Mais Notícias : Vazamento de delação incomoda ministros do STF
Enviado por alexandre em 07/11/2017 09:16:25

Vazamento de delação incomoda ministros do STF



O vazamento da delação do marqueteiro Renato Pereira, do Rio, que comprometeu a cúpula do PMDB no Estado, incomodou ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Há diálogos entre alguns deles inclusive sobre a possibilidade de o ministro Ricardo Lewandowski, relator do caso, pedir investigação à PGR (Procuradoria-Geral da República).

A expectativa era de que a nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, tivesse maior controle sobre os vazamentos, o que não estaria ocorrendo.

A assessoria da PGR diz que a delação não está no órgão, e sim no STF. Afirma que, para investigar, a procuradoria precisa antes receber uma denúncia oficial sobre o vazamento. (Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo)

Mais Notícias : Lava Jato: advogados querem absolvição de Lula
Enviado por alexandre em 07/11/2017 09:15:33

Lava Jato: advogados querem absolvição de Lula

Postado por Magno Martins

Os advogados do ex-presidente também pediram a absolvição do petista no processo que apura suposta tentativa de obstrução de Justiça na Lava Jato.

Nesta segunda (6), a defesa do ex-presidente Lula pediu a anulação da delação de Delcídio do Amaral (sem partido-MS) à Justiça Federal. Alega que o ex-senador mentiu em sua colaboração premiada.

Parte dos dirigentes do PT avaliou como estratégica a decisão do PC do B de lançar candidatura à Presidência. Essa ala acredita que, se Lula for confirmado na disputa em 2018, os comunistas recuarão.

O gesto, porém, foi visto como um recado claro de que o PC do B não apoiará eventual plano B dos petistas.(Painel - Folha de S.Paulo)

Mais Notícias : PMDB mira racha tucano: quer atrair descontentes
Enviado por alexandre em 07/11/2017 09:14:57

PMDB mira racha tucano: quer atrair descontentes



O PMDB vê no acirramento do racha do PSDB uma oportunidade para atrair deputados governistas descontentes com os rumos da sigla.

Um grupo de tucanos exigirá que Tasso Jereissati (PSDB-CE) deixe o comando interino do partido assim que ele oficializar sua candidatura à presidência da sigla. Essa ala diz que a permanência do senador cearense no posto fere a isonomia da disputa com Marconi Perillo (PSDB-GO).

O governador Geraldo Alckmin quer esgotar todas as possibilidades de um acordo entre Tasso e Perillo. Ele só pretende articular a apresentação de um terceiro nome para o posto quando tudo o mais tiver falhado. (Painel – Folha de S.Paulo)



Para forçar expulsão dos tucanos base sabotará projetos



Daniela Lima – Folha de S.Paulo

A novela mexicana do PSDB sobre a manutenção do apoio a Michel Temer deu fôlego aos setores da base aliada que querem ver os tucanos fora do governo o mais rápido possível. O incômodo se alastrou de tal forma que nem o PMDB, partido do presidente, demonstra solidariedade. O centrão diz que o Planalto deveria chutar o PSDB antes de ser chutado, em dezembro ou no início de 2018. Nesta semana haverá um ultimato: a disposição é a de não votar nem sequer um projeto do governo.

Tucanos que tentam retardar a saída do governo dizem que, com a sigla oficialmente fora, parte significativa da ala que quer o desembarque se sentirá desobrigada de apoiar reformas, como a da Previdência, às vésperas do ano eleitoral.

O impasse no tucanato ampliou o poder de fogo do centrão. O deputado Benito Gama (PTB-BA) resume a tragicomédia: “Temer, para salvar 22 votos do PSDB, vai perder 200”.

Os que querem que o Planalto desaloje o PSDB antes que o partido o faça por conta própria afirmam que um gesto tardio será mal recebido. Redistribuir postos após ser abandonado, dizem, dará a impressão de que Temer “está servindo a xepa”.

Mais Notícias : Reforma boa é para os outros
Enviado por alexandre em 07/11/2017 09:14:01

Reforma boa é para os outros

Postado por Magno Martins

Bernardo Mello Franco - Folha de S.Paulo

A poucos dias do fim da CLT, surgiu um defensor sincero da reforma trabalhista. É o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Ives Gandra Filho. Em entrevista à Folha, ele disse o que governo e empresários se recusam a admitir: a mudança na lei vai resultar na redução de direitos sociais.

"Nunca vou conseguir combater desemprego só aumentando direito", disse o ministro. "Vou ter que admitir que, para garantia de emprego, tenho que reduzir um pouquinho, flexibilizar um pouquinho os direitos sociais", acrescentou.

Nos últimos meses, o cidadão que tentou se informar sobre a reforma ouviu de Michel Temer que o governo não seria "idiota" de restringir direitos. "Não haverá nenhum direito a menos para o trabalhador", prometeu. A declaração de Gandra sugere que o idiota da história foi quem acreditou na palavra do presidente.

Na entrevista à repórter Laís Alegretti, o chefe do TST também defendeu as novas regras para indenizações por danos morais. Agora os valores serão calculados de acordo com o salário do ofendido. "Não é possível dar a uma pessoa que recebia um mínimo o mesmo tratamento [...] que dou para quem recebe salário de R$ 50 mil. É como se o fulano tivesse ganhado na loteria", comparou.

As declarações chocaram o procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Fleury. "Confesso que estou assustado", ele me disse, após ler a entrevista. "O ministro expôs uma mentalidade de que o pobre deve continuar pobre. Ele defende um sistema de castas, onde o sofrimento da pessoa é medido pelo que ela ganha."

No sistema brasileiro, Gandra pertence a uma casta superior: a elite do funcionalismo. Além do salário de R$ 30 mil, ele recebe R$ 6,5 mil em auxílios e gratificações. Em dezembro passado, seu contracheque chegou a R$ 85,7 mil, incluindo 13º, férias e um extra de R$ 3.300 por "instrutoria interna". Definitivamente, o ministro não precisa se preocupar com as consequências da reforma que apoia.

Mais Notícias : FHC não notou, mas PSDB já virou coadjuvante
Enviado por alexandre em 07/11/2017 09:13:16

FHC não notou, mas PSDB já virou coadjuvante



Josias de Souza

O habitat natural do PSDB sempre foi o muro. Com Michel Temer, os tucanos finalmente desceram do muro. Só que de lados diferentes. Metade do partido queria a continuidade das denúncias contra Temer. A outra metade festejou o sepultamento das investigações na Câmara. De repente, Fernando Henrique Cardoso despertou: “É hora de juntar as facções internas e centrar fogo nos adversários externos”, disse ele, num artigo em que defendeu a saída do PSDB do governo Temer.

O PSDB ensaia esse rompimento com Temer desde que explodiu a delação do Grupo JBS. O desembarque viria depois das explicações de Temer. Foi adiado para depois da decisão do STF sobre a integridade do áudio com a voz do presidente. Foi protelado para depois da decisão do TSE sobre o pedido de cassação da chapa Dilma-Temer. De postergação em postesgação, chegou-se à desmoralização.

FHC voltou à carga: “Ou o PSDB desembarca do governo na Convenção de dezembro próximo, e reafirma que continuará votando pelas reformas, ou sua confusão com o peemedebismo dominante o tornará coadjuvante na briga sucessória”, escreveu FHC, adiando novamente o rompimento para o mês que vem.

É como se o tucanato imitasse um sujeito brigão que diz que vai quebrar a cara do outro, mas demora tanto tempo para levantar da cadeira que compromete a seriedade da cena. FHC ainda não se deu conta. Mas seu partido já virou coadjuvante de 2018. Para retornar ao centro do palco, precisa recuperar o discurso, o rumo e o senso do ridículo





PSDB e PMDB: cada um por si e o centro dividido



Helena Chagas – Blog Os Divergentes

As cartas ainda não estão todas na mesa, mas o jogo de 2018 se acelerou bastante no feriadão. Num dos movimentos mais importantes, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso advertiu seu partido, em artigo publicado no domingo, que chegou a hora de decidir: “ou o PSDB desembarca do governo em dezembro ou se embaralha com o PMDB e assume de vez o posto de coadjuvante na disputa de 2018”.

Tudo indica que o partido seguirá o conselho de FH na convenção de dezembro – se Temer não ceder antes às pressões do Centrão e tirar os ministros tucanos da Esplanada. E aí o símbolo do PSDB teria que deixar de ser o tucano para, quem sabe, ser substituído pelo mico…

Mas o que se destaca nesse movimento do ex-presidente é que vão ficando remotas as possibilidades de uma chapa PSDB-PMDB para a presidência, ou mesmo uma aliança prioritária entre os dois partidos em 2018.

Essa hipótese parecia viável antes da votação da segunda denúncia contra Temer no plenário da Câmara, quando interlocutores dos dois lados apostavam mais fortemente numa união do centro, traduzida no apoio do presidente peemedebista ao governador Geraldo Alckmin, hoje o mais forte pré-candidato tucano.

Mas a aproximação não rolou onde se esperava – nos votos da bancada do PSDB de São Paulo – e o clima esfriou. Pode ser que, no futuro, o PMDB de Michel Temer venha a apoiar a candidatura Alckmin, mas tudo indica que não terá protagonismo nessa aliança. Impopular demais, figura tóxica num palanque.

O auto-lançamento de Henrique Meirelles em entrevista à Veja também ajudou a complicar tudo. Ainda que seja um movimento para marcar posição e abrir negociações em torno de uma vice, por exemplo, não pegou bem entre os tucanos e reforça a divisão centrista, além de dificultar a votação de reformas e projetos do governo a partir de agora.

A reforçar o bate-cabeças e a dificuldade de aglutinar as forças que apoiaram o impeachment em torno de uma única candidatura, está ainda a divisão histórica do próprio PMDB, o mais macunaímico dos partidos – no sentido de ser sem caráter mesmo. Mais uma vez, o PMDB repete a velha tática de botar um pé em cada canoa e ensaia alianças com o PT de Lula em seis estados, com a pragmática concordância e o perdão do ex-presidente aos grupos que apoiaram o impeachment.

E voltamos à velha moral de sempre: amigos, amigos; negócios à parte. Em política, lamentavelmente, não existem lealdades profundas. Rei morto, rei posto. Só que o PMDB pode fazer com Michel Temer o mesmo que o PT faz com Dilma.

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