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Política : FIQUE POR DENTRO
Enviado por alexandre em 11/11/2020 08:29:45

Perdeu o título de eleitor? Saiba o que é preciso apresentar para votar

Se você perdeu o título de eleitor ou não se lembra onde colocou desde a última eleição, não se preocupe. É possível exercer o direito ao voto com qualquer documento oficial de identificação com foto, desde que sua situação eleitoral esteja regularizada.

De acordo com a Justiça Eleitoral, serão aceitos:

- carteira de identidade (RG);

- passaporte;

- carteira de categoria profissional reconhecida por lei;

- certificado de reservista;

- carteira de trabalho;

- carteira nacional de habilitação (CNH).

Não são aceitas certidões de nascimento ou casamento.

Se você tem o cadastramento biométrico, ainda é possível votar usando o e-Título, o título de eleitor digital. Para consegui-lo, é só baixar o aplicativo (disponível para Android e iOS). 

Para fazer o cadastro, você precisa inserir seu número do título eleitoral ou CPF, além de dados pessoais. O aplicativo ainda permite consultar sua situação eleitoral, ver qual é o seu local e zona de votação, justificar ausências, entre outros serviços. 

Quem ainda não tem o cadastro biométrico, pode levar o aplicativo, mas deve apresentar também um documento com foto. 

Leia também:

Não votei nas últimas eleições. Posso votar em 2020?

Eleições 2020: Como consultar o número e a situação do título de eleitor

Como consultar o número e a situação do título de eleitor

É possível conseguir essas informações no site do TSE. Para saber o número do título, o cidadão deve fornecer nome ou CPF, data de nascimento e nome da mãe.

Para consultar a situação eleitoral, é necessário nome, CPF ou número do título. Também é possível verificar essa informação junto aos Tribunais Regionais Eleitorais de cada estado.

O prazo para regularização do título de eleitor era até 6 de maio deste ano.

Perdi meu título, e agora? 

Se você sabe sua zona e local de votação, não tem problema. Se não sabe, pode consultar no site do TRE do seu estado ou pelo aplicativo e-título.

No dia da votação, é só levar um documento oficial com foto. O prazo para emitir a segunda via do documento era de até 10 dias antes do primeiro turno das eleições.

O reinício dos serviços eleitorais será no dia 9 de dezembro. Depois dessa data, será possível pedir uma nova via do título no cartório eleitoral da sua cidade.

Para isso, é preciso levar um documento de identificação com nome, filiação, data de nascimento e nacionalidade; um comprovante de residência emitido nos últimos três meses; e, para pessoas do sexo masculino, um documento que comprove a quitação com o serviço militar.

Outros itens

Na eleição de 2020, além do documento com foto, será obrigatório o uso de máscara facial. Além disso, os tribunais regionais pedem para que os eleitores levem as próprias canetas para assinarem o livro.

Política : A TOQUE DE CAIXA
Enviado por alexandre em 11/11/2020 08:25:05

"Populistas querem a vacina obrigatória", diz Bolsonaro
Sem citar nominalmente o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que “alguns populistas” querem uma vacina obrigatória contra a Covid-19 “a toque de caixa”.

– Quem não toma vacina não vai transmitir o vírus para quem toma – disse o presidente.

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Ele deu declarações, na noite desta terça-feira (10), em live nas redes sociais.

Bolsonaro e Doria têm travado uma disputa política em torno das vacinas experimentais contra o novo coronavírus. Mais cedo, o presidente disse que “ganhou” do governador após a Anvisa suspender os estudos da CoronaVac, imunizante contra a Covid-19 em fase testes desenvolvido pelo Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

Ao lado do candidato à prefeitura de Manaus Coronel Menezes (Patriota), para quem pediu votos, Bolsonaro voltou a criticar a imprensa por ter distorcido sua fala de que teria acabado com a Lava Jato. Ele afirmou que não pretende criar uma legislação para regulamentar a mídia “em hipótese alguma”.

*Estadão

Governo Bolsonaro se junta aos EUA contra o 5G da China

Anuncio de apoio à iniciativa Clean Network foi feito nesta terça-feira


Jair Bolsonaro e Donald Trump EFE/ Jim Lo Scalzo

O governo Jair Bolsonaro aderiu nesta terça-feira (10), ao programa dos Estados Unidos (EUA) contra o avanço da China na tecnologia 5G. O governo brasileiro anunciou o apoio à iniciativa Clean Network (Rede Limpa, em português), lançada pelo governo Donald Trump.

O anúncio ocorreu numa declaração à imprensa no Palácio Itamaraty. Nem Trump e nem Bolsonaro foram citados no anúncio.

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A cerimônia foi conduzida pelo secretário de Crescimento Econômico, Energia e Meio Ambiente do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Keith Krach, e pelo secretário de Negociações Bilaterais e Regionais nas Américas, embaixador Pedro Miguel da Costa e Silva.

– O Brasil apoia os princípios propostos no Clean Network dos Estados Unidos – disse o embaixador Costa e Silva.

*Estadão

Política : BOCA PODRE FALA
Enviado por alexandre em 10/11/2020 09:18:52

Ciro diz que "lavou roupa suja", com Lula, mas vê derrota de Bolsonaro e PT nas eleições municipais

Ciro Gomes e Márcio França participaram de eventos com candidatos a vereador do PDT Foto: Dimitrius Dantas / Agência O GLOBO

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) afirmou nesta segunda-feira que “lavou a roupa suja” com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na reunião entre os dois no começo de setembro. Segundo o pedetista, entretanto, os dois não mudaram de opinião em relação a temas da política nacional.

— Tivemos uma conversa muito franca mesmo. Para usar uma expressão popular: lavamos a roupa suja para valer. Sobre o ponto de vista das compreensões da questão brasileira para trás e para frente continuamos como estávamos. Mas a mim me agrada que a gente faça essa política conversando, afirmou.

Ciro participou de um evento com candidatos a vereador do PDT em São Paulo. O encontro também marcou um ato de apoio a Márcio França (PSB), apoiado pelo partido na capital paulista.

— Somos ambos muito experientes, muito vividos. O que está em jogo no Brasil é uma disputa de hegemonia. Eu quero que essa hegemonia seja arbitrada pelo conjunto da sociedade brasileira, não em gabinetes, jogadinhas, donos da bola, culto à personalidade. Sobre isso, continuo com a mesma opinião, disse.

Em sua fala, Ciro fez referências às eleições americanas e apontou a necessidade de construção de um campo mais moderado contra Jair Bolsonaro.

Apesar de confirmar a reunião com Lula, Ciro apontou que as eleições municipais se encaminham para uma derrota do “bolsonarismo boçal” e do “lulopetismo corrompido”.

— Parece que o bolsonarismo boçal e o lulopetismo corrompido vão levar uma grande surra no Brasil inteiro. Parece, a preço de hoje. Isso quer dizer que surgiu organicamente um novo campo? Não, quer dizer que o eleitorado brasileiro está banindo esses dois extremos, afirmou. Continue lendo


Presidente Jair Bolsonaro e delegada Patrícia, candidata a prefeita de Recife Foto: Reprodução/Redes sociais

O Globo

A seis dias das eleição municipais, o presidente Jair Bolsonaro deu início na noite desta segunda-feira ao que batizou de seu “horário eleitoral gratuito”, ao lado da Delegada Patrícia Domingo (Podemos), candidata à Prefeitura do Recife. Ao longo da transmissão ao vivo pela internet, que prometeu repetir todos os dias até a sexta-feira, ele divulgou os nomes de outros sete candidatos a prefeito e de diversos postulantes a uma vaga na câmara municipal, entre eles o seu filho, Carlos Bolsonaro (Republicanos), no Rio.

Bolsonaro lembrou que havia prometido não participar do primeiro turno das eleições, mas disse ter se sentido no dever de ajudar alguns aliados e derrotar a esquerda. E declarou que seus apoiadores irão lhe fortalecer se votarem no que chamou de “nossos candidatos”.

— A todos vocês que acreditam no meu trabalho e estão vendo o que está sendo feito, o sacrifício, o empenho e a dedicação em especial junto aos mais humildes. Então, se você quer me fortalecer, fortaleça nossos candidatos, disse, pedindo votos para a candidata pernambucana.

— Alguns municípios, eu decidi me apresentar, até como gratidão a alguns candidatos e até para evitar que esses municípios caiam nas mãos de pessoas que vão fazer oposição a gente. Em vez de usar o município para realmente fazer uma política de interesse dos seus habitantes, faz uma política de oposição a gente. Então, aquele que confia no meu trabalho, peço que apoie esses candidatos nossos pelo Brasil, complementou.

O presidente disse aos seguidores que acompanhavam a live que o voto deles “é muito importante” não apenas para prefeituras, mas também para câmaras de vereadores, lembrando que ele mesmo começou a carreira política como vereador.

Ao lado da candidata à Prefeitura do Recife, ele contou que, caso ela seja eleita, os dois terão um canal direto, mas logo fez questão de frisar que o governo federal tem as portas abertas a todos, “mas alguns não querem”. Patrícia então clamou pela união da direita, para evitar “o perigo de colocar dois primos da esquerda no segundo turno”. Continue lendo


Política : DE OLHO!
Enviado por alexandre em 10/11/2020 09:09:01

Governo brasileiro alerta para interesse da China nas águas do Brasil
As desconfianças do governo brasileiro em relação à China começaram a ser expostas em papéis oficiais. Documentos do Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL) obtidos pelo Estadão registram a preocupação com um interesse do país asiático pelos recursos naturais estratégicos, especialmente a água. O órgão comandado pelo vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) destaca que as potencialidades brasileiras já estão na mira de potências como Inglaterra, França, Alemanha e Estados Unidos.

– A entrada da China no seleto grupo de grandes potências econômicas hegemônicas do mundo, contextualiza uma nova realidade global, na qual regiões ricas em recursos naturais estratégicos passam a ser o alvo das políticas externas do Governo chinês – ressalta uma apresentação feita na última terça-feira (3) aos integrantes do Conselho.

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O documento ressalta que, na crise global da água, a situação já é crítica na República Popular da China, na Índia, no México e na região do Chifre da África – que abrange Somália, Etiópia, Eritreia e Djibouti. Nesses países, segundo o governo, os lençóis freáticos registram queda de um metro por ano, acima da taxa natural de reposição, o que aponta grave crise em 20 a 25 anos.

Apresentado por um subordinado de Mourão na reunião, o documento destaca um possível apoio de “entidades ambientalistas” aos governos europeus, além de “interesses menos republicanos entre nacionais”.

“Será que vale a pena a troca de provocações nas Relações Internacionais?”, questiona o documento. A equipe de Mourão ainda lançou novo questionamento: “Qual seria a melhor estratégia para o Brasil?”. A resposta está registrada logo abaixo. “Assegurar sua soberania pela Coordenação e Integração de Políticas Públicas, por intermédio do CNAL”.

Executivo quer limitar atuação de organizações que contrariem ‘interesses nacionais’
Como o Estadão revelou nesta segunda-feira, o conselho traçou objetivos para a região da Amazônia. Entre eles, a criação de um “marco regulatório” para controlar as Organizações Não-Governamentais (ONGs) que atuam na região. Segundo documentos entregues a membros do conselho, a meta é impedir a atuação na floresta de ONGs que não atendam aos “interesses nacionais”.

Os objetivos do conselho dividem-se em três principais eixos (preservação, proteção e desenvolvimento sustentável). Cada tópico é subdividido em objetivos mais pontuais, que têm metas e ações programadas. Na última semana, Mourão pediu para diversos ministérios indicarem especialistas para debater estes objetivos junto ao conselho. Além de um ofício assinado pelo general, a Vice-Presidência encaminhou a apresentação feita aos membros do conselho e tabelas com as descrições dos objetivos do grupo. Duas fontes do governo que acompanham as discussões confirmaram o envio dos documentos.

Questionado nesta segunda-feira sobre o assunto, Mourão disse desconhecer a proposta sobre as ONGs, apesar de ele mesmo ter assinado o comunicado convocando servidores de outras pastas para discutir o tema.

*Estadão

Rivalidade EUA-China não vai acabar por causa de Joe Biden



Bandeira da China em Pequim

Bandeira da China em Pequim: Especialistas acreditam que os dois países vão se distanciar mais

Foto: Jason Lee/Reuters

O presidente Donald Trump passou grande parte de seu mandato definindo Pequim como o maior adversário político e econômico de Washington. Não espere mudanças drásticas com a chegada de Joe Biden ao comando, mesmo que ele evite a fanfarronice e a imprevisibilidade de seu antecessor. 

Economistas e especialistas em relações comerciais acreditam que os Estados Unidos e a China irão se distanciar ainda mais em comércio e tecnologia, já que o governo norte-americano deve continuar examinando todos os aspectos de sua relação com a segunda maior economia do mundo. 

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“Temos uma rivalidade sistemática fundamental entre esses dois sistemas”, disse Alex Capri, pesquisador da Heinrich Foundation e pesquisador sênior e professor da Universidade Nacional de Cingapura. “De muitas maneiras, essa rivalidade vai se intensificar”. 

Tensões fundamentais 

O ano de 2020 destacou grandes tensões e uma falta de confiança entre as duas nações mais poderosas do planeta. Apesar de chegar a um acordo comercial em janeiro, Estados Unidos e China ainda têm que resolver vários pontos de conflito econômico, incluindo alegações dos EUA de que o governo chinês rouba tecnologia norte-americana e dá tratamento preferencial demais a corporações estatais às custas de empresas estrangeiras. 

Enquanto isso, o governo norte-americano tem se tornado cada vez mais cauteloso em relação à tecnologia chinesa e se ela poderia ser usada para espionar os americanos. Esse medo fez com que legisladores (republicanos e democratas) vissem a China como uma grande ameaça à segurança nacional dos EUA.

Basta olhar, por exemplo, para o suporte para sanções que Washington impôs à empresa de tecnologia Huawei e as etapas que os políticos norte-americanos estão adotando para tornar mais difícil para as empresas chinesas negociar nas bolsas dos EUA, por exemplo. 

O coronavírus só agravou essas diferenças quando a China e os Estados Unidos trocaram acusações sobre o início e o manejo incorreto da pandemia. Além disso, os confrontos em Hong Kong e os supostos abusos de direitos humanos na região de Xinjiang, China, aumentaram uma divisão política que provavelmente continuará a crescer nos próximos anos.  

Parte inferior do formulário 

“Biden foi muito claro sobre como deseja proceder e tem havido apoio bipartidário para uma linha dura”, opinou William Reinsch, especialista em comércio do Center for Strategic and International Studies (Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais) que atuou por 15 anos como presidente do National Foreign Trade Council (Conselho de Comércio Exterior).

Ele ressaltou que o Senado poderia muito bem permanecer sob controle republicano no novo ano. O melhor que os democratas podem esperar é a menor maioria do Senado. 

O presidente eleito “estará sob constante pressão crítica dos falcões republicanos que atacam a China no Congresso para ser mais agressivo”, disse Reinsch ao CNN Business. “Não há muito que eles possam fazer a curto prazo além de reclamar, mas isso tornará o ambiente pior do que já está”. 

Uma mudança de tom

É quase certo que haverá uma mudança de estilo com o governo Biden. Trump não é conhecido por medir palavras: ele disse uma vez que os Estados Unidos não podiam “continuar permitindo que a China estupre nosso país” e tem se referido repetidamente à Covid-19 como o “vírus da China".

“O tom de Biden vai ser diferente, muito mais diplomático”, afirmou Capri, da Heinrich Foundation. Ele espera que o novo regime siga mais de perto o procedimento há muito estabelecido antes de impor à China novas tarifas ou sanções.

O especialista lembra que milhares de empresas norte-americanas processaram os Estados Unidos por impor tarifas sobre produtos chineses, uma decisão que eles argumentam que prejudica seriamente seus negócios.

“Honestamente, havia apenas caos no Departamento de Comércio durante o governo Trump”, acrescentou Capri. “Historicamente, o processo consiste em consultar a indústria dos Estados Unidos”. (O governo Trump defendeu sua abordagem linha-dura para a China como necessária para corrigir um relacionamento desequilibrado, e o presidente disse a repórteres em janeiro que sua "fase um" do acordo comercial criaria “justiça econômica” para os norte-americanos.)

A China também parece estar se preparando para uma retórica menos agressiva.

Evitando as questões sobre a posição de Pequim sobre o resultado das eleições nos EUA, o governo chinês disse na segunda-feira (9) que “notou” que Biden declarou vitória, embora reconhecesse que a eleição seria determinada de acordo com as leis e procedimentos dos EUA.

“A China e os Estados Unidos devem fortalecer a comunicação e o diálogo”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin, a repórteres na segunda-feira, acrescentando que tal desejo se estende à promoção de relações “saudáveis e estáveis”.

Os burocratas e diplomatas chineses estão divididos sobre se Biden seria melhor no comando dos Estados Unidos do que Trump para lidar, de acordo com Ian Bremmer, presidente e fundador da consultoria Eurasia Group.

Para ele, os “lobos guerreiros” da China, diplomatas que defendem Pequim agressivamente contra as críticas ferozes sobre o país, provavelmente prefeririam Trump, já que sua liderança enfraquece os parceiros de aliança tradicionais dos Estados Unidos e fornece bases para equivalência moral em termos de direitos humanos e unilateralismo.

No geral, porém, “os chineses não querem ver o modelo norte-americano implodir”, acrescentou. “Eles percebem que se beneficiam de um EUA estável que continua a desempenhar um grande papel na ordem global”.

Um desembaraço inevitável

Não importa como Biden fale sobre as relações EUA-China, os dois países provavelmente continuarão tentando separar suas economias.
Analistas do JP Morgan escreveram no mês passado que uma vitória de Biden deixaria os dois países lutando por redes 5G, computação quântica, inteligência artificial e biotecnologia.

“Ao disputar o domínio nessas áreas, os EUA e a China decidiram se separar, reduzir a cooperação, restringir o compartilhamento de tecnologia e até mesmo fechar ... o comércio em alguns casos”, escreveram.

Capri disse que a China tem se preparado para uma ruptura maior entre as duas maiores economias do mundo.

“Se você é a China, não está fazendo nada diferente, e sim apostando”, disse, acrescentando que espera que o país reduza ainda mais sua dependência dos produtos norte-americanos. O governo chinês do aumento de suas capacidades tecnológicas e autossuficiência uma parte central de seu próximo plano de cinco anos, ressaltando a importância da política.

“É um grande problema para o Partido Comunista Chinês depender da tecnologia norte-americana”, disse Capri. “É simples assim.”

Pequim também pode descobrir que o governo Biden é muito mais eficaz na construção de uma coalizão internacional para desafiar a China sobre subsídios estatais, direitos para empresas estrangeiras ou proteção à propriedade intelectual. As relações EUA-UE foram tensas sob Trump como os dois aliados disputa sobre comércio.

“A ausência de uma posição comum entre os países desenvolvidos nos últimos anos se deve em grande parte à tendência do atual governo dos EUA de ‘agir sozinho’”, escreveu Louis Kuijs, chefe de Economia da Ásia da Oxford Economics, em nota de pesquisa na segunda-feira.

*Com o escritório da CNN em Pequim e Hanna Ziady

(Texto traduzido, clique aqui para ler o original em inglês)

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Política : NADA TRATADO
Enviado por alexandre em 10/11/2020 09:02:19

Bolsonaro diz que não trata nenhum assunto com Mourão
O presidente da República desmentiu a declaração do vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB), de que ele, Jair Bolsonaro, vá esperar o fim do imbróglio criado por Donald Trump para dar os cumprimentos do Brasil ao presidente eleito nos Estados Unidos, Joe Biden. A declaração de Bolsonaro foi dada nesta segunda-feira (9) à CNN.

"O que ele [Hamilton Mourão] falou sobre os Estados Unidos é opinião dele. Eu nunca conversei com o Mourão sobre assuntos dos Estados Unidos, como não tenho falado sobre qualquer outro assunto com ele", ressaltou.

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O presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia em Brasília

O presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia em Brasília

Foto: Adriano Machado/Reuters (19.out.2020)

Hamilton Mourão foi o primeiro integrante do governo a falar sobre as eleições norte-americanas. Nesta segunda, em conversa com jornalistas na entrada da vice-presidência, Mourão disse que Jair Bolsonaro espera saber se houve voto falso, ou não, nas eleições norte-americanas para, então, cumprimentar o presidente eleito.

"Eu aguardo o posicionamento do presidente da República (...). Acho que o presidente está aguardando terminar esse imbrógli. Discussão se tem voto falso ou não tem voto falso. Eu acho que é óbvio que o presidente na hora certa vai transmitir os cumprimentos do Brasil a quem for eleito. E vamos aguardar. É uma questão prudente, espero... Acho que nessa semana define as coisas que estão pendentes, e a coisa volta ao normal, e a gente se prepara  para o novo relacionamento que tem que ser estabelecido", afirmou Mourão.

 


 

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