Em sessão tensa. Renan e Aécio batem boca Postado por Magno Martins
Da Folha de S.Paulo – Márcio Falcão e Gabriela Guerreiro Numa sessão tensa para tratar da eleição de cargos no comando do Senado, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) bateram boca nesta quarta-feira (4), com direito a troca de dedo em riste e berros no plenário da Casa. Irritado com a manobra de Renan para excluir dos postos o PSDB e o PSB, que fizeram oposição a sua reeleição, Aécio acusou Renan de "apequenar" o Senado. A estratégia do peemedebista, numa costura com o PT, deve aprovar na noite desta quarta apenas aliados para os cargos. A movimentação de Renan provocou reações na oposição, que anunciou a saída do plenário e retirada de suas candidaturas. Após as negativas de Renan aos apelos dos oposicionistas para reavaliar a situação, no microfone, Aécio cobrou o peemedebista. "Vossa excelência será o presidente dos ilustres senadores que o apoiaram, mas Vossa Excelência perde a legitimidade de ser presidente da oposição. Vossa Excelência apequena essa Presidência", disparou o tucano. Renan respondeu lembrando que Aécio foi derrotado na disputa pela presidência em 2014 e o acusou de ser estrela. "É bom que Vossa Excelência esteja dizendo disso! Foi candidato à Presidência! Por isso deu no que deu", provocou o peemedebista. O tucano retrucou e indiretamente lembrou que o colega foi alvo das manifestações de rua de junho de 2013. "Perdi de cabeça erguida. Olho nos olhos do cidadão, eu falo com a população brasileira. Vossa excelência perdeu a dignidade desse cargo", soltou. O embate foi encerrado com Renan cobrando respeito. "Tenha dimensão da democracia".
Renan apelidado 'resolvedor-geral da República' Postado por Magno Martins
Da Folha de S.Paulo – Natuza Nery e Andréia Sadi A vitória de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para o comando da Câmara não fortalece apenas o próprio peemedebista. Sua eleição impulsiona, por tabela, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), também eleito neste domingo (1º) para presidir o Senado. A expectativa de integrantes palacianos é: o que o primeiro estragar, o segundo pode consertar. Quando um tentar viabilizar um projeto espinhoso ou uma aprovação inconveniente, o Palácio recorrerá ao senador para que este barre. O efeito colateral desse jogo de compensação é a elevação do passe de Renan dentro do Palácio do Planalto. Já passa a ser chamado de "resolvedor-geral da República". Crescerá, portanto, a dependência de Dilma em relação ao aliado –o que vai custar caro à presidente: mais cargos e mais influência. A última esperança de integrantes do governo para enfraquecer Cunha é que os desdobramentos da Operação Lava Jato respinguem na sua presidência. No mês passado, a Folha revelou que Cunha deve ser alvo de inquérito da Procuradoria-Geral da República na operação. O principal temor do governo é que Cunha dê vazão a movimentos a favor do impeachment de Dilma Rousseff. Renan, por sua vez, é visto no Planalto como ''a última muralha'' contra o processo. A eleição no Congresso é o reflexo da relação que os parlamentares tiveram com o Planalto nos últimos quatro anos
Pivô da crise Renan-tucanos deixa PSDB Postado por Magno Martins
Pivô da crise entre o PSDB e o presidente do Senado, Renan Calheiros, a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) anunciou nesta quarta (4) que vai deixar o partido. Magoada por ter sido forçada a desistir de um cargo na Mesa Diretora do Senado pela cúpula tucana, Lúcia Vânia disse que cansou de enfrentar sucessivas dificuldades dentro do PSDB. A senadora subiu à tribuna do Senado nesta tarde para anunciar que vai se desfiliar da sigla. Com críticas veladas ao presidente do partido, Aécio Neves (PSDB-MG), Lúcia Vânia disse que a forma em que foi exposta publicamente em torno da disputa pelo cargo no comando do Senado revela "frouxidão". "A mágoa é em relação a esse processo. A disputa é normal para quem é político. O que não é normal é deixar um companheiro ser massacrado. Pelo menos, o partido vai aprender que tem que ter mais delicadeza ao lidar com questões complexas", afirmou.
Renúncia de Graça é destaque internacional Postado por Magno Martins
O anúncio da renúncia de Graça Foster da presidência da Petrobras ganhou destaque na imprensa internacional nesta terça-feira. Jornais como o “New York Times”, “Clarín” e “Le Monde” publicaram reportagens sobre o ocorrido em suas versões na internet. Publicações especializadas em economia, como a “Bloomberg” e o jornal “Financial Times”, dedicaram espaços na primeira página de seus sites. Segundo analistas ouvidos pela televisão norte-americana Bloomberg, a saída de Foster é uma tentativa do governo de “consertar a gestão” da petroleira e atrair mais investimentos do mercado. O nome que a substituirá, no entanto, ainda não foi revelado. — Pode ser difícil encontrar executivos que estão dispostos a juntar-se à gestão de acordo com as condições atuais e com todos esses problemas — disse o economista Alexandre Povoa, CEO da Canepa Asset Management, à “Bloomberg”. O periódico espanhol “El País“ destaca que as perdas estimadas em R$ 88 bilhões sobre o valor contábil de 31 ativos da companhia pesou negativamente na destituição de Foster. Para o diário hispânico, “além de principal gestora de uma gigantesca empresa surrupiada”, Foster também era “um escudo político da presidente”. O jornal também lembra que a crise da Petrobras não é o único problema que afeta a Presidência da República. O espanhol menciona o baixo crescimento do PIB brasileiro em 2014, a falta d’água em diversas regiões do Brasil e o consequente aumento da tarifa de energia elétrica.
Cerveró precisa tratar depressão, diz defesa Postado por Magno Martins
A defesa do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, preso na Operação Lava Jato, apresentou hoje à Justiça um pedido de autorização para que que seu cliente possa iniciar um tratamento contra a depressão. Cerveró está na carceragem da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, e foi atendido nesta quarta-feira por uma ambulância do Samu, após apresentar um quadro clínico de ansiedade com alta de pressão arterial, segundo os advogados. No pedido feito ao juiz federal Sérgio Moro, a defesa de Cerveró anexou um laudo assinado pela psicóloga Elizabeth Carneiro. A médica solicita autorização para começar o tratamento dentro da prisão. "Declaro para os devidos fins que Nestor Cerveró é meu paciente a três anos e faz tratamento psicoterápico desde esta época para um quadro de transtorno de ansiedade. Desde o mês de abril de 2014, vem apresentando sintomas depressivos severos, necessitando assim de tratamento psicológico também para esta patologia. Apresenta-se atualmente com depressão maior, sendo extremamente danosas interrupção do tratamento psíquico", diz a médica no laudo. |