Mais Notícias : STF faz de Cunha uma aberração com mandato
Enviado por alexandre em 23/06/2016 08:52:41

STF faz de Cunha uma aberração com mandato

Postado por Magno Martins

Josias de Souza

Ao transformar Eduardo Cunha em réu pela segunda vez, o STF realçou o vexame da Câmara. É injustificável a demora da Câmara em se livrar de um personagem que já não é um deputado federal, mas uma aberração. No julgamento desta quarta-feira, o Supremo enviou Cunha novamente ao banco dos réus por considerar que há indícios suficientes do cometimento dos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e falsidade ideological eleitoral.

As evidências de que Cunha escondeu dinheiro roubado da Petrobras em contas secretas na Suíça saltam do processo como pulgas do dorso de um vira-latas. Graças aos documentos recebidos da Suíça, demonstrou-se fartamente que as contas que Cunha apelidou de trusts foram abastecidas e controladas por ele.

Na Câmara, Cunha é acusado apenas de mentir quando disse que não tinha contas no exterior. Quanto a isso, as autoridades da Suíça, o Banco Central do Brasil, a Procuradoria da República e, agora, também o STF entendem que há contas e que elas são de Cunha.

Só a Câmara ainda não viu que Eduardo Cunha violou um mandamento sagrado da malandragem: jamais diga uma mentira que não possa comprovar.

Haddad arma nova pegadinha, e colunista cai

Postado por Magno Martins

O comentarista da Rádio Jovem Pan Marco Antônio Villa caiu de novo na armadilha que ele mesmo armou. Ao marcar pari passu a agenda do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), ele já se deu mal quando, no mês passado, caiu na pegadinha de atacar, como se fosse do petista, a agenda que na verdade era do governador tucano Geraldo Alckmin.

Agora, por um atalho diferente, Villa errou de novo o alvo. Quis acertar, como sempre, em Haddad, mas pegou em cheio no presidente interino Michel Temer, a quem queria agradar.

Na manhã desta quarta-feira 22, Villa foi escalado pela Jovem Pan para ser um dos entrevistadores de Temer, em ping-pong que foi ao ar ao vivo. Após a entrevista, Villa saiu-se com essa:

"Fiz até questão de perguntar (a Temer) sobre a agenda de trabalho. Não, ele fica (trabalhando) até duas, três horas da manhã. Vê, o prefeito ocioso de São Paulo, que envergonha São Paulo, às cinco e meia da tarde, às cinco, outro dia às quatro da tarde, que eu li aqui, ele para de trabalhar, né?".

O problema, para Villa, é que exatamente nesta quarta-feira 22, a agenda de Temer marca apenas dois compromissos:

10h30 --- Reunião com ministros do Núcleo Econômico; local Palácio do Planalto.
15h00 --- Cerimônia de posse do novo presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE – Paulo Rabello de Castro; local Palácio do Planalto.

Mais nada.

Pelo raciocínio enviesado do historiador, Temer, após as 15h, não fez mais nada. Parou de trabalhar. Como o interesse de Villa, porém, não é criticar o presidente interino, assim como é o de preservar o tucano Geraldo Alckmin, que o emprega como comentarista na TV Cultura, ao atacar a agenda de Haddad num dia praticamente sem compromissos oficiais de Temer, Villa deu mais um tiro no próprio pé.

Mais Notícias : Janot denuncia o deputado Dudu da Fonte no STF
Enviado por alexandre em 23/06/2016 08:49:55

Janot denuncia o deputado Dudu da Fonte no STF

Postado por Magno Martins

Ex-líder do PP é acusado de atuar em negociação que freou CPI da Petrobras.
Denúncia da PGR descreve reunião, de 2009, na qual foi acertada propina.

Do G1, em Brasília

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou nesta quarta-feira (22), ao Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE), conhecido como "Dudu da Fonte", por corrupção passiva. O parlamentar do PP é suspeito de envolvimento no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.

Além de pedir a condenação do parlamentar pernambucano, Janot solicitou que a Suprema Corte determine a perda do mandato de Dudu e cobre R$ 10 milhões que teriam sido pagos como propina para atrapalhar, em 2009, as investigações da CPI da Petrobras no Senado.

Ex-líder do PP na Câmara, Dudu da Fonte é acusado pelo Ministério Público de ter intermediado uma negociação entre o ex-presidente do PSDB e ex-senador Sérgio Guerra, que morreu em 2014, e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa para barrar, em 2009, as investigações da CPI da Petrobras no Senado.

A PGR teve acesso a um vídeo, gravado no Rio de Janeiro, em 21 de outubro de 2009, que mostra uma reunião entre Dudu da Fonte, Sérgio Guerra, Paulo Roberto Costa e empreiteiros da Queiroz Galvão e da Galvão Engenharia. O encontro ocorreu dois meses antes de a CPI ser encerrada no Senado.

Mais Notícias : Briga desvantajosa
Enviado por alexandre em 23/06/2016 08:48:54

Briga desvantajosa

Postado por Magno Martins

Blog do Kennedy

Há um incômodo dos senadores com o poder do Ministério Público na Lava Jato. O presidente do Senado, Renan Calheiros, foi o primeiro a deixar isso evidente, ameaçando votar o impeachment do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Essa ameaça perdeu força, porque os senadores seriam acusados retaliar o principal investigador da Lava Jato. Agora, há debate sobre a ideia de Renan de impedir delação premiada de quem está preso.

O procurador da República Deltan Dallagnol, que é um dos coordenadores da Lava Jato, reagiu com dureza a essa possibilidade. É uma briga desfavorável para o Senado, porque a opinião pública está ao lado dos investigadores da Lava Jato.

Mais Notícias : CPI cobrou propina de R$ 1 milhão a industrial
Enviado por alexandre em 23/06/2016 08:47:54

CPI cobrou propina de R$ 1 milhão a industrial

Postado por Magno Martins

O industrial que procurou Hildo Rocha (PMDB-MA) para reclamar do achaque de membros da CPI do Carf disse ao deputado que lhe foi pedido cerca de R$ 1 milhão para que não fosse chamado à comissão. O PSDB vai pedir à Procuradoria-Geral que apure o caso.

Parlamentares de diferentes siglas dizem que há tempos as comissões de inquérito perderam a capacidade de investigação e servem apenas para que colegas usem o poder de convocar supostos alvos em benefício próprio.

Parlamentares afirmam que Rocha pode se complicar caso não identifique o autor da chantagem. O ex-deputado Roberto Jefferson acabou sendo cassado por, entre outros motivos, ter denunciado o mensalão sem apresentar provas.(Natuza Nery - Folha de S.Paulo)

A regra do jogo

Postado por Magno Martins

Bernardo Mello Franco - Folha de S.Paulo

O escândalo do mensalão mostrou por que tantos políticos se estapeiam pelo controle de estatais. A disputa pelas empresas públicas é parte do jogo sujo das eleições. Os órgãos mais cobiçados são chamados de "fabriquinhas". Produzem milhões de incentivos para bancar partidos e campanhas.

Quem nomeia passa a influir em contratos e licitações. Também garante acesso privilegiado aos fornecedores, que pagam pedágios e retribuem favores com doações. Assim funciona a parceria ancestral entre políticos e empreiteiros, foco das investigações da Lava Jato.

A regra é tão conhecida que passou a ser vista como o padrão normal da política. "Alguém imaginava que os partidos disputavam diretorias de estatais para fazerem coisa boa?", ironizou nesta quarta (22) o ministro Luís Roberto Barroso, em julgamento no Supremo Tribunal Federal.

A corte discutia o caso do deputado Eduardo Cunha, que virou réu pela segunda vez sob a acusação de desviar dinheiro da Petrobras para as contas que ele diz não ter na Suíça.

"Isso faz parte da rotina brasileira há muito tempo. O propósito era este mesmo: desviar recursos", afirmou Barroso, ao comentar a guerra por cargos na estatal. "É triste. Dá uma sensação muito ruim de que o jogo é jogado de uma forma muito feia."

Apesar do diagnóstico sombrio, o ministro concluiu o voto com uma mensagem positiva. "Há uma coisa nova acontecendo no Brasil. Não é mais aceitável desviar dinheiro público, seja para o financiamento eleitoral ou para o próprio bolso", disse.

Ele lembrou que a sociedade já deixou de ser tolerante com outros males antigos, como o racismo e a violência contra a mulher. "Estamos vivendo o fim de uma era de aceitação do inaceitável", afirmou.

Gostaria de compartilhar do otimismo do ministro, mas as ofertas de Dilma Rousseff para barrar o impeachment e de Michel Temer para aprová-lo sugerem que a regra do jogo ainda não mudou.

Mais Notícias : Maconha achada em avião de Eduardo será incinerada
Enviado por alexandre em 23/06/2016 08:46:37

Maconha achada em avião de Eduardo será incinerada

Postado por Magno Martins

Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo

A Justiça está mandando incinerar objetos encontrados no avião que caiu em 2014 e matou Eduardo Campos (PSB) e outras seis pessoas. Entre eles estão 10 gramas de maconha.

Um laudo confirmou que um dos pacotes encontrados guardava a droga, provavelmente para consumo pessoal de uma das vítimas do voo. Foram encontrados na época também cartões bancários, colares e pedaços de roupas.

O inquérito que investiga as causas do acidente, e que corre na 5ª Vara Criminal de Santos, está perto do fim. A tendência até agora é responsabilizar o piloto.

O laudo de teste feito num simulador na Áustria pelos investigadores analisa a última hipótese que poderia mudar os rumos da investigação: a de que variações além do normal na ponta da asa da aeronave poderiam ter contribuído para a tragédia. A possibilidade, no entanto, é considerada remota.

O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), ligado à Aeronáutica, já tinha concluído que o estresse e a falta de capacitação do piloto para conduzir a aeronave contribuíram para o acidente. A família do profissional, Marcos Martins, questionou as conclusões do órgão.

Embora possa endossar a tese de que o piloto foi responsável, a PF já informou às autoridades judiciais que ele tinha dormido bem no dia anterior e estava descansado, segundo apurado no hotel que o hospedou.

Caso a investigação confirme a culpa do piloto, descartando falha técnica, não haverá responsáveis, na prática, já que ele morreu. Pessoas afetadas e que perderam casas, por exemplo, teriam maior dificuldade para cobrar indenização. A identidade do dono oficial da aeronave permanece até hoje como mistério.

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