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Política : ELEIÇÕES 2018
Enviado por alexandre em 08/09/2017 20:06:04


Lavareda: Chance de Lula é próxima de zero

Isto É

O cientista político Antonio Lavareda, de 66 anos, já foi consultor de 91 campanhas eleitorais. Presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), do Recife, Lavareda escreveu também dezenas de livros sobre marketing eleitoral. Em entrevista à ISTOÉ, ele diz que, faltando um ano para as eleições, ainda é prematuro definir o quadro, mas de uma coisa tem certeza: Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto, nem deverá ser candidato. “A probabilidade disso acontecer é próxima de zero”.

Sem o ex-presidente no páreo, a esquerda se dividirá entre vários candidatos, como o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT). Marina Silva (Rede) pode crescer, enquanto que o deputado Jair Bolsonaro, atualmente em segundo nas pesquisas, “vai se desidratar”. Resta, então, saber se os partidos de centro, como PSDB, PMDB e DEM, vão se unir ou se seguirão divididos. Unidos, podem chegar ao segundo turno e ganhar. O problema é que o prefeito João Doria e o governador Geraldo Alckmin travam uma luta fraticida pela vaga do PSDB. Lavareda acha que a melhor solução seria a realização de prévias entre os dois.

Como o senhor vê o grande descrédito da população em relação aos políticos? É tudo por conta da Lava Jato?

A Lava Jato, na verdade, é apenas o acelerador moral específico no nosso processo de crise de representação. Além de afetar os partidos, agora fatores como a globalização e a tecnologia produzem, a cada dia, maior distanciamento entre os cidadãos e as instituições em todos os níveis, enfraquecendo a arquitetura democrática no seu pilar básico que é a confiança.

Pesquisa feita recentemente pelo Instituto Ipsos mostra que a desaprovação às autoridades atinge indiscriminadamente os políticos que estão no poder, como o presidente Michel Temer, mas também os principais candidatos a presidente. Isso mostra que falta esperança também em relação ao futuro?

Nós, brasileiros, queremos identificar uma lanterna na proa e um timoneiro seguro e confiável para nos levar adiante, ao menos para além da zona do redemoinho. Predominam na sociedade sentimentos de ansiedade, incerteza e até desânimo. Descrédito e desesperança elevados, alimentando um certo rancor amplamente disseminado. E algumas benquerenças da bagagem afetiva dos entrevistados, adquiridas pelo filtro da mídia. Nada nos diz sobre o futuro, nem poderia dizer com uma única questão. A cartomancia das pesquisas está longe de poder ser tão resumida.

Além dos políticos, também os membros do Poder Judiciário são rejeitados pela população, como o ministro Gilmar Mendes. Isso se deve ao fato dele ter mandado soltar empresários corruptos do Rio de Janeiro?

Que o Judiciário e seus atores também façam parte da linha de tiro do rancor da sociedade é bastante positivo. Porque convoca a todos a construir escadas que permitam aos membros dos três poderes saírem do poço do descrédito. Decisões polêmicas, seja no âmbito da Lava Jato e congêneres, seja do juiz que libera o estuprador, funcionam apenas como estopim do processo. Como afirmei antes, a crise é de confiança. Sem restaurarmos esse vínculo psicológico coletivo entre Estado e sociedade, e uma harmonia razoável entre os três poderes – que no Brasil são quatro por conta da autonomia absoluta do Ministério Público –, não iremos muito longe. Uma revisão da Constituição de 1988 nos seus capítulos sobre a organização e os poderes do Estado poderia ser um bom caminho.

Lula hoje é o político com o maior número de intenções de votos, mas com uma rejeição muito grande. O senhor acha que ele acabará nem sendo candidato?

Ao refletirmos sobre eleições, devemos trabalhar com cenários plausíveis. Sem fazer nenhuma avaliação sobre a pertinência das decisões judiciais, acredito que a probabilidade de Lula vir a ser candidato é próxima de zero. Terá com certeza a sentença condenatória do tríplex confirmada na segunda instância antes do prazo de inscrição das chapas e, talvez, já uma próxima condenação em primeira instância no processo relativo ao sítio.

Se ele não puder ser candidato por uma condenação em segunda instância, o senhor acha que o PT terá fôlego eleitoral para lançar um outro nome, como o ex-prefeito Haddad?

Com certeza. O PT segue sendo o partido com maior enraizamento social no País. Na última avaliação publicada, o partido surgiu com 17% de preferências, o dobro do segundo e terceiro colocados. Mas está às voltas com uma grave crise de identidade, associada até mais ao malogro do governo Dilma do que à Lava Jato, que tem se revelado isonômica na distribuição dos prejuízos de imagem. Sofreu um recuo de 60% nas prefeituras no ano passado. Foi empurrado para fora das capitais e dos grandes centros. Deverá recuar algo parecido nas eleições parlamentares do próximo ano. Não ganhará a eleição presidencial, mas poderá continuar a ser a principal força de esquerda no Congresso.

O PSDB sempre surge como uma via importante, que tem polarizado as últimas seis eleições presidenciais com o PT. O senhor acha que em 2018 teremos novo embate entre PT e PSDB?

Tudo vai depender do grau de fragmentação na oferta de candidatos. Esses dois partidos continuam a ser os principais polos da política nacional. Porém, já se pode antever a esquerda, sem Lula, fracionada entre Haddad, Ciro Gomes, uma candidatura do PSOL, o que poderá aumentar o peso no primeiro turno de Marina, no centro esquerda, em especial se ela atrair, como tem tentado, um nome da magistratura para sua chapa. Do outro lado, já há candidaturas postas como de Álvaro Dias, que começará nas pesquisas com um bom registro na região Sul e, na extrema direita, a candidatura de Bolsonaro, que deve desidratar. Resta aberto então o que farão as forças do centro (PSDB, PMDB, DEM, PSD, PP e outros). Vão se unir em torno de um candidato que terá amplas chances de ir ao segundo turno e ganhar a eleição, ou se dividirão? É bom que pensem nisso.

Pelo PSDB, está se desenhando uma luta fraticida pela candidatura a presidente. O senhor acha que Alckmin e Doria não abrirão mão de suas candidaturas? Como deve ser a disputa entre os dois?

Temos um problema cultural, porém em algum momento iremos constatar que a existência de diferentes posições dentro de um mesmo partido é algo positivo, porque ajuda a vitalizá-lo e amplifica seu alcance na sociedade. E não o contrário. Imagina o que diria a imprensa se uma das nossas legendas estivesse em algum momento “dividida” entre 17 pré-candidatos? Pois bem, foi o que ocorreu nas primárias republicanas em 2015. Em 2016, os americanos elegeram Trump presidente. Qualquer partido que se pretenda moderno não tem caminho melhor do que prévias ou primárias para definição de seus candidatos.

Hoje, Doria está melhor posicionado nas pesquisas do que Alckmin. O senhor acha que os caciques tucanos levarão índices de pesquisa em consideração ou prevalecerá o critério de que Alckmin está há mais tempo na fila?

Nenhuma das duas. Definição de candidaturas presidenciais é algo muito estratégico e de grande responsabilidade. No cálculo do comando partidário ou das bases ouvidas em prévias, um elemento central é a compreensão dos desafios a serem enfrentados pelo próximo presidente, porque isso rebaterá no perfil do candidato ideal. Quanto a adotar intenções de voto a um ano da eleição como critério, seria demasiada ingenuidade. Recordemos as recentes disputas em eleições presidenciais abertas. A esta altura, todos os prognósticos fracassariam: Lula seria o eleito de 1994; Roseana a vitoriosa de 2002; e Serra o presidente em 2010. E antes da campanha de 2016, em São Paulo, João Doria aparecia em quarto lugar na mesma questão.

Doria tem se lançado como o anti-Lula. O senhor acha que Doria só poderia ser candidato se for para enfrentar Lula?

Ao que parece, o posicionamento da grande maioria de suas declarações e discursos vai nessa direção, antagonizando de forma sempre contundente com o ex-presidente, e, dessa forma, cultivando o reconhecimento daqueles que o rejeitam. O problema é exatamente esse. Sem Lula no ringue, esse pugilato pode perder o sentido. Mas o prefeito não é tolo, e, agora, dá sinais visíveis de correção desse rumo.

Se Lula for candidato e se vier a ser eleito, será um retrocesso para o País?

Dificilmente assistiremos esse retorno de Lula em 2018. Dois fatores me permitem ser categórico nesse ponto. O primeiro deles foi o desastre representado pelo último governo petista, do qual um componente importante foi o estelionato eleitoral. Até hoje, vemos algumas manifestações pregando o “Fora Temer”, mas quantas faixas foram levantadas bradando pelo “Volta Dilma”? Nenhuma. O desastre daquele governo é consenso até entre os petistas. Em segundo lugar, já vinha ocorrendo um realinhamento do eleitorado que iria fatalmente desalojar o PT do governo. Embora vitoriosos, a cada eleição o partido minguava sua vantagem e deixava de ser majoritário em um estrato social. Ganhou em todos em 2002. Na eleição seguinte, já perdeu no segundo turno entre os de renda mais alta. Em 2010, só ganhou entre os eleitores de até cinco salários mínimos e na reeleição de Dilma só ganhou na base da sociedade, até dois salários, o que se traduziu na sua votação do Nordeste. Esse realinhamento, por si só, já derrotaria o partido na eleição seguinte.

Temer já mostrou grande capacidade de articulação no Congresso, livrando-se da primeira acusação feita pela PGR por corrupção. O senhor acha que ele vai conseguir derrubar também a nova denúncia que o procurador Rodrigo Janot encaminhará contra ele?

Quanto mais nos aproximamos do ano eleitoral, menos sentido assume para a sociedade repetir uma experiência traumática de substituição do governo. Parece sem propósito. O presidente conta com um estado maior que tem grande intimidade com a sua base parlamentar e ele próprio, duas vezes presidente da Câmara, conhece como ninguém os caminhos que lhe possibilitarão superar mais essa denúncia. O que só não ocorreria se nela houvesse um fato extraordinário e desestabilizador.

O senhor acha que a reviravolta na delação de Joesley põe em risco todo o processo de delações?

Decerto o instituto de colaboração premiada sofreu um abalo. Mas não acredito que todas serão invalidadas. Contudo, vai ganhar corpo na Justiça a tese de que não é possível pronunciar um a acusado com base exclusivamente na declaração do delator.

Política : PREPARADO
Enviado por alexandre em 08/09/2017 19:53:34


31,7% dos brasileiros acham que juiz federal está pronto para política
Dos entrevistados, 44,2% acreditam que nenhum nome apresentado está apto para função


Juiz Federal Sérgio Moro é o mais votado no ranking de personalidades preparadas para entrar na política. Foto: Reprodução Rede Globo

Uma pesquisa de opinião pública apontou que 31,7% dos brasileiros acreditam que o juiz federal Sérgio Moro está preparado para entrar na política. Apesar de ser o primeiro colocado na lista de quatro candidatos, Moro não agrada a maioria, de 44,2%, que acredita que nenhum dos nomes estão preparados.

O procurador da República Deltan Dallagnol, que obteve 9,1% dos votos, ficou em segundo lugar, seguido pelo juiz federal Marcelo Bretas, responsável pela Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, com 5,1%. O último colocado foi o procurador Regional da República, Carlos Fernando que teve apenas 1,8% dos votos. Dos entrevistados, 8,2% não souberam responder.

O levantamento, realizado pela Paraná Pesquisas, entrevistou 2.502 brasileiros de 16 anos ou mais, por meio de um questionário online que foi aplicado entre os dias 02 e 05 de setembro. O nível de confiança da pesquisa é de 95%, com margem de erro de aproximadamente 2% para resultados gerais.

A Paraná Pesquisas encontra-se registrada no Conselho Regional de Estatística da 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e 7ª Região sob o número 3122/17.

Política : ELEIÇÕES 2018
Enviado por alexandre em 06/09/2017 01:02:48


Bolsonaro lidera no RS com 21,9 % contra 18,1% de Lula
Pesquisa aponta deputado como o preferido dos eleitores gaúchos

Pesquisa aponta deputado como o preferido dos eleitores gaúchos


Levantamento da Paraná Pesquisas revelou que 21,9% dos eleitores do Rio Grande do Sul pretendem votar no deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) para presidente da República nas eleições do ano que vem. O condenado Lula (PT) aparece em segundo com 18,1%, seguido pelo prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB), com 13,1%. Na sequência aparecem os nomes do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa (7,7%), Marina Silva (Rede) teria 7,5% contra 6,6% do ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) e 5,3% do senador Alvaro Dias (PV-PR). Para 16% dos entrevistados, nenhum dos nomes merece ser votado e 4% não souberam responder.

Em um segundo cenário, com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como candidato do PSDB, Bolsonaro ampliaria sua liderança para 23,5% contra 18,3% de Lula. Alckmin teria 8,8%, seguido por Barbosa (8,1%), Marina (7,3%), Ciro (6,3%) e Dias (6,3%). Nesse caso, 16,1% dos eleitores não votariam em nenhum dos citados e 4,5% não souberam responder.

Avaliação Temer

A desaprovação ao governo do presidente Michel Temer entre os gaúchos é de 86,1% contra 11,1% de aprovação. Apenas 2,8% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder.

Qualitativamente, o governo Temer é classificado como ruim ou péssimo por 76,4%, regular por 17,9% e ótimo ou bom por 4,5% dos eleitores do Rio Grande do Sul. A Paraná Pesquisas ouviu 1.590 pessoas de 66 municípios entre os dias 28 de agosto e 1 de setembro. O grau de confiança do levantamento é de 95% e a margem de erro é de 2,5% para mais ou menos.

DIÁRIO DO PODER

Política : DELAÇÃO DA JBS
Enviado por alexandre em 06/09/2017 00:55:30


Ministro do STF afirma que Rodrigo Janot é ‘um desequilibrado’
Reviravolta do caso JBS ‘é a maior tragédia da PG', diz Gilmar


Sobre o suposto plano de grampear suas conversas, Gilmar disse que ‘isso nem é relevante' Foto: Lula Marques


O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, disse nesta terça-feira, 5, que a reviravolta no caso JBS, com a revelação de áudio que pode levar à anulação do acordo de delação de executivos do grupo, ‘é a maior tragédia que já ocorreu na Procuradoria-Geral da República em todos os tempos’. “Não tem nada igual”, disse o ministro. “Alguém pode se servir de uma instituição dessa forma?”, questionou, em entrevista coletiva em Paris, divulgada por sua assessoria.

O ministro avalia que a delação da JBS, que levou o governo Michel Temer à sua pior crise política, ‘deverá mesmo ser revista’. ‘Um dos objetivos era me gravar, entregar a minha cabeça, era assim que o Janot operava’, atacou Gilmar.

“O Brasil é muito forte. Devemos ter confiança no futuro. Em um dos momentos mais delicados da vida nacional a Procuradoria-Geral da República estava nas mãos de um desequilibrado, o menos qualificado procurador-geral da história. E o Brasil sobreviveu!”

Segundo o ministro, ‘o caso específico sugere arranjos, mutretas para obter aquele resultado envolvendo inclusive um procurador (Marcelo Miller) que era da equipe, braço direito do procurador-geral’.

“Isso é grave e tem nome no Código Penal, (o procurador) atuando de um lado, atuando de outro, prestando esse tipo de serviço”, seguiu o ministro.

Sobre o suposto plano de grampear suas conversas, Gilmar disse que ‘isso nem é relevante’.

“Só serve para mostrar, a rigor, que eles brincam, dizendo ‘ah estamos entregando aquele governador amigo, mas precisa atender o procurador’. Quer dizer, isso mostra que estão usando a delação premiada para outra finalidade, para vingança política, para delírios, talvez (Janot) tenha imaginado que poderia ser um dia presidente da República, governador de Minas ou coisa desse tipo. Faltou o uso da institucionalidade. Mas, felizmente isso (a revelação do novo áudio) ocorreu, vamos dizer, sorte do Brasil.”

Na avaliação de Gilmar, o novo capítudlo da crise JBS revela ‘promiscuidade’ no relacionamento entre delatores e o chefe do Ministério Públcio Federal. O que, segundo o ministro, abre caminho para a revisão do acordo de Joesley Batista e seus executivos.

“Essa delação terá de ser revista. O acordo terá que ser examinado em cada tópico. Tem que se remontar o sistema de investigação no Brasil. A Lava Jato prossegue o seu trabalho. O Supremo recomenda, a Polícia Federal é quem investiga. Nesse caso, a Procuradoria assumiu o protagonismo. Isso é uma ingenuidade. Juntou áudio, não fez perícia de áudio. O Ministério Público quis se sobrepor a isso. Acabou sendo um projeto bobo de poder.”

Para o ministro, o desdobramento inesperado ‘é a revelação de um desastre, a crônica de uma morte anunciada, algo mal conduzido, sem parâmetros técnicos’.

“Isso a Polícia Federal vem apontando e mostrou uma profunda desinstitucionalização. A missão da Procuradoria-Geral é imensa, ela tem que reconstruir todo esse aparato de investigação, inclusive a ligação Procuradoria e Polícia Federal.”

O ministro disse que a Lava Jato não corre riscos. “O que corre risco? Trabalho mal feito é sempre arriscado. Imaginar que se vai fazer um jogo de esperteza dá nisso.”

O ministro abordou o gesto de Janot que, nesta segunda-feira, 4, anunciou investigação que pode levar à revogação dos múltiplos benefícios aos delatores da JBS.

“Eu tenho a impressão que o procurador-geral tentou trazer o Supremo para auxiliá-lo nessa Operação Tabajara. No fundo, uma coisa muito mal sucedida. Ele está tentando dividir as responsabilidades com o Supremo. Mas o Supremo não tem nada com isso, não tem nada com isso. O Supremo pode ter errado em não ter feito avaliações, não ter, talvez, colocado limites (em Janot). Eu defendi. Agora, está tentando envolver ministros, fala de Zé Eduardo (ex-ministro da Justiça do governo Dilma), ex-ministros do PT. O Supremo não tem nada com isso. Se há erros no Supremo foi não ter colocado limites aos delírios do Janot, só isso.”

“Como o Cardozo iria entregar quatro ou cinco (ministros da Corte)? Mal ele consegue se segurar.”(AE)

Prisão de Joesley e cúmplices pode ser iminente
Corruptor e cúmplices não devem mesmo escapar da cadeia


O STF quer investigação rápida, e a tendência é pelo cancelação do acordo e a prisão de Joesley & cia. (Foto: Rovênia Rosa/ABR)

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) articulavam ontem, em conversas pessoais e troca de mensagens, rapidez no exame da suspeita de corrupção na negociação do acordo da premiadíssima delação de Joesley Batista e cúmplices como Ricardo Saud, lobista do grupo J&F/JBS. Há praticamente consenso em relação à prisão dos delatores, por omissões e mentiras, e do ex-procurador Marcelo Miller. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Anulada a delação, serão retomadas cinco operações da PF e do MPF contra Joesley Batista, em relação às quais foi “blindado” pelo acordo.

Joesley e Saud falam na conversa gravada sobre a mudança para os EUA, livres e soltos. “Ninguém será preso”, comemorou Joesley.

Irritou o STF a referência do procurador-geral Rodrigo Janot a respeito de fatos supostamente “gravíssimos” de ministros da Corte.

Assim como no áudio de Michel Temer, nada há de “gravíssimo” na conversa de botequim entre Joesley e o lobista sobre ministros do STF.

Política : PILANTRAS
Enviado por alexandre em 06/09/2017 00:51:45


Organização criminosa petista é denunciada PGR
Na noite desta terça (4), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffman, os ex-ministros petistas Paulo Bernardo, Guido Mantega, Antonio Palocci e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari. Todos são acusados pelo crime de organização criminosa.

Os petistas são acusados de “promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa”. Segundo Janot, os acusados receberam R$ 1,5 bilhão em propina.

De acordo com a denúncia, entre os anos de 2002 e 2016 os acusados "integraram e estruturaram uma organização criminosa com atuação durante o período em que Lula e Dilma Rousseff sucessivamente titularizaram a Presidência da República, para cometimento de uma miríade de delitos, em especial contra a administração pública em geral".

Para Janot, o PT é parte de uma organização, “que congrega, pelo menos, os partidos do PT, PMDB e PP, bem como núcleos diversos”.

A investigação teve origem com base nas delações do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Cabe ao relator da Lava Jato no STF, ministro Edson Fachin, notificar os denunciados e levar o caso para análise da Segunda Turma da Corte.

DIÁRIO DO PODER

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