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Política : LARANJAL DO PSL
Enviado por alexandre em 19/02/2019 11:01:13

Ministro do Turismo sabia de esquema de "laranjas" no PSL, diz ex-candidata

Candidata à deputada estadual pelo PSL nas últimas eleições, a professora aposentada Cleuzenir Barbosa declarou que o partido promoveu um esquema de lavagem de dinheiro público em Minas Gerais, que na época tinha o diretório regional presidido pelo hoje ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. Segundo depoimento de Barbosa para o jornal Folha de S. Paulo, o ministro do governo Jair Bolsonaro sabia das operações.

O suposto caso de Cleuzenir Barbosa seria mais uma “candidatura laranja” da legenda, como outras denunciadas em  Minas Gerais e Pernambuco. Presidente nacional do PSL interinamente durante as eleições e um dos suspeitos de ligação com os desvios, Gustavo Bebianno foi exonerado nesta segunda-feira do cargo de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência.

Cleuzenir, que diz não ter aceitado integrar o esquema, não foi eleita (teve 2.097 votos) e hoje vive em Portugal. Disse ter deixado o Brasil por temor de retaliações por parte dos aliados de Álvaro Antônio.

O esquema de desvio

A professora aposentada conta que, dos 60 mil reais que recebeu do fundo eleitoral para sua candidatura, um valor de 50 mil reais deveria ser devolvido para assessores de Álvaro Antônio. Ela conta que comunicou a situação a outros membros da equipe do hoje ministro e tentou denunciar o caso diretamente para ele, mas que nada foi feito.

“Era o seguinte: nós mulheres iríamos lavar o dinheiro para eles. Esse era o esquema. O dinheiro viria para mim e retornaria para eles. 10 mil foi o que me falaram que eu poderia ficar, foi aí que eu vi que tinha erro. Eles falaram que eu poderia fazer o que eu quisesse. Onde já se viu isso?”,  relatou a ex-candidata.

Na entrevista, ela diz que se filiou ao PSL por influência de Eneias Reis, deputado suplente de Álvaro Antônio. “Ele [Enéias Reis] estava indo para Brasília e nós fomos. Bolsonaro nos recebeu, Marcelo também. E aí veio o convite para me filiar no PSL. Jair fez um vídeo pedindo apoio para a minha candidatura. Até então, estava tudo correndo dentro do script. Não foi falado em dinheiro, só de apoio”.

A ex-candidata diz que soube dos desvios apenas quando o dinheiro caiu em sua conta.

“Quem ficou responsável pela minha região foi o Haissander de Paula [assessor do ministro], que começou a falar que ia vir um dinheiro. Ele falava que o Marcelo [ministro] estava muito apertado, coitadinho, e que a mãe ia doar um dinheiro pra campanha dele. Era uma história comovente. Que precisava ajudar outros candidatos com esse dinheiro”, explica Barbosa.

“Falaram que a mãe do Marcelo mandaria na minha conta 50 mil reais. E que eu poderia contratar pessoas, que viria o dinheiro da mãe do Marcelo, para fazer a campanha. Quando caiu na minha conta, falei: caiu o dinheiro, mas não sei a origem, preciso ver. Quando ligo pro Robertinho [Soares, outro assessor] falo que não é dinheiro do fundo da mulher nem da mãe do Marcelo. Ele respondeu: é o mesmo. Aí quando ele falou isso, caiu à ficha”, completa.

Cleuzenir Barbosa diz que teve que viajar para o exterior após fazer as denúncias sobre o esquema: “peço para as mulheres que denunciem. Não fiquem caladas, se exponham, sim. Eu vou entrar com pedido de proteção à vítima. Esse povo é perigoso. Hoje eu sei, eles são uma quadrilha de bandidos”.

O Ministério Público de Minas Gerais expediu, nesta segunda-feira 18, intimações para ouvir 20 pessoas em inquérito que investiga o caso dela e outras supostas “laranjas” do PSL no Estado – todas candidatas mulheres.

Os depoimentos serão prestados a partir desta semana. Em contato com o jornal O Estado de S.Paulo, o promotor eleitoral Fernando Abreu, responsável pelo caso, declarou que o inquérito pode evoluir para uma investigação sobre a ocorrência do crime de lavagem de dinheiro. 

“A primeira coisa a fazer é certificar a existência dos candidatos laranja. Se essas pessoas receberam ou não os recursos e se gastaram em suas campanhas, se houve apropriação indébita de recursos públicos e falsidade ideológica. Depois, pode ser que se evolua para lavagem de dinheiro”, disse o promotor. Entre os intimados, estão candidatos, empresários e possíveis colaboradores de Marcelo Álvaro durante a campanha – só depois será definido se o ministro também prestará depoimento”, disse.

Outro lado

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG), afirmou que tomou conhecimento da denúncia por lideranças partidárias e que determinou sua apuração.

“A denunciante foi chamada a prestar esclarecimentos em diversas ocasiões e nunca apresentou provas ou indícios que atestassem a veracidade das acusações”, disse.

Ele também afirmou que Cleuzenir não tem credibilidade por ter sido “aposentada por sentença judicial que reconheceu distúrbios psiquiátricos incapacitantes total e permanentes”. Ele também disse que ela repassou a familiares dinheiro da campanha e que fez elogio público a ele um dia antes de registrar o boletim de ocorrência.

Robertinho Soares, assessor do ministro, disse que “nunca houve nenhuma ameaça à senhora Cleuzenir”. Ele também afirmou que ela se contradisse em suas acusações. Haissander de Paula não se pronunciou para o Jornal Folha de S. Paulo.

Política : DESCONFIANÇA
Enviado por alexandre em 19/02/2019 09:05:31

Generais deixam celulares de fora nas reuniões
Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo

O clima de desconfiança no Palácio do Planalto diante da crise envolvendo a demissão do ex-ministro Gustavo Bebianno chegou a tal ponto que auxiliares de Jair Bolsonaro passaram a deixar os telefones celulares fora das salas quando se reúnem para tratar do assunto.

Numa das reuniões, na Casa Civil, comandada por Onyx Lorenzoni, até mesmo os generais Augusto Heleno, do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), e Carlos Alberto dos Santos Cruz, da Secretaria de Governo, tiveram que depositar seus aparelhos em uma espécie de bonbonnière.

Política : A VERDADE
Enviado por alexandre em 19/02/2019 08:56:54

Bolsonaro de dedo em riste não aceitou traição de Bebianno
Uma das versões para a queda de Bebianno é a de que Bolsonaro se sentiu traído porque ele agendou um encontro com Paulo Tonet, vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo. Não seria a primeira vez, no entanto, que o executivo esteve com ministros do núcleo duro do governo. Num momento de maior raiva, o presidente chegou a mostrar o dedo em riste.

Desde janeiro, Tonet já se reuniu com os generais Augusto Heleno e Santos Cruz e também com Onyx Lorenzoni. O encontro com Bebianno acabou cancelado.

Bolsonaro foi taxativo ao ser confrontado com a possibilidade, discutida numa reunião, de a crise dificultar a aprovação de mudanças da Previdência: se quiserem acabar com a reforma por causa de Bebianno, que acabem, chegou a dizer. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, foi um dos primeiros a dizer que a reforma ficaria comprometida.  (Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo)

Política : MOURÃO FIRME
Enviado por alexandre em 18/02/2019 08:38:23

Roupa suja se lava em casa diz Mourão
Hayle Gadelha

Vamos falar claramente: o "governo" Bolsonaro já teria acabado, se não fosse o vice Mourão. Nessa última trapalhada de pai e filhos envolvendo Bebbiano, Mourão teve que intervir drasticamente.

Com certeza deu um berro na família, declarou que "roupa suja se lava em casa", tirou os filhos do primeiro plano, mandou o pai fazer de conta que apoiaria Bebbiano para depois demiti-lo.

Se não demitisse Bebbiano, o "governo" Bolsonaro estaria extinto e os governantes militares estariam assumindo a total incapacidade de fazer política.

Mourão fez mais ainda: mandou acelerar a proposta de reforma da Previdência para mudar o foco. E o filho Carlos, vereador no Rio de Janeiro, ainda arranjou uma medalha Pedro Ernesto para Mourão.

Política : NA TV
Enviado por alexandre em 16/02/2019 10:47:30

Bolsonaro vai a TV explicar a Reforma da Previdência

Jair Bolsonaro vai usar a cadeia de rádio e TV na quarta-feira (21) para explicar aos brasileiros a importância de atualizar as regras da aposentadoria. Com o público externo, o governo aposta no que considera ser a boa capacidade de comunicação do presidente – direta, sem rodeios – para começar a quebrar resistências à reforma da Previdência. Bolsonaro também participará da costura para dentro. De acordo com a Coluna do Estadão deste sábado (16), o presidente vai falar com a bancada de seu PSL e com líderes daquela que sonha ser um dia sua base aliada. Apenas PT, PSOL, Rede e PCdoB devem ser excluídos do evento.

Apesar de PSB e PDT serem considerados partidos de esquerda, também foram convidados ao encontro. O PRB agradeceu, mas declinou. “Esse governo escuta por um lado e sai pelo outro”, diz o líder Jhonatan de Jesus.

Major Vitor Hugo, líder do governo, contou que as mudanças da aposentadoria dos militares serão encaminhadas junto com as novas regras gerais.

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