Críticas à pupila
Impressionou aos empresários presentes ao almoço com Lula, promovido pelo Merrill Lynch na quarta-feira passada, a sem-cerimônia com que o ex-presidente foi crítico ao estilo Dilma. Disse Lula lá pelas tantas:
-Já falei para a Dilma que ela não pode ser chefe da Casa Civil, mas, sim, presidente da República. Tem que delegar. Tem que ser mais líder e menos general.
No mesmo almoço, depois de reclamações sobre a distância que Dilma cultiva com o empresariado, Lula mandou essa:
- Já disse para ela se aproximar. Tem que fazer discussões como essa nos próximos dois meses… Antes que seja tarde demais.
Alguns dos maiores empresários e investidores do país estavam presentes neste almoço.
Lula arranjou espaço também para censurar a comunicação do governo com a sociedade. Neste quesito, Guido Mantega foi citado nominalmente.
E não se pense que Lula estava em dia de só descer a borduna. Quando um empresário o questionou sobre a Venezuela, fez questão de ser compreensivo com o companheiro Maduro.
Indefinições a 80 dias da Copa
As pesquisas que o governo faz sobre o humor do brasileiro e a Copa revelam que se der tudo certo em termos de infraestrutura, Dilma Rousseff nada ganharia com isso em termos de votos e prestígio. Se for um fracasso, porém, a culpa recairá sobre os seus ombros.
A propósito, a campanha publicitária que o governo fará em torno da Copa não focará o que por muito tempo foi o mote do discurso oficial – o “legado” do evento. O centro de tudo será a Copa em si.
Também descartou-se difundir o slogan Copa das Copas que Dilma tuitou diversas vezes e parecia ser o que o governo adotara. Em 2013, o governo tentou outro – A pátria de chuteiras. Os Correios criaram até um selo com a notável expressão criada por Nélson Rodrigues, mas não pegou e foi abandonado.