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Política : OPORTUNISTAS
Enviado por alexandre em 09/06/2018 17:07:01

Deputados acham que podem se valorizar com eventual vitória de Bolsonaro

João Domingos - O Estado de S.Paulo

O governo de Michel Temer está cada dia mais parecido com o de José Sarney (1985-1990): baixa credibilidade, suspeitas de corrupção envolvendo o presidente e auxiliares, pressão de empresários e de trabalhadores, ameaça de paralisação do País, e rejeição da figura do chefe do Executivo por parte dos candidatos à Presidência da República.

Sem falar nos recuos e nas idas e vindas. Sarney, com seus planos econômicos fracassados e suas tablitas de desconto de preços; Temer, com suas tabelas de frete e do preço do diesel. Lá, no governo Sarney, como cá, no de Temer, intervenções econômicas sem risco de dar certo, por desestabilizadoras de cadeias produtivas. Sarney era do MDB. Temer também é. Nos seus inícios, ambos os governos foram vistos como salvadores da Pátria. Nos finais, um deus nos acuda.

Nas condições de fragilidade em que se encontrava, Sarney pôde assistir ao fracasso da chapa Ulysses Guimarães/Waldir Pires na eleição de 1989, a primeira no período pós-redemocratização. Nas condições em que se encontra, Temer teve de desistir do sonho de se candidatar à reeleição. Henrique Meirelles, que herdou a chapa do MDB, segue lá embaixo nas pesquisas sobre intenção de votos, 1%.

Como não existe expectativa de que Meirelles venha a melhorar seus porcentuais, parlamentares do MDB não estão nem aí para o candidato, que largou o Ministério da Fazenda para tentar chegar ao Palácio do Planalto. Começam a sonhar com a vitória de Jair Bolsonaro, do PSL. E o raciocínio é simples: a candidatura de Bolsonaro já se consolidou. Como ele pertence a um partido pequeno que não fará bancada grande, caso venha a ser eleito, precisará do MDB, como todos os outros presidentes precisaram. Portanto, terá de compor com o partido e ceder vagas na Esplanada dos Ministérios a deputados e senadores emedebistas. Assim, continua a dominar setores do governo, como sempre dominou.

O MDB agiu assim na campanha de 1989 ao ignorar a candidatura de Ulysses Guimarães e apoiar a de Fernando Collor, que despontava como o favorito. Não terá dificuldades de agir do mesmo jeito de novo. Henrique Meirelles, que é novo no MDB, precisa aprender um pouco mais sobre o partido que escolheu para disputar a eleição. Isso vale para Bolsonaro ou para qualquer outro. Bolsonaro seduz mais porque, se eleito, ficará mais dependente, pois não há possibilidade de composição com os partidos de centro-esquerda.

Os emedebistas não estão sozinhos nesse plano. Outros partidos agem exatamente como eles. Aguardam o que vai acontecer na campanha, se algum candidato se destacará ou não, para depois declarar seu apoio a esse ou aquele.

Sociedade em demolição. A perda do controle da segurança pública pelo Estado, a formação de milícias com leis próprias, um governo fraco que mal se sustenta, a corrupção e tantos males atuais que tornam viável uma candidatura à Presidência baseada no messianismo evocam sintomas de uma sociedade em demolição.

O escritor inglês Christopher Isherwood (1904-1986) viveu em Berlim no fim dos anos 1920 e início dos anos 1930. No livro Adeus a Berlim, ele faz um relato o mais imparcial possível da sociedade berlinense da época e com a qual conviveu: residências que serviam de pensões baratas, onde alugava um quarto, as prostitutas, o desemprego em massa, as tensões raciais, os bares decadentes, a riqueza de uma família de judeus dona de uma rede de lojas de departamento, a violência que presenciou e a adesão ao nazismo cada vez maior dos jovens. Havia ali uma sociedade em demolição em busca de uma saída.

Um dos capítulos do livro, “Sally Bowles”, foi adaptado para o cinema por Bob Fosse no filme Cabaret, com Liza Minelli e Michael York.

Política : PRÉ-CANDIDATURA
Enviado por alexandre em 08/06/2018 09:01:21

Alvaro Dias lança pré-candidatura no Paraná

O senador Alvaro Dias (Podemos) lançou, na manhã de hoje, sua pré-candidatura à Presidência da República em um tradicional restaurante de Curitiba (PR). Em seu reduto eleitoral, onde chegou a fazer 77% dos votos na última eleição para o Senado, o parlamentar afirmou que busca, no Estado, “uma unidade suprapartidária para ser exemplo para o País”.

“Buscamos a demonstração de que o Paraná supera as divergências em torno de um pacto nacional, com união de todas as pessoas de bem, excluindo aqueles que jogam no time do quanto pior melhor, para a refundação da República”, disse. O evento teve cerca de 3,5 mil pessoas, principalmente por prefeitos, vereadores e lideranças políticas regionais.

Dias exaltou a “união paranaense” em torno da sua possível candidatura e pediu aos jornalistas que o deixassem de “fora das brigas do Estado”, quando foi questionado sobre suas preferências de candidaturas ao governo e ao Senado no Paraná - e também sobre as recentes denúncias de desvio de verbas do governo paranaense para campanhas políticas e benefícios pessoais que envolvem o ex-governador Beto Richa (PSDB), de quem já foi aliado.

“Seria fora do tempo qualquer comentário, a questão é com ele (Richa) e com a Justiça, não me cabe fazer qualquer avaliação. Me deixem de fora das brigas paranaenses”, declarou.

Três ex-governadores do Estado, quatro pré-candidatos ao Senado e vários postulantes aos Legislativos federal e estadual também compunham a plateia. Nos discursos de Dias e seus correligionários, exaltações à possível candidatura paranaense ao Planalto - que, caso confirmada, será a primeira da história -, críticas ao atual sistema político, principalmente ao PT, e denúncias de corrupção envolvendo políticos.

O pré-candidato não descartou a possibilidade de unificação do centro em torno de uma só candidatura, mas afirmou que não vai aceitar qualquer coligação com "defensores do atual sistema". "Não busco acordo com pessoas, mas defender um projeto de nação, aqueles que aderirem a esse projeto de refundação da República são bem-vindos", declarou.

Política : INVESTIGADO
Enviado por alexandre em 08/06/2018 08:56:52

PGR quer investigar senadores e ministros

Raquel Dodge diz a Edson Fachin que quer investigar 9 sobre repasses da J&F ao MDB

PGR vai investigar seis senadores, dois ex-ministros e um ministro do TCU. Inquérito apura repasses de R$ 40 milhões da J&F a políticos do MDB.

Mariana Oliveira, TV Globo, Brasília

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, respondeu nesta quinta-feira (7) questionamento do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), sobre quem serão os alvos de inquérito que apura repasses de R$ 40 milhões da J&F a políticos do MDB. Dodge afirmou que vai investigar nove pessoas, sendo seis senadores, dois ex-ministros e um ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).

O inquérito foi aberto dia 16 de maio por ordem de Fachin, mas, um dia depois, ele entendeu que a PGR não tinha deixado claro quem seria efetivamente investigado.

Diante disso, Dodge respondeu que serão investigados:

· Renan Calheiros (AL), senador

· Jader Barbalho (PA), senador

· Eunício Oliveira (CE), senador

· Eduardo Braga (AM), senador

· Valdir Raupp (RO), senador

· Dário Berger (SC), senador

· Vital do Rêgo (PB), ministro do TCU

· Helder Barbalho (PA), ex-ministro

· Guido Mantega, ex-ministro

Em relação ao ex-deputado Henrique Eduardo Alves, citado inicialmente, Dodge pediu para que o caso seja remetido para a primeira instância porque é possível investigar em separado.

Em relação a outros três senadores que haviam sido citados no pedido de abertura de inquérito – Romero Jucá, Edison Lobão e Roberto Requião – , ela afirmou que não há motivos suficientes neste momento para investigação.

"Quanto aos Senadores Romero Jucá, Edison Lobão e Roberto Requião, apesar de citados por Sérgio Machado, estes não integraram os dados de corroboração fornecidos por Ricardo Saud, os quais foram utilizados como base para iniciar as apurações, razão pela qual não devem, neste momento, integrar o rol de investigados", disse a procuradora.

Delações

O inquérito é baseado nas delações de Sérgio Machado, ex-senador pelo MDB e ex-presidente da Transpetro, e de Ricardo Saud, ex-executivo da J&F.

Nos depoimentos, Sérgio Machado disse ter chegado ao conhecimento dele que a JBS, empresa do grupo J&F, faria doações à bancada do MDB do Senado em 2014 no valor de R$ 40 milhões, a pedido do PT.

Política : O ESCOLHIDO
Enviado por alexandre em 08/06/2018 08:50:29

Bolsonaro é o nome da Lava Jato

O deputado federal é o preferido da Lava Jato; ele faria ruir o "mecanismo"

Reinaldo Azevedo – Folha de S.Paulo

Amplos setores do MPF e da PF têm seu candidato à Presidência: Jair Bolsonaro. Isso não é uma opinião. É um fato. Falemos um pouco do meio ambiente que gera essa aberração, essa teratologia moral.

Não foi sem estoica melancolia que li o manifesto assinado, de saída, por Cristovam Buarque, Fernando Henrique Cardoso, Marcos Pestana e Aloysio Nunes Ferreira, que faz a defesa de um "projeto nacional" que "a um só tempo, dê conta de inaugurar um novo ciclo de desenvolvimento social e econômico (...) e afaste um horizonte nebuloso de confrontação entre populismos radicais, autoritários e anacrônicos."

O texto é bom. É desejável que "democratas e reformistas" tentem conjurar os reacionarismos opostos e combinados da esquerda e da extrema direita, que impõem desde já a sua agenda: o acordo celebrado pelo governo com os ditos caminhoneiros é uma ode ao atraso, ao corporativismo e ao cartorialismo. Como foi possível?

O presidente ficou sozinho. Como num conto de Lygia Fagundes Telles, "vivos e mortos desertaram todos". Os líderes do Congresso, os governadores e os presidenciáveis sumiram. Boa parte da imprensa assistiu a práticas terroristas como quem diz: "Hoje é sexta-feira, dia 8 de junho. Faz frio..." PT, seus cronistas, Ciro e afins aproveitaram a deixa: "Vejam no que dá o golpismo..." O raciocínio é asnal.

Melancólico, no que respeita ao manifesto, é o vazio a que o texto foi relegado. Seria a nossa versão do "compromisso histórico", o acordo celebrado na Itália, originalmente, entre comunistas e democratas-cristãos. Com idas e vindas, troca de atores e mudança de siglas partidárias, vigorou do fim da década de 1970 até a razia que a Operação Mãos Limpas provocou no establishment político do país.

Não é raro que democracias celebrem acordos de forças distintas, mesmo antagônicas, em nome da governabilidade. Ou os políticos o fazem --além da Itália, vimos isso acontecer em Portugal, na Espanha e na Alemanha--, ou o próprio eleitor obriga a coabitação, como já se deu na França.

Fiquemos por estas plagas. Os populismos que nos ameaçam são a consequência do processo de destruição da política a que passaram a se dedicar o MPF, a PF e setores do Judiciário. O PT viu sua grande estrela, entre outras menores, ir para a cadeia, mas sobreviveu e venceria a eleição se Lula fosse o candidato.

A grande vítima do surto de moralismo burro, que nada tem a ver com o combate à safadeza, é o "centro". A razão é simples: é ele o protagonista, por excelência, da política. E a metafísica influente diz que a política é a mãe da corrupção.

Observem que os alvos da operação são as principais lideranças que governaram o país desde a redemocratização. Atenção! Nesse grupo, incluo o próprio Lula porque, ideologicamente, ele é bem mais amplo do que o PT. E que fique claro: falo do Lula governante, não daquele que era admirado pelo amostrado Marcelo Bretas...

Retomo, para arremate, o fio que deu origem à tessitura. Gente que conhece o MPF por dentro e pelo avesso assegura que os Torquemadas torcem é por Bolsonaro. Li trocas de mensagens de grupos do WhatsApp que são do balacobaco. E assim é não porque os senhores procuradores comunguem de sua visão de mundo --a maioria o despreza--, mas porque veem nele a chance de fazer ruir o "mecanismo", que estaria "podre".

Os extremistas do MPF, do Judiciário e da PF, onde o candidato é especialmente popular, concluíram que o "Rústico da Garrucha & dos Bons Costumes" lhes abre uma janela de oportunidades para impor a sua agenda. Querem ser, e isto é para valer, o "Poder Legislativo" de um regime que fosse liderado pelo bronco.

Não creio que logrem seu intento e, tudo o mais constante, estão cavando seu próprio fim como força interventora na política. Isso, em si, será bom. A questão é quem vai liderar o desmanche. Centro pra quê? Por enquanto, meus caros, o processo segue sem centro, sem eixo, sem eira nem beira. A instabilidade será longa.

Política : O BOCA PODRE
Enviado por alexandre em 07/06/2018 09:45:46

Ciro: Bolsonaro é maluco, boçal, câncer a ser extirpado

Em sabatina, pré-candidato do PDT partiu para cima de adversário

Bruno Góes e Cristiane Jungblut – O Globo

O pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, partiu para cima de Jair Bolsonaro (PSL) nesta quarta-feira. Em sabatina do jornal "Correio Braziliense", Ciro chamou Bolsonaro de "maluco", "boçal", "despreparado" e "um câncer a ser extirpado".

Quando falava sobre tributação, Ciro criticou a resposta dada por Bolsonaro sobre o assunto, em entrevista dada no mesmo dia. De acordo com o Ciro, o Brasil precisa ter uma tributação mais progressiva sobre herança e renda e é preciso"diminuir a incidência de impostos sobre a classe média, principalmente sobre o imposto de renda".

- O líder nas pesquisas disse que não vai tributar herança, nada. Então, de onde virá o dinheiro? Vão entregar o cargo a um boçal, a um despreparado? Os democratas têm obrigação de chamá-lo de boçal e despreparado. E os democratas tem obrigação de extirpar esse câncer enquanto ainda pode ser extirpado - atacou Ciro.

O pedetista também criticou o presidente da República, Michel Temer, por fazer parte de um "grupo criminoso". E disse que o senador Romero Jucá (MDB-RR) não fará parte de um governo seu, pois não irá negociar com "ladrão".

- Quando fui deputado, entrei na Câmara e tive uma desilusão muito grande. Quem mandava era Michel Temer e Eduardo Cunha. Um já está cadeia, e o outro ainda vai.

Durante a sabatina, também sobrou para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, no momento em que Ciro explicava sua proposta para a aposentadoria.

O pré-candidato propõe retirar do custo do regime da Previdência as aposentadorias rurais, que passariam a ser incluídas na conta do Tesouro. Seria criado um sistema de capitalização de aposentadoria, de caráter público. E propõe que todos tenham direito a um salário mínimo, tendo ou não contribuído. Ele disse que a transição será difícil e que ainda está calculando os impactos.

- É difícil, fácil é dar aula de sociologia, como o Fernando Henrique faz - disse Ciro.

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