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Política : POR DENTRO
Enviado por alexandre em 27/04/2020 09:13:22

Bolsonaro e o teatro brasileiro

Por Angelo Castello Branco 

Cena 1 - Vamos tentar entender o governo de Bolsonaro. O fenômeno eleitoral que o fez presidente da república já foi suficientemente dissecado pelos cientistas políticos e pela sabedoria do povo. O PT jogou pelos ares as esperanças de se inaugurar uma prometida segurança ética reivindicada pelo país. Não vale à pena rememorar o que houve, mas, com certeza, as frustrações do lulismo fizeram o país voltar à estaca zero na busca de alternativa de governo. Começou tudo de novo. O aparelhamento de um socialismo continental e predatório de cofres do contribuinte, sob a consultoria do Foro de São Paulo, despertou reações progressivas em todas as camadas da sociedade. O mal estar foi tomando corpo até estabelecer as condições ideais para uma candidatura de direita. Que caiu no colo do capitão.

Bolsonaro entrou nesse teatro representando o sentimento de uma nação perplexa com escândalos, prisões, economia sem rumo, crise de descréditos, desemprego galopante, falida. Ninguém da esquerda ganharia as eleições de 2018. A herança era maldita demais além da conta, como dizem os mineiros de boa cepa.

Cena 2 – Conta-nos a Mitologia que a Hidra de Lerna era um bicho difícil de se entender. Tinha muitas cabeças em forma de serpentes. Quando cortavam uma, outras duas surgiam no seu lugar e ele ficava mais perigoso. Com sabedoria e perseverança, Hércules derrotou o monstro e o cadastrou nos arquivos de suas memoráveis façanhas. Dizem os gregos, e quem somos nós para duvidar.

Cena 3 – Para se entender o governo de Bolsonaro há que se decifrar não apenas uma, mas quatro cabeças. A dele e a de seus três filhos políticos. Desde que assumiu a presidência da República, o chefe da nação viu-se envolvido em repetidas crises e, em todas elas, lá estavam os tentáculos da hidra brasileira. Decifrar tudo isso é tarefa de algoritmos. Parece que as cabeças são reagentes a espécies que, de uma forma ou de outra, possam ganhar notoriedade na convivência com o poder. Porém, não há provas científicas que comprovem essa tese.

Cena 4 - O Brasil não acabou. Sem Sérgio Moro e sem Henrique Mandetta o governo ganha a cara exclusiva do presidente Jair Bolsonaro. O tiroteio de denúncias e intrigas contra a Hidra aninhada no palácio do Planalto avolumou-se nas últimas 48 horas e as balas vão ricochetear em gabinetes do poder Judiciário, em escritórios de juristas e no parlamento. Bolsonaro está tomando suas precauções. Já esteve com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Tóffoli, e vem conversando com o grupo do famoso centrão da câmara dos deputados. O primeiro responde pela pauta do Judiciário e o segundo dispõe de votos suficientes para engavetar iniciativas de impeachment. Isso tem um preço. Embora a história revele muitas traições.

Cena final – Bolsonaro sai de casa na manhã desta segunda-feira, conversa com apoiadores que aplaudem, troca farpas com os plantonistas da imprensa e segue para o gabinete pensando o que dizer na posse do novo ministro da Justiça, como vai responder às acusações de Sergio Moro, como tratar da grave questão da pandemia e como conter as outras cabeças da Hidra antes que elas devorem mais ministros do seu governo ou sejam abatidas como conta a mitologia. Afinal, sempre há tempo de se mudar a história.

Janaína Paschoal defende que Bolsonaro renuncie

Houldine Nascimento, especial para o blog

Antiga apoiadora, a deputada paulista Janaína Paschoal (PSL) defendeu, hoje, a renúncia do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Em entrevista ao portal Mais PB, ela chegou a dizer que anda "pouco otimista" e que não haveria tempo para um impeachment.

"É um momento grave, talvez o mais grave, pois foi muito esforço para tirar o Brasil das mãos de uma quadrilha. Muito trabalho para eleger um representante da direita e, agora, vários dos pilares que foram eleitos estão ruindo. Parece que o país tem um carma. A situação ganha gravidade, por força da pandemia que assola o mundo", declarou.

Janaína Paschoal se notabilizou por ser autora do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, que teve o mandato cassado em 2016. "A meu ver, a solução seria os ministros militares convenceram o presidente [Jair Bolsonaro] a renunciar, mantendo Guedes e trazendo Moro de volta. Falo isso com dor no coração, mas o país precisa de estabilidade e o presidente e sua família só sabem viver em crise", avaliou.

A deputada estadual de São Paulo foi além ao dizer que Bolsonaro é "um presidente sem noção da realidade" e "rodeado por pessoas ainda mais insanas e cegas". Janaína também criticou a oposição: "Corrupta, oportunista".

Política : BOLSONARO X MAIA
Enviado por alexandre em 25/04/2020 01:49:37

Futuro de Bolsonaro nas mãos de Maia
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a oposição ao governo no Congresso já deixaram claro que entrarão com pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro.

Nas primeiras conversas entre os parlamentares oposicionistas foram elencadas pelo menos três acusações:

1 – Deu ordem ao ministro da Justiça (que não aceitou cumprir) de designar dirigentes da Polícia Federal que permitissem se acesso do Planalto a relatórios de inteligência e investigações;

2 – Cometeu falsidade ideológica ao expedir ato de exoneração "a pedido" do diretor-geral da Polícia Federal, sem que este houvesse pedido;

3 – Ameaçou a saúde pública ao promover desobediência publica as recomendações de isolamento do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde em relação à pandemia do novo coronavírus.

Outras ainda podem aparecer.

Mas a ironia da história é que caberá a decisão sobre o prosseguimento do processo ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM). Foi contra Maia que Bolsonaro, há poucos dias, lançou sua ira, convocando um achincalhe público da claque bolsonarista em manifestações de rua. Clique aqui e confira a matéria do jornalista Tales Faria na íntegra.


“Nunca pedi que a PF me blindasse”, diz Bolsonaro

Veja Online

O presidente Jair Bolsonaro disse no final da tarde desta sexta-feira, 24, em pronunciamento confuso e longo – durou mais de 45 minutos -, que nunca tentou intervir na Polícia Federal, como disse o então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, ao anunciar sua demissão do cargo em razão de desentendimentos em torno da manutenção do delegado Mauricio Valeixo do comando da corporação. “Não são verdadeiras as insinuações de que eu queria obter informações sobre investigações em andamento”, afirmou. “Nunca pedi que a PF me blindasse de qualquer forma”, afirmou.

Além de dizer que o ex-ministro mentiu, ele alegou que é prerrogativa do presidente da República a indicação do diretor-geral da PF. “Oras bolas, se eu posso trocar o ministro, por que não posso trocar o diretor da Polícia Federal? Não tenho que pedir a ninguém para trocar alguém que esteja na pirâmide do Poder Executivo”. E completou, mais à frente: “O dia em que eu tiver que me submeter a qualquer subordinado meu, eu deixo a Presidência da República”.

Segundo ele, Valeixo estava “cansado e começamos a procurar substitutos para seu cargo”. “Ontem eu e Sergio Moro conversamos, só eu e ele. Eu sempre abri o coração para ele, duvido que ele tenha aberto seu coração a mim. A confiança tem dupla mão, digo isso aos meus ministros”, afirmou. “Disse a ele: ‘Moro, não tenho informação da Polícia Federal, tenho que ter isso com 24 horas de antecedência para decidir os futuros da nação”.

De acordo com ele, Moro chegou a sugerir uma espécie de barganha. “Sergio Moro disse que poderia trocar Valeixo em novembro, quando ele fosse indicado ao Supremo Tribunal Federal (após a aposentadoria do ministro Celso de Mello). Não é por aí. É desmoralizante para um presidente ouvir isso e ainda externar”, disse.

Ele afirmou que no início do governo deu um “voto de confiança” a Moro ao permitir que ele indicasse todos os cargos, inclusive o de diretor-geral da PF, mas que se decepcionou. “Todos os cargos de confiança são de Curitiba. Me surpreendeu: será que todos os melhores quadros da PF estavam em Curitiba? Mas dei um voto de confiança”, disse.

Antes, ele havia afirmado que esperava problemas na saída do ministro. “Hoje de manhã eu disse (a sua equipe): ‘vocês conhecerão aquela pessoa que tem compromisso próprio com seu ego e não com o Brasil’. O que eu tenho ao meu lado e sempre tive foi o povo brasileiro. Eu falei: ‘hoje essa pessoa vai buscar uma maneira de botar uma cunha entre eu e o povo brasileiro. isso aconteceu há poucas horas”, disse.

Também lembrou a investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco. “A PF de Sergio Moro se preocupou mais com Marielle do que com o presidente da República. Entre o meu caso e o da Marielle, está muito menos difícil de apurar. Cobrei bastante dele isso, mas nunca interferi”, afirmou.

Ele relembrou sua trajetória com o ex-juiz e lembrou até um episódio que disse tê-lo magoado, quando Moro o teria esnobado em público. “Conheci o Sergio Moro em 31 de março, no aeroporto de Brasília, e o admirava. Fui cumprimentá-lo e ele me ignorou. Era um deputado um humilde deputado, fiquei triste, não vou dizer que chorei porque não seria verdade, mas fiquei muito triste”, relembra. “E estou lutando contra o sistema, contra o establishment, coisas que aconteciam não acontecem mais por causa da minha opção de indicar os melhores ministros do Brasil”. “Como o senhor disse em sua coletiva hoje que tinha uma biografia a zelar, eu digo que tenho um Brasil a zelar. Jurei em 1973 na escola de cadetes dar a minha vida à minha pátria”, afirmou.


Bolsonaro diz que nomeou até defensora do aborto

O presidente Bolsonaro disse, há pouco, que não tem mágoas do ex-ministro Sérgio Moro por ter feito duras acusações contra ele na sua despedida e que aceitou tudo da sua parte, inclusive a nomeação de uma auxiliar defensora do aborto. "Estou decepcionado com ele. Não é verdade que o procurei em algum momento para fazer interferência por quem quer que seja em qualquer processo. Eu nunca menti e ele nunca vai enganar quem quer que seja", afirmou.
















"Moro nunca investigou quem mandou me matar"

Ainda na sua fala, o presidente disse que o ex-ministro Sérgio Moro não pode ignorar o poder e autonomia de um presidente para nomear quem quer seja, numa referência à troca no comando da Polícia Federal. Disse também que nunca exigiu dele, nem ele deu nunca uma explicação sobre a tentativa de assassinato que sofreu na campanha. "Os fatos claros estão aí para quem quiser ver, mas quando fiz interferência na PF para ele me dá um esclarecimento sobre esse caso? E não sou, mas o povo brasileiro que deseja saber quem praticou a tentativa de assassinato contra mim", afirmou.






Bolsonaro: Moro pediu para ser ministro do STF

Bolsonaro disse, há pouco, em sua fala, que comunicou, sim, ao ex-ministro Sérgio Moro que estava demitindo, ontem, o diretor geral da Polícia Federal. E surpreendeu ao afirmar que Moro aceitou mudar Valeixo, mas só em novembro, depois dele (Moro) ser nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal. "Eu não assumo esse compromisso, a não ser que lá na frente você se saia bem", contou.

Política : BRASIL EM FOGO
Enviado por alexandre em 25/04/2020 01:42:39

Um caos chamado Brasil

Onde meteram nosso País? Onde estão os responsáveis que elegeram um psicopata para ficar no comando de um governo tão complexo para cuidar de 210 milhões de pessoas? Não erraria se afirmasse que foram os bilionários de São Paulo, sobretudo os banqueiros que proveram fundos ilimitados para bancar a campanha eletrônica mais cara do planeta, custando mais de R$ 1,5 bilhão.

A Folha de São Paulo foi atrás e encontrou uma pontinha do iceberg do que estava acontecendo. Mas em São Paulo se sabe que a maior parte foi feita ilegalmente dos Estados Unidos, pois os bilionários paulistas viram ser mais fácil burlar a justiça eleitoral ao pagarem no estrangeiro. Ocorre que na época da campanha houve farta prova de que quase todo o bombardeio eletrônico vinha de inúmeros lugares dos Estados Unidos.

E o Supremo que, através do ministro Fux, deu perdão a um crime de hediondo de racismo, depois das duas instâncias terem condenado o então deputado Bolsonaro, a partir de processo promovido pelo Ministério Público Federal. E todo o passado pregresso que era sabido por todos da vida de Bolsonaro, incluindo condenações por terrorismo, defesa aberta de torturadores, atos contra a democracia e contra os direitos humanos, vinculações profundas com o crime organizado, através das milícias, dentre um número sem fim de ficha corrida dominada por horrores.

E apesar de tudo, a elite das finanças de São Paulo mergulhou sem limite e viabilizou uma campanha bilionária, através de pagamentos ilegais no exterior. Não se pode jamais deixar isso no esquecimento. O Brasil tem que dar um basta à manipulação da política pela plutocracia dos barões dos bancos de São Paulo. Eles são os responsáveis reais pelo drama geral que nosso País sofre. A presença de Bolsonaro no governo federal é responsabilidade direta desse abuso de poder econômico sofrido pelo Brasil.

Estamos agora jogados ao caos, com um doente mental atormentando a vida nacional, agredindo a imprensa livre, gerando ódios sociais de todos os tipos. Rompendo com todos os padrões da legalidade e da moralidade. E vamos ter que nos arrastar até 2022 com esse drama. Afinal, Bolsonaro agora retornou ao seu ninho de lama do baixo clero e não tem força legal capaz de o tirar de lá.

Inquérito – O procurador-geral da República, Augusto Aras, já pediu abertura de inquérito no Supremo contra o presidente Bolsonaro. Apura os crimes de falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, prevaricação, obstrução de Justiça e corrupção passiva privilegiada. No pedido, Aras registra que, caso as declarações de Moro não se comprovem, pode ficar caracterizado o crime de denunciação caluniosa. “A dimensão dos episódios narrados revela a declaração de ministro de Estado de atos que revelariam a prática de ilícitos, imputando a sua prática ao presidente da República, o que, de outra sorte, poderia caracterizar igualmente o crime de denunciação caluniosa”, escreveu no pedido.

Bate e rebate – O ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, reagiu em uma rede social sobre a acusação do presidente Bolsonaro de que aceitaria mudanças na Polícia Federal desde que viesse a ser nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal. “Nunca” utilizei a permanência de Maurício Valeixo na Direção-Geral da Polícia Federal como “moeda troca” para ser indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF)”, afirmou. Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento no Palácio do Planalto e disse que Moro afirmou a ele concordar demissão de Valeixo, mas em novembro, depois de ser indicado para o STF.

Panelaços – Enquanto o presidente rebatia, ontem, na TV, ao vivo, as acusações de Sérgio Moro, várias capitais registraram panelaços. Foi a segunda manifestação registrada, ontem, contra o presidente. Em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Recife, por exemplo, o presidente Jair Bolsonaro foi alvo de gritos “fora, Bolsonaro”. Muitas pessoas também bateram panelas para se manifestar. O anúncio da demissão ocorreu após a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Leite Valeixo, homem de confiança de Moro. O ex-juiz disse que foi pego de surpresa com a publicação do ato no “Diário Oficial”. O presidente, em seguida, anunciou que daria uma entrevista para “restabelecer a verdade” sobre a demissão do ministro.

Moro candidato – O presidente disse, na sua fala, que durante a gestão de Moro, a Polícia Federal estava mais preocupada em investigar o assassinato da vereadora Marielle Franco, do Rio de Janeiro, que o atentado sofrido por ele durante a campanha eleitoral. Insinuou que o ex-ministro saiu atirando inverdades porque tem como projeto de vida disputar à Presidência da República em 2022. “Se Moro queria ter independência e autoridade deveria se candidatar”, afirmou, reafirmando que é prerrogativa do presidente da República de nomear quem queira e a Polícia Federal não seria uma ilha no seu Governo.

CURTAS

EGO INFLADO – Bolsonaro abriu a sua fala afirmando que Moro só tem compromisso “com o próprio ego”, “consigo próprio” e “não com o Brasil”. Antes de fazer o pronunciamento, o presidente da República afirmou em uma rede social que iria restabelecer “a verdade” na fala à imprensa. “Sabia que não seria fácil. Uma coisa é você admirar uma pessoa. A outra é conviver com ela, trabalhar com ela. Pela manhã, por coincidência, tomando café com alguns parlamentares eu lhes disse: “Hoje (ontem), vocês conhecerão aquela pessoa que tem compromisso consigo próprio, com seu ego e não com o Brasil”, declarou.

NONA MUDANÇA – Com a saída de Moro, é a nona vez que um ministro deixa o cargo no governo Bolsonaro - desses, seis saíram do governo e três continuaram (Onyx Lorenzoni saiu da Casa Civil e foi para a Cidadania; Floriano Peixoto saiu da Secretaria Geral e foi para a presidência dos Correios; e Gustavo Canuto deixou o Desenvolvimento Regional e foi para a presidência da Dataprev). Moro afirmou que saiu do Ministério para preservar a própria biografia e para não contradizer o compromisso que assumiu com Bolsonaro: de que o governo seria firme no combate à corrupção.

SINAL PARA CAIR FORA – Segundo Moro, a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) mentiu ao dizer em uma rede social que a exoneração foi “a pedido”. “Fato é que não existe nenhum pedido feito de maneira formal. Sinceramente, fui surpreendido, achei que isso foi ofensivo. Vi depois que a Secom confirmou que houve essa exoneração a pedido, mas isso de fato não é verdadeiro”, afirmou. Ele disse ainda que, esse fato, demonstrou que Bolsonaro queria vê-lo fora do governo.

Perguntar não ofende: O próximo a cair na próxima semana será o ministro da Economia, Paulo Guedes?


Mourão está escondido e não tem liderança

Não se pode discutir que o Bozo se movimenta com inaudito destemor. Enfrenta tudo e todos os seus antigos apoiadores, revelando vontade de exercer o mando. Em contraste, o general Mourão, substituto constitucional na Presidência da República, tem demonstrado pouco talento para liderar.

O blog apurou que Mourão foi procurado para diálogos de alto nível, mas se esquivou sequer conversar.

Comenta-se que ele teme a reação irada de Bozo e seus filhos. Também até agora não recebeu nenhum sinal dos generais que pensavam controlar o Bozo.

A verdade é que o Brasil está sem líderes à altura do momento. Lula é um moribundo, sem autoridade moral para nada, Dória é um dondoca deslumbrado, Ciro pira sem parar, Marina é uma alma penada e vazia. O que fazer?



Bolsonaro tira a máscara para se salvar

Bolsonaro estava morto e ressuscitou. Esse milagre veio quando ele decidiu arrancar a máscara de moralista e se jogar de volta aos braços dos seus velhos comparsas da Câmara Federal, mergulhado na lama, onde viveu a maior parte da sua vida.

Moro, Paulo Guedes e todos os generais não fazem parte do habitat natural de Bolsonaro. Ele foi nutrido e criado sob a sombra de “líderes” como Roberto Jefferson, Valdemar da Costa Neto, Eduardo Cunha e tantos outros famosos “notórios”, sobretudo no seu principal partido, o PP, sob o comando de Ciro Nogueira.

O famoso Bozo já era dado como morto político, porque na Câmara já estavam esperando o dia do enterro, com a decretação do impeachment. Mas eis que Gilberto Kassab, figura “ilibada”, o procura para a operação “ressuscita Bolsonaro”.

A partir daí, o chamado “Centrão”, unificando o “baixo clero” do qual Bozo sempre participou, firmou um pacto com o ex-defunto presidente. Ou seja, não há mais a mínima chance de ter impeachment, pois para tanto se necessita 2/3 dos deputados, e só o grupo liderado pelo “notório” Arthur Lira tem 221 parlamentares, quando bastam 172 para barrar qualquer pedido de impeachment.

Na verdade, o Bozo fez uma jogada de “mestre”: iludiu Moro, Paulo Guedes e os milicos de alta patente, quando fez todos de bobos ao acreditarem que tinham um líder impoluto, limpo, ético, sério, incorruptível.

O “novo” Bozo nada mais é do que a velha face que sempre se escondeu por trás de uma máscara tão verdadeira quanto a cabeleira apelucada de Sílvio Santos.

Agora, começa o governo do verdadeiro Bozo: escrachado, que sempre disse que não pagava imposto, que usava o dinheiro da Câmara para “comer gente”, atacava mulheres e negros, dizia que “o erro do período militar foi ter matado pouca gente, pois deveria ter eliminado mais de 50 mil”, gostaria de pessoalmente ter fuzilado FHC, além de inúmeras outras violências.

O Brasil vai pagar agora o preço de ter deixado o Bozo sem condenação, como o Fux membro do Supremo que, a pedido do finado Bebiano, “salvou” o Bozo da condenação em duas instâncias por crime de racismo. As instituições brasileiras foram TODAS condescendentes com os crimes sucessivos cometidos por um deputado desvairado e psicopata.

Mas eis que agora PP, PL, PTB, PSD, Solidariedade, Republicanos, partes do PMDB e ampla maioria do “baixo clero” partem para a defesa ostensiva do Bozo. Lógico, vão “contribuir” com a “governabilidade”, sobrando aqui e ali o controle do FNDE, do BNB, além de outros espaços ocultos para lá de “vantajosos”.


Política : É CANDIDATO
Enviado por alexandre em 24/04/2020 08:31:43

Lula diz, "Me vejo no palanque de candidato à presidente em 2022"

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) admitiu nesta quinta-feira (23) que pode ser candidato à Presidência da República em 2022. O petista, contudo, não garantiu a ideia. Mas disse que, com certeza, vai estar no palanque, seja quem for o candidato que dispute contra o atual presidente, Jair Bolsonaro (sem partido).

“Me vejo [no palanque de candidato a presidente]. Sendo candidato ou não, eu estarei no palanque defendendo quem for candidato contra o Bolsonaro“, afirmou.

Ele destacou que está com os direitos cassados – e que, portanto, não pode se candidatar seguindo a legislação. Mas disse que pretende reconquistar esses direitos. Ao ser condenado em segunda instância, Lula ficou automaticamente barrado pela lei da ficha limpa.

Durante a conversa, o ex-presidente teceu uma série de elogios ao governador do Ceará, Camilo Santana (PT). Segundo ele, o estado do Ceará tem condições de fazer com que Camilo Santana seja candidato a presidente.

“Acho que o Camilo tem todas as possibilidades de ser candidato a presidente”, disse e inclui, na sequência, o governador da Bahia, Rui Costa (PT) como possível presidenciável.

Lula disse que já conversou com Camilo Santana. “O que precisa é começar a fazer a trilha para percorrer esse caminho”, complementou.



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O novo sumiço do grande fiador do presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, levantou suspeitas sobre a sua saída do governo. Apesar de interlocutores do ministro acharem que ele continuará no cargo, porque é “tinhoso”, há um incômodo crescente entre os agentes do mercado. E as apostas de quando Guedes deixaria o posto aumentaram. 

A desconfiança aumentou com a ausência de Guedes na apresentação do plano de retomada econômica apresentado pelo ministro-chefe da Casa Civil, o general Walter Braga Netto. O militar roubou a cena para apresentar um plano desenvolvimentista de longo prazo, nos moldes dos antigos Planos Nacionais de Desenvolvimento (PNDs) dos regimes militares.  

Com essa cartada que deixou a equipe econômica sem ação, ex-interventor federal no Estado do Rio de Janeiro, entre 2018 e 2019, mostrou a que veio. Antes, Braga Netto já tinha roubado o protagonismo do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, nas entrevistas coletivas de balanços da Covid-19, quando mudou as coletivas para o Palácio do Planalto e passou a ser o mestre de cerimônias, com voz grave e autoritária. 

A divisão entre o Ministério da Economia e a ala militar do governo ficou visível.  Essa guinada na linha econômica acendeu a luz amarela sobre a continuidade do Posto Ipiranga do presidente Jair Bolsonaro. Apesar de o ministro da Casa Civil dizer que Guedes participou da reunião ministerial que tratou do plano denominado por ele Pró-Brasil antes do anúncio de um plano econômico e aprovou o plano, o general não convenceu.  

Para interlocutores do ministro da Economia, um modelo desenvolvimentista como o proposto por Braga Netto não agrada Guedes, que está mais preocupado em manter um certo controle de gastos públicos. A equipe econômica vinha desenhando um plano de saída da recessão mais focado em investimentos do setor privado, como concessões, privatizações e parcerias público-privadas (PPPs). Agora, tenta juntar os cacos para fazer adaptações para continuar colaborando com a nova proposta da Casa Civil.  

Divergências 

O último sumiço de Guedes ocorreu no fim de março, quando ele decidiu ficar no Rio de Janeiro em vez de voltar para a Brasília, defendendo o distanciamento social enquanto o presidente pregava o contrário, apesar de vários integrantes do governo terem testado positivo para o coronavírus.  

Naquela época, Guedes disse que “como cidadão, seguindo o conhecimento do pessoal da Saúde”, preferia ficar em casa e fazer o isolamento social e as dúvidas se ele continuaria na equipe aumentaram.  “A ausência do ministro durante aquela semana deixou a equipe em uma saia justa e sem saber como tocar o dia-a-dia. Foram dias bastante tensos”, contou uma fonte do governo.    Continue reading

Política : DISTANCIAMENTO
Enviado por alexandre em 23/04/2020 22:30:29

Bolsonaro abandona Guedes para evitar terminar como Temer

VEJA

A história do governo de Jair Bolsonaro começou a mudar a partir desta semana. Na crônica política, a quarta-feira será lembrada, no capítulo econômico, como o dia em que o presidente perdeu a fé no Posto Ipiranga.

Paulo Guedes foi atropelado por Walter Braga Netto. Depois de ouvir o plano do chefe da Casa Civil para colocar o governo no comando de uma espécie de novo PAC, com o orçamento estatal motorizando a economia a partir de grandes obras, Bolsonaro determinou: “Vamos em frente!” Antes de mais nada, fica aqui o registro de que Guedes considera a ideia uma maluquice. Espera mostrar isso ao presidente nos próximos dias, convencendo-o a abandonar a tal solução mágica. É a porta estreita de São Lucas. Não há caminho fácil.

Guedes, que defendia a retomada econômica a partir da força privada, viu o furacão passar sem conseguir se mover. A reunião ocorrida nesta quarta, no Planalto, mudou a agenda do governo e deu novo sentido à pauta econômica. É como se derrubassem as bombas de combustível do posto para instalar no lugar uma loja de material de construção.

“Neste momento de crise, tocar a agenda de retomada do país com o mercado, apostando na iniciativa privada, seria caminhar lento demais para a normalidade. Por isso, o Estado deve ser o tomador de risco nos momentos de grave crise”, explica um auxiliar do presidente.

Da agenda liberal, o país migrará a partir de agora para o que há de mais martelado – e mais perigoso — na tecnologia desenvolvimentista — isso mesmo, caro leitor bolsonarista, aquele bicho feio dos governos do PT.

Com a emergência global do coronavírus justificando medidas drásticas, o governo abrirá, se tudo correr como o plano atual, um período de gastos bilionários e de discursos por menos controles, menos regulação, menos licenciamentos… Continue reading


Plenário da Câmara em sessão conjunta do Congresso Foto: Jonas Pereira/Agência Senado

Por Naomi Matsui e Eduardo Barretto/Época

Os deputados e senadores poderiam contribuir com pelo menos R$ 24 milhões ao enfrentamento da pandemia, se destinassem o dinheiro que gastariam com passagens aéreas entre Brasília e seus estados no período entre março e junho.

Este foi o total gasto entre março e junho de 2019 pelos senadores e os deputados.

Na Câmara, os deputados gastaram naquele período um total de R$ 21.455.123,98 com passagens.

Já o Senado gastou R$ 2.741.161,50.


Presidente Jair Bolsonaro

Em uma crítica ao ministro Onyx Lorenzoni (Cidadania), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira (23) que a antecipação da segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600 foi anunciada sem autorização.

Na última segunda-feira, Onyx e o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, divulgaram em coletiva no Palácio do Planalto que os beneficiários da ajuda destinada a informais impactados pela crise do novo coronavírus receberiam o pagamento antes do previsto. Segundo disseram na ocasião, os depósitos passariam a ser feitos a partir desta quinta-feira (23). Originalmente, o cronograma previa os pagamentos da 2ª parcela a partir de 27 de abril.

No entanto, o governo voltou atrás nesta quarta e disse que seguiria o cronograma original. O comunicado da desistência foi feito pelo Ministério da Cidadania, que disse que a decisão foi tomada por causa do alto número de informais cadastrados e por uma recomendação da CGU (Controladoria-Geral da União).

Respondendo a uma internauta no Facebook, que lhe havia perguntado se o auxílio emergencial tinha sido cancelado, Bolsonaro responsabilizou Onyx.

“Nada foi cancelado. Um ministro anunciou sem estar autorizado, que iria antecipar a segunda parcela. Primeiro se deve pagar a todos a primeira parcela, depois o dinheiro depende de crédito suplementar já que ultrapassou em quase 10 milhões o número de requerentes. Tudo será pago no planejado pela Caixa”, respondeu o mandatário.

Ao justificar o cancelamento da antecipação, o Ministério da Cidadania afirma que, com alto número de trabalhadores solicitando apoio, será necessário um crédito suplementar para poder atender a todos. O pedido para a suplementação já foi enviado ao Ministério da Economia, diz a pasta. Continue reading

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