Um idoso de 60 anos foi preso, neste domingo, 27, por obrigar a neta de 10 anos a beber óleo de motor até a morte, em Aral Moreira, no Mato Grosso do Sul. Segundo a Polícia Civil, a criança tinha necessidades especiais e apresentava mobilidade reduzida, o que a impossibilitou de se defender do homem.
As autoridades foram acionadas por volta das 14h30, pela liderança da Aldeia Guayvyri, na região rural da cidade, relatando a morte da criança. Os policiais seguiram para o local, onde constataram que o avô havia obrigado a menina a ingerir o óleo usado.
O avô materno da criança, apontado como autor do crime, foi detido por moradores da aldeia até a chegada da viatura. No momento da chegada da equipe, as pessoas estavam se armando de paus e facas para atacar o autor.
Ele foi preso em flagrante, e encaminhado para a Delegacia de Polícia de Ponta Porã. O idoso ficou à disposição da Justiça.
Para confirmar a causa da morte, a autoridade policial da delegacia de Ponta Porã, que também esteve no local do crime, solicitou exames periciais em regime de urgência. O caso segue em investigação.
A bióloga Thais Fantini Sagrillo Zucolotto é mãe de Selena, de 12 anos, uma das quatro vítimas dos ataques em colégios em Aracruz, no interior capixaba. Ela e a família ainda tentam se recuperar do choque da perda da filha única, mas querem que a tragédia sirva de alerta para que a sociedade seja mais vigilante sobre o problema dos massacres em escolas. “Ainda não consegui tirar nada dela do lugar”, conta a mulher de 31 anos.
“Minha família precisou me ajudar a tirar os uniformes dela que estavam secando no varal. Tem uma cestinha com as roupas dela para lavar e não sei quando vou conseguir forças para fazer isso”, desabafa a mãe da vítima, que era aluna do 6.º ano do ensino fundamental em uma das escolas onde houve o tiroteio.
Ela também cobra uma investigação rigorosa por parte das autoridades e responsabilização dos pais do assassino, que tinha 16 anos e era ex-aluno de um dos colégios. Nas redes sociais, o pai do jovem, que é policial militar, foi acusado de preparar o filho para o uso de armas e o atentado, o que ele nega. “Quero ver polícia investigando polícia, de forma justa”, afirma Thais.
Thais critica ainda a alegação do PM de que o autor dos ataques era alvo de bullying e diz acreditar em influência negativa do pai sobre o rapaz. “Dor estou sentindo eu, que enterrei minha filha”, afirma.
A bióloga conta morar “impressionantemente perto” da família do atirador, mas afirma nunca ter tido contato com ele nem seus pais, que agora se mudaram da cidade capixaba. O atirador foi apreendido na sexta-feira.
Ministro defende redução no número de presos que cometem pequenos delitos
Em palestra sobre o equilíbrio e a segurança do Poder Judiciário, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, defendeu a necessidade de uma restauração na segurança pública do Brasil. O evento correu no sábado (26), promovido pelo Grupo Esfera Brasil em Guarujá, litoral de São Paulo.
De acordo com o ministro, o processo envolve o combate ao crime organizado e às milícias e uma reforma do sistema penal, “no sentido de um desencarceramento”.
– Temos hoje, no Brasil, cerca de 800 mil presos, vivendo em condições desumanas…40% são presos provisórios, que não ficam frente a frente com um juiz por meses ou anos, e é preciso que isso seja modificado – afirmou.
Lewandowski reforçou que “às vezes uma pessoa que comete um crime de menor potencial ofensivo é encarcerada por muito tempo e imediatamente recrutada pelo crime organizado”.
– Temos muita gente encarcerada porque cometeu delitos de menor potencial ofensivo, não oferecem nenhuma periculosidade para a sociedade. É possível estabelecer penas alternativas – disse.
O ministro também tocou no ponto do armamento da população, que ele acredita que precisa ser revisto.
– Temos um volume de armas em mãos da população absolutamente desproporcional aos eventuais perigos que ela pretende afastar com esse armamento. Armamento não só de defesa pessoal, mas pesado, como rifles de assalto e pistolas de uso militar, e isto é algo que temos de rever ou pelo menos refletir conjuntamente – apontou.
O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), será o relator do pedido feito pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e a deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, sejam investigados por “macular sua honra” durante a campanha eleitoral.
Bolsonaro diz que os petistas usaram comícios e propagandas oficiais para “ofender sua reputação” e acusá-lo de crimes. O presidente foi chamado de “genocida, miliciano e assassino” e associado ao “canibalismo”.
A representação foi distribuída por sorteio ao gabinete de Nunes Marques. O ministro foi indicado por Bolsonaro para a vaga aberta no STF em outubro de 2020 com a aposentadoria de Celso de Mello.
Inicialmente, o pedido de investigação foi enviado por Bolsonaro ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, que encaminhou o caso para a Polícia Federal (PF). A corporação entendeu que uma eventual investigação precisa passar pelo STF porque Gleisi Hoffmann é deputada federal e tem direito a foro por prerrogativa de função.
– Mostra-se prudente, visando a evitar nulidades, que a presente notícia-crime seja remetida ao Supremo Tribunal Federal para apreciação do foro competente para processo e julgamento, bem como para eventual autorização de instauração de inquérito – escreveu o delegado Rodolfo Martins Faleiros Diniz.
O pedido foi enviado ao Supremo pelo diretor-geral da PF, Márcio Nunes, que pediu um posicionamento do tribunal sobre o foro competente para processar e julgar o caso. Se os ministros entenderem que a investigação deve correr sob a supervisão do STF, Nunes já solicitou decisão sobre eventual instauração do inquérito.
Jaime Bagattoli alugou 4 Stradas Working, 1 Saveiro e 1 Onix Plus e pagou, segundo suas notas, R$ 1.924,00 pelo aluguel de 43 dias
Porto Velho, RO - Um caso de omissão de despesa na campanha do senador eleito Jaime Bagattoli (PL) chamou a atenção dos técnicos do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e exigiu explicações do futuro parlamentar.
O comitê alugou 6 veículos de pequeno porte na empresa Monteiro Rent a Car Ltda, alegando ter pago entre R$ 300,00 a R$ 320,00 pelo período de 43 dias. Em nota, os advogados do senador eleito tentaram justificar, alegando um pequeno saldo final dos contratos, mas as alegações não convenceram os técnicos que pedem a aplicação de multa por omissão de gastos.
Os técnicos fizeram um comparativo com as contas apresentadas pela deputada federal reeleita Silvia Cristina (PL). Seu comitê de campanha também alugou veículos semelhantes e pelo mesmo período, mas pagou R$ 6 mil por cada carro.
“Ademais, embora os fortes indícios de omissão de gastos, observa-se que o prestador de contas já extrapolou o limite de gastos de campanha para o cargo em disputa (R$ 3.176.572,53), pois declarou gastos na ordem de R$ 3.169.611,22, mas os gastos efetivamente foram acima do valor declarado, o que enseja multa de 100% (cem por cento) da quantia em excesso”, explicaram os técnicos da Justiça Eleitoral.
Jaime Bagattoli alugou 4 Stradas Working, 1 Saveiro e 1 Onix Plus e pagou, segundo suas notas, R$ 1.924,00 pelo aluguel de 43 dias. Silvia Cristina pagou por um Voyage City R$ 6.000,00 pelo mesmo período, mostrando a falta de transparência nas contas do futuro parlamentar.
Jaime Bagattoli passou a campanha dizendo que não recebeu recursos do fundo público de campanha. Sua candidatura obteve apenas doações privadas, mas ele está sujeito, como os demais, as normas e regras da Lei Eleitoral sobre despesas de campanha, não podendo extrapolar o limite de gastos ou omitindo despesas.
Seu sócio, Orlando Vitório Bagattoli, doou R$ 2,8 milhões; o próprio Jaime doou outros R$ 300 mil; e o ex-deputado Neodi Carlos doou R$ 40 mil