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Política : ABSTENÇÃO
Enviado por alexandre em 18/01/2021 09:37:02

Enem registra abstenção recorde de 51,5, anuncia Inep
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) teve abstenção de mais de 50%, um recorde histórico. Em coletiva de imprensa neste domingo (17), o ministro da Educação, Milton Ribeiro, culpou “o medo a respeito da contaminação” e a “mídia”, que, segundo ele, fez um trabalho contrário ao Enem.

Faltaram ao primeiro dia de provas 2,8 milhões de candidatos.

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O presidente do Inep, Alexandre Lopes, e Ribeiro, realizaram coletiva com o balanço do primeiro dia de aplicação do Enem, que ocorreu neste domingo em todo país, à exceção do Estado do Amazonas, em que as provas foram adiadas por causa do estado de calamidade pública causado pela pandemia de Covid-19.

Os candidatos fizeram as provas objetivas de linguagens e ciências humanas, com 45 questões cada, e a prova de redação. Os portões foram abertos às 11h30 – meia hora mais cedo que o habitual, para evitar aglomerações na entrada. As provas começaram a ser aplicadas às 13h30, com término às 19h.

Os candidatos do Enem que apresentaram sintomas ou diagnóstico de Covid-19 na véspera ou no primeiro dia de prova poderão solicitar a reaplicação da prova entre os dias 25 e 29 de janeiro, na página do participante.

Estudantes do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande Sul relataram não terem conseguido acessar os locais de prova por decisão das equipes de aplicação locais. O Inep ainda não se pronunciou sobre estes casos.

Também foram vistas aglomerações em escolas e locais de aplicação, apesar da recomendação de uso de máscaras e distanciamento social.

*Estadão

Tema da redação do Enem é "O estigma associado às doenças mentais"


Bruna Baddini, da CNN em São Paulo

Enem em Recife
Imagens dos locais de provas do Enem no bairro da Boa Vista, centro do Recife (17.jan.2021)
Foto: VEETMANO PREM/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado neste domingo (17) é "O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira". O exame começou às 13h30 e se encerrará às 19h.

No primeiro dia de provas, os candidatos são testados nas matérias das áreas de Ciências Humanas e da Linguagem. Ao todo, eles têm 5 horas e 30 minutos para responder a 45 questões sobre História, Geografia, Filosofia, Sociologia, Língua Portuguesa, além da temida redação.

Prova do Enem
Prova do Enem
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Resultados

Os resultados dos exames serão publicados em 29 de março e os sistemas de seleção com base na nota do Enem — SISU, FIES, ProUni — devem ter início em abril, conforme Alexandre Lopes, presidente do Inep, informou em entrevista à CNN.

O Enem ainda terá a aplicação da versão digital em 31 de janeiro e 7 de fevereiro.

Política : QUEM É MESMO?
Enviado por alexandre em 18/01/2021 09:31:06

CoronaVac foi bancada pelo governo federal, diz ministro da Saúde

Em coletiva, ministro da Saúde disse que recursos do SUS financiaram o estudo do imunizante


Lançamento do Programa Saúde com Agente contará com a presença do presidente Jair Bolsonaro
Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o presidente Jair Bolsonaro Foto: Carolina Antunes/Palácio do Planalto

Em entrevista coletiva neste domingo (17), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, rebateu as informações de que o governo do presidente Jair Bolsonaro não trabalhou pela CoronaVac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo Butantan em parceria com a Sinovac. Ele disse que o Ministério da Saúde trabalhou junto com o instituto desde o início.

O ministro citou as ações tomadas por sua Pasta para o desenvolvimento do imunizante.

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– O Ministério da Saúde vem trabalhando junto com o Butantan no desenvolvimento da vacina desde o início. Tudo o que vocês ouviram, de que nós não iriamos fazer e que estamos boicotando, era tudo fake. Fomos nós, que por intermédio das Fiocruz, trabalhamos na fase 3 do Butantan. Fomos nós que fizemos o desenvolvimento do parque fabril do Butantan para fazer a vacina. Fizemos um contrato de um convênio de mais de R$ 80 milhões. Isso em outubro – explicou.

De acordo com Pazuello, foi o Ministério da Saúde quem liberou recursos para os estudos da vacina.

– Você sabia que tudo o que foi comprado pelo Butantan foi com recursos do SUS? Todas as vacinas. Não foi com um centavo de São Paulo. Autorizado por mim. Então é difícil a gente ficar ouvindo o tempo todo. Uma hora dá vontade de falar. Então hoje estou falando. Eu ouço calado o tempo todo a politização da vacina. O Ministério da Saúde trabalha de forma técnica e ininterrupta o tempo todo com o Butantan. Ressalto, a contratação de todas as vacinas é com exclusividade pelo Ministério da Saúde – destacou.

Um vídeo com o fala do ministro foi compartilhado pelo senador Flavio Bolsonaro (Republicanos-RJ) em suas redes sociais.

Durante um evento em São Paulo, no entanto, Doria chegou a rebater as acusações de Pazuello e disse ter ficado “atônito”.

– Dizer que foi com o dinheiro do SUS, é inacreditável (…) Não há um centavo do governo federal até agora para vacina, nem estudo, compra, pesquisa, nada – apontou.


Reação de Doria em vacinação em SP chama a atenção da web

Governador de São Paulo apareceu "chorando" ao lado da enfermeira Monica Calazans


Reação de Doria durante vacinação chama a atenção Foto: Divulgação

Após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso emergencial da CoronaVac, o governador de São Paulo, João Doria, “correu” para vacinar a primeira pessoa contra a Covid-19 no Brasil. Ele participou do evento onde Monica Calazans, de 54 anos, enfermeira no Instituto Emílio Ribas, em São Paulo, foi imunizada. O que chamou a atenção de usuários de redes sociais, no entanto, foi a imagem enviada por sua assessoria para “promover” o evento.

Na foto, Doria aparece ao lado da enfermeira tentando conter as lágrimas ao e mostrando forte emoção.

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Críticos do governador, no entanto, o acusaram de ‘fazer teatro’.


Política : INVESTIGADOS
Enviado por alexandre em 16/01/2021 22:58:09

MPF vai investigar governador do Amazonas e prefeito de Manaus
O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu neste sábado (16) abertura de inquérito no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para apurar se o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e a prefeitura de Manaus foram omissos na adoção de medidas para enfrentamento da pandemia de Covid-19, principalmente no fornecimento de oxigênio.

O estado passa por uma crise sanitária sem precedentes, com pacientes morrendo asfixiados e famílias buscando tanques de oxigênio para salvar seus parentes.

Aras também solicitou informações ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sobre o cumprimento das medidas que são de competência da pasta.

O governo do Amazonas e a prefeitura de Manaus não comentaram a ação de Aras até a publicação desta reportagem.

Paciente é transferido de ambulância para hospital em Manaus
Paciente é transferido de ambulância para hospital em Manaus
Foto: Bruno Kelly - 14.jan.2021/Reuters


 

Política : DESAFIANDO
Enviado por alexandre em 16/01/2021 11:21:27

Bolsonaro desafia Doria a zerar imposto sobre combustível

O presidente da República, Jair Bolsonaro, desafiou nesta sexta-feira, 15, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), a reduzir os impostos estaduais sobre combustíveis. O presidente afirmou que "topa" reduzir os tributos federais sobre combustíveis caso Doria e demais governadores também reduzam os impostos incidentes de competência dos Estados.

"Eu topo zerar todos os impostos federais de combustível. Eu topo, se os governadores fizerem a mesma coisa", disse Bolsonaro em entrevista ao apresentador José Luiz Datena. "Eu zero hoje (os do) governo federal, se o Doria zerar os impostos do combustível, sem problema nenhum", declarou.

Na quinta, em live nas redes sociais, Bolsonaro citou que tem conversado com os ministérios da Infraestrutura, Economia e Minas e Energia sobre o preço dos combustíveis e do gás de cozinha.

Nesta sexta-feira, o presidente também repetiu que a Câmara de Comércio Exterior (Camex) deverá zerar a tarifa de importação de pneus, em prol de caminhoneiros.

Ele comentou ainda que uma outra medida da Camex irá zerar a taxa de importação de cilindros de oxigênio, em falta no Amazonas, onde a situação da pandemia da covid-19 se encontra agravada.

A Camex deve se reunir ainda nesta sexta, após as notícias do aumento, há três semanas, do imposto de importação de cilindros de oxigênio terem tido forte repercussão negativa, para tentar reverter a alíquota.

ICMS

O desafio a Doria sobre os impostos que incidem em combustíveis foi uma reação de Bolsonaro ao aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em São Paulo. No ano passado, a Assembleia Legislativa (Alesp) autorizou a redução linear de 20% nos benefícios fiscais concedidos a setores da economia como medida de ajuste fiscal.

"Eu, governo federal, diminuímos o imposto de quase tudo", comentou. "Agora tem governador que está aumentando o ICMS como o de São Paulo, eu tiro aqui, o cara aumenta aí, e quando dá problema o cara quer jogar no meu colo", comentou.

Nesta sexta-feira, Doria publicou decretos que mantiveram os benefícios fiscais para alimentos, insumos agrícolas e remédios genéricos na cobrança do ICMS. Ele também retirou o limite mensal para isenção do imposto sobre a cobrança de energia elétrica em imóveis rurais. Na avaliação de Bolsonaro, a medida ocorre por "pressão" já que a população estava insatisfeita.

"Não tinha nem que ter aumentado. Quando você aumenta, por exemplo, o ICMS de combustível, reflete em tudo. Tudo tem frete em cima disso aí", disse Bolsonaro. O presidente também voltou a negar que haja a possibilidade de tabelamento de preços por conta do aumento nos preços de produtos da cesta básica, como ocorreu com o arroz no fim do ano.

Política : MORDAÇA
Enviado por alexandre em 16/01/2021 11:17:29

Tolerar os intolerantes

Por Marcelo Tognozzi*

Estamos inaugurando oficialmente a era dos guetos digitais. Até agora tínhamos os países como China, Cuba, Egito, Irã e Coreia do Norte controlando o acesso à rede mundial com uma política de censura e proibição de acesso a sites como o Google jornais e portais de notícias. A Primavera Árabe de 2010 e o medo de perder o poder de uma hora para outra fizeram com que os governos desses países aumentassem nos últimos anos a censura e a vigilância sobre o conteúdo consumido por sua população.

Agora assistimos ao banimento digital de Donald Trump e seus apoiadores pelo Facebook, Twitter e grandes provedores como o Google e a Apple. Decidiram agir como justiceiros e censurar o presidente dos Estados Unidos porque entenderam que ele representa uma ameaça à segurança nacional, capaz de promover o caos e a desordem, como aconteceu na invasão do Congresso norte-americano por trumpistas dispostos a melar a diplomação de Joe Biden. É uma grande novidade e uma imensa dose de soberba que grandes empresas de tecnologia tenham o poder de decidir o que é bom ou ruim para a segurança nacional de quem quer que seja.

Confinaram Trump e seus seguidores num gueto digital do Telegram, uma plataforma de mensagens controlada pelos russos. Isso seguramente não corre o menor perigo de dar certo. É uma bomba relógio que acaba de ser armada e que mais cedo ou mais tarde explodirá com consequências imprevisíveis.

Se Donald Trump e seus intolerantes amestrados cometeram crimes no episódio da invasão do Congresso, quem tem de dizer isso é a Justiça, única com prerrogativa de julgar e assegurar o devido processo legal. O Estado democrático de Direito é o garantidor da democracia, não as grandes corporações de tecnologia. Elas apostam na manipulação, agem por conveniência e estupram a democracia sem o menor pudor, como ficou claríssimo no caso da Cambridge Analytica com o Facebook detalhado no documentário Privacidade Hackeada, de 2019, dirigido por Jehane Noujaim e Karim Amer.

Redes sociais não são produtoras de conteúdo, mas simples canais de exibição de conteúdos produzidos pelos seus usuários. Se os executivos destas empresas passarem a fazer curadoria ou edição do conteúdo, deixarão de ser redes sociais para se transformarem em empresas distribuidoras de informação, falsa ou verdadeira, produzida de graça por quem decidiu integrar aquela plataforma. E é aí que mora o veneno.

Rede social não foi feita para censurar, mas para expor pontos de vista e comportamentos. É essencialmente um ambiente de diversidade. A melhor forma de combater aqueles que usam os canais das redes sociais para solapar a democracia ou o Estado de Direito é jogar luz sobre eles, mostrar quem são, o que fazem, como fazem, porque fazem, como vivem e o que pensam. Se desde o início os grandes veículos norte-americanos tivessem jogado luz sobre Trump e seus apoiadores talvez as coisas teriam sido diferentes, mas eles preferiram fazer política, mesmo caminho escolhido pelos grandes grupos de comunicação do Brasil.

A política de segregar quem quer que seja iguala os defensores do banimento de Trump aos apoiadores da sua proposta de construir um muro na fronteira com o México. Ou aos franceses que fingiram tolerar a imigração muçulmana enquanto confinavam estes imigrantes em guetos na periferia de Paris. Nasceu ali uma sociedade paralela, capaz de andar pelas próprias pernas independentemente do Estado. Exatamente como aconteceu no Rio, onde os pobres foram empilhados em favelas, hoje transformadas em guetos controlados pelo tráfico, a milícia ou os 2 ao mesmo tempo, e onde o poder público não entra sem autorização. Estes são exemplos, digamos, analógicos das consequências de uma política segregacionista.

Quando em outubro de 2011 surgiu o movimento Occupy Wall Street, contra a desigualdade, ganância e corrupção provocadas pelo sistema financeiro norte-americano, o máximo que aconteceu foi o corte no sistema de som e a prisão temporária de alguns gatos pingados. Ninguém ousou defender o banimento deles, que transmitiram tudo pela internet apadrinhados por filósofos de esquerda como Noam Chomsky e o esloveno Slavoj Zizek. Em janeiro do mesmo ano manifestantes aplaudidos pela mídia dos Estados Unidos e União Europeia ocuparam a Praça Tahrir no Cairo e derrubaram o regime de Hosni Mubarak. Em pouco tempo, o governo nascido destes protestos censuraria a internet e o acesso indiscriminado à informação. E aí acabou a graça.

Uma década depois, estamos diante de uma situação nova: o primeiro banimento digital de um grupo político decretado pelas maiores empresas de tecnologia, o qual foi aceito e aplaudido por boa parte da sociedade, seja nos Estados Unidos, na Europa ou no Brasil. Uma estupidez sem limites.

Poucos meses antes de morrer, o filósofo italiano Umberto Eco decretou que as redes sociais deram voz a uma legião de imbecis. Antes, eles falavam suas sandices num bar depois de umas taças de vinho. “Promoveram o idiota da aldeia em portador da verdade”, arrematou Eco numa entrevista em 10 de junho de 2015. O maior incômodo do mestre de 83 anos era a quantidade de lixo produzido pela internet, o que o deixava desnorteado e sem entender direito o que acontecia no mundo digital.

O discurso contra o racismo e o apartheid social ou da defesa da liberdade de expressão e de pensamento destoam dos verbos calar, amordaçar e banir. Segregar correntes políticas e ideológicas já levou o mundo a situações amargas como a guerra fria, os guetos de pobreza, os massacres no Camboja e a violência sem fim no Oriente Médio. É um erro caro demais, traduzido com perfeição no poema de Martin Niemoller (“depois vieram buscar os judeus, mas como eu não era judeu não protestei”…). O caminho da evolução é tolerar os intolerantes. Para os excessos existe a lei.

*Jornalista. Texto publicado originalmente no portal Poder 360.

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