Mais Notícias : RS 1 bilhão por dia
|
Enviado por alexandre em 23/08/2016 08:22:18 |
RS 1 bilhão por dia
Postado por Magno Martins
Hélio Schwartsmann - Folha de S.Paulo
A festa foi bonita. Mas, exceto por Munique-72 e Atlanta-96, marcados por ataques terroristas, o espetáculo olímpico é sempre bacana. O problema é o custo. E aqui fica difícil qualificar a Rio-16 de qualquer expressão mais leve do que aventura irresponsável.
Pelo quadro publicado na edição de ontem da Folha, a Olimpíada consumiu R$ 39 bilhões, dos quais R$ 17 bilhões são dinheiro público, que é o que nos diz respeito. Como foram 17 dias de eventos e competições, temos a bagatela de R$ 1 bilhão por dia. Esses são dados oficiais, então não será surpresa se ainda aparecerem mais alguns restos a pagar.
É claro que nem tudo é dinheiro jogado fora. Uma parte dos custos se refere a investimentos que ficam, como o Metrô, no qual a administração estadual colocou R$ 8,6 bilhões. A dificuldade aqui é que o governo fluminense, agora virtualmente falido, poderia ter feito uso mais sábio de tais recursos. O mesmo vale para outros legados. Será que eles eram mesmo prioridade?
Raciocínio semelhante pode ser feito para o desempenho esportivo. Como mostrou Roberto Dias na edição de ontem, o Brasil aumentou significativamente os investimentos públicos em esporte, que saltaram de R$ 2 bilhões no ciclo 2008-2012 para R$ 3,7 bilhões em 2012-16, para que obtivéssemos no Rio apenas duas medalhas a mais do que em Londres.
E, convenhamos, apoiar o alto rendimento para ganhar medalhas me parece um objetivo meio besta. Investimentos públicos em esporte deveriam estar voltados principalmente para dar condições para a população exercitar-se e motivá-la a fazê-lo, melhorando sua qualidade de vida e reduzindo as contas da saúde.
Não ignoro que organizar um evento como a Olimpíada traz ganhos difíceis de ponderar, como a melhora da autoestima nacional e da imagem externa do país. Custa-me crer, porém, que tais benefícios justifiquem o R$ 1 bilhão por dia.
|
|
Mais Notícias : Para ficar bem com o Supremo Janot ficou mal na foto
|
Enviado por alexandre em 23/08/2016 08:20:02 |
Para ficar bem com o Supremo Janot ficou mal na foto
Postado por Magno Martins
Ricardo Noblat
Esquisita, para dizer o mínimo, a decisão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de cancelar as negociações da delação premiada da empreiteira OAS e do seu dono Léo Pinheiro.
Segundo a revista VEJA em sua mais recente edição, Pinheiro estaria disposto a contar que ajudou a reformar a casa do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.
Nada mais comum nos últimos dois anos do que vazamentos de informação sobre delações em curso ou ainda por acontecerem. Mas é a primeira vez que Janot reage dessa maneira.
Por que será? Para não ficar mal com os ministros do TSE quando um deles é citado em um episódio nebuloso? Para pressionar Pinheiro a nada dizer sobre Tóffoli caso a delação afinal se consuma?
Sim, porque Pinheiro poderá delatar Tóffoli e quem mais quiser na hora que preferir. Seja diante de um juiz ou publicamente. Ninguém poderá impedi-lo disso.
A delação de Pinheiro é uma das mais esperadas da Lava-Jato dada às relações estreitas do empresário com algumas das figuras mais importantes da República.
Pinheiro tem muito que contar sobre Lula – e parte do que tem já vazou sem tirar Janot do sério. Tem muito que contar sobre os senadores Aécio Neves e José Serra - e parte do que tem já vazou.
Ao ministro Tóffoli, a essa altura, deve interessar que a menção ao seu nome seja definitivamente esclarecida para que não pese nenhuma dúvida a cerca do seu comportamento.
Se quis ficar bem com o STF, Janot deixou mal Tóffoli e seus colegas. |
|
Mais Notícias : Conceder reajuste agora ao STF seria escárnio
|
Enviado por alexandre em 23/08/2016 08:19:17 |
Conceder reajuste agora ao STF seria escárnio
Postado por Magno Martins
Josias de Souza
Os ministros do Supremo Tribunal Federal querem elevar seus vencimentos de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil. A reivindicação desafia a paciência dos 12 milhões de brasileiros que tiveram seus contracheques mastigados pela crise. Os salários das togas do Supremo servem de referência para outras remunerações de servidores. Quando sobem, puxam os demais.
No final da descida da cascata, a coisa custará algo como R$ 5 bilhões por ano. Ou R$ 15 bilhões até 2019. Que totalizarão R$ 73 bilhões quando somados aos R$ 58 bilhões do pacote de reajustes que Michel Temer já concedeu a 14 categorias de servidores. No caso do Supremo, o valor do reajuste foi sugerido pelos próprios beneficiários. A aprovação cabe à Câmara e ao Senado. A sanção, ao presidente da República.
Na Câmara, 2 em cada 10 deputados estão pendurados em processos que aguardam julgamento no Supremo. No Senado, 4 em cada 10 senadores estão na mesma situação. No Planalto, há um presidente interino cuja efetivação depende do resultado de um julgamento que é comandado no Senado pelo presidente do STF, o ministro Ricardo Lewandowski.
Quer dizer: convertido em sindicato de si mesmo, o Supremo pede a um Legislativo imundo e a um Executivo provisório que lhe conceda o reajuste que o próprio tribunal estipulou. Ninguém disse ainda, talvez por medo, mas esse processo se assemelha muito a uma chantagem.
Como em qualquer reivindicação salarial, há bons argumentos em sua defesa, sobretudo num país inflacionário. A questão é que o Estado brasileiro quebrou. Os magistrados não são obrigados a permanecer no tribunal. Se preferirem, podem trocar o salário 20 vezes acima da média remuneratória do país e a segurança do serviço público pelos lucros e incertezas da atividade privada. Só não podem injetar escárnio na crise. |
|
Mais Notícias : Vazamento sobre Toffoli gera crise entre STF e MPF
|
Enviado por alexandre em 23/08/2016 08:18:34 |
Vazamento sobre Toffoli gera crise entre STF e MPF
Postado por Magno Martins Mônica Bergamo - Folha de S.Paulo
O vazamento de informações que envolvem o ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), na delação da OAS abriu uma crise entre a corte e o Ministério Público Federal. O ministro Gilmar Mendes diz que os magistrados podem estar diante de "algo mórbido que merece a mais veemente resposta".
Além de defender que seja investigada a possibilidade de os próprios procuradores terem vazado a citação a Toffoli, Mendes faz críticas contundentes a algumas das dez propostas de combate à corrupção elaboradas pelo Ministério Público Federal. "Eles estão defendendo até a validação de provas obtidas de forma ilícita, desde que de boa-fé. O que isso significa? Que pode haver tortura feita de boa-fé para obter confissão? E que ela deve ser validada?"
Segue Mendes: "Já estamos nos avizinhando do terreno perigoso de delírios totalitários. Me parece que [os procuradores da Lava Jato] estão possuídos de um tipo de teoria absolutista de combate ao crime a qualquer preço". |
|
Mais Notícias : Ameaça: Maranhão quer nomear para a Caixa. Senão...
|
Enviado por alexandre em 23/08/2016 08:17:47 |
Ameaça: Maranhão quer nomear para a Caixa. Senão...
Postado por Magno Martins
Waldir Maranhão (PP) mandou recados ao Planalto.
Ou o governo nomeia um indicado seu para uma vice-presidência da Caixa, ou pode causar problemas.
Ele voltará a assumir a presidência da Câmara quando Michel Temer estiver no exterior.
A sinecura cobiçada por Maranhão é a vice-presidência de Gestão de Ativos de Terceiros, cargo que mexe com dinheiro de fundos de pensão, por exemplo.
Deputados do centrão que almoçaram com Temer nesta segunda querem fazer cartilhas em várias línguas defendendo o impeachment para rebater o material lançado por Lula. (Painel - Folha de S.Paulo - Natuza Nery) |
|
|