Longa conversa

Autoridades que tiveram acesso à antessala do STF pouco antes do início da sessão de posse de Joaquim Barbosa ficaram com ciúmes de José Sarney.

Dos convidados, Sarney foi o único com quem Barbosa manteve uma longa conversa.

Pai do mico

Ministros e outras autoridades de países do Mercosul, entre eles José Eduardo Cardozo, ficaram às escuras durante um evento organizado pelo Ministério da Justiça, no Centro de Eventos de Fortaleza. O espaço ficou oito horas sem energia.

E o mico é caro e novo. O governo Cid Gomes gastou cerca de 360 milhões de reais na construção do centro, inaugurado há quatro meses.

Bolsonaro: inconformado

Um projeto que tramita na Câmara com objetivo transformar as penitenciárias do país em algo menos assustador do que a morte (Leia mais em: Mãos à obra) deverá animar José Eduardo Cardozo, mas está tirando Jair Bolsonaro do sério. A proposta tem pontos polêmicos e cria o Dia do Encarcerado (25 de junho).

Prevê, por exemplo, alojamentos individuais, além da inclusão de hidradante e condicionador entre os artigos de higiene básica dos detentos. Concede o direito de visita a parentes com doenças graves e estipula que, para cada 400 presos, são necessários: sete médicos, três odontólogos, três enfermeiros, três psicólogos, três nutricionistas, doze professores, seis auxiliares de enfermagem e vinte e quatro instrutores técnicos profissionalizantes.

O sempre exagerado Boslonaro diz que, se o projeto for aprovado, a cadeia será mais atrativa do que o quartel.

- Os artigos de vestuário e higiene obrigatórios são de dar inveja a qualquer recruta do Exército. Qualquer hora, vai ter gente querendo ser presa.

Grupos no CNJ

Dividido desde a gestão de Cezar Peluso, o CNJ deve continuar com seus grupos durante o comando de Joaquim Barbosa.

Um dos conselheiros explicou como o está o clima por lá. Veja o que disse:

- Os (conselheiros) corporativistas, ligados diretamente ao Judiciário, estão com medo, pois o perfil do Joaquim Barbosa é de expor esse pessoal, não vai deixar o corporativismo escondido, como gosta. Já para o resto, é só felicidade a nova presidência.

Cardozo: reajuste

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, decidiu aumentar a recompensa a quem entregar armas de fogo voluntariamente. Os valores variam de acordo com porte e calibre da arma e passarão de 100 reais para 200 reais, de 200 reais para 300 reais e, no caso das maiores, 300 reais para 450 reais.

A decisão sairá no Diário Oficial de amanhã. Desde janeiro, 62 000 armas foram entregues no país. São Paulo lidera, com 17 000. O ministério identificou as duas razões que mais estimulam o desarmamento: anonimato e, claro, a recompensa, paga em 24 horas.