Alvo da revolta de correligionários O Senado, mais uma vez, se rebelou contra a pressa do Palácio do Planalto ontem. A recondução de dois integrantes da cúpula da Aneel – o diretor-geral, Romeu Rufino, e Tiago Correia foi motivo para uma briga entre senadores do PMDB e o ministro Edison Lobão, que, a propósito, é peemedebista e senador licenciado. Quando se procura a causa do estresse, claro, nunca se encontra intenções republicanas. O PMDB do Senado está irritado com Lobão, que, segundo bradam nos bastidores, só quer nomear “os seus” para a Aneel. O plenário só votou e aprovou o nome de André Pepitone. Lobão queria os três diretores de volta a seus cargos até o fim da semana. O fato é que, ainda hoje, Renan Calheiros vociferava contra o ritmo que o governo exige do Congresso. As reconduções foram enviadas ao Senado na quinta-feira passada. De público, Renan torpedeia em tom indignado, como se não soubesse o que está acontecendo: - O Senado não vai se sujeitar a esse tipo de coisa, feita de uma hora para outra, com pressa. O prazo é muito apertado, as coisas não podem ser feitas assim. A propósito, quem ajudou Lobão apressando todos os ritos na tentativa da aprovação dos nomes foi Fernando Collor, presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado. Collor, um homem que sempre pensa nos mais altos interesses do país, está retribuindo a Lobão os diretores que mantêm na BR Distribuidora. Por Lauro Jardim Tags: Aneel, Edison Lobão, Fernando Collor, Palácio do Planalto, PMDB, Renan Calheiros Objeto de desejo eleitoral No Maranhão, só se fala em Eduardo Suplicy. Edison Lobão Filho e Flávio Dino travam uma batalha pública para provar ao eleitorado quem é o candidato do coração de Suplicy ao governo estadual. Lobão voltou para São Luís todo contente, carregando um vídeo com declarações de apoio gravadas por políticos de toda ordem, entre eles Suplicy. Do outro lado, Flavio Dino também tinha uma gravação do petista pedindo voto para ele. A turma de Dino o procurou em Brasília, pedindo duas frases de apoio ao candidato do PCdoB. Suplicy atendeu prontamente. Mais tarde, na semana passada (Leia mais aqui), fez a mesmo gentileza com Lobão Filho, que já deu até entrevista coletiva acusando o adversário de usar um vídeo antigo de Suplicy – o que não é verdade. Hoje, imprensa e o mundo político maranhenses exploram de todos os jeitos a dúvida: afinal, de qual lado está Suplicy? Ou melhor: o que deu em Suplicy? Suplicy, na verdade, apoia Lobão Filho. Quando se dispôs a pedir votos para Flavio Dino, não sabia que o PCdoB estava coligado com os tucanos no Maranhão. A propósito, se Suplicy tiver a capacidade de transferência de votos que Dino e Lobão Filho apostam, talvez valha a pena largar a disputa pelo Senado em São Paulo e fazer a vida política mais perto da praia… Por Lauro Jardim Tags: Edison Lobão Filho, Eduardo Suplicy, Flávio Dino, Maranhão |