Sonho tucano: o lugar de Dilma já Postado por Magno Martins
O PSDB – Aécio Neves e FHC à frente – não admitirá publicamente, mas sonha com o seguinte cenário: o TSE cassa a chapa Dilma/Temer e, em vez de empossar o segundo colocado, convoca novas eleições. A cúpula tucana avalia que a necessária legitimidade só viria com um novo pleito. Enquanto isso, o martelo já foi batido: Luis Lima Filho, diretor da rede de postos da BR e da cota de Fernando Collor na estatal, não chega ao final da próxima semana no cargo. Já não era sem tempo: segundo disse Ricardo Pessoa em sua delação premiada, o nobre senador alagoano foi beneficiado com uma comissão de 20 milhões de reais num contrato fechado entre a UTC e outro diretor da BR, indicado por ele. (Lauro Jardim . Veja Online)
Delação, só com os outros Postado por Magno Martins
Carlos Brickmann Luiz Sérgio, o relator da CPI da Petrobras, que convocou o ministro José Eduardo Cardozo a depor, criando problemas para o Governo, foi duas vezes ministro de Dilma: primeiro, na Secretaria das Relações Institucionais; depois, na Secretaria da Pesca. Nos dois casos, é mais lembrado por sua aparência, uma espécie de Aloízio Mercadante ainda com cabelo, e pelo apelido: Garçom. Só transmitia as reivindicações dos parlamentares e as enviava a quem de direito, sem poder para atendê-las. Mas é tão dilmista que o PT o tornou relator da CPI. Fora convocar o ministro, Luiz Sérgio convocou também a advogada Beatriz Catta Preta, que se especializou em acordos de delação premiada. Pois não é que Luiz Sérgio teve quase metade dos custos de sua campanha bancados por doações de empresas envolvidas na Operação Lava Jato? E um delator premiado disse que boa parte das doações a partidos vinha de dinheiro de propina? Tradução: é preciso botar um freio nas delações premiadas, atingindo a profissional que mais acordos alcançou na Lava Jato. Beatriz Catta Preta irá depor sobre "a origem dos recursos com que seus clientes têm custeado os respectivos honorários". A tese: se soubessem que os recursos são ilícitos, os advogados estariam envolvidos em lavagem de dinheiro. Na prática, claro, é diferente: primeiro, porque os contatos entre clientes e advogados são sigilosos por lei; segundo, porque não cabe a profissionais terceirizados investigar se o dinheiro de seus honorários foi obtido licitamente ou não pelo cliente, como não cabe ao tintureiro investigar de onde foi tirado o dinheiro para pagar seus serviços. O objetivo é claro: tentar desmoralizar as delações atingindo os advogados. É briga difícil, envolve a OAB, cria inimigos - e só se explica quando a crise é explosiva.
O escudo do guerreiro Postado por Magno Martins
Carlos Brickmann José Dirceu deixou o Governo, onde era "o capitão do time", segundo o presidente Lula, para defender-se sem comprometer seu partido e os demais dirigentes. Foi julgado, condenado, preso, jamais falou contra Lula, ou algo que pudesse comprometê-lo. Houve um zum-zum de que se considerava abandonado, mas ninguém assumiu a responsabilidade pela divulgação do rumor. Pois bem: agora, no pedido de habeas-corpus preventivo ao TRF-4 - Tribunal Regional Federal, em Porto Alegre, os advogados de Dirceu atribuem a Lula o medo de virar vítima. Textual: "Tamanho o receio que as pessoas se encontram, haja vista os métodos investigatórios ultimamente empregados pela Operação Lava Jato, que até mesmo o sr. ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse estar temeroso de que será, também, provavelmente, o próximo alvo da referida operação, não obstante sequer seja um dos investigados nos procedimentos. " José Dirceu revelando um temor de Lula e usando-o em seu favor? Esso também non ekziste. Ou só existe quando a crise é muito, muito grave. |