Dilma e Lula: comparações

O resultado da pesquisa do Ibope divulgada há pouco sobre  o governo Dilma Rousseff é desastroso para a presidente quando comparado ao levantamento feito pelo mesmo Ibope, com as mesmas perguntas, há exatamente quatro anos – ou seja, em março de 2010, em pleno governo Lula. Aos números:

*Apenas 36% aprovam hoje o governo Dilma (o percentual é a soma dos que responderam “ótimo” ou “bom” neste item). Há quatro anos, Lula batia seu recorde de popularidade: 75% aprovavam seu governo. Mais do que o dobro de Dilma. Com tal aprovação foi fácil para Lula transformar um poste apagado em poste iluminado. Em março de 2010, Dilma tinha 30% das intenções de votos e, pela última vez, aparecia atrás de José Serra nas pesquisas.

*A aprovação à maneira de Dilma governar é, segundo o Ibope, de 51%. Lula há quatro anos era aprovado por 83% dos brasileiros.

*Os que estão insatisfeitos com o combate à inflação promovido pelo governo Dilma somam a impressionante taxa de 71%. Lula em março de 2010 era desaprovado por apenas 38% neste quesito.

*E o combate ao desemprego? 57% estão descontentes com relação às políticas para conter o desemprego (mesmo com um índice de desemprego baixo, o que é mais impressionante, pois reforça o mau humor da população). Sob Lula, 60% dos brasileiros aprovavam sua política neste setor.

*Também é superlativo o número de brasileiros em desacordo com a forma que Dilma enfrenta o tema taxa de juros: 73% desaprovam. Com Lula, apenas 44% tinham a mesma opinião. Hoje, a taxa Selic está em 10,75%. Sob Lula, em março de 2010,  estava a 8,65%.

São números que  fazem tremer a campanha de Dilma, ainda que, claro, nenhum petista vá dizer isso em público. Já a turma do ‘volta Lula”…

Irritado com o vice

Eduardo Campos tem no seu substituto uma ameaça em potencial para o plano de apresentar, durante a campanha presidencial, as supostas maravilhas de seu governo em Pernambuco.

Seu vice, João Lyra Neto, anda magoado com o chefe por ter sido preterido para encabeçar a chapa apoiada por Campos à sucessão.

Lyra Neto deixou o PDT rumo ao PSB com a certeza de que seria o escolhido. Nada feito.

Mas como Eduardo Campos deixará a cadeira do Palácio das Princesas em abril, estará nas mão de Lyra Neto cumprir os oito meses de mandato obedecendo à cartilha de Campos ou criando todos os tipos de problema para ele.

Lyra Neto, por razões óbvias, ainda não abraçou a candidatura de Paulo Câmara ao governo do estado. Na semana passada, o caldo entornou.

Campos reuniu-se a portas fechadas com seu vice para cobrar lealdade. Lá pelas tantas, muito irritado, deu um murro na mesa e o pôs contra a parede:

- Você está do meu lado ou contra mim?

Seu Jorge: mais uma participação no cinema

A Ancine acaba de aprovar a captação para um novo filme de Seu Jorge. O Matador, um faroeste que se passa no interior de Pernambuco por volta da década de 40, vai custar 7,6 milhões de reais. Marcelo Galvão, diretor de Colegas, será o responsável pelo longa.

Ministro, de fato

Ricardo Berzoini nem recebeu a farda e já está comandando a tropa. Embora só deva assumir a cadeira de ministro na semana que vem, Berzoini já está participando diretamente da articulação no Congresso: hoje ligou para líderes do governo para saber com andava a coleta de assinaturas da CPI da Petrobras.

Presídio vai ser demolido pelo consórcio

Além de um robusto prejuízo de 46,3 milhões de reais em 2013 , o consórcio que gere o Maracanã terá despesas extras em 2014 que dificultarão o ingresso das contas da empresa no azul.

Terá, de acordo com um aditivo firmado com o governo Sérgio Cabral, que bancar a reforma do estádio de atletismo Célio de Barros e do parque aquático Júlio Delamare, duas obras não previstas no contrato original de concessão. Terá também que demolir um presídio (o Evaristo de Moraes) e erguer um outro.

Maracanã: consórcio no vermelho

A propósito, em 2013, o consórcio que gere o Maracanã gastou mais com serviços de segurança para o estádio (10,1 milhões de reais) do que na manutenção da arena (6,4 milhões de reais).  A conta pode ser explicada pelo fato de que o estádio estava recém-concluído quando passou para as mãos do consórcio.