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Política : ÁGUA DE POÇO
Enviado por alexandre em 02/03/2021 09:15:06

Artur Lira avança pouco em votações à frente da presidência da Câmara federal

Folha de S.Paulo

O primeiro mês do deputado federal Arthur Lira (PP-AL) no comando da Câmara dos Deputados foi marcado por retaliações a adversários políticos e por uma derrota, após pressão da opinião pública, para votar a jato medida que amplia blindagem a congressistas.

No período, o líder do bloco do centrão, eleito em 1° de fevereiro com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), manteve o esperado apoio para aprovar a autonomia do Banco Central, medida costurada na legislatura passada, mas teve uma de suas principais qualidades contestada por colegas de plenário: a de ser um cumpridor de acordos.

A troca do relator da medida cautelar que manteve a prisão do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) e a ameaça de retirar siglas adversárias da mesa de comando da Casa, intenção sobre a qual acabou recuando, renderam a Lira um novo apelido entre deputados de centro e de esquerda: “descumpridor de acordos”.

Eleito com uma ampla margem de votação, foram 302 votos ante 145 do seu adversário, Baleia Rossi (MDB-SP), Lira já deu mostras, em seus primeiros dias no posto, de que, apesar do discurso de conciliação, a Câmara de todos, defendida em sua campanha, não necessariamente incluiria deputados opositores a ele. Continue lendo

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A PEC Emergencial, que o governo quer aprovar no Senado ainda nesta quarta-feira (03), acaba com a possibilidade de os contribuintes abaterem os gastos com saúde e educação no Imposto de Renda. A medida faz parte das contrapartidas apresentadas pela equipe econômica para a volta do auxílio emergencial. 

Para tentar preservar essas deduções, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) apresentou uma emenda à PEC. Ele ressalta, na emenda, que, no caso dos gastos com educação, se as deduções acabarem, pelo menos 7 milhões de famílias das classes C, D e E serão prejudicadas. Elas representam mais de 80% dos beneficiários das isenções. 

No entender do senador, é injusto com essas famílias perderem o direito de deduzirem até R$ 3.561,50 por filho por ano no Imposto de Renda, uma vez que arcam com despesas pesadas ao desafogarem o sistema público de educação. No total, 15,5 milhões de alunos estão em escolas privadas e custam R$ 225 bilhões anuais. 

Ricos ficam com maioria das deduções com saúde 

No caso das despesas com saúde, para os quais não há limite de abatimento no IR, 56% das deduções ficam com os mais ricos. Ainda assim, senadores dizem que as famílias que bancam tais despesas não recorrem ao Sistema Único de Saúde (SUS), reduzindo o peso sobre os cofres públicos.  Continue lendo

Política : ELE FALOU!
Enviado por alexandre em 02/03/2021 09:08:39

"Em março o Brasil terá 22 milhões de doses de vacinas contra o Covid-19", diz Bolsonaro

Em conversa com apoiadores, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que o Brasil terá, em março, mais 22 milhões de vacinas. Segundo o chefe do Executivo, o país só poderia iniciar a compra dos imunizantes após a aprovação da Anvisa.

"Alguns criticam o Brasil... a vacina a gente só podia comprar depois que a Anvisa autorizar, não podia comprar qualquer negócio que aparecesse. Então essas vacinas começaram a ser certificadas pela a Anvisa e estamos comprando", disse.

O presidente afirmou, ainda, que o Brasil é o sexto país que mais vacina. No entanto, de acordo com dados do Our World In Data, a afirmação está incorreta. Segundo o levantamento, realizado pela Universidade de Oxford, o Brasil ocupa a 20ª colocação em questão de imunização.

O Brasil alcançou nesta segunda-feira (1º) o índice de 3.97 na relação entre o total de doses aplicadas e sua população total, aponta o estudo. O índice é uma forma de mensurar o total da população que recebeu pelo menos uma dose.

Até a tarde desta segunda-feira, o Brasil tinha aplicado 8,43 milhões de doses, de acordo com o Our World in Data. Ainda segundo o levantamento, Gibraltar lidera a lista de vacinação com índice de 109.25, seguido por Israel (93.50), Seychelles (76.36) e Emirados Árabes Unidos (60.87).

Embora Bolsonaro tenha errado na informação sobre a vacinação no país, ele lembrou que a imunização em Israel está avançada.

"Tem Israel que está na frente, mas quantos habitantes tem lá? Lá são nove milhões de habitantes, se não me engano, então é fácil dizer que vacinou 30% da população. Eu acho que nos vacinamos mais do que eles em valor absoluto. Agora é outro país, né? É um país que não tem uma gota de petróleo, não tem terra fértil, não tem água, não tem nada. Só que tem um povo que realmente se dedica e tem uns políticos diferente dos nosso aqui, onde eu me incluo também, é uma titica geral. Não to criticando os outros não, é todo mundo", declarou.

O chefe do Executivo afimou que uma comitiva brasileira será enviada a Israel na próxima quarta-feira (3) para fechar um acordo sobre o spray nasal, que deve ser testado no Brasil. Bolsonaro, no entanto, voltou a defender o tratamento precoce como forma de combrate à Covid-19.

"Esse de tratamento precoce fala de ivermectina, hidroxicloroquina, Anitta, seja o que for, não tem efeito colateral, porque não tomar? Parece que quanto mais morrer, melhor para alguns setores Que ver uma coisa, nós somos a oitava economia do mundo, o nosso IDH não é tão bom quanto de primeiro mundo. O que leva o país a ser o 26° no número de mortos por cada mil habitantes alguma coisa tá acontece aqui, só pode ser o tratamento precoce, não tem outra explicação pra isso. E por que a grande mídia teima ainda em criminalizar quem fala isso?', questionou.

Política : QUE BRIGA!
Enviado por alexandre em 02/03/2021 08:58:23

Mourão garante que jamais brigou com Bolsonaro

Relação o vice e Bolsonaro mostrou-se estremecida nos últimos meses


Presidente Jair Bolsonaro e vice-presidente Hamilton Mourão Foto: VPR/Bruno Batista

Depois de se reunir com o presidente Jair Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton Mourão disse ter tido um encontro “normal” para tratar sobre a Amazônia. Questionado se havia feito as pazes com o chefe do Executivo, o vice-presidente disse nunca terem brigado.

No primeiro encontro oficial entre Bolsonaro e seu vice neste ano, Mourão levou ao presidente o relatório do Conselho Nacional da Amazônia Legal e apresentou as ações do colegiado do qual é responsável .

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– Apresentamos as atividades do Conselho (da Amazônia), o planejamento 2021/22 e entregamos o relatório do primeiro ano de atividades. Pronto, normal, nada demais – disse na saída da vice-presidência em conversa com jornalistas.

Ao ser questionado se fez as pazes com o presidente, Mourão minimizou: “Nós nunca brigamos”.

O encontro de hoje ocorreu após sinais de distanciamento entre Bolsonaro e seu vice, intensificados desde o fim do ano passado. Em fevereiro, Mourão chegou a ser excluído de uma reunião entre o chefe do Executivo e a equipe ministerial.

Mourão afirmou que não foi tratado na conversa sobre a demissão de um de seus assessores no mês passado, após o site O Antagonista revelar conversas do seu auxiliar que indicaram possíveis articulações em caso de impeachment de Bolsonaro. “Esse assunto já virou a página”, disse.

O vice-presidente também negou ter tratado com Bolsonaro sobre outros assuntos como a pandemia da Covid-19 e a nova rodada do auxílio emergencial.

– Assunto é de Amazônia, assunto de pandemia é com ministro (da Saúde, Eduardo) Pazuello – respondeu.

Segundo Mourão, o presidente concorda com as ações do Conselho da Amazônia tomadas até o momento, inclusive com a previsão de saída dos militares da região amazônica com o fim da Operação Verde Brasil 2 em abril.

– Caso o presidente mude de linha de ação, poderá ser mantida (a presença dos militares na Amazônia) – ponderou.

O vice-presidente evitou ainda comentar sobre as críticas de governadores a Bolsonaro e ao governo federal por “priorizar a criação de confrontos, a construção de imagens maniqueístas e o enfraquecimento da cooperação federativa essencial aos interesses da população”.

Em nota, chefes do Executivo estadual se queixaram hoje do destaque dado pelo governo para os repasses financeiros a Estados e municípios em meio à pandemia.

– Esse é outro assunto que não me diz respeito – declarou Mourão.

*Estadão

Política : CARA DE PAU
Enviado por alexandre em 01/03/2021 08:49:39


Esposa de Daniel Silveira recebeu auxílio emergencial

Mulher de Daniel Silveira recebeu auxílio emergencial

Do G1 Rio

A mulher do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), Paola da Silva Daniel, foi beneficiária do auxílio emergencial do governo federal enquanto estava empregada. Paola foi contemplada com sete parcelas do benefício – como mostra o Portal da Transparência do Governo. 

Quatro delas foram pagadas após ela ser oficializada, em Diário Oficial, como comissionada do Ministério do Meio Ambiente – foi nomeada para cargo de coordenadora de gestão de pessoas no Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A informação foi revelada pelo colunista do jornal O Globo Ancelmo Gois.

Em entrevista a O Globo, ela admitiu ter recebido o benefício – destinado a trabalhadores informais, autônomos ou sem renda fixa durante a pandemia do novo coronavírus – e disse que precisava de ajuda para custear despesas até seu local de trabalho.

“Minha última parcela do auxílio foi em novembro. Moro em Petrópolis e precisava do dinheiro para custear minha despesa até meu local de trabalho. Após meu primeiro vencimento, procurei uma maneira de devolver essa última parcela, pesquisei e observei que era bem burocrático e que continha muitas dificuldades, dificuldades estas que ainda estou tentando solucionar. No mais, fiz tudo dentro da legalidade”, disse ela ao Globo.

Salário de R$ 5,6 mil

Segundo o Portal da Transparência do Governo Federal, Paola recebeu quatro parcelas no valor de R$ 600 até outubro, mês em que foi contratada pelo ministério com salário bruto de R$ 5,6 mil. Após a contratação, seguiu recebendo uma quinta parcela nesse mesmo valor e mais duas de R$ 300, até dezembro de 2020.

Nas redes sociais, Paola se apresenta como advogada formada pela Universidade Estácio de Sá, com pós-graduação em Ciências Criminais e praticante de musculação e muay thai.

Marido de Paola, Daniel Silveira está preso na Polícia Federal do Rio desde o dia 24. A prisão em flagrante foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, após o deputado gravar um vídeo com apologia ao AI-5 e defender a destituição de ministros da Corte, tinha ordenado uma "imediata perícia dos aparelhos apreendidos".


Coluna da segunda-feira

Crise reúne governadores

Eleito pelo rolo compressor do Planalto, líder do Centrão, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), agendou com os governadores videoconferência tendo como principal pauta a busca de soluções para a piora do quadro da pandemia nos Estados. A ideia é que isso possa ser feito por meio da discussão do Orçamento e de projetos emergenciais.

O encontro ocorre num momento em que pelo menos 12 Estados e o Distrito Federal decidiram adotar medidas que aumentam as restrições de circulação, na tentativa de conter a pandemia, que completou 1 ano do primeiro caso confirmado no Brasil na última sexta-feira. O país registra 10.455.630 casos e 252.835 mortes confirmadas pela doença, segundo o Ministério da Saúde.

A Fiocruz assegura que as taxas de ocupação de leitos de UTI covid-19 para adultos revelam o pior cenário já observado no País em toda a pandemia. Segundo a Fundação, 17 capitais estão com uma taxa de ocupação de UTI de ao menos 80%. A pesquisa também mostra que 12 Estados e o Distrito Federal estão na zona de alerta crítica, com ocupação igual a 80% ou mais das UTIs.

O diretor-executivo de emergências da OMS (Organização Mundial da Saúde), Mike Ryan, disse que o Brasil vive uma “tragédia” com a alta no número de casos de infecção pelo coronavírus e mortes por covid-19. “Infelizmente, é uma tragédia que o Brasil esteja enfrentando isso de novo e é difícil. Esta deve ser a quarta onda que o País volta a enfrentar”, declarou.

O Brasil, segundo ele, é muito capacitado e tem instituições científicas e de saúde pública fantásticas. “Acho que o País sabe o que fazer e muitos Estados estão tentando aplicar as melhores medidas. Não é simples. Não é fácil”, acrescentou. Antes mesmo de reunir os governadores, Lira já sai com uma linha de discurso em defesa de Bolsonaro.

Ele contesta a versão da oposição de que o presidente tenha culpa pelas mortes decorrentes da pandemia de covid-19. “Divirjo quando falam da gestão da crise. O auxílio emergencial foi muito importante, todos os setores receberam repasses. Nós não temos a receita da gestão da crise”, disse Lira.

FIM DO LIBERALISMO – Ao conseguir formar uma base sólida no Congresso, o presidente Bolsonaro já molda sua reeleição e dispõe de mais alternativas partidárias até mesmo para sua filiação. Desde que deixou o PSL, ainda em 2019, ele segue sem partido. Nos últimos 12 meses, o Governo se afastou definitivamente do lavajatismo e deixou de lado o liberalismo, adotado como tática eleitoral em 2018. Para alguns analistas ouvidos ontem pelo Estadão, o Governo se sustenta hoje em uma “visão conservadora-autoritária” e no apoio do Centrão. “Ainda não sabemos qual desses dois vai prevalecer”, diz o historiador Boris Fausto.

REI SEM COROA – O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, é figura frequente ao lado do presidente Jair Bolsonaro em eventos presenciais e lives nas redes sociais. Com a fama de “rei do asfalto”, costuma ciceronear o chefe em inaugurações de obras de rodovias. Em janeiro, no interior da Bahia, Bolsonaro disse que Tarcísio era “a figura mais importante” da administração. As contas da pasta, no entanto, mostram que a Infraestrutura não é a prioridade na hora de liberar verbas do Orçamento e o ministro se sobressai na equipe de governo pelas obras de pavimentação de estradas. O montante disponível para investimentos no Ministério da Infraestrutura segue estagnado desde o começo da gestão Bolsonaro.

ORÇAMENTO CHIFRIM – Desde que Tarcísio assumiu a Infraestrutura, a pasta nunca recuperou completamente o volume de recursos que teve durante as gestões de seus antecessores, Maurício Quintella Lessa (2016-2018) e Valter Casimiro Silveira (2018-2019). Em 2020, a pasta empenhou R$ 8,1 bilhões em investimentos. A despeito da pandemia do novo coronavírus, é um valor maior que o empenhado em 2019 (R$ 7,8 bilhões). É menos, porém, do que os valores empenhados antes da chegada de Jair Bolsonaro ao poder: em 2018, foram R$ 10,6 bilhões em investimentos; e R$ 13,1 bilhões em 2017. Em 2016, ano marcado pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT) e pela troca de comando no governo, o montante fechou em R$ 9,9 bilhões.

MORTOS E SALVOS – A confirmação de mais 1.455 casos da Covid-19 e 29 óbitos devido à doença, sábado passado, levaram Pernambuco a totalizar 298.859 infectados pelo novo coronavírus e 10.974 mortes por causa da pandemia.  Esses dados começaram ser registrados em março de 2020. O Estado tem, por outro lado, 257.881 pacientes recuperados da doença. Destes, 19.749 eram pacientes graves, que necessitaram de internamento hospitalar, e 238.132 tinham casos leves.

TEMER IMUNIZADO – O ex-presidente Michel Temer foi vacinado sábado passado em um dos postos de vacinação instalados pela Prefeitura de São Paulo na praça Charles Miller, no Pacaembu. Com a antecipação da vacinação de idosos de 80 a 84 anos realizada pelo Governo do Estado de São Paulo, Temer, que se tornou octogenário em setembro do ano passado, ficou apto a receber a primeira dose do imunizante. O ex-presidente foi imunizado com a primeira dose da vacina AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford.

CURTAS

AJUDA – O auxílio financeiro para artistas e grupos carnavalescos de Pernambuco afetados pela pandemia virou lei. Na última sexta-feira, o governador Paulo Câmara (PSB) sancionou a norma que determina o repasse de R$ 3 milhões para 450 agremiações, em uma única parcela. Segundo o secretário de Cultura, Gilberto Freyre Neto, o edital para inscrição de candidatos ao auxílio emergencial estará disponível esta semana.

DUPLA ELEIÇÃO – Vizinhas, Pesqueira e Arcoverde, a primeira ainda no Agreste e a segunda porta de entrada do Sertão, poderão ter eleição suplementar para prefeito no mesmo dia, a depender do Tribunal Regional Eleitoral. Em Pesqueira, o Cacique Marquinhos (Republicanos) ganhou, mas não assumiu por ter sido condenado em processo criminoso. Já em Arcoverde, a nova eleição se dará por comprovado abuso do poder econômico pelo prefeito afastado Wellington Maciel (MDB).

Perguntar não ofende: Enquanto ônibus e metrôs andarem apinhados, meros decretos de toque de recolher vão reduzir os casos de covid em Pernambuco?  



A inglória luta jornalística contra a desinformação

Por Houldine Nascimento, da equipe do Blog

Uma (das tantas) fake news passou a circular com força em grupos de WhatsApp e nas redes sociais nos últimos dias: diz respeito a um suposto comentário do prefeito de Teixeira de Freitas, no Sul da Bahia, contra o governador Rui Costa (PT). O vídeo de quase três minutos mostra um homem fazendo fortes declarações em protesto às medidas restritivas decretadas pelo Governo do Estado, preocupado com o nível de ocupação das UTIs e o avanço da Covid-19.

A mensagem que introduz as imagens é esta: "O Prefeito de Teixeira de Freitas-BA, (sic) manda um recado bem claro para o Governador RUI COSTA DO PT." O personagem do vídeo, na verdade, é o suplente de vereador Roger Galetos (Avante).

Como desfiz a mentira: uma vez que não estava ciente do panorama político da cidade, fui ao site do TSE para ver o resultado das últimas eleições. O prefeito eleito foi Marcelo Belitardo (DEM) e Roger está entre os candidatos a vereador. Ambos são muito diferentes quanto à fisionomia e integram siglas distintas. Em menos de cinco minutos, cheguei à verdade.

Para saber quem era o real prefeito, não precisaria ir muito longe: bastava simplesmente ir ao Google e digitar "prefeito de Teixeira de Freitas". Em questão de segundos, sites surgem apontando Belitardo como o verdadeiro gestor. Contudo, eu quis saber quem era a figura do vídeo, o impostor.

O papel jornalístico, no entanto, tem sido cada vez mais inglório: é impossível desfazer as dezenas (talvez centenas) de falsas informações que trafegam com muita velocidade em ambientes ocultos. O jornalista virou Dom Quixote, sempre a lutar contra moinhos de vento.

Uma vez compartilhada, a fake news faz estragos. Receber mensagens no WhatsApp e redes sociais tornou-se muito cômodo.

Política : TIRAR O PT
Enviado por alexandre em 01/03/2021 08:44:39

Ciro afirma que sua missão é tirar o PT da disputa em 2022

Folha de São Paulo

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) intensificou os acenos a siglas como DEM e PSD para viabilizar sua candidatura à Presidência em 2022 e, em entrevista à Folha, defendeu uma união de centro-esquerda para derrotar Jair Bolsonaro (sem partido) e reforçou seu rompimento com o PT.

"Nesse quadro de hiperfragmentação, quem for contra o Bolsonaro no segundo turno tem tendência de ganhar a eleição. O menos capaz disso é o PT. Por isso, a minha tarefa é necessariamente derrotar o PT no primeiro turno", afirma.

Ciro, 63 — que disputou o Planalto três vezes e terminou em terceiro lugar no pleito de 2018, com 13 milhões de votos (12% dos válidos)— escancarou seu distanciamento da sigla ao não embarcar na campanha de Fernando Haddad (PT) no segundo turno daquele ano, vencido por Bolsonaro.

Ex-ministro do governo Lula (PT), o pedetista diz que o que chama de "lulopetismo" representa hoje uma "adversidade intransponível" em sua relação com a legenda.

"Converso muito com os petistas. Lá dentro, tem um grupo que acha que o Lula, com sua loucura e caudilhismo, está passando de qualquer limite. Faz as coisas sem consultar ninguém, joga só, é o Pelé", compara.

"O Lula escolheu o Haddad [como pré-candidato em 2022] porque não fará sombra a ele nem hoje nem jamais. Ou seja, quer replicar a escolha da Dilma [Rousseff]."

Ciro e Lula sentaram para um papo em setembro do ano passado e colocaram em pratos limpos questões da atribulada relação, mas uma reconciliação, desejada por setores da esquerda, não avançou.

"Nós [PT e eu] somos coisas diferentes. Fomos aliados em alguns momentos e adversários em outros. Eu agora tenho uma adversidade intransponível com o lulopetismo, que é diferente dos outros 'PTs' que eu conheço", afirma.

Entre seus interlocutores no partido de Lula estão o governador do Ceará (berço político dos Gomes), Camilo Santana, e o senador pela Bahia Jaques Wagner.

Repetindo o mantra de que "o Brasil precisa de uma amplíssima união de centro-esquerda", o pedetista estreitou laços com os presidentes nacionais do DEM, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, e do PSD, o ex-ministro Gilberto Kassab, de olho em alianças.

O PDT, que em 2018 concorreu ao Planalto coligado apenas com o nanico Avante, trabalha também para repetir na disputa eleitoral o bloco que formou com PSB, PV e Rede Sustentabilidade, atuante na oposição a Bolsonaro no Congresso.

A matéria completa está disponível no portal da Folha de São Paulo.

Marina Silva quer frente pró-Ciro Gomes em 2022

Por Pedro Venceslau, do Estadão

Depois de receber 1% dos votos em 2018 na sua terceira tentativa de chegar à Presidência da República, a ex-ministra e ex-senadora Marina Silva (Rede), de 63 anos, diz não ter planos de se lançar em uma nova disputa em 2022. Vivendo em isolamento social em Brasília, ela afirmou em entrevista por telefone ao Estadão que só saiu de casa uma vez desde o dia 1.º de março do ano passado, para ir ao médico.

Sua militância virtual, porém, segue intensa. Ela faz palestras - Marina pretende se aposentar como professora e abriu mão da aposentadoria como senadora - e lidera os debates do partido que criou, a Rede Sustentabilidade. Atualmente, a legenda elabora estratégias para sobreviver à cláusula de barreira no ano que vem.

No precoce tabuleiro eleitoral que se formou, Marina sinaliza apoio a Ciro Gomes (PDT) como o mais forte para quebrar a polarização entre o PT e o presidente Jair Bolsonaro, embora diga que, antes de nomes, o mais importante é discutir projetos.

A sra. tem disposição para disputar uma nova eleição presidencial?

Não gosto de trabalhar com essas conjecturas. Depois de ter 1% dos votos numa eleição, e diante de tanta gente que teve um melhor desempenho, é difícil alguém fazer essa proposta. Principalmente prevalecendo esse critério de que se discute primeiro as métricas eleitorais, em termos de voto, e não métricas qualitativas, em termos de programa. A única coisa que posso dizer é que tenho me dedicado o tempo todo a construir o que é melhor para o Brasil. Tenho essa disposição para o diálogo. Não sou do tipo que acha que um bom projeto de país só funciona comigo.

Como tem sido a rotina da sra. na pandemia?

Estou em isolamento social desde o dia 1º de março do ano passado. Já tenho 63 anos. É de conhecimento público que sou uma pessoa hiperalérgica e asmática. Só tenho me comunicado com a minha filha que mora aqui do lado. Eles estão em isolamento também. Só saí do condomínio uma vez para ir ao médico.

Como avalia o cenário da pandemia no Brasil, que bate recorde de mortes, e a estratégia dos governadores?

Não há dúvida de que o Brasil está sendo avaliado como o país com o pior desempenho na condução das medidas de saúde em relação à pandemia. Isso se deve ao fato de o governo ter desistido de cuidar da população brasileira e pela politização, que transforma tudo em cálculo eleitoral. Se o cálculo eleitoral dissesse que fazer lockdown daria algum tipo de dividendo, era isso que teria sido feito. O governo federal, por sua vez, criou todas as dificuldades possíveis para se adquirir a vacina. A politização eleitoreira de um tema que tem a ver com a vida das pessoas é um atraso civilizatório. O negacionismo tem várias formas. Tem o ideológico e primitivo, que é colocado em palavras pelo presidente Bolsonaro, que lavou as mãos, e outro é o negacionismo disfarçado, que maquia o que a ciência está dizendo com uma ética de conveniência. Se não fosse o trabalho que a mídia tem feito, a sociedade brasileira estaria totalmente à deriva.

O PT já colocou o "bloco na rua" para 2022 com Fernando Haddad. No PSDB, João Doria já se movimenta como candidato e Bolsonaro trabalha abertamente pela reeleição. A Rede terá candidato ao Palácio do Planalto?

Há um erro no que está sendo feito. O Brasil vive um cenário de isolamento no âmbito nacional e agravamento da pandemia, mas se cria aqui o falso dilema de que o mais importante é discutir os nomes. O mais importante é discutir qual é o projeto. Eu participo de um campo do qual fazem parte PDT, PV, PSB, Rede e o Cidadania, que tem sido convidado. Há concordância que neste momento temos que adensar um projeto que leve os setores do campo da esquerda democrática, da centro-esquerda e progressistas a ter um projeto que recupere o Brasil para um percurso civilizatório coerente com o que é uma democracia ocidental. O Brasil não pode ficar trancado do lado de fora achando que pode queimar floresta.

Dentro desse coletivo partidário é possível chegar ao consenso em torno de um nome? Nestas legendas tem a sra. e o Ciro Gomes...

O Ciro já tem o nome dele colocado desde o início, o que é legítimo. O que estamos fazendo é um apelo ao campo da esquerda democrática não dogmática, da centro-esquerda, dos setores progressistas e de centro-direita que pensam em primeiro lugar no Brasil. É nesse lugar que estamos nos articulando, e com uma pessoa que tem uma experiência política, administrativa e de política nacional que já colocou seu nome, que é o Ciro Gomes. Ele está fazendo esse diálogo maior, que não é em torno do nome, mas do projeto. O pior dos mundos é criar a velha polarização que existia, entre PT e PSDB, e deixar o tempo todo o brasileiro em terceiro. Agora seria a velha polarização, mas entre Bolsonaro e Lula ou PT. Agora é o momento de a sociedade assumir o primeiro lugar. Tenho a tranquilidade de quem já perdeu três campanhas, já procurei dar uma contribuição.

Acredita então que Ciro pode liderar uma terceira via em 2022?

O Ciro Gomes tem legitimidade, competência e capacidade para se colocar, mas eu acho que ele próprio não está trabalhando com essa ideia de terceira via. Ele e todos nós buscamos a recuperação sustentável da economia brasileira, a dignidade humana, a defesa da democracia, da liberdade de expressão e das instituições. Queremos uma primeira via. E que nessa primeira via o Brasil seja capaz de colocar em primeiro lugar a saúde do seu povo.

Como avalia o nome do Luciano Huck para 2022? Ele tem conversado com a esquerda.

Numa democracia é legítimo que surjam nomes. Caberá ao debate democrático mostrar os compromissos, ideias, alinhamentos políticos e evitar que haja uma pulverização de tal forma que permita a continuidade daqueles que estão fazendo mal ao Brasil. É importante que surjam novas lideranças no cenário político. É importante que tenha surgido o nome do Luciano e que um jovem de sucesso como apresentador tenha a intenção de contribuir com o processo político do Brasil. Eu advogo a renovação da política não só no discurso, mas também dos quadros. Mas acho que ele tem alguns problemas claros a serem enfrentados. A fragilidade da articulação em torno da qual a mídia está falando que ele está, com o DEM e o PSDB. A gente ouve que há essa articulação (dele) em torno do DEM e do PSDB. O DEM na eleição da (presidência) da Câmara foi para o Bolsonaro. O PSDB tem o Doria. Tem aí um desafio muito grande. Ele (Huck) precisa refletir muito.

Descarta uma aliança com o PT em uma eventual frente contra Bolsonaro?

Quando o PT já se coloca a priori como tendo Lula ou Haddad como candidato, ele não está entendendo o que está acontecendo. Esse é o momento de olhar de baixo para cima para enxergar o que está acima de nós, e não se candidatar à permanência da velha polarização. O PT tem uma força gravitacional enorme e é um ator importante no processo político, mas a sua importância estratégica será medida pela capacidade de verificar que nem sempre aqueles que têm força gravitacional para polarizar mais conseguem ter a maior credibilidade para derrotar aquele que precisa ser derrotado neste momento. Mais uma vez o PT aponta para uma política de exclusividade, de não considerar a gravidade do momento e ficar discutindo pessoas. Os partidos e lideranças precisam ter um pouco mais de humildade.

A Rede recorreu ao STF contra a decisão que impede a fusão de legendas fundadas há menos de cinco anos. Ano que vem será a prova de fogo dos partidos pequenos para superar a cláusula de barreira. A ideia é fundir a Rede com outra legenda?

A Rede não está considerando a fusão. Esse debate foi feito em 2019 e algumas pessoas da Rede achavam que era melhor uma fusão com o Cidadania. Tenho um respeito enorme pelo Roberto Freire, mas a nossa escolha é que a Rede é necessária. Tomamos essa decisão mesmo não tendo (recursos do) Fundo Partidário.

Se a Rede não considera a ideia de fusão, por que recorreu ao STF?

A democracia existe para que as pessoas possam ter o direito de escolha. O fato de eu não querer fazer uma coisa não significa que vou criar um mecanismo para todos pensarem igual a mim. Eu posso não querer a fusão neste contexto, mas é possível que em outro contexto isso possa vir a ser desejado.

A sra. defende a proposta de federação partidária para superar a cláusula de barreira?

Esse debate vem sendo feito e a Rede participa dele, junto com PCdoB e PV. Isso possibilitaria aos partidos que têm programa, ideal e não são fictícios de poderem existir com suas identidades e programas. Esse debate está sendo feito, sim, entre partidos. Toda discussão na reforma eleitoral foi punir e acabar com os partidos de aluguel.

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