O ex-presidente Lula não conseguiu eleger sua pupila a prefeita no interior do Ceará
Como cabo eleitoral, o ex-presidente Lula, do PT dos escândalos, está longe de ser aquele então todo poderoso do passado, quando enganava bem a população. Basta ver o resultado da eleição suplementar de Missão Velha, no Sertão cearense. Sua candidata, que ele bancou no guia eleitoral e nas redes sociais, saiu derrotada no pleito de ontem.
TSE publicou 62 vídeos para desmentir fake news de Bolsonaro
Enquanto o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e aliados intensificam ataques contra as urnas eletrônicas, numa tentativa de colocar em descrédito o atual sistema de votação, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem direcionado boa parte de sua comunicação para desmentir notícias falsas e esclarecer aos eleitores sobre o funcionamento do voto eletrônico e as auditorias feitas para atestar a segurança do modelo.
O TSE tem divulgado produtos nas mais diversas redes sociais e, recentemente, aderiu até mesmo ao TikTok. No YouTube, segundo levantamento do Metrópoles, já foram publicados, neste ano, 62 vídeos sobre urnas eletrônicas, voto impresso, fraudes ou ciberataques.
As respostas do tribunal se acentuaram sobretudo após 14 de maio, quando o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, lançou uma campanha, segundo ele, para demonstrar a segurança, transparência e auditabilidade do processo eleitoral. Desde então, o canal da Corte no YouTube subiu 92 vídeos. Desses, 46 – ou seja, a metade – tratam do assunto.
“Não é uma campanha de resposta a ninguém; não é uma campanha de polemização. É apenas uma campanha de transparência para que a sociedade tenha conhecimento pleno e informação fidedigna sobre a lisura do nosso sistema eleitoral”, ponderou Barroso, durante o lançamento.
Só neste ano são mais de 7 horas e 51 minutos de vídeos publicados sobre o assunto. O TSE informou que todo o material é produzido pela Secretaria de Comunicação do tribunal e que, portanto, não há custos extras.
Em contrapartida, bolsonaristas têm promovido ataques contra as publicações que tratam de urnas eletrônicas e voto impresso no canal do TSE. Os 62 vídeos deste ano sobre esses temas receberam mais de 370,8 mil dislikes, o equivalente a 6 mil avaliações negativas por vídeo. O número é 11 vezes maior que a média de likes dos mesmos conteúdos: 540.
Ao serem analisados os vídeos publicados também neste ano e que não falam sobre urnas eletrônicas, voto impresso, fraudes ou ciberataques, o cenário se inverte. São 33,7 mil likes ante 11,9 mil dislikes.
O post com o maior número de rejeições desde o início do canal, em 2013, tem o seguinte título: “Na urna eletrônica brasileira você pode confiar!”. Foi publicado em 13 de maio de 2021, e já recebeu, até a manhã dessa sexta-feira (30/7), 158,9 mil avaliações negativas.
Trata-se de uma gravação curta, de apenas 32 segundos, sobre o lançamento da campanha institucional que aborda a segurança, transparência e auditabilidade do processo eleitoral – motivo suficiente para inflamar os defensores do voto impresso. “Na urna eletrônica e nas eleições brasileiras, você pode confiar”, diz Barroso, ao apontar os dedos indicadores para a câmera.
“Não confiamos nos ministros do STF e nem nessa urna”, assinala um dos internautas, entre os mais de 40 mil comentários.
Trata-se de uma gravação curta, de apenas 32 segundos, sobre o lançamento da campanha institucional que aborda a segurança, transparência e auditabilidade do processo eleitoral – motivo suficiente para inflamar os defensores do voto impresso. “Na urna eletrônica e nas eleições brasileiras, você pode confiar”, diz Barroso, ao apontar os dedos indicadores para a câmera.
Doutor em direito e coordenador-geral da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), Luiz Fernando Pereira afirma que essa disputa de narrativas sofre do mesmo problema do debate em relação à pandemia do novo coronavírus. “De um lado, há dados concretos, científicos e tecnicamente embasados, e, do outro, uma narrativa inspirada em teorias conspiratórias”, assinala.
O especialista ressalta que o país tem um sistema de votação que “funciona muito bem, que é rápido e auditável”. “Colocar o complicador de imprimir um papel não faz nenhum sentido. E dizer que a urna eletrônica não é auditável é uma mentira: tem o boletim de urna – que sai impresso, inclusive”, diz o coordenador-geral da Abradep, ao citar o chamado complexo de vira-lata, sentimento descrito pelo escritor brasileiro Nelson Rodrigues que se refere a uma falta de autoestima nacional.
“Nós já temos um prejuízo muito grande com isso, pois, se o presidente da República diz que as urnas podem ser fraudadas, o que ele está dizendo, para uma legião de admiradores, é que o sistema não é confiável e, portanto, se houver uma derrota, essa derrota não é legítima. É o que o Trump fez nos Estados Unidos. Agora, eu temo muito aonde isso pode chegar aqui no Brasil”, prossegue.
Bolsonaro afirmou, em live na quinta-feira (29/7), que “não tem como se comprovar que as eleições não foram ou foram fraudadas”. O chefe do Executivo federal convocou a imprensa com a promessa de apresentar provas de irregularidades nos pleitos de 2014 e 2018.
No início da transmissão, o chefe do Executivo federal fez acusações contra o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso. Segundo ele, “mente” quem afirma que a implementação do voto impresso é um retrocesso. “É justo quem tirou Lula da cadeia e o tornou elegível ser o mesmo que vai contar o voto numa sala secreta no TSE? Quero eleições no ano que vem, vamos disputar eleições no Brasil no ano que vem, mas eleições limpas”, falou.
O presidente ainda subverteu a lógica do chamado “ônus da prova” (cabe a quem acusa comprovar o que diz) ao afirmar: “Os que me acusam de não apresentar provas eu devolvo: apresente prova de que não é fraudável”.
De acordo com o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, a live realizada pelo presidente foi vista por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) como um “tiro no pé” do próprio chefe do Palácio do Planalto.
A avaliação na Corte é que o presidente da República falou para “convertidos” e tentou inverter o ônus da prova, ao dizer que só tinha “indícios” da suposta fraude e que quem defende a urna é que teria a obrigação de provar que o voto no Brasil pode ser auditável.
Aliados de Bolsonaro, por sua vez, dizem que a reação da base bolsonarista foi “excelente”. Segundo auxiliares do presidente ouvidos pela coluna, a live tem contribuído para “disparar” a adesão às manifestações convocadas para domingo (1º/8) a favor do voto impresso auditável.
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), foi às redes sociais afirmar que seguirá no governo federal "até o fim".
Na publicação, o general da reserva ressaltou que é abordado por pessoas em viagens que dizem que votaram na chapa Bolsonaro-Mourão por confiar nele.
"Em respeito a essas pessoas e a mim mesmo, pois nunca abandonei uma missão, não importam as intercorrências, sigo neste governo até o fim", disse.
Apesar de ter negado a possibilidade de renúncia, Mourão disse à CNN que não descarta sair candidato em 2022. Ele avalia se candidatar a senador ou a deputado federal pelo Rio Grande do Sul.
O general da reserva lembrou que a legislação eleitoral permite ao vice-presidente candidatar-se a outros cargos, preservando o seu mandato, desde que não tenha substituído o presidente nos últimos seis meses antes da eleição. "Pela legislação, não necessito renunciar para ser candidato", disse.
Nesta semana, vice-presidente foi aconselhado no início da semana por um general da reserva muito próximo a ele a renunciar ao cargo. Mourão respondeu que não seria ainda o momento para deixar o governo.
A informação é do analista da CNN, Caio Junqueira.
Mourão, porém, segundo interlocutores, tem refletido sobre o assunto desde a última observação que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez sobre ele comparando-o com um cunhado indesejado. Ele estava em viagem oficial a Lima, no Peru, quando soube da fala do presidente e desde então mostrou-se indignado.
Nos próximos dias, deverá ter uma conversa a sós com Bolsonaro para demonstrar seu incômodo, aumentado pelo fato de ele ter tido uma reunião com o presidente na última semana sem qualquer indisposição.
A decisão sobre deixar o governo, porém, sempre foi rechaçada por ele, mas nos últimos dias passou de improvável para possível. O impacto que isso teria tem sido analisado pelo vice-presidente.
A sua percepção é a de que sua saída abriria espaço para o impeachment de Bolsonaro tendo em vista que sua presença como sucessor direto tem servido como anteparo para o universo político apoiar a abertura do impeachment.
Se ele deixar o posto, o sucessor direto de Bolsonaro passa a ser Arthur Lira (PP-AL), o mesmo que tem sob sua mesa o poder de decidir sobre o impeachment.
Em uma conversa que teve no final do ano com Bolsonaro, Mourão teria questionado o presidente sobre seu desempenho, pediu orientações sobre sua conduta e deixou claro a ele que se o presidente quisesse, iria embora. O presidente, segundo fontes, desconversou. A relação continuou distante e com as mais recentes declarações de Bolsonaro, ameaça afastar o vice de vez da órbita do presidente.
Na tarde deste domingo (1º), o presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais para parabenizar seus apoiadores, que foram às ruas em várias cidades em defesa do voto auditável.
O chefe do Executivo também afirmou que eleições democráticas acontecem com contagem pública dos votos.
– Parabéns ao povo brasileiro. Eleições democráticas somente com contagem pública dos votos – escreveu Bolsonaro, no Twitter.
Diversas cidades ao redor do Brasil já registraram atos, na manhã deste domingo (1°), em defesa da implementação do voto impresso auditável, bandeira defendida pelo presidente Jair Bolsonaro. Nas manifestações, as tradicionais camisas verde-amarelas marcaram presença e pintaram as ruas com as cores da bandeira nacional.
No Rio de Janeiro, o ato se concentrou na tradicional praia de Copacabana. No local, milhares de pessoas reuniram com faixas endossando a mudança para o voto impresso auditável, a favor da transparência nas eleições e de apoio ao presidente Jair Bolsonaro.
Já em Brasília, um carro de som foi montado na Esplanada dos Ministérios e um grande grupo se reuniu para entoar gritos em favor da mudança no método de votação. Os presentes ao local também mostraram apoio ao presidente Jair Bolsonaro com os tradicionais cantos de “Mito”. A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) esteve presente.
Outras capitais brasileiras também registraram atos já nesta manhã. Em Belo Horizonte, por exemplo, os manifestantes se reuniram na Praça da Liberdade, tradicional ponto de encontro da capital mineira. Já no Nordeste, uma das capitais a registrar manifestações foi Salvador. Por lá, o evento aconteceu no famoso Farol da Barra.
No Norte, Belém também teve manifestações pela manhã. Na capital do Pará, manifestantes cruzaram as principais ruas da cidade com faixas em defesa do voto impresso auditável já nas próximas eleições. Além de capitais, outras cidades brasileiras também já registraram atos, como Campinas, em São Paulo, e Niterói, no Rio de Janeiro.
Bolsonaro fala a manifestantes em SP: “Parabenizo a todos”
Presidente afirma que seus apoiadores lutam por "liberdade e eleições limpas"
Dando continuidade a sua participação por telefone nos atos deste domingo (1º), que reivindicam por voto impresso em 2022, o presidente Jair Bolsonaro falou com os manifestantes na Avenida Paulista, em São Paulo, e os parabenizou pela iniciativa nas ruas.
– Parabenizo a todos que lutam por liberdade e eleições limpas. É uma obrigação de quem está do lado de cá que tenha contagem pública do voto e uma forma auditável. Ninguém aqui é dono da verdade, ninguém pode fazer uso de governo – diz o presidente em conversa por telefone.
Os manifestantes, que se concentram em frente ao Museu de Arte e São Paulo Assis Chateaudriand (Masp), palco de grandes atos em São Paulo, reivindicam a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135/2019, que torna obrigatório o voto impresso auditável nas eleições no Brasil.
Durante o contato com os manifestantes, que teve a liderança de seu filho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), Bolsonaro reiterou ainda uma postura transparente nas próximas eleições.
BIA KICIS Durante manifestação na capital federal, a autora da PEC do voto impresso e presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, deputada Bia Kicis (PSL-DF), associou a possível derrota do parecer na comissão especial à pressão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A parlamentar criticou ministros do TSE e do Supremo Tribunal Federal (STF) e disse que a eles não compete decidir como será a apuração dos votos.
– A pressão é muito grande. Quando nós aprovamos o tema em comissão tínhamos 33 votos a 5. Os parlamentares eram todos favoráveis. Mas a pressão que vem do TSE é muito grande – disse a deputada, em referência à aprovação da admissibilidade da PEC na CCJ em 2019.
A apreciação do tema ficou engavetada pelo então presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Mas o atual, Arthur Lira (PP-AL), em sinal do seu compromisso com o presidente Jair Bolsonaro, autorizou a formação da Comissão Especial para tratar do voto impresso.
Inicialmente, havia maioria para aprovar a PEC na Comissão. Mas em uma jogada coordenada, partidos políticos de centro e centro-direita trocaram membros que eram favoráveis ao tema por parlamentares contrários. A ideia é barrar o texto no nascedouro e evitar que ele vá ao Plenário.
*AE
“Ato verde e amarelo”, declara Damares em manifestação
Ministra participou do ato em defesa do voto auditável em Brasília
Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves esteve na manifestação pelo voto impresso auditável, em Brasília, neste domingo (1°). Vestida com uma camisa e boné verde e amarelo, ela convocou os apoiadores do presidente a lutarem pela mudança no sistema eleitoral.
– Estamos aqui nesse ato democrático, lindo, verde e amarelo. Dizendo sim ao voto auditável. Brasil novamente em verde e amarelo para dizer sim à democracia. Bora lutar pelo voto auditável – declara em vídeo publicado em suas redes sociais neste domingo.
Por videochamada, o presidente Jair Bolsonaro falou aos manifestantes de diversas cidades, em defesa validação do voto na urna eletrônica. Em seus discursos, ele clamou por eleições “limpas e democráticas” e parabenizou seus apoiadores pela iniciativa nas ruas.
– Parabenizo a todos que lutam por liberdade e eleições limpas. É uma obrigação de quem está do lado de cá que tenha contagem pública do voto e uma forma auditável – defendeu na videochamada transmitida no ato da Avenida Paulista.
O presidente Bolsonaro é um homem muito capacitado no que faz
Pr. Josué Valandro Jr. deu declarações em uma rede social
Neste sábado (31), o pastor Josué Valandro Jr., líder da Igreja Batista Atitude, usou as redes sociais para defender o presidente Jair Bolsonaro. O religioso rebateu críticas que o governo federal recebe por conta de decisões.
Valandro destacou que para presidir o país, alguns acordos são necessários. Ele disse ainda que Bolsonaro “é um homem muito capacitado no que faz”.
– Será que é tão difícil entender que para presidir este país, alguns acordos são necessários, se goste ou não? Quando se tem um xeque mate prestes a acontecer no xadrez, retirar uma peça do tabuleiro desarma o inimigo. Pense! O presidente é um homem muito capacitado no que faz – declarou.