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Política : ROSÁRIA HELENA
Enviado por alexandre em 03/10/2018 10:16:42

Rosaria Helena candidata a deputada federal intensifica campanha na reta final e diz que será a voz do povo na Câmara

Faltando apenas 04 dias para as eleições 2018, a candidata a deputada federal pelo Pros Rosária Helena que integra a coligação Frente Rondônia Popular (Pros, PMN, PSC, PHS e PC do B), vem intensificando com toda a sua equipe e apoiadores a sua campanha eleitoral com caminhadas reuniões e visitas corpo a corpo em todo o Estado de Rondônia.

Em todos os eventos políticos realizados a candidata vem sendo bem recepcionada pela população quando mostra todas as suas ações quando exerceu os cargos eletivos de vereadora e deputada estadual e gestora municipal na pasta de educação em Ouro Preto do Oeste e seus projetos caso seja eleita. Em todos os seus pronunciamentos, Rosária Helena pede a consciência e a reflexão do povo para realmente votar em quem trabalha pelo povo e não para grupos.

De acordo com Rosária Helena, o objetivo é intensificar o contato direto com o eleitor, apresentando trabalhos e mantendo o foco em projetos e propostas em favor do povo de Rondônia. Ao falar da importância da região central do Estado especialmente Ouro Preto do Oeste e seus agregados municípios ter um representante na Câmara federal, Rosária Helena disse que está preparada para suprir esta lacuna que a região não ter uma pessoa que lute pelos interesses dos munícipes e sem medo de afirmar caso seja eleita irá ser uma voz atuante no Congresso nacional e não mais uma parlamentar que só aparece de quatro e quatro anos tão recorrente como vem ocorrendo nas últimas eleições quando os municípios da região ficaram apenas com as migalhas das sobras das emendas parlamentares. “Me sinto preparada para representar cada voto na qual for confiado com honradez e acima de tudo transparente, fato que sempre fiz na minha trajetória política, profissional e social. Como deputada federal serei sim uma voz de todos na Câmara vamos tratar à todos de forma igualitária e por isso a importância da nossa região ter um representante e me coloco a disposição que o eleitor analise história de cada um não pelo memento e sim o que se fez de concreto pelo bem da coletividade”, disse Rosária Helena que acredita na sua vitória, vitória essa que a mesma faz questão de asseverar não é sua ou de sua equipe mas do povo que quer mudança.

A candidata a deputada federal disse ainda que é gratificante chegar nos municípios e distritos e ter a certeza que sua história de luta está sendo reconhecida pela população, e que o resultado disso é a receptividade das pessoas.

Rosária Helena de Oliveira Lima, 65, é mãe de três filhos, foi casada por 22 anos e agora é viúva. Ela é presidente do PROS Rondônia, nasceu em Prata (MG), foi criada em Carneirinho (MG) e aos 30 anos se mudou para Rondônia. Rosária é professora aposentada, começou a lecionar com 18 anos de idade e trabalhou nessa área por mais de três décadas. Ela passou o seu amor pela política para toda família – filhos, nora, genros, os cinco netos e um bisneto.


Rosária sempre foi uma mulher engajada. “Toda vida eu gostei de política. Desde menininha, quando eu não votava ainda eu já pedia voto para os candidatos. Tinha 12 anos, quando meu professor me convidou para representá-lo em um comício; ele não falou, eu que falei no lugar dele. Naquela época, os candidatos que eu apoiei, tanto o doutor Jorge Abraão Cury – candidato a vereador – quanto o candidato a prefeito, ganharam as eleições; então eu me empolguei”, conta Rosária. Rosária Helena participou da fundação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Rondônia (Sintero).



Assessoria





Política : MUNIÇÃO PRONTA
Enviado por alexandre em 03/10/2018 08:23:40

Munição de Bolsonaro no 2º turno virá de Lula

Josias de Souza

Embalado pelo crescimento no Datafolha e no Ibope, Jair Bolsonaro já prepara o roteiro para a fase final da eleição. Refere-se ao segundo turno no condicional. “Se houver…” , ele passou a dizer. Celebra o fato de que cada candidato terá o mesmo tempo no horário eleitoral. Um dos aliados do capitão disse ao blog que o roteiro a ser levado ao ar por Bolsonaro na TV e no rádio foi escrito por Lula. “Usaremos munição fornecida pelo inimigo”, ironizou.

Enquanto Fernando Haddad classifica seu padrinho como “perseguido político”, Bolsonaro recordará que o mensalão e o petrolão nasceram na administração de Lula. Como contraponto ao slogando PT, que promete um “Brasil feliz de novo”, Bolsonaro jogará no colo de Haddad a ruína econômica de Dilma Rousseff, a “gerentona” de Lula.

Na fase do mano a mano, o comitê de Bolsonaro tratará Haddad como um outro nome para o indulto de Lula, cuja prisão fará aniversário de seis meses neste domingo, dia da eleição. Hoje, o capitão dispõe de 8 segundos no rádio e na TV. Passará a usufruir de 600 segundos (pode me chamar de dez minutos)— um salto de 7.400%. Pelo menos um terço do tempo deve ser dedicado ao “roteiro do Lula”.

Mantido esse script, o segundo turno tende a virar a potencialização de um plebiscito em que o eleitor decidirá se o PT deve ou não voltar ao poder. Pode-se afirmar com algum grau de certeza que Lula fará o próximo presidente da República. Se não eleger Haddad, enviará ao Planalto Bolsonaro.

Bolsonaro acredita em vitória no primeiro turno



Eduardo Bresciani – O Globo

O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, ainda se recuperando em casa do atentado que sofreu mês passado, reafirmou durante transmissão ao vivo em seu Facebook que acredita na possibilidade de uma vitória no primeiro turno, e pediu engajamento a seus apoiadores.

- Eu peço encarecidamente: vamos trabalhar um pouquinho mais, pessoal. Dá pra gente levar no 1º turno - disse Bolsonaro.

Ao reconhecer que o cenário atual é de um segundo turno contra Fernando Haddad (PT), Bolsonaro aproveitou para atacar o PT, destacando vários pontos de um caderno de teses do Partido dos Trabalhadores, como a desmilitarização da polícia, a revogação da lei da anistia e a reforma agrária.

O candidato comemorou também o apoio recebido da Frente Parlamentar Agropecuária, a bancada ruralista, e reiterou sua proposta de fundir as pastas da Agricultura e Meio Ambiente. Bolsonaro destacou ainda a movimentação da Bolsa, afirmando que há confiança do mercado em seu consultor Paulo Guedes, a quem promete entregar um superministério na área da economia.

Política : PF NAS ELEIÇÕES
Enviado por alexandre em 02/10/2018 08:32:16

PF instala em Brasília centro de controle das eleições 2018

A Polícia Federal instalou, hoje, em Brasília, o Centro Integrado de Comando e Controle das Eleições 2018 (CICCE). O objetivo é dar apoio à Justiça Eleitoral e aos demais integrantes do sistema de segurança pública para agilizar investigação de infrações penais eleitorais. Na prática, poderá haver, por exemplo, o compartilhamento de dados entre os órgãos em tempo real.

O centro funcionará de 1º a 8 de outubro em razão do primeiro turno das eleições (em 7 de outubro) e, depois, de 22 a 28 de outubro, devido ao segundo turno (28 de outubro). Fazem parte da estrutura 14 instituições e órgãos parceiros, entre elas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a Receita Federal. Segundo as autoridades, o CICCE terá atuação semelhante à adotada durante os grandes eventos realizados no país de 2013 a 2016.

O diretor da PF, Rogério Galloro, explicou que esta é a primeira vez em que acontece a integração da entidade com outros órgãos em um processo eleitoral. Ele afirmou que a PF não pode agir imediatamente em relação aos crimes eleitorais e precisa sempre de autorização da Justiça Eleitoral, exceto em caso de flagrantes. Agora, segundo Galoro, o trâmite será mais rápido. “Criamos um fluxo especial [de trabalho] a partir dessas experiências que trouxemos dos grandes eventos”, afirmou.

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que o centro integrado “tem a função de zelar para que a vontade do povo brasileiro seja respeitada”. Ele destacou que um dos focos do centro será a investigação de notícias falsas, as chamadas fake news, que possam prejudicar algum candidato ou o andamento das eleições. "Isso tudo para zelar pela vontade popular", ressaltou Jungmann.

Treinamento

Para atuarem como Polícia Judiciária Eleitoral, os policiais federais passaram por uma capacitação. Nos meses de março, abril, maio e junho, fizeram cursos na plataforma ANP.net - plataforma de ensino à distância da Academia Nacional de Polícia.

O planejamento tático e operacional foi feito ao longo do primeiro semestre. As superintendências dos estados do Amazonas, Pernambuco e Roraima receberão reforços de policiais federais lotados em outras unidades. O efetivo policial será distribuído pelos Coordenadores Regionais das Eleições 2018 nos municípios com alta incidência de conflitos e crimes eleitorais.

Política : A DELAÇÃO
Enviado por alexandre em 02/10/2018 08:30:00

Se depender de Lula, eleitorado vota no escuro

Josias de Souza

Sergio Moro levou ao ventilador trechos da delação-companheira de Antonio Palocci. Alegou razões processuais. Mas a defesa de Lula, como de hábito, enxergou no gesto o “objetivo de tentar causar efeitos políticos para Lula e seus aliados”. Algo que “apenas reforça o caráter político dos processos e da condenação injusta imposta ao ex-presidente Lula.”

Lula pode alegar que a exposição do destampatório de Palocci em plena temporada eleitoral tenha o efeito de uma cotovelada. Mesmo assim, o juiz da Lava Jato não fez nada que estivesse fora dos limites de sua competência. Problema houve quando Lula permitiu as delinquências que Palocci testemunhou e executou. Esquisitice haveria se o eleitor fosse privado de conhecer os podres.

Os defensores de Lula não reclamaram quando Moro congelou o processo sobre o sítio de Atibaia para evitar turbulências eleitorais. Pediram que os autos sobre o Instituto Lula também fosse levado ao freezer. Mas Moro alegou que a encrenca já se encontra naquela fase em que defesa e acusação precisam apresentar suas últimas alegações.

As insinuações endereçadas pela defesa ao juiz da Lava Jato flertam com o ridículo quando se considera que não haveria Palocci sem Lula. O agora delator foi homem forte dos governos do delatado. Czar da economia, operou parte da engrenagem que fez do PT uma máquina coletora de propinas. Fez isso com o consentimento do chefe.

Se quiser, o eleitor pode dar de ombros para as acusações de Palocci contra seus ex-companheiros. Mas o dono do voto tem o direito de conhecer o lodo que escapa dos lábios do ex-braço direito de Lula. A tentativa de impor o voto no escuro apenas piora um espetáculo que já é deprimente.

Moro retira o sigilo de parte da delação de Palocci na Lava Jato



Do G1

O juiz federal Sergio Moro retirou o sigilo de parte do acordo de delação do ex-ministro Antonio Palocci no âmbito da Operação Lava Jato, hoje. O acordo foi firmado com a Polícia Federal no fim de abril e homologado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

Anteriormente, Palocci tinha tentado fechar um acordo com o Ministério Público Federal (MPF), mas sem sucesso. Segundo a delação de Palocci, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou Paulo Roberto Costa à diretoria de Abastecimento da Petrobras para "garantir espaço para ilicitudes".

A defesa do ex-presidente afirmou que "a conduta adotada hoje pelo juiz Sérgio Moro na Ação Penal nº 5063130-17.2016.4.04.7000 apenas reforça o caráter político dos processos e da condenação injusta imposta ao ex-presidente Lula".

Indicação para Petrobras

Palocci afirmou que a Odebrecht entrou em conflito com Rogerio Manso, então Diretor de Abastecimento da estatal, por não encontrar espaço para negociar o preço da nafta – um derivado do petróleo – para a Braskem, empresa controlada pelo grupo.

Segundo ele, a Odebrecht se alinhou ao Partido Progressista (PP), porque o partido estava apoiando fortemente o governo e não encontrava espaço em ministérios e nas estatais, e passou a tentar derrubar Manso. Foi aí que, conforme Palocci, Lula agiu indicando Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento.

"Luiz Inácio Lula da Silva decidiu resolver ambos os problemas indicando Paulo Roberto Costa para a Diretoria de Abastecimento; que isso também visava garantir espaço para ilicitudes, como atos de corrupção, pois atendia tanto a interesses empresarias quanto partidários; que, assim, nas diretorias de Serviço e Abastecimento houve grandes operações de investimentos e, simultaneamente, operações ilícitas de abastecimento financeiro dos partidos políticos", diz trecho da delação.

Pré-sal e eleição de Dilma

Palocci afirmou à Polícia Federal que havia "um interesse social e um interesse corrupto com a nacionalização e desenvolvimento do projeto do pré-sal".

O ex-ministro relatou uma reunião que teria ocorrido no início de 2010, na biblioteca do Palácio do Alvorada, com Lula – na época presidente do país –, Dilma Rousseff e José Sérgio Gabrielli, então presidente da Petrobras.

Segundo Palocci, nesta reunião, Lula "foi expresso ao solicitar do então presidente da Petrobras que encomendasse a construção de 40 sondas para garantir o futuro político do país e do Partido dos Trabalhadores com a eleição de Dilma Rousseff, produzindo-se os navios para exploração do pré-sal e recursos para a campanha que se aproximava". Lula teria afirmado, nesta reunião, que caberia a Palocci gerenciar os recursos ilícitos.

Contas eleitorais

Segundo o ex-ministro, as campanhas do PT foram abastecidas com caixa dois. Palocci afirma no depoimento que as campanhas em 2010 e 2014 custaram, respectivamente, R$ 600 milhões e R$ 800 milhões. Esse valores seriam mais que o dobro do que foi declarado oficialmente à Justiça Eleitoral na época, de acordo com o depoimento.

Na delação, Palocci diz que empresários contribuíam esperando benefícios em troca. "Ninguém dá dinheiro para campanha esperando relações triviais com o governo", afirmou, segundo o documento.

O ex-ministro declarou ainda na delação que mesmo doações registradas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) podem ser irregulares, "bastando que sua origem seja ilícita". Palocci afirma que as "prestações regulares registradas no TSE são perfeitas do ponto de vista formal, mas acumulam ilicitudes em quase todos os recursos recebidos".

Íntegra da nota da defesa de Lula:

"A conduta adotada hoje pelo juiz Sérgio Moro na Ação Penal nº 5063130-17.2016.4.04.7000 apenas reforça o caráter político dos processos e da condenação injusta imposta ao ex-presidente Lula.

Moro juntou ao processo, por iniciativa própria ('de ofício'), depoimento prestado pelo Sr. Antônio Palocci na condição de delator com o nítido objetivo de tentar causar efeitos políticos para Lula e seus aliados, até porque o próprio juiz reconhece que não poderá levar tal depoimento em consideração no julgamento da ação penal. Soma-se a isso o fato de que a delação foi recusada pelo Ministério Público. Além disso, a hipótese acusatória foi destruída pelas provas constituídas nos autos, inclusive por laudos periciais.

Palocci, por seu turno, mentiu mais uma vez, sem apresentar nenhuma prova, sobre Lula para obter generosos benefícios que vão da redução substancial de sua pena - 2/3 com a possibilidade de 'perdão judicial' - e da manutenção de parte substancial dos valores encontrados em suas contas bancárias”.

A prisão

Preso desde setembro de 2016, Antonio Palocci foi condenado a 12 anos e dois meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O ex-ministro está detido na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

O juiz Sérgio Moro entendeu que o ex-ministro negociou propinas com a Odebrecht, que foi beneficiada em contratos com a Petrobras. Neste mês de abril, por 7 votos a 4, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram manter na cadeia o ex-ministro. Palocci responde a mais uma ação penal na 13ª Vara de Curitiba.

Ele é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo que apura a compra de um apartamento em São Bernardo do Campo (SP) e de um terreno onde seria construída uma nova sede para o Instituto Lula em São Paulo.

Depoimentos a Moro

Em abril de 2017, ao ser interrogado pelo juiz Sérgio Moro, Palocci se colocou à disposição para apresentar "fatos com nomes, endereços e operações realizadas" que, de acordo com o ex-ministro à época, devem render mais um ano de trabalho para a força-tarefa da Lava Jato.

Em setembro, Antonio Palocci afirmou para o Moro que o ex-presidente Lula tinha um "pacto de sangue" com Emilio Odebrecht que envolvia um "pacote de propina".

Na ocasião, o ex-ministro afirmou que as propinas foram pagas pela Odebrecht para agentes públicos "em forma de doação de campanha, em forma de benefícios pessoais, de caixa um, caixa dois".

Palocci admitiu ser o Italiano – codinome usado pelo setor de propina da Odebrecht em uma planilha de vantagens indevidas. O ex-ministro disse também que "em algumas oportunidades" se reuniu com Lula "no sentido de criar obstáculos para a Lava Jato". À época, aos advogados que representam o ex-presidente Lula afirmaram que Palocci fez "acusações falsas e sem provas".




Política : A TEMPERATURA
Enviado por alexandre em 02/10/2018 08:26:41

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Escalada de Bolsonaro desafia Lula e a lógica

Josias de Souza

Após três semanas de estabilidade, Bolsonaro subiu no Ibope de 27% para impressionantes 31% das preferências do eleitorado. Abriu dez pontos de vantagem sobre o vice-líder Haddad, que parou momentaneamente de subir. O desempenho do capitão desafia o prestígio de Lula e, sobretudo a lógica.

Todos os presidenciáveis ajustam seus discursos e suas táticas. Bolsonaro não. Suas (poucas) ideias continuam inabaláveis.

Sua pregação não se alterou um milímetro, mesmo depois da facada. Muitos já disseram que a agenda de Bolsonaro é fascista. Houve quem enxergasse nele até pendores hitlerianos. O líder deu de ombros. Manteve-se fidel aos seus valores: o moralismo bisonho, o desprezo pelos signos democráticos, o ódio à imprensa, a segurança imposta manu militari…

Noutros tempos a ciência política classificaria Bolsonaro como um candidato inviável. A sociedade brasileira, com seus valores escrachados e seus princípios flexíveis, revelava-se majoritariamente refratária à disciplina sanguínea do fascismo. Na década de 90, o nome de Bolsonaro seria Enéas e seu teto nas pesquisas não ultrapassaria os 7%.

O que mudou? Bolsonaro, até ontem um inexpressivo membro do baixo clero da Câmara, sintonizou-se com os brasileiros atropelados pela economia débil e afrontados pela roubalheira vigorosa. Sem estrutura, a bordo de um partido de aluguel, com ridículos 8 segundos no horário eleitoral, ele se impôs perante os velhos tecelões da política artesanal.

Perdendo ou ganhando, Bolsonaro consolida-se como principal fenômeno político desde Fernando Collor. De costas para os partidos, o mercado, a academia e a imprensa, ele capturou os principais focos de contestação social que se movem à margem da liderança populista de Lula e do sindicalismo companheiro da CUT. Parte do tucanato e do centrãozão —versão hipertrofiada do centrão que inclui o MDB de Michel Temer— corre atrás do prejuízo, aderindo às pressas.

Bolsonaro chega à beirada da urna como um líder paradoxal. Deputado há 27 anos, vendeu-se como um oposicionista extraparlamentar, avesso ao sistema. Direitista convicto, conquistou as massas como uma opção “jurássica” ao clepto-distributivismo da chamada esquerda.

Assim, o fato mais inédito na política, a saber, o surgimento de um líder sem a enlameada plumagem tucana capaz de desafiar o projeto político-criminal de Lula, parece combinar-se com o desejo de um pedaço do eleitorado de restaurar uma ilusão de ordem e progresso de inspiração militar.

Repetindo: a associação do lodo que encobriu a modernidade tucana com o dinheirismo que sufocou os clichês varguistas do lulismo deram à luz Bolsonaro, uma novidade feita de resíduos verbais da década de 60.

Um pedaço do eleitorado ouve o poste de Lula falando num “Brasil feliz de novo” e chega à conclusão de que o futuro era muito mais feliz antigamente.

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