Mais Notícias : Povo impediu golpe contra Dilma, diz Maduro
Enviado por alexandre em 25/08/2015 09:36:33

Povo impediu golpe contra Dilma, diz Maduro

Da Folha de S.Paulo – Samy Adghirni

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse na noite desta segunda (24) que as recentes marchas contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff selaram a derrota de supostas forças golpistas no Brasil. "[A direita] queria repetir o que fez contra João Goulart", disse Maduro, numa referência ao golpe de Estado perpetrado em 1964 contra o então presidente brasileiro.

"Mas não conseguiram porque o povo derrotou a conspiração contra Dilma", afirmou o presidente, em entrevista coletiva no Palácio Miraflores, em Caracas, numa referência às marchas do PT e de movimentos sociais em várias cidades brasileiras na semana passada.

Maduro chamou Dilma de "grande presidente", mas ressaltou que Lula é um "grande líder da América Latina."  Nas últimas semanas, o presidente venezuelano vem se posicionando abertamente em favor do governo brasileiro, importante parceiro político e econômico de Caracas.

Maduro também voltou a descartar a presença de observadores eleitorais no pleito parlamentar de 6 de dezembro, no qual a oposição teme fraudes. Em resposta ao secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, que vem pedindo observadores, Maduro disse que o organismo multilateral "deveria morrer." "Tomara que Almagro seja o sepultador da OEA", afirmou Maduro. Segundo o presidente venezuelano, a OEA nasceu em 1948 como "ministério de colônias" e, por isso, sua sede encontra-se em Washington.


"Ambiente de intrigas e fofocas" afastou Temer

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Contrariado com o que descreveu como um "ambiente de intrigas e fofocas", avisou que não cuidará mais da distribuição de cargos e verbas para os partidos que dão sustentação ao governo no Congresso. Temer comunicou Dilma Rousseff que deixará a função de principal articulador político do Palácio do Planalto, obrigando-a a buscar novas medidas para contornar a profunda crise em que seu governo mergulhou.

Temer vinha demonstrando insatisfação há meses. A gota d'água foi uma disputa pela liberação de R$ 500 milhões em verbas destinados pelo Orçamento a projetos em redutos eleitorais de políticos aliados.

Na prática, Temer devolveu a função que Dilma havia delegado a ele em abril, numa de suas primeiras tentativas de pacificar a relação com o Congresso, onde sofreu derrotas sucessivas desde o início de seu segundo mandato.

O afastamento do vice tende a aumentar o distanciamento entre Dilma e o PMDB, partido que é presidido por Temer, comanda a Câmara dos Deputados e o Senado e é o principal aliado do PT.

O vice se queixou das "intrigas e fofocas" que surgiram nas últimas semanas, após a entrevista em que ele disse que "alguém" precisava reunificar o país. Os petistas interpretaram a fala de Temer como uma tentativa dele de se credenciar para assumir o poder em caso de impeachment ou renúncia de Dilma.

A presidente rechaçou as especulações, disse que o discurso de Temer fora combinado com ela e afirmou que o peemedebista era "imprescindível" para o governo e que "sair agora" seria "ruim" para o Planalto. Diante da insistência do seu vice, Dilma aceitou suas condições. O vice vinha sendo pressionado pelo próprio PMDB a se afastar. (Da Folha de S.Paulo - Valdo Cruz, Marina Dias, Natuza Nery e Adnréia Sadi)

Mais Notícias : Dilma desemprega dentro do Planalto
Enviado por alexandre em 25/08/2015 09:34:57

Dilma desemprega dentro do Planalto

De Vera Magalhães, hoje na coluna da Folha de S.Paulo:

A piada nesta segunda na Esplanada depois do anúncio-surpresa da extinção de ministérios era que Dilma resolveu dar mais uma contribuição, agora doméstica, para a explosão do desemprego.

Ao propor tocar a macropolítica do governo Temer deixou claro que não aceitará dividir a tarefa com outros palacianos. Um parlamentar de oposição brinca com as novas atribuições do peemedebista: "Macropolítica é função da presidente. Sinal mais claro de que ele quer o lugar dela não existe".

Na conversa com Dilma nesta segunda, Temer se queixou de ter sido tratado com "desconfiança" por setores do Planalto quando falou que era preciso "alguém" para reunificar o país.

 Dilma, então, respondeu que nunca teve desconfiança do vice. E, diante do titular da Casa Civil, emendou: "O Mercadante sabe! Já falei isso para ele".

Para Collor, Janot é um "sujeitinho à toa"

Denunciado pelo Ministério Público por suposta participação no esquema de corrupção na Petrobras, o senador Fernando Collor (PTB-AL) usou a tribuna da Casa nesta segunda (24) para classificar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de "sujeitinho à toa", "fascista da pior extração" e "sujeito ressacado, sem eira nem beira".

O petebista afirmou ainda que Janot tenta constranger o Senado. "É esse tipo de sujeitinho à toa, de procurador-geral da República, da botoeira de Janot que queremos entregar à sociedade brasileira? Possui ele a estabilidade emocional, a sobriedade que sempre lhe falta nas vespertinas reuniões que ele realiza na procuradoria?", disse Collor.

Durante o discurso de cerca de 40 minutos, Collor afirmou que a Procuradoria tenta implantar um estado policialesco, cometendo "abusos inomináveis".

"Estamos diante de um sujeito ressacado, sem eira nem beira. [...] Trata-se de um fascista da pior extração", completou. A Procuradoria não se manifestou sobre o discurso do senador.

Collor e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foram denunciados por Janot na última quinta-feira (20). (Da Folha de S.Paulo - Mariana Haubert)


Rumo ao poder: Temer pode ser o cara

Primeiro, os tucanos defendem o impeachment. Em seguida, Michel Temer, sem o poder de cumprir os acordos que fechou em prol da governabilidade, deixa a coordenação política. Para bons entendedores, começa hoje um grande jogo de engenharia política na direção do vice-presidente, que, na avaliação de muitos, ganha agora a perspectiva de virar o dono do poder logo ali na frente.

Ele disse não à coordenação do governo Dilma para, de forma subliminar, dizer sim aos movimentos para alçá-lo ao poder.

O primeiro movimento de Temer será no sentido de retomar sua força dentro do PMDB. Ontem, ao fazer o que uma parcela expressiva de seu partido pede há algum tempo, começou a reconquistar seu espaço de comando.

Se, no papel de coordenador de Dilma, ele já centralizava as atenções, agora, então, todos os olhos vão se voltar para o vice.  (Denise Rothenburg – Correio Braziliense)

Mais Notícias : Sabatina: Collor usa Cintra para fustigar Janot
Enviado por alexandre em 25/08/2015 09:33:13

Sabatina: Collor usa Cintra para fustigar Janot

O senador Fernando Collor(PTB-AL)  recorreu a uma manobra para poder participar, na quarta (26), da sabatina do procurador Rodrigo Janot, que tenta ser reconduzido à chefia do Ministério Público. Líder do bloco que agrega o PTB, PR, PSC e PRB, Collor destituiu o senador Douglas Cintra (PTB-PE) e se indicou para compor a suplência da comissão. Na quarta (19), apresentou um voto em separado contrário à aprovação do nome de Janot.

De acordo com senadores próximos a Collor, ele tentará constranger o procurador durante a sabatina. Como suplente, poderá participar das discussões,  mas só terá direito a voto se algum senador do seu bloco estiver ausente.

Desde que passou a ser investigado pela Lava Jato, Collor tem feito duras críticas à atuação do procurador-geral. No início do mês, em pronunciamento na tribuna do Senado, ele chamou Janot de "filho da puta". A denúncia contra Collor está sob sigilo, por isso não é possível ter detalhes do caso que tramita no Supremo Tribunal Federal.

Segundo a Folha apurou, investigadores da Lava Jato apontam que um grupo ligado ao senador recebeu cerca de R$ 26 milhões em suposta propina do esquema de corrupção da Petrobras entre 2010 e 2014.  (Da Folha de S.Paulo – Mariana Haubert)

'É bom instalar detector de metais na CCJ. Não custa lembrar que já houve um Collor que atirou em um desafeto no Senado', disse Beto Albuquerque, vice-presidente do PSB, sobre o clima para a sabatina de Rodrigo Janot, a quem Fernando Collor voltou a atacar nesta segunda-feira", segundo Vera Magalhães, na Folha de S.Paulo desta terça-feira.

Mais Notícias : Oposição puxa o freio de mão do impeachment
Enviado por alexandre em 25/08/2015 09:32:17

Oposição puxa o freio de mão do impeachment

Josias de Souza

Foi cancelada a reunião que o senador Aécio Neves, presidente do PSDB, pretendia realizar nesta terça-feira (25) com lideranças tucanas e dos demais partidos de oposição — DEM, PPS, Solidariedade e PSC. Marcado na semana passada, nas pegadas do asfaltaço de 16 de agosto, o encontro contaria com a presença do jurista Miguel Reali Júnior. Nele, os oposicionistas esboçariam uma estratégia para tentar chegar ao afastamento de Dilma Rousseff da Presidência da República.

Os parceiros do PSDB se deram conta se que as grandes iniciativas tucanas devem ser tratadas descontando-se a taxa de divisão do ninho. No debate sobre o impeachment, o alto tucanato voltou a ser um grupo de amigos integralmente feito de inimigos. Diante da falta de entendimento entre Aécio, Geraldo Alckmin e José Serra preferiu-se puxar o freio de mão.

Enquanto a oposição aguarda por um fato relevante que a unifique, o pedaço do PMDB que se dispõe a compor uma frente suprapartidária pelo afastamento de Dilma começa a desligar Aécio da tomada.

Em combinação com parlamentares de outros partidos, peemedebistas articulam para a noite de quarta-feira um encontro de deputados que namoram com a ideia de ver Dilma pela costas.


Cunha entrega Renan: é o próximo delatado

Josias de Souza

Em reunião com líderes partidários, na noite desta segunda-feira (24), Eduardo Cunha fez previsões funestas sobre Renan Calheiros. Afirmou que novas delações complicarão a situação do presidente do Senado no inquérito da Lava Jato.

A conversa ocorreu durante um jantar que Cunha ofereceu na residência oficial da Câmara. Ele se disse convencido de que Renan juntou-se a Dilma Rousseff num “acordão” destinado a garantir proteção mútua. Acha que o acerto fracassará.

Segundo a antevisão de Cunha, as delações que incriminarão Renan, por reveladoras, impedirão que prospere a suposta tentativa de conter o pedaço da Lava jato que pressiona os calos do senador.

Cunha falou como se dispusesse de informações privilegiadas. Afirmou que outros líderes do PMDB se enroscarão no escândalo da Petrobras. A certa altura, informou aos colegas que ele próprio deve ser alvejado por outro delator: Fernando Soares.

Operador do PMDB na Petrobras, Fernando Baiano, como é conhecido, está preso há nove meses e já foi condenado a 16 anos de prisão pelo juiz da Lava Jato, Sérgio Moro. Cunha crê que ele será impelido a virar delator.

Na previsão de Cunha, Fernando Baiano dirá que lhe repassou dinheiro desviado da Petrobras. Fará isso para obter benefícios judiciais. Mas não apresentará provas. Aliás, o presidente da Câmara reiterou aos líderes que é “inocente”.

A base da denúncia que a Procuradoria protocolou no STF contra Cunha é um depoimento do delator Julio Camargo, representante da Samsung em contratos de aluguel de navios-sonda à Petrobras.

Camargo disse ter repassado a cunha uma propina de US$ 5 milhões. Fez isso por meio de Fernando Baiano. A prevalecer o que disse Cunha, o operador confirmará à força-tarefa da Lava Jato que entregou o dinheiro. Mas ficará apenas no gogó, sem provas materiais. A ver.

Mais Notícias : Dilma: uma mea-culpa meia-bomba
Enviado por alexandre em 25/08/2015 09:24:21

Dilma: uma mea-culpa meia-bomba

Dilma: de olhos fechados para os próprios erros

Dilma: de olhos fechados para os próprios erros

Dilma Rousseff fez ontem uma autocrítica ao estilo meia-bomba. Disse que errou “ao ter demorado tanto a perceber que a situação era mais grave”. E, por isso, “deveria ter começado a agir em setembro, outubro e novembro”.

Sobre os erros de condução na economia em seu primeiro mandato – pedaladas, descontrole fiscal, tentativa de diminuir os juros na marra etc – nada, nenhuma palavra.

Ou seja, Dilma continua devendo um mea-culpa para valer.

Por Lauro Jardim

Novela de seis meses

Dilma

Reforma ministerial de volta à pauta

No meio de uma crise violenta, que já dura sete meses e 25 dias – ou seja, desde que assumiu no dia 1º de janeiro – o governo vai a público tentar criar uma agenda positiva. Diz que vai ceifar dez ministérios. Só que não sabe ainda quais são. Se a intenção era se desmoralizar mais um pouco, o objetivo foi plenamente alcançado.

E olha que, pelo menos internamente, Dilma já fala há quase seis meses em enxugar o seu ministério.

Em março, antes da primeira grande manifestação pró-impeachment, Dilma Rousseff reuniu um pequeno grupo de ministros e, pela primeira vez, falou da possibilidade de redução de ministérios.

Naquela conversa, a própria Dilma disse que poderia retirar o status de ministério da Pesca (que voltaria para Agricultura), GSI (que iria para Casa Civil), Previdência e Trabalho (que seriam fundidas numa só), Banco Central, Portos e Aeroportos (que se fundiriam com  Transportes) e Secom (que voltaria a ser uma assessoria).

Por gostar de Afif Domingos, Dilma não queria cortar a Secretaria da Micro e Pequena Empresa.

Quando um ministro citou a fusão dos vários ministérios sociais num só (Direitos Humanos, Mulheres, Igualdade Racial e Secretaria Geral), Dilma respondeu que a ideia seria politicamente inviável.

Admitiu estudar apenas a fusão da Secretaria-Geral da Presidência com a de Direitos Humanos.

A conversa terminou inconclusiva e ficou na gaveta presidencial até o anúncio de ontem. De lá até aqui, quase seis meses depois, pouca coisa andou. Uma delas, foi a crise.

Por Lauro Jardim

Com o pé fora

Henrique Alves

Alves não conseguiu domar o PMDB da Câmara

Com os cortes dos ministérios, Henrique Alves pode ficar fora da Esplanada novamente.

A avaliação do governo é que Alves, cuja missão seria angariar apoio no PMDB da Câmara para o Planalto, perdeu sua força para Eduardo Cunha e tem pouco a somar neste sentido.

Por Lauro Jardim

Sai mas não sai

Barbalho terá poder mantido

Barbalho terá poder mantido

Nos cortes de ministérios, o Planalto trabalha também com a possibilidade de remanejo de nomes cuja performance tenha sido bem avaliada, e que podem assumir novas funções.

Um dos cotados a manter seu quinhão é Jader Barbalho, por meio do filho Helder. Mais pelo peso do pai no Senado do que por bons resultados mostrados – até porque não houve tempo para isso.

Com isso, caso a Secretaria da Pesca acabe, Helder pode assumir outro ministério ou algum cargo de peso na estrutura federal.

Por Lauro Jardim

Tudo incerto

Planalto manda recado

Planalto manda recado

Diante do medo de alguns ministros de perder assento na Esplanada com o iminente corte de pastas, o Palácio do Planalto comunicou a todos que ainda não há um ministério sequer cujo corte esteja decidido.

No entanto, são quase certos os cortes nas secretarias da Pesca, da Micro e Pequena Empresa e de Assuntos Estratégicos.

Por Lauro Jardim

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