Governo do Bolsonaro prepara pacotaço para os caminhoneiros
Os ministérios da Economia e da Infraestrutura fecham os últimos detalhes de um pacote de benefícios para os caminhoneiros que será divulgado por etapas a partir das próximas semanas. Além de um voucher para amenizar efeitos dos reajustes do diesel, o governo estuda linhas de crédito e até um programa de renovação de frota.
Batizado pelos assessores do Palácio do Planalto de “Gigantes do asfalto”, o pacotaço foi um pedido expresso do presidente Jair Bolsonaro que, segundo interlocutores, não quer ficar refém da categoria.
Desde fevereiro, os motoristas sinalizam que os reajustes dos combustíveis afetaram seus ganhos, o que causa temores no governo sobre uma paralisação nos moldes da que ocorreu em 2018. Hoje, 87% do transporte de cargas no país é feito pelas estradas.
Bolsonaro avalia que um novo movimento grevista poderia comprometer ainda mais a economia, já afetada pelos efeitos da pandemia, além de representar um fator adicional de erosão de sua popularidade — que, segundo pesquisa do Datafolha, tem sido corroída durante a crise do coronavírus.
Diante disso, Bolsonaro encomendou um pacote de ajuda ao setor em reuniões com integrantes de Casa Civil, Economia, Infraestrutura, Justiça e Segurança Pública. Várias ações foram estudadas, com pedido para não haver mais gastos.Continue lendo →
Senadores independentes e de oposição preparam a estratégia para forçar o ex-ministro Eduardo Pazuello a dar detalhes das negociações para compra de vacinas e para aquisição de remédios que compõem o chamado tratamento precoce.
Os parlamentares articulam formas de conseguir informações sobre o trabalho do general enquanto esteve à frente do Ministério da Saúde após a decisão do ministro Ricardo Lewandowski de obrigá-lo a falar a verdade sobre terceiros, inclusive em relação ao presidente Jair Bolsonaro, mas com a possibilidade de ficar em silêncio em casos que possam levar à própria incriminação.
Senadores aliados do presidente, por sua vez, temem que esta seja a semana de maior desgaste para o Palácio do Planalto na CPI da Covid —e não apenas por Pazuello.
O depoimento marcado para esta terça-feira (18) de Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores, também é considerado preocupante.
A avaliação de correligionários do chefe do Executivo é que os dois ex-ministros têm duas características em comum que botam em risco estratégia traçada para diminuir o desgaste do governo na comissão: falta de habilidade política e temperamento explosivo.Continue lendo →
Bolsonaro manda recado "Não ousem roubar a liberdade do povo"
Após sobrevoar a Esplanada dos Ministérios, neste sábado (15), o presidente Jair Bolsonaro discursou para milhares de apoiadores que se reuniram para prestar apoio a ele. Em cima de um palanque montado no gramado da área central de Brasília, Bolsonaro prometeu reerguer o Brasil.
– Assumimos o governo e pegamos um Brasil praticamente destroçando, ética, moral e economicamente. […] Não está sendo e sei que não será fácil, mas o que esses caras não entendem é que eu sou ‘imbroxável’. Quando deixar a Presidência, deixaremos um Brasil bem melhor do que aquele que recebi em janeiro de 2019 – afirmou.
O presidente também disparou críticas a governadores pelas medidas de isolamento social e disse que luta pelo conservadorismo.
– Enfrentei por 28 anos uma verdadeira guerra ideológica que poucos davam valor. Mas o nosso compromisso era, acima de tudo, um bem mais sagrado, que a nossa própria vida, que é a nossa liberdade – completou.
Ele encerrou a fala exaltando o poder do povo.
– Tudo ao seu tempo. O maior poder não é o Judiciário, Legislativo, Executivo. O maior poder são vocês. O momento estava duro. Não desafiamos ninguém. Não queremos o confronto com ninguém, mas não ousem confrontar ou roubar a liberdade do nosso povo – disse.
Tarcísio está na iminência de ser adotado por SP, diz Bolsonaro
Presidente voltou a sugerir o nome de seu ministro para disputar o governo paulista
O presidente Jair Bolsonaro voltou a tratar o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, como pré-candidato ao governo do estado de São Paulo. A declaração foi feita durante ato em Brasília em apoio ao governo organizado por produtores rurais.
– Tarcísio Freitas está na iminência de ser adotado pelo Estado de São Paulo. Vai mesmo? – perguntou ele ao ministro.
No evento, o presidente afirmou que o governo federal conseguiu manter nível de emprego formal e culpou governadores pelo desemprego.
– Os empregos informais, quem destruiu foram alguns governadores e prefeitos destruíram empregos informais com política do fique em casa – afirmou, em referência a políticas de isolamento adotadas no estado que são indicadas por especialistas para conter a propagação da pandemia.
Senadores querem "devassa" em verbas dadas pelo governo federal aos estados e municípios
Aliados do presidente acionaram tribunais de contas
Em menor número na CPI da Covid, os senadores governistas têm trabalhado para pressionar a comissão a investigar os repasses federais a estados e municípios. Como resultado, Tribunais de Contas dos Estados, dos Municípios e da União receberam ofícios solicitando dados sobre investigações de gastos relacionados ao enfrentamento do coronavírus.
De autoria do senador Ciro Nogueira (PP-PI), o requerimento foi aprovado no final de abril. Na justificativa, ele afirma que as informações prestadas vão ajudar a acelerar o processo investigativo.
– Evitará que sejam duplicados esforços no sentido de se iniciarem investigações que já estão em curso, favorecendo, assim, a eficiência, tanto das Cortes de Contas quanto da própria CPI – escreveu.
O ofício pede a cópia integral de todas as investigações, em qualquer fase, bem como de todos os relatórios de auditorias e inspeções sobre recursos federais repassados aos estados, Distrito Federal e municípios de até 200 mil habitantes para o combate da Covid-19, além dos bancos de dados criados eventualmente criados pelos por órgãos policiais.
Segundo o Estadão apurou, alguns tribunais precisaram pedir mais prazo para levantar todas as informações. Os requerimentos às Cortes de Contas fazem parte de um movimento mais amplo para apurar o uso feito por gestores locais dos recursos federais na pandemia.
Governadores e prefeitos também foram cobrados a apresentar todas as notas fiscais e de empenho e extratos e ordens bancárias relacionadas a compras e contratações para enfrentamento da crise sanitária, com ou sem licitação.
Em outra frente, as Diretorias Gerias das Polícias Civil e Federal, as Procuradorias Gerais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, o Ministério Público Federal e a Controladoria Geral da União (CGU) foram acionadas para que compartilhem toda a documentação de inquéritos ou investigações, em qualquer fase, sobre a aplicação dos recursos federais.
Dono de 6% dos votos, Ciro vê Bolsonaro derretendo em 2022
Pesquisa Datafolha indicou que ex-aliado de Lula tem poucas chances em 2022
O ex-ministro Ciro Gomes, que aparece com 6% das intenções de voto nas eleições de 2022, segundo a última pesquisa do Instituto Datafolha, diz que vê um “derretimento” do presidente Jair Bolsonaro. Ciro, que tem atacado antigos aliados, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tenta se colocar como a chamada “3ª via” entre Bolsonaro e Lula.
Em entrevista à Rádio Eldorado, o pedetista minimizou a pesquisa Datafolha e disse que ainda há indefinições sobre os possíveis candidatos, incluindo Luciano Huck, João Doria e Sérgio Moro.
– Bolsonaro enganou a sociedade brasileira prometendo combater a corrupção e Lula, espertalhão, diz que foi absolvido, mas ele não foi – afirmou.
O ex-ministro disse também que está conversando com alas do Centrão na tentativa de ganhar força na oposição a Bolsonaro e Lula.
– A maioria do povo brasileiro vai buscar alguém que seja capaz de encerrar essa polarização odienta em que uma alimenta a outra – alegou.
O ex-governador do Ceará ressaltou também que o Brasil vive “a pior crise da história com o encontro de um vírus perverso com um governo genocida e incompetente”.
Bolsonaro critica CPI da Covid-19 e diz que é um palanque
Em sua live semanal, presidente também ironizou o senador Renan Calheiros
Nesta quinta-feira (13), o presidente Jair Bolsonaro fez críticas à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid e falou a CPI é um palanque. A declaração foi dada durante sua live semanal.
– A questão da CPI. CPI é um palanque, né? Senadores falaram 61% a mais que os próprios depoentes. Então o cara tá lá para aparecer, né? – apontou.
Ele também ironizou o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL).
– Tem gente boa na CPI, mas tem lá o falastrão do relator. Que hoje, em todo lugar que eu ia, pessoal dava um elogio para ele – ressaltou.
Ele também sugeriu a criação de uma CPI, na Câmara dos Deputados, para apurar o “tratamento imediato”.
– Não vou falar o nome do medicamento. Serve para malária, lupus e artrite. Eu tomei lá atrás e me dei bem. Mais um milhão de pessoas no mínimo tomaram também. E aqui. Conselho Federal de Medicina não mudará o posicionamento. E hoje mandei uma mensagem para a Carla Zambelli sugerindo uma CPI na Câmara para investigar o tratamento imediato – destacou.