Vetos em pauta

Dilma Rousseff construiu um acordo com líderes da base aliada na reunião de ontem à noite no Palácio do Planalto: a turma se comprometeu a não votar imediatamente o veto presidencial à MP 610, que garante a hereditariedade das licenças de trabalho dos taxistas (Leia mais em: Revanche pronta).

Beleza, só faltou combinar com quem manda.

Renan Calheiros já mandou avisar. Como não foi procurado pelo governo e não teve voz durante a negociação, nada feito. Todos os vetos, inclusive esses , serão, sim, apreciados na sessão do Congresso, no dia 20. As cédulas de votação, inclusive, já foram impressas.

Concorrência na mesa

Assim como fez há duas semanas com o Pão de Açúcar, o Casino decidiu abrir uma concorrência para a conta publicitária da Via Varejo (Casas Bahia e Ponto Frio). Trata-se nada menos do que a maior conta publicitária do Brasil., de acordo com o ranking do Meio & Mensagem. No total,  um pouco mais de 2 bilhões de reais (1,5 bilhão somente da Casas Bahia).

Já há mais de uma década, treze anos precisamente, a dona da conta é a Young & Rubicam, de Roberto Justus. Desde 2010, a Young opera também a conta do Ponto Frio.

O anúncio oficial da concorrência será feito nas próximas horas ao mercado.  A vitória na concorrência mudará o ranking das maiores agências brasileiras – exceto, claro, se a Young continuar como a agência da Via Varejo.

Compasso de espera

Os cartolas devem segurar a ansiedade: tão cedo não verão aprovada a Medida Provisória que concede perdão às astronômicas dívidas dos clubes de futebol (Leia mais em: Mantega dá o.k. e Almoço com a bancada).

Passados os protestos e a gritaria contra os gastos nas obras da Copa do Mundo e das Olimpíadas, os  parlamentares que vinham trabalhando pela aprovação do projeto não querem nem ouvir falar no assunto.

Óbvio, sabem que a tramitação da MP daria ainda mais fôlego e munição aos manifestantes.

Na briga pela candidatura do filho

A mais de um ano das eleições, há guerra aberta no Pará envolvendo PT e PMDB. Jader Barbalho vem articulando vorazmente para fazer seu filho, Helder, candidato ao governo e, consequentemente, dono do palanque paraense de Dilma Rousseff em 2014.

Na outra ponta, o deputado Cláudio Puty, do PT, briga com os correligionários favoráveis a apoiar os Barbalho. Puty já anunciou que vai disputar a eleição para a Executiva estadual e, se vencer, não abrirá mão da candidatura própria.

De saída do PSB

Anunciada a saída de Romário do PSB, a turma do PR, provável destino do deputado, vem adotando cautela. Publicamente, ninguém dá como certa a migração. A cúpula do partido ainda teme uma mudança de rumo que leve Romário a optar por outra legenda.

Um figurão do PR na Câmara sintetiza:

- Está tudo ajustado para anunciarmos a filiação do Romário em trinta dias, no máximo. Mas a verdade é: se demorar mais, e enquanto ele não comunicar que vai para outro partido, vamos esperá-lo, o tempo que for necessário.

Partido amargurado

A propósito, o PSB discute três formas de ter de volta o mandato de Romário – que anunciou o desligamento do partido esta semana.

A primeira é esperar o próprio Ministério Público tomar uma atitude. A segunda a direção do PSB cobrar a fidelidade. E a terceira, e preferida por muitos, uma ação do suplente de Romário, que mora em Cabo Frio (RJ) e se chama Carlos Victor.