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Política : A REAÇÃO
Enviado por alexandre em 26/03/2020 10:20:33

Após 1h30 de críticas no JN, Bolsonaro vai ao Twitter se defender
Por Revista Forum

O presidente Jair Bolsonaro sentiu as críticas que seu pronunciamento feito na terça-feira (24) gerou e, na noite de ontem, foi ao Twitter para tentar se defender.

Escrevendo frases em caixa alta e utilizando termos como “covardes”, o capitão da reserva se mostrou irritado com toda a repercussão de suas declarações defendendo o fim do isolamento social, medida adotada no mundo todo para frear a curva de disseminação do novo coronavírus. A postagem do presidente veio logo após uma edição de 1 hora e 30 minutos do Jornal Nacional, da Globo, praticamente toda dedicada a refutar a forma como Bolsonaro vem lidando com a pandemia.

“É mais fácil fazer demagogia diante de uma população assustada, do que falar a verdade. Isso custa popularidade. Não estou preocupado com isso! Aproveitar-se do medo das pessoas para fazer politicagem num momento como esse é coisa de COVARDE! A demagogia acelera o caos”, escreveu Bolsonaro.

E continuou: “Se estivesse pensando em mim, lavaria as mãos e jogaria para a platéia, como fazem uns. Penso no povo, que logo enfrentará um mal ainda maior do que o vírus se tudo seguir parado. NÃO CONDENAREI O POVO À MISÉRIA P/ RECEBER ELOGIO DA MÍDIA OU DE QUEM ATÉ ONTEM ASSALTAVA O PAÍS”.

Toda a sequência de tuítes de Bolsonaro é uma tentativa do presidente de justificar sua fala de terça-feira. Apesar de dizer que “não quer descaso” com a questão do coronavírus, ele seguiu defendendo o isolamento apenas de idosos e demais grupos de riscos, indo contra as recomendações de especialistas no Brasil e no mundo.

“Não queremos descaso com a questão da Covid-19. Apenas buscamos a dose adequada para combater esse mal sem causar um ainda maior. Se todos colaborarem, poderemos cuidar e proteger os idosos e demais grupos de risco, manter os cuidados diários de prevenção e o país funcionando”, escreveu.

Bolsonaro, apesar de defender o isolamento vertical em detrimento do isolamento social, não tem nenhuma proposta para garantir a renda daqueles que devem ficar em casa. Foi o que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), destacou nesta quarta-feira (25).

“Eu fico pensando como alguém pode falar em isolamento vertical se até hoje não apresentou uma proposta de contigenciamento pros idosos brasileiros mais pobres. Como um governo pode falar de um assunto sabendo que temos milhares de idosos nas comunidades, e até hoje a gente não viu do governo qual a política pra isolar os idosos”, disparou o parlamentar.


Lula: "Ou Bolsonaro renuncia, ou fazem impeachment dele"

Por Estadão Conteúdo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, durante conversa com o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad transmitida ao vivo em suas redes sociais, que o presidente Jair Bolsonaro não tem ¨estatura psicológica¨ para governar o Brasil e, portanto, deve renunciar ou ¨se faz o impeachment¨.

Haddad, acho que nós estamos numa situação complicada, porque acho que o Bolsonaro não tem estatura psicológica para continuar governando o Brasil. Ou este cidadão renuncia ou se faz o impeachment dele, alguma coisa, porque não é possível que alguém seja tão irresponsável de brincar com a vida de milhões de pessoas como ele está brincando", disse o ex-presidente.

Lula criticou duramente o pronunciamento de Bolsonaro no qual o presidente defendeu a flexibilização das medidas de controle ao coronavírus adotadas pelos Estados e voltou a comparar a doença a uma ¨gripezinha¨.

Citando episódios de seus oito anos de governo para ilustrar sua fala, Lula disse que o papel de um presidente em momentos de crise é unir o País, ouvir os melhores especialistas em cada área e tomar decisões com base em fatos científicos.

Ao falar em renúncia ou impeachment de Bolsonaro, Lula faz um avanço em relação à posição que defendia desde a eleição do atual presidente, sempre contrária ao discurso de setores do próprio PT que pedem a derrubada do governo.

Há menos de duas semanas, o grupo de Lula na direção do PT barrou tentativa de correntes minoritárias de aprovar o ¨Fora Bolsonaro¨ como bandeira do partido. Até antes do pronunciamento do presidente na TV, líderes petistas avaliavam que a defesa do impeachment de Bolsonaro poderia ser interpretada como oportunismo político.

Em suas redes sociais, Lula divulgou a íntegra da conversa com Haddad, mas não deu destaque para a fala sobre o impeachment.

¨O Bolsonaro não está preparado para tocar esse país. Um presidente não é obrigado a saber de tudo, mas quando você não sabe, você consulta a sociedade, os especialistas, os governadores. Coisa que em nenhum momento ele fez¨ escreveu o ex-presidente.


Eduardo defende discurso do pai

Por Estadão Conteúdo

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, aproveitou ontem a primeira sessão virtual da Câmara, para defender o pronunciamento feito por seu pai na véspera, no qual o chefe do Executivo criticou o isolamento social. "O que o presidente quis alertar no seu pronunciamento de ontem foi exatamente esse ponto. O ponto da alimentação, se todos nós ficarmos confinados por tempo indeterminado, qual será o caminhoneiro que vai levar essa comida para escola ou para as cidades? Esse que é o temor maior", disse, por videoconferência. A Câmara votou nesta quarta projeto que garante a entrega de merenda para estudantes, mesmo sem aulas durante o período de calamidade pública.

Para Eduardo, não é preciso ser uma "pessoa superdotada" para conseguir prever o "futuro catastrófico" com a quarentena. "Então, nós temos a certeza de que é impossível ficar confinado durante um longo período, e isso vai de encontro ao que líderes mundiais estão falando. A OMS (Organização Mundial de Saúde), no dia 16 de março, seu presidente falou que o ideal é que você faça o diagnóstico e, que os casos suspeitos fiquem isolados da sociedade, mas não a sociedade inteira isolada dentro de suas casas, seus apartamentos", disse. O deputado ressaltou ainda que, para ele, não se trata de se separar e priorizar o que é vida e o que economia. "São coisas que convergem no final das contas", disse.

Na mesma sessão virtual, o discurso presidencial foi alvo de ataques. Infectado com o coronavírus, o deputado Luis Tibé (Avante-MG) criticou Bolsonaro por minimizar os efeitos da doença. "O que estou passando enfrentando esse vírus é tudo menos uma gripezinha. Precisamos estar unidos contra o vírus, e a fala do presidente é muito preocupante", afirmou.

O deputado fez ainda uma sugestão: "É que tenhamos nos prontuários, nas situações em que infelizmente ocorrem as mortes, para saber se a morte foi exclusivamente por conta do coronavírus ou se também teve aí no meio alguma doença pré-existente para que fique às informações as claras e possa nortear as politicas de saúde, não só federais bem como estaduais e municipais", afirmou.

No começo da semana, o guru bolsonarista Olavo de Carvalho divulgou informações falsas e inseriu a pandemia do novo coronavírus numa teoria conspiratória em uma transmissão ao vivo no Youtube. Na transmissão, ele afirmou que não há nenhum caso confirmado de morte por coronavírus no mundo - uma mentira - e que a pandemia, em sua opinião, seria "a mais vasta manipulação de opinião pública que já aconteceu na história humana".

Além do novo coronavírus, Eduardo Bolsonaro disse que não iria se pronunciar sobre a China. "Aproveito a oportunidade para dizer aqui que não farei considerações sobre a China. Como forma de união e foco naquilo que é necessário nesse momento que é o combate ao coronavírus. Até porque eu estou prestes a ser demandado no Conselho de Ética. Se isso se configurar, aí sim será o momento oportuno para eu falar dessa questão", disse.

Na quarta-feira, 18, Eduardo publicou um tuíte em que acusou a China de ter escondido informações sobre o início da pandemia do coronavírus. "A culpa é da China e liberdade seria a solução", escreveu o deputado. O embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, respondeu as acusações de Eduardo e exigiu a retirada imediata das palavras do deputado e um pedido de desculpas ao povo chinês.

Política : O DISCURSO
Enviado por alexandre em 25/03/2020 10:23:52

Um atentado à vida o discurso de Bolsonaro
Se o presidente Bolsonaro queria o pior para o País, copiando o péssimo exemplo americano, de tentar salvar a economia em detrimento da vida, fez um gol de placa ontem com sua verborragia à Nação.

Seu pronunciamento é um genocídio. Tresloucado, passou a borracha no politicamente certo do ministro da Saúde. Mandetta mostra preparo, lucidez e conhecimento de causa. Ganhou a confiança do povo brasileiro. Sabe, diferente do chefe diabólico, que o coronavírus pode arruinar o mundo, dizimar a minha, a sua, a vida de milhares brasileiros com fé na vida e vontade de viver.

Eu só posso concluir pela imagem de um presidente com cara de demônio na TV que ele, na verdade, está possuído do mal, como dizia minha avó.

Eu quero viver, presidente! Quero vida para minha família, quero um governo que me dê segurança em medidas contra a doença do fim do mundo. Não quero um demônio atanazando o meu juízo, roubando a minha paz.

Vá ao divã!

EUA aprovam pacote de US$ 2 tri em ajuda a empresas e trabalhadores

O Globo - Paola De Orte

O Congresso dos Estados Unidos e a Casa Branca entraram em acordo sobre o pacote de estímulo à economia americana que incluirá ajuda a trabalhadores em dificuldade e a pequenos negócios, além do apoio a grandes corporações como companhias de aviação e de cruzeiros. O pacote, de cerca de U$ 2 trilhões, tem como objetivo amortecer os impactos econômicos negativos da pandemia do coronavírus.

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O pacote tem uma abordagem diferente  da adotada durante a crise de 2008. À época, o governo foi acusado de ser pouco transparente em seus esforços para ajudar grandes corporações, deixando os mais vulneráveis desassistidos.

– Este pacote será o maior programa de assistência a pequenas e médias empresas [main street, em inglês] na história dos Estados Unidos. – disse o Diretor do Conselho Econômico Nacional americano, Larry Kudlow.

Houve disputa entre Democratas e Republicanos, mas os dois partidos concordavam em um instrumento para que a ajuda chegue direto aos trabalhadores: fazer pagamentos diretos de mais de US$ 1 mil para milhões de americanos. O pagamento seria feito de uma única vez, e casais receberiam por pessoa, com um adicional de US$ 500 por criança.

Venceu a proposta dos Republicanos de U$ 1.200 por pessoa, chegando a U$ 3.000 por família de quatro, enquanto a dos Democratas queriam um valor maior de U$ 1.500 por pessoa, chegando a U$ 7.000 por família de cinco.

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O pacote prevê ainda US$ 367 bilhões para as pequenas empresas manterem o pagamento da folha enquanto os funcionários estiverem afastados. Também foi acordada uma linha de crédito de US$ 500 bilhões para as grandes indústrias, incluindo o setor aéreo. Os hospitais terão uma ajuda significativa.

Segundo os democratas, o pacote cobrirá quatro meses de salário, em lugar dos três originalmente previstos. Os trabalhadores receberão o seguro-desemprego normalmente pago pelos estados mais US$ 600 por semana; quem presta serviços para aplicativos como Uber terá direito a esse valor. As empresas poderão postergar o pagamento do imposto sobre a folha, de 6,2%. A fim de garantir a transparência, deve ser criado o cargo de inspetor-geral, além de um órgão fiscalizador, para supervisionar as transferências às empresas. Medida semelhante fora adotada na crise de 2008.

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O presidente americano, Donald Trump, disse que o acordo incluirá apoio a companhias aéreas e de cruzeiros. Além do pacote de U$ 2 trilhões, o Diretor do Conselho Econômico Nacional, Larry Kudlow, citou, durante a coletiva ao lado de Trump, os estímulos via Fed, o Banco Central americano, outros U$ 4 trilhões, somando U$ 6 trilhões.
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– Estamos começando um período difícil, mas achamos que vai ser apenas algumas semanas ou meses, não anos – disse Kudlow.



Maia: Pronunciamento de Bolsonaro foi equivocado

Por Estadão Conteúdo

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), considerou “equivocado” o pronunciamento em cadeia nacional de TV feito ontem, pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. Maia criticou o fato de Bolsonaro usar a estrutura da transmissão para atacar a imprensa, governadores de Estado e especialistas em saúde pública.

“Desde o início desta crise venho pedindo sensatez, equilíbrio e união. O pronunciamento do presidente foi equivocado ao atacar a imprensa, os governadores e especialistas em saúde pública”, escreveu o presidente da Câmara em uma rede social.

Maia reafirmou o compromisso de que o Congresso Nacional vote ações para conter a pandemia e auxiliar empresários e trabalhadores na crise econômica. “Precisamos de paz para vencer este desafio”, pediu o deputado.

Ele também disse que, em respeito a idosos e pessoas em grupo de risco, os brasileiros devem seguir determinações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde.

Política : NOVA UNIÃO
Enviado por alexandre em 24/03/2020 23:50:00

Prefeitura de Nova União faz barreira de enfrentamento ao coronavírus
Uma barreira sanitária devido à pandemia de coronavírus foi montada pela Prefeitura de Nova União na via de acesso à sede do Município – Rodovia RO-470 – na entrada da Linha-24, próximo à fronteira com o Município de Ouro Preto do Oeste. O trabalho envolve servidores das secretarias Municipais de Saúde, Educação e Assistência Social, com participação do DETRAN, que fornece a barraca de apoio, cones de sinalização terrestre e jalecos para os servidores. Segundo Daniela de Souza Paula Oliveira, secretária Municipal de Saúde, a medida foi tomada em atendimento a exigência do Ministério Público Estadual a todos os municípios rondonienses que estão localizados fora do eixo da Rodovia BR-364.

De acordo com Jorge Elias – Diretor do Hospital Municipal Expedito Gonçalves Ferreira, os servidores fazem a abordagem dos veículos que entram e saem de Nova União, quando é feita a triagem sintomatológica, com pequeno questionário que os ocupantes do veículo respondem, por exemplo, informando local de partida e destino da viagem e se tiveram contato com pessoas que chegaram de viagem ou com suspeitos de contaminação por coronavírus.

“Caso algum ocupante do veículo apresente sintoma da doença, seus dados serão anotados para monitoramento” – informa o Agente Comunitário de Saúde Mauro Custódio dos Reis. A barreira sanitária funcionará 24 horas, todos os dias da semana, e durará durante o tempo de vigência dos Decretos de Estado de Calamidade Pública emitidos pelo Governo Estadual e pela Prefeitura de Nova União. 







 
ASCOM

Política : URUPÁ
Enviado por alexandre em 24/03/2020 22:26:26

Prefeito Célio Lang defende a doação do fundo eleitoral para o combate ao coronavírus

O prefeito do município de Urupá Célio Lang (PP), defendeu nesta terça-feira (24) através de uma “live”, nas redes sociais a doação do Fundo Eleitoral de Financiamento de Campanha e do Fundo Eleitoral de Assistência Financeira aos Partidos Políticos para o Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é que os recursos sejam encaminhados para o combate ao novo coronavírus no país, como forma de reforçar a estrutura dos hospitais que recebem os pacientes com suspeitas ou confirmação da doença.

 

Célio Lang defende a ideia apresentada pelo presidente nacional do Progressistas,  senador, Ciro Nogueira, da importância da doação no valor de R$ 2 bilhões do Fundo Eleitoral e ainda a economia de mais R$ 2 bilhões, se as eleições deste ano forem adiadas. Com a pandemia de Coronavírus, os devem ter dificuldades financeiras sendo pontuou o gestor municipal de Urupá, já prevendo um cenário nada animador para os próximos meses que se avizinham na qual as prefeituras não dispõem de recurso para conter a proliferação da doença.

 

“O momento agora é de priorizar e discutir soluções para a área da saúde com investimentos humano e material. A prioridade é a saúde do nosso povo, tendo em vista a pandemia do novo coronavírus que tem aumentado no nosso país. Em um segundo momento, viria a discussão sobre o adiamento das eleições. Se tiver adiamento, precisa ser bem planejado”, disse o prefeito Célio Lang que tem feito a sua parte no combate ao coronavírus com ações voltadas para este fim.

 

Fonte:www.ouropretoonline.com

 

Política : INTRIGAS
Enviado por alexandre em 24/03/2020 16:52:52

"Focar em intriga deixa pessoas menos informadas", diz Bolsonaro
Por Estadão Conteúdo

O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem que, quanto mais jornalistas falarem sobre assuntos de "intriga e poder" entre ele e governadores, menos informada ficará a população sobre o combate ao novo coronavírus "e mais pânico será alimentado".

Em uma sequência de publicações no Twitter, o presidente ressaltou "importantes reuniões" realizadas com governadores estaduais das regiões Norte e Nordeste, depois das quais o governo federal anunciou R$ 88,2 bilhões em medidas de apoio a Estados e municípios na contenção dos impactos socioeconômicos da pandemia da covid-19. "Mas alguns jornalistas insistem em falar de assuntos que alimentam intrigas, fofocas e pânico", emenda

"É preciso cuidar da saúde física, mas também emocional dos brasileiros. É nosso dever protegê-los com coragem, tranquilidade e sabedoria. Façam isso e terão meu apoio!", escreveu o presidente.

Nas últimas semanas, Bolsonaro vem recebendo críticas de alguns governadores por atitudes como a de, no último dia 15 - já em meio a recomendações do Ministério da Saúde de se evitarem aglomerações -, ir cumprimentar, abraçar e tirar fotos em frente ao Palácio do Planalto com algumas centenas de pessoas que se manifestavam a seu favor e contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF).

No domingo, 22, à noite, em entrevista à Record TV, Bolsonaro se referiu ao que chamou de "parte" dos governadores de "verdadeiros exterminadores de emprego", acrescentando que a crise originada pela paralisação da maior parte da atividade econômica nos Estados é "muito pior do que o próprio coronavírus vem causando no Brasil e pode causar ainda".

Na mesma entrevista, ele alegou que "a grande mídia" e governadores estão "de olho" na sua cadeira e querem tirá-lo do poder "de qualquer maneira". "Se puder antecipar minha saída, eles farão isso daí. Mas da minha parte não terão oportunidade disso." Bolsonaro ainda listou, lendoanotações, eventos que contaram com número grande de presentes a que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), havia comparecido no início do mês.



Hospital não informa resultado de exame de Bolsonaro

Por Estadão Conteúdo

O Hospital das Forças Armadas (HFA) não informou à Justiça Federal do DF a relação completa dos pacientes infectados com o novo coronavírus, conforme documento obtido pelo Estadão/Broadcast. O presidente Jair Bolsonaro foi uma das autoridades que fizeram exame no local, mas afirmou nas redes sociais ter testado negativo.

De acordo com o comandante logístico do Hospital das Forças Armadas, general Rui Yutaka Matsuda, todas as informações sobre os pacientes do hospital com resultado positivo para a covid-19 já foram compartilhadas com a Autoridade Epidemiológica da Secretaria da Saúde do Distrito Federal. Procurada, a secretaria não se manifestou até a publicação deste texto.


Na última sexta-feira (20), a Justiça Federal atendeu a um pedido do Palácio do Buriti e determinou que o Hospital das Forças Armadas informasse imediatamente ao governo do DF a relação completa de nomes dos infectados pelo novo coronavírus. O Estado pede há dias a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) que apresente os resultados do exames já feitos pelo presidente, mas até hoje não obteve resposta.

Bolsonaro afirmou na semana passada que poderá realizar um terceiro teste porque, como ele tem contato com muitas pessoas, pode já ter sido infectado.

"Deixo de informar à V Exa., neste documento, os nomes dos pacientes com sorologia positiva para a covid-19, a fim de evitar a exposição dos pacientes e em virtude direito constitucional de proteção à intimidade, vida privada, honra e imagem do cidadão", escreveu o comandante do HFA, em ofício endereçado à Justiça Federal do DF e obtido pela reportagem.

Além de Bolsonaro, integrantes da comitiva presidencial que acompanharam o presidente da República em viagem aos Estados Unidos também fizeram exames no HFA. Ao todo, 23 pessoas que acompanharam o presidente já foram infectadas.

Em sua decisão, a juíza Raquel Soares Chiarelli também impôs uma multa de R$ 50 mil ao diretor do hospital por cada paciente que tiver a informação sonegada. Além de Bolsonaro, integrantes da comitiva presidencial que acompanharam o presidente da República em viagem aos Estados Unidos também fizeram exames no HFA.

"Já é notório que a devida identificação dos casos com sorologia positiva para a covid-19 é fundamental para a definição de políticas públicas para o enfrentamento urgente e inadiável da pandemia, a fim de garantir a preservação do sistema de saúde e o atendimento da população", escreveu a juíza em sua decisão.

"De modo que não se justifica, sob nenhuma perspectiva, a negativa da União em fornecer essas informações ao Distrito Federal, que tem competência constitucional para coordenar e executar as ações e serviços de vigilância epidemiológica em seu território."

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