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Mais Notícias : Delator ouve que diretor da UTC deu propina a Aécio
Enviado por alexandre em 21/01/2016 12:29:24

Delator ouve que diretor da UTC deu propina a Aécio

Postado por Magno Martins

Da Folha de S.Paulo – Ribens Valente, Márcio Falcão e Aguirre Talento

O entregador de valores Carlos Alexandre de Souza Rocha disse, na gravação em vídeo de sua delação premiada, ter ouvido que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) era "o mais chato" na cobrança de propina junto à empreiteira UTC.

A Folha revelou em dezembro que "Ceará", como é conhecido, afirmara em sua delação ter levado R$ 300 mil a um diretor da UTC no Rio, de sobrenome Miranda, que seriam destinados a Aécio. Rocha era um dos transportadores de valores contratados pelo doleiro Alberto Youssef.

No vídeo ao qual a reportagem teve acesso, Rocha disse que o episódio lhe "marcou muito". Contou que Miranda estava ansioso pela "encomenda" e teria lhe falado: "Esse dinheiro tá me sendo muito cobrado".

Veja todos os vídeos inéditos de delatores da Lava Jato

Questionado por "Ceará", o diretor da UTC teria respondido que se tratava de Aécio o destinatário do dinheiro. "[Miranda] ainda falou que era o mais chato que tinha para cobrar", contou Rocha.

Quando perguntado se o dinheiro tinha sido encaminhado para Aécio, Rocha disse: "Sim, senhor. Ele [Miranda] falou bem claro pra mim em alto e bom som".

"Ceará" disse que o diretor fez um "desabafo": "Eu sei que ele fez esse comentário, que era quem cobrava, enchia o saco, ele tava de saco cheio de tanta cobrança desse dinheiro".

Em sua delação, "Ceará" também acusou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) de ter recebido propina.

Neste caso, porém, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki determinou o arquivamento da investigação depois de uma contradição com o depoimento de outro delator.

OUTRO LADO

A assessoria de Aécio respondeu, em dezembro, que considerava "absurda e irresponsável" a citação ao senador sem comprovação. A UTC negou ter entregue valores ao senador tucano.

Mais Notícias : MP pede a senadores tucanos que demitam parentes
Enviado por alexandre em 21/01/2016 12:27:50

MP pede a senadores tucanos que demitam parentes

Postado por Magno Martins

O Ministério Público Federal no Distrito Federal enviou ontem noficação ao Senado e à Câmara dos Deputados pedindo que sejam demitidas todas as pessoas contratadas em funções de confiança nos gabinetes das duas Casas e que tenham parentesco em até quarto grau com os parlamentares. Na recomendação, o MPF também sugere que pessoas com essas características sejam destituídas de cargos em comissão e funções gratificadas, mesmo no caso de servidores concursados que estejam em posições de chefia, direção o assessoramento – caso tenham parentesco até quarto grau com deputados e senadores.

No Senado, foram notificados diretamente três senadores: Telmário Mota (PDT-RR), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA). No gabinete dos três parlamentares, uma investigação prévia do Ministério Público identificou que há contratação de parentes. No entanto, o documento enviado deixa claro que não se trata de imposição, mas de recomendação, para evitar que uma ação direta de inconstitucionalidade seja movida contra eles. Na notificação, o prazo para que os funcionários nessas condições sejam exonerados é de 30 dias.

O senador Telmário Mota, no entanto, alega que o MPF está “extrapolando” suas competências e tentando se sobrepor a uma súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal, que estabelece como nepotismo a contratação de parentes até terceiro grau. Telmário Mota tem contratado como motorista um parente em quarto grau, mas alega que, para isso, consultou previamente o Departamento Jurídico do Senado, que o autorizou a fazer a contratação por estar em acordo com a determinação do Supremo.

Em nota, a assessoria de Flexa Ribeiro disse que os consultores jurídicos do senador estão analisando o caso antes de decidir se será acatada a recomendação sobre a demissão da servidora que é parente em quarto grau do senador. “A Súmula Vinculante nº 13 define que é vedada a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau da autoridade nomeante para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, não sendo este o caso da servidora supracitada, que tem vínculo colateral de quarto grau com o senador Flexa Ribeiro”, diz a nota.

O MPF reconhece que a súmula do STF estabelece como nepotismo a contratação de parentes apenas até tereceiro grau. No entanto, a procuradora Marcia Brandao Zollinger, que assina o documento, afirma que a súmula pretende impedir de forma “absoluta” o nepotismo e que ela não estabelece “impedimentos à determinação do quarto grau de parentesco para se confirmar, objetivamente, a ocorrência” desse tipo de irregularidade.

Mais Notícias : Delcídio prefere ficar calado, mas pode delatar
Enviado por alexandre em 21/01/2016 12:26:02

Delcídio prefere ficar calado, mas pode delatar

Postado por Magno Martins

O senador Delcídio do Amaral permanecia até ontem indeciso sobre a possibilidade de aderir à delação premiada. Ele demonstrava a quem o visitou nesta semana que, se tivesse segurança de que poderia ser solto em breve pelo STF (Supremo Tribunal Federal), preferiria ficar de boca calada. A informação é de Mônica Bergamo na sua coluna desta quinta-feira na Folha de S.Paulo.

Os advogados, no entanto, não têm como dar essa garantia a Delcídio. "A delação premiada seduz justamente pela certeza que o réu tem do que vai acontecer em sua vida", afirma um dos interlocutores do senador. Já o processo normal não ofereceria "certeza alguma".

Pesa contra a delação o fato de que um colaborador da Justiça dificilmente consegue retomar a rotina profissional, nem na esfera pública nem na privada. "A pessoa vira apenas um ex-delator", afirma o mesmo amigo de Delcídio que já conversou com ele sobre o tema.

A previsão é de que o STF julgue os próximos recursos que serão apresentados pela defesa do senador em três meses. Ele mostra exaustão e, segundo amigos, talvez não suporte ficar por mais todo esse período preso, em especial por causa da família.

A possibilidade de delação de Delcídio, que voltou a se queixar de Lula, do governo e do PT, como antecipou a coluna na terça, é a que mais assusta a equipe da presidente Dilma Rousseff e também o PT.

Até agora, a presidente passou por constrangimentos quando empreiteiros ou ex-executivos da Petrobras relataram contribuições à sua campanha ou às de ministros. Com Delcídio seria diferente. Como líder do governo, ele fez por muito tempo parte da "inteligência" da administração, participando inclusive da discussão de estratégias políticas e jurídicas para blindá-la. Foi, também, presidente da CPI que investigou o mensalão, maior escândalo do governo Lula.

Mais Notícias : "Estou precisando de dinheiro", disse Cunha a lobista
Enviado por alexandre em 21/01/2016 12:24:51

"Estou precisando de dinheiro", disse Cunha a lobista

Postado por Magno Martins

Da Folha de S.Paulo – Rubens Valente,Márcio Falcão e Agurre Talento

O lobista Fernando Soares, o Baiano, afirmou ter ouvido do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ): "Tô precisando de arrumar dinheiro para a campanha". A conversa, que teria ocorrido entre 2010 e 2011, levou à ideia de "pressionar" o executivo Julio Camargo, o que resultou no pagamento de pelo menos R$ 5 milhões em propina para Cunha.

As declarações de Baiano constam de uma série de vídeo inéditos com depoimentos de alguns dos principais delatores da Operação Lava Jato, como Baiano, o empreiteiro Ricardo Pessoa e os entregadores de valores Carlos Alexandre de Souza Rocha e Rafael Angulo, que trabalhavam para o doleiro Alberto Youssef. Eles dão detalhes sobre as acusações que fizeram a diversos políticos com foro privilegiado no STF.

São as primeiras imagens que vêm a público desses delatores. São 108 horas de gravação, em 288 vídeos.

Veja todos os vídeos inéditos de delatores da Lava Jato

Baiano contou que Cunha aceitou pressionar Camargo para que ele pagasse propinas em atraso em torno da compra pela Petrobras de navios-sondas para a estatal.

"Nesse momento eu até falei para ele: 'Eduardo, o que eu conseguir receber, eu te dou 50%'", contou Baiano, segundo o vídeo. Cunha respondeu, de acordo com o delator, "que ele tinha tomado a decisão de fazer um requerimento [...] para pressionar o Julio". Segundo denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República), o requerimento foi elaborado por Cunha e subscrito pela deputada Solange Almeida (PMDB-RJ).

Mais Notícias : Dilma dirá que não sabe de nada
Enviado por alexandre em 21/01/2016 12:24:06

Dilma dirá que não sabe de nada

Postado por Magno Martins

Josias de Souza

Intimada a depor no processo sobre a suspeita de ‘compra’ de medida provisória por lobistas a serviço de empresas automotivas, Dilma Rousseff está condenada a repetir o bordão imortalizado por Lula: “Eu não sabia”. Fora disso, poderia negar categoricamente o crime ou associar-se às suspeitas. Numa hipótese, correria o risco de ser desmentida pelas investigações. Noutra, deixaria em má situação o padrinho Lula, em cuja gestão as medidas provisórias teriam descido ao balcão.

Deve-se a decisão de ouvir Dilma ao juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira. A presidente foi arrolada, junto com outros políticos, como testemunha de defesa de um dos acusados de ‘comprar’ medida provisória, o empresário Eduardo Valadão, ex-sócio de um escritório de lobby de Brasília. Lula também terá de depor. O filho dele, Luís Cláudio Lula da Silva, é investigado no caso. Recebeu R$ 2,5 milhões de outro lobista sob suspeição.

Dilma era chefe da Casa Civil quando foi editada a medida provisória supostamente comercializa. Trata de benefícios fiscais a empresas do setor automotivo. O documento passou por suas mãos a caminho do Congresso. Fez nova escala em sua mesa na volta do Legislativo, antes da sanção de Lula. Daí o intresse em ouvi-la, para arrancar dela a declaração de que nada sucedeu fora da normalidade.

Cada vez que Dilma é forçada pelas circunstâncias a mimetizar o antecessor, repisando a tecla do “eu não sabia”, ela se torna uma paródia grotesca da gestora de mostruário que Lula vendeu ao eleitorado na sucessão de 2010. A supergerente deu lugar à inepcia. Em vez de eficiência, suspeição.

Da fábula petista só resta o discurso da honestidade pessoal dos presidentes, reiterado por Lula em entrevista a blogueiros nesta quarta-feira: “Se tem uma coisa de que me orgulho é que não tem nesse país uma viva alma mais honesta do que eu.” Considerando-se a sucessão de escândalos, pode-se concluir que a virtude também é ficcional. Ou perdeu sua função.

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