Cerco a Lula repercute no estrangeiro Postado por Magno Martins
O jornal argentino "Página 12" afirma, em artigo, publicado no domingo (26), que renasce no Brasil uma "campanha suja" contra o ex-presidente Lula. O texto assinado por Dário Pignotti diz que "um procurador-adjunto sem um grande currículo e com 245 acusações de negligência processual, em tempo recorde, elaborou uma acusação contra Lula", baseado em matérias do jornal O Globo, sobre viagens feitas pelo ex-presidente entre 2011 e 2014. Pignotti cita ainda reportagem da revista Época que acusa Lula de ser um operador da Odebrecht, "sem qualquer prova documental ou testemunhal". A matéria do jornal argentino ressalta que as viagens feitas pelo ex-presidente foram públicas e não foram realizadas a pedido da Odebrecht. "Para completar a desinformação, escapa nota devidamente explicando que várias dessas viagens foram para o exterior para receber prêmios e títulos honoris causa em Espanha, Estados Unidos e México, ou realizar reuniões com ex-presidentes, como fez duas vezes com Bill Clinton", ressalta. O Página 12 cita ainda depoimento da jornalista Tereza Cruvinel, colunista do 247, que diz que a Globo possui um "plano editorial para acabar com o capital simbólico e político de Lula". "Esta novela começou a ser delineado desde 2003 e agora começa a tomar forma. No epílogo desejado pelos seus autores, Lula sai da história, lugar que tem o direito por sua história, e termina vergonhosamente como um processado, inelegível, para assim o povo não poder repetir a ousadia de eleger novamente alguém que saiu da pobreza e da classe trabalhadora ", afirma Cruvinel. O texto na íntegra, em espanhol, aqui.
Governo de SP negociou com PCC, diz jornal Postado por Magno Martins
Portal G1 O depoimento de um delegado obtido pelo jornal "O Estado de S. Paulo" mostrou que o governo paulista fez um acordo com uma facção criminosa para encerrar ataques contra policias em 2006, informou o Jornal Hoje nesta segunda-feira (27). Já o atual secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, nega qualquer negociação do governo com criminosos. Segundo a reportagem do jornal "O Estado", a declaração sobre o acordo foi dada pelo delegado Luiz Ramos Cavalcanti em um processo judicial que investiga advogados supostamente ligados ao crime organizado. Os 293 ataques contra bases e postos da Polícia Militar, além de delegacias mataram 152 pessoas, entre elas 45 civis, policiais civis, militares, agentes carcerários e guardas. Na época, então secretário estadual da Administração Penitenciária Nagashi Furukawa determinou o isolamento de 765 presos, incluindo um dos líderes da facção Marcos Camacho, o Marcola, que estava preso em Presidente Venceslau e foi transferido para o presídio de Presidente Bernardes. De acordo com a reportagem de "O Estado", o delegado participou do encontro. A proposta da facção, feita pela advogada Iracema Vasciaveo, era que os ataques parariam depois que houvesse a confirmação de que Marcola não havia sido torturado por policiais e que os presos amotinados não seriam agredidos. No depoimento, o delegado também afirmou que o então governador Cláudio Lembo autorizou o encontro, que ocorreu dentro do presídio de segurança máxima Presidente Bernardes. Ao Jornal Hoje, a assessoria do governo de São Paulo divulgou uma nota afirmando que o fato do estado concordar que não haveria represálias contra os presos não significa acordo. O comunicado informou ainda que é obrigação do estado não fazer represálias. Segundo a assessoria de imprensa do governo, a nota também responde pelo ex-secretário da Segurança Pública Saulo de Castro Abreu Filho, que atualmente é secretário de governo.
Lava Jato derrubou 1 ponto do PIB, diz Dilma Postado por Magno Martins
Fernando Rodrigues - UOL A presidente Dilma Rousseff reuniu-se com cerca de 10 ministros na tarde de hoje para pedir que ajudem a garantir apoio político no Congresso. A petista quis reforçar a avaliação sobre as dificuldades na economia. Num trecho do encontro no Palácio do Planalto, afirmou os efeitos da Operação Lava Jato provocaram uma queda de 1 ponto percentual no PIB brasileiro. A presidente não quis elaborar sobre como calculou a queda de 1 ponto no PIB por causa do escândalo de corrupção na Petrobras. Hoje (27.jul.2015), o boletim Focus do Banco Central trouxe estimativa de queda de 1,76% do PIB neste ano. Há uma semana, o percentual era 1,7%. Apesar da recessão, "o pior é a instabilidade" política e econômica que o escândalo da Lava Jato provocou, disse a presidente a seus ministros. Esse clima de incerteza se replica por toda a sociedade, influenciando nas decisões dos principais agentes econômicos –o que potencializa o atual momento de paralisia nas atividades. Essa instabilidade, afirmou a presidente, acabou levando também a várias derrotas do governo no Congresso. "Não fomos derrotados nas votações das medidas provisórias", disse a petista. Para ela, o problema foram os enxertos que deputados e senadores fizeram –como se diz em Brasília, os "jabutis" colocados em várias Medidas Provisórias votadas recentemente pelo Congresso. A presidente citou especificamente o aumento dos salários para funcionários do Poder Judiciário, de até 78,5%. Dilma vetou esse dispositivo e falou aos ministros sobre a necessidade de todos conversarem com deputados e senadores para que a decisão seja mantida. A reunião começou por volta de 15h e terminou às 17h30. O ministro Nelson Barbosa (Planejamento) desenhou um quadro sombrio sobre a economia. Falou sobre a queda da arrecadação e como empresários em épocas de crise usam todos os artifícios disponíveis para pagar ainda menos impostos. A reunião dos ministros hoje com Dilma foi para alinhar o discurso. A fala de Nelson Barbosa deixou a impressão, para vários ministros, que os indícios de melhora só vão aparecer em 2016. Mas que a economia voltará a crescer, de fato, apenas em 2017.
Janot recorre ao STF contra prioridade em CPIs Postado por Magno Martins
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para anular uma lei que obriga o Ministério Público (MP) a priorizar investigações iniciadas por comissões parlamentares de inquérito (CPIs). Na ação, Janot alega que a Lei 10.001/2000 é uma forma de controlar as atividades do MP. A norma definiu os procedimentos a serem adotados pelo órgão para dar andamento às conclusões das CPIs. A ação direta de inconstitucionalidade (Adin) foi encaminhada para a ministra Cármen Lúcia, que deve analisar o caso a partir da semana que vem, quando o Supremo retorna do período de recesso. Caso a ministra concorde com os argumentos apresentados pelo procurador, a decisão favorável terá aplicação imediata e poderá afetar a CPI da Petrobras, aberta na Câmara dos Deputados para investigar desvios na estatal. De acordo com Janot, as atividades do Ministério Público não podem ficar subordinadas às CPIs. “As conclusões de CPIs devem ser encaminhadas ao Ministério Público, para que promova responsabilidade civil ou criminal dos infratores. Os poderes de CPIs não se sobrepõem às competências do Ministério Público e do Judiciário, cujas funções são delimitadas constitucionalmente, e não se admite que possam sofrer ingerências de outros Poderes”, argumenta o procurador-geral. A lei determina que relatórios encaminhados pelas CPIs tenham preferência na tramitação em relação a outros processos e que os membros do MP informem as medidas adotadas em 30 dias, além de prever a aplicação de sanções penais e administrativas em casos de descumprimento. |