao ponto de o ministro da Saúde recomendar ao presidente que ele se responsabilizasse sozinho pelas mortes causadas pelo coronavírus, que já infectou 8.230 brasileiros e matou 343 pessoas.

Apesar da tensa discussão, Mandetta trabalhou normalmente nesta sexta-feira onde participou de uma série de reuniões.

Depois de ser atacado publicamente pelo presidente na quinta-feira, o ministro da Saúde foi jantar com os presidentes do Senado e da Câmara na residência oficial do Senado.

Na conversa, o ministro estava inconsolável. Disse aos chefes do Congresso que a situação com o presidente era “insustentável”. Continue reading


O ator Carlos Vereza com o general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, no dia da posse de Regina Duarte como secretária Especial da Cultura Foto: Reprodução do Instagram

Apoiador de primeira hora de Jair Bolsonaro entre a classe artística, Carlos Vereza fez críticas à postura do presidente em relação ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e anunciou seu rompimento com o governo em seu perfil no Facebook, nesta sexta-feira.

Numa série de postagens, o ator defendeu a atuação de Mandetta e a política de isolamento dos que podem ficar em casa, além de acusar o presidente de “fritar” o ministro.

Em uma das postagens, Vereza destacou : “O número de mortes no país não está maior porque as pessoas estão se preservando em casa. Obrigado Mandetta”. A quarentena defendida pela ministro vem sendo constantemente criticada pelo presidente, que na quinta-feira, em entrevista a rádio Jovem Pan, disse faltar “humildade” ao auxiliar.

Em outro post, o ator acusa: “A mesma fritura de sempre: Bolsonaro agitando seus apoiadores radicais preparando o ambiente para demitir Mandetta”. Em uma outra postagem de texto, Vereza detalha o que seria este expediente: “Essa estratégia de vitimização de Bolsonaro esgotou-se pela repetição, tornou-se previsível, e portanto cansativa. Sempre elege um inimigo, seja real ou imaginário. Assim mantém seus radicais aficionados em constante tensão como se estivesse em clima de campanha permanente. E, aí de quem, em sua equipe, comece a destacar-se pela competência: é fritado e expelido sem remissão; e ele sempre vitimizado, ‘traído’ por aqueles em ‘quem tanto confiou'”.

Em outro post, o ator anunciou o rompimento: “Estava tentando defender Bolsonaro, não tanto por ele, mas pela normalidade das instituições. Mas ele desautorizar publicamente o ministro da saúde por ciúmes, não dá mais: tirei o time”. Vereza também escreveu que vai encerrar suas postagens abertas ao público na rede social.



O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante coletiva no Palácio do Planalto Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

Época

O dia do “fico” de Luiz Henrique Mandetta começou com uma videoconferência e terminou com lamentos de frustração. Era manhã da quarta-feira 25, e o ministro fora desautorizado de forma constrangedora pelo presidente da República na noite anterior, quando Jair Bolsonaro fez um pronunciamento à nação negando a necessidade de isolamento social como forma de conter o avanço do novo coronavírus.

Ao contrariar publicamente a orientação mais premente de seu ministro da Saúde, o presidente abriu uma vala de distanciamento com Mandetta e colocou-o entre a cruz e a espada. Se ficasse no governo, estaria sujeito a um chefe que o diminuía diariamente. Se saísse, deixaria a pasta à mercê da ala mais radical do bolsonarismo, que enxerga na paralisação provocada pela pandemia um obstáculo à reeleição do presidente em 2022.

Mandetta optou por ficar. Permaneceram também as divergências com o presidente. Na noite desta quinta-feira (02), Bolsonaro disse que nenhum de seus ministros é ‘indemissível’ e que ‘falta humildade’ a seu ministro da Saúde. Ao ser questionado sobre as declarações do presidente, Mandetta disse que está trabalhando e não viu a entrevista.

Naquela quarta-feira, na entrevista diária que concede à imprensa para divulgar os números da doença, o ministro tentou distensionar a relação com o presidente e, para isso, flexibilizou a recomendação de isolamento que Bolsonaro tanto criticava. Depois de sua fala colocando em xeque o isolamento, Mandetta foi bombardeado por ligações de aliados e técnicos da saúde.

Ainda muito ligado à classe médica de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, ele tem o mesmo número de celular desde quando atendia em consultório. Também permanece em grupos de WhatsApp dos quais fazia parte antes de virar ministro. Nesses grupos, foi duramente criticado. Cobravam dele uma defesa mais enérgica das medidas de isolamento social, conforme as diretrizes das principais autoridades sanitárias do mundo. Sua mulher, Terezinha, médica em um hospital público de Brasília, é também defensora da política de isolamento — e usou a hashtag #ficaemcasa justamente ao publicar uma foto do casal. Em uma postagem, o deputado federal Fábio Trad (PSD-MS), primo de Mandetta, fazia um apelo para que o ministro não abandonasse suas convicções. “Fique com a ciência. Se isto lhe custar o ministério, paciência. Sangue não vira água!”, escreveu o político em sua conta no Twitter. Continue reading

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