Brasil : REALIDADE
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Enviado por alexandre em 08/04/2019 08:58:49 |
Para 94% dos brasileiros, receita de impostos deveria ser destinada aos pobres A maioria dos brasileiros (86%) acredita que o progresso do Brasil está diretamente ligado à redução da desigualdade econômica entre ricos e pobres, 94% concordam que o imposto pago deve ser usado para beneficiar os mais pobres e 77% defendem o aumento de impostos para as pessoas muito ricas. Esses são alguns dos resultados da segunda edição da pesquisa Oxfam/Datafolha, realizada em fevereiro com 2 mil brasileiros, de 130 cidades de todo o Brasil. Segundo a organização internacional, o levantamento indica que a sociedade brasileira percebe os problemas da distribuição de renda no país, mas ainda não compreende o real tamanho das desigualdades brasileiras. – Só avançaremos no combate às desigualdades se os temas do racismo, da discriminação de gênero e do respeito à diversidade tiverem a mesma urgência que os temas econômicos e fiscais, afirma Katia Maia, diretora-executiva da Oxfam Brasil. O presidente do conselho deliberativo da entidade, Oded Grajew, complementou dizendo que há um descompasso entre as percepções da sociedade sobre as desigualdades e a agenda política do país: – É fundamental que os temas sobre a disparidade da renda entre o topo e a base da pirâmide sejam tratados com a mesma urgência dadas às soluções econômicas e fiscais. O tema tributação foi outro assunto abordado pelos entrevistados: quatro em cada cinco brasileiros concordam com o aumento dos impostos de pessoas muito ricas para financiar políticas sociais, ante 71% em 2017. Para 94% da amostra, o imposto pago deve beneficiar os mais pobres. Quando questionados sobre as prioridades para a redução das desigualdades, os entrevistados deram uma nota de 0 a dez às alternativas propostas: o combate à corrupção ganhou nota de 9,7, e o investimento público em saúde, assim como a maior oferta de emprego e investimento público em educação, tirou a média de 9,6. |
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Brasil : MILITARISMO FORTE
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Enviado por alexandre em 08/04/2019 08:54:05 |
Procura por cursos de formação do Exército cresce 22,45% em três anos O número de inscrições para os cursos de formação do Exército cresceu 22,45% em três anos, segundo os dados da corporação. A estabilidade da carreira e a busca por propósito são características que impulsionaram o aumento. Em 2016, 49.632 candidatos se inscreveram para uma das quatro escolas do Exército: EsPCEx (Escola Preparatória de Cadetes do Exército), EsFCEx (Escola de Formação Complementar do Exército), EsSEx (Escola de Saúde do Exército) e IME (Instituto Militar de Engenharia) — conheça cada uma das escolas na arte abaixo. Em 2018, foram 60.779 inscrições. A EsPCEx é a escola mais concorrida da corporação e teve aumento de 35,8% na procura, de 29.771 inscrições em 2016 para 40.443 em 2018. Também é a oportunidade com maior número de vagas, curso em que são aceitas 440 pessoas. Em seguida, aparecem a EsFCEx, com 11.619 inscrições em 2016 e 12.208 em 2018 — com crescimento de 5%. O número de vagas disponíveis caiu de 40 para 20. A EsSEx registrou queda de 7% no número de inscrições, passando de 2.835 em 2016 para 2.643 em 2018. A escola conta, atualmente, com 106 vagas. O IME, focado na formação de engenheiros, teve mais inscrições de 2016 (5.407) a 2017 (6.290), enquanto em 2018 o número de candidatos caiu (5.485) e ficou mais próximo do patamar de 2016. Segundo o Exército, o número de vagas para o IME varia de acordo com o ano, de acordo com as “necessidades institucionais, estabelecidas pelo Estado-Maior do Exército (EME)”. A instituição afirma que “tradicionalmente, os cursos oferecidos pelo IME são muito disputados, pois alcançam os melhores resultados no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade)”. O diretor executivo da ABTD (Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento) afirma que o crescimento da procura é esperado considerando o perfil dos jovens que entram no mercado de trabalho hoje em dia. Para ele, os mais novos querem trabalhar por propósito e não só por dinheiro. “Cada profissional hoje, principalmente os mais jovens, querem ser úteis para a empresa que eles representam. Eu vejo no Exército uma condição muito de propósito”, afirma. Slivnik também defende que a estabilidade da profissão é um ponto que atrai novos integrantes aos cursos de formação do Exército. “Uma vez que a nossa economia é cíclica, que tem altos e baixos, os profissionais que têm uma carreira militar têm uma garantia de estabilidade muito maior do que uma empresa privada, por exemplo”. O consultor de carreira do CPS (Cedaspy Professional School) Alexandre Araújo é militar da reserva e afirma que há mais procura pelos cursos devido à estabilidade, a divulgação e à insatisfação com a situação do país. “Há a insatisfação da população com o nível de corrupção e o próprio Exército começa a fazer um trabalho de divulgação grande”, afirma. Para a corporação, a possibilidade de seguir carreira militar impulsiona as inscrições. Ao passar no IME, o ingressante pode decidir se irá seguir este caminho ou a reserva. Caso escolha a segunda opção, são considerados militares ativos apenas no primeiro ano da graduação. Neste momento, a carreira militar é um tema bastante discutido na sociedade, principalmente por causa dos avanços a respeito da reforma da Previdência para a categoria. |
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Brasil : O ACORDO
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Enviado por alexandre em 05/04/2019 08:37:47 |
EUA terão controle de acesso ao uso do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão O acordo entre Brasil e Estados Unidos para o uso do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, cria “áreas restritas”, onde serão manipuladas as tecnologias americanas, definidas conjuntamente entre os dois países. O acesso a esses locais específicos será permitido pelo Brasil somente a pessoas autorizadas pelo governo americano. O documento terá de ser aprovado pelo Congresso Nacional. Além do espaço restrito, a parceria entre os dois países também prevê “áreas controladas”. Mas, nesse caso, o acesso de pessoas ao local poderá ser autorizado pelo Brasil e outros países que participem de atividades na base de Alcântara. O acordo estabelece, ainda, limitações no poder de investigação brasileira em casos de acidentes. Em 2000, o governo Fernando Henrique Cardoso propôs que somente os americanos teriam acesso e controle exclusivo às áreas que ocupassem em Alcântara. Esse ponto repercutiu mal e o acordo foi derrubado pelo Congresso. Para evitar repetir a polêmica de violação da soberania nacional, a parceria assinada neste ano pelos governos Bolsonaro e Trump definiu “áreas restritas” e determinou que apenas nesses locais o acesso será autorizado exclusivamente pelos americanos. Professor de relações internacionais da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), de São Paulo, Gunther Rudzit, defendeu a existência de áreas restritas. “É justificada a preocupação norte-americana. As empresas e agências investem bilhões em tecnologia e não querem ter essa tecnologia roubada”, afirmou. “No Brasil, não estamos acostumados que a espionagem seja uma realidade. Isso não é Hollywood”, disse. Quando da tentativa de acordo no governo FHC, Rudzit, que é mestre em segurança nacional pela Georgetown University, assessorava o então ministro da Defesa, Geraldo Quintão. Ele avaliou que o atual governo negociou mais os termos do acordo do que na época. “Os partidos de esquerda vão querer criar polêmica para fustigar o governo Bolsonaro, mas o acordo é ponderado.” O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações afirmou que o fato de o Brasil não ter aprovado o acordo no passado fez com que o País perdesse US$ 3,9 bilhões em receitas de lançamentos de satélites em 20 anos. A pasta preparou uma apresentação de 56 páginas para convencer deputados e senadores de que o acordo de salvaguardas tecnológicas é positivo para o País. O ministério antecipou sua defesa sobre o ponto mais polêmico: “As chamadas áreas restritas, onde serão manipuladas as tecnologias americanas, serão designadas conjuntamente entre o Brasil e o EUA e são textualmente áreas dentro da jurisdição territorial nacional”. O ministério ressaltou que “os órgãos brasileiros de polícia e de prestação de socorro emergencial terão acesso operacional às áreas restritas conforme necessidade e o Brasil pode aprovar ou restringir o acesso de pessoas credenciadas pelos EUA”. Em caso de um acidente em que os destroços caiam dentro ou fora da área militar de Alcântara, por exemplo, os Estados Unidos exigiram que o governo brasileiro assegure a criação de uma zona restrita para o armazenamento dos equipamentos restantes que terá o acesso controlado pelos americanos. O Brasil ainda é obrigado a devolver “tais componentes ou destroços” sem que sejam “estudados ou fotografados” de nenhuma forma, “exceto se acordado de outra maneira pelas partes, em particular se fizer necessário para resguardar os interesses de saúde e de segurança públicas e a preservação do meio ambiente”. Audiência Os ministros da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, vão na próxima semana ao Congresso participar de audiência pública em comissões. O acordo sobre a base de Alcântara deve estar no centro da discussão. A oposição vai questionar a parceria. “Há uma limitação clara da atuação das autoridades brasileiras em todas as situações. Os dispositivos podem limitar o poder de investigação em casos de acidente. É uma afronta à soberania nacional”, afirmou o líder do PSOL, Ivan Valente (SP). |
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Brasil : EM QUEDA
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Enviado por alexandre em 02/04/2019 23:05:55 |
Globo registro o pior início de ano da história A Rede Globo registrou em março deste ano o pior primeiro trimestre de sua história com média de 21,5 pontos em sua audiência, de acordo com informações do portal ‘Notícias da TV’. Segundo a reportagem, o horário nobre da emissora, das 18h à meia-noite, foi o principal responsável pela queda dos números. Vale lembrar que é neste período que a Globo exibe suas novelas e também o Big Brother Brasil. Na contra-mão da emissora carioca, a Rede Record vem galgando o espaço cedido pela rival e assumiu a vice-liderança em audiência, ultrapassando o SBT. O ‘Notícias da TV’ trouxe ainda outro número preocupante para a Globo: a queda de 16,9 para 15,2 pontos nos resultados de audiência analisado entre às 7h e meia-noite, o que resultou no pior desempenho da emissora desde 2014. Fonte: IstoÉ |
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Brasil : RISCO
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Enviado por alexandre em 01/04/2019 08:44:12 |
Abastecimento brasileiro depende de poços artesianos sob risco de contaminação O Centro de Pesquisas de Águas Subterrâneas (Cepas) do Instituto de Geociências (IGc) elaborou, a convite do Instituto Trata Brasil, o relatório “A revolução silenciosa das águas subterrâneas no Brasil: uma análise da importância do recurso e os riscos pela falta de saneamento”, sobre o uso e a contaminação dos aquíferos brasileiros. O documento relaciona a contaminação dessas reservas com a insuficiência e as más condições do sistema de saneamento básico. Além disso, traz dados inéditos sobre a importância econômica das águas subterrâneas e sugestões para resolver os problemas atuais do cenário brasileiro. Um dos autores do estudo, o diretor do Cepas e professor do IGc, Ricardo Hirata, afirma que o trabalho destaca o valor das águas subterrâneas para a sociedade: “Antes desse relatório, não tínhamos uma quantificação da importância desse recurso. Nossos dados mostram que há uma dependência muito maior das águas subterrâneas do que qualquer outra estatística já havia apontado”. O estudo indicou um total de 17,5 bilhões de m³/ano de água sendo bombeada pelos 2,5 milhões de poços artesianos do País. Isso é o suficiente para abastecer, por ano, a atual população brasileira ou dez regiões metropolitanas do tamanho de São Paulo. Dados de 2010 da Agência Nacional de Águas (ANA) já registravam que 52% dos municípios brasileiros eram total ou parcialmente dependentes da água subterrânea, com uma relação inversamente proporcional ao tamanho dos municípios (quanto menor a cidade, maior o uso do recurso). Em termos econômicos, o Cepas demonstrou que a água subterrânea extraída tem um valor de aproximadamente R$ 59 bilhões por ano e o total de poços instalados no País representa um investimento de mais de R$ 75 bilhões. Problemas e soluções O Cepas também apontou que grande parte dos usuários de águas subterrâneas são proprietários privados. O uso privado das águas é um direito assegurado por lei, entretanto, é necessário que se realize o pedido de outorga, que o poço seja perfurado de maneira adequada e que se realizem avaliações químicas periódicas na água retirada. Segundo Hirata, a realidade ainda é muito distante desse ideal: “O número de pedidos de outorga ainda é muito pequeno frente ao universo de 2,5 milhões de poços. Acreditamos que o governo desconheça a existência de mais de 80% dessas captações no Brasil”. A contaminação das águas subterrâneas pode se dar de diversas maneiras, mas o relatório destaca a degradação relacionada aos problemas com o esgoto. Existem 100 milhões de brasileiros sem acesso à coleta de esgoto, segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento. Nesses casos, esse material é direcionado a fossas e pode se infiltrar no solo e contaminar as águas subterrâneas. Também contribuem com a contaminação os vazamentos em cidades que possuem sistema de esgoto antigo e não realizam a manutenção adequadamente. Segundo o especialista, a situação é preocupante: “Em termos de volume de água degradada, a falta de saneamento é o maior responsável pela contaminação da água subterrânea no Brasil”. Como resposta a essas questões, o relatório indica a necessidade de uma gestão hídrica participativa e de um manejo integrado dos recursos hídricos. A gestão hídrica participativa consiste em simplificar regras e educar a população para que o próprio usuário entenda e valorize a necessidade de cumprir com as recomendações governamentais. Hirata explica a recomendação: “Em casos como o brasileiro, em que existem milhões de usuários, é necessário que eles participem ativamente dos sistemas de gestão, porque o Estado não tem a capacidade sozinho de monitorar e fiscalizar a todos”. Já a gestão integrada dos recursos hídricos trata de pensar nas várias fontes de água, integrando as superficiais e subterrânea, bem como considera o uso e ocupação do terreno, a sociedade e as instituições governamentais. Muitas cidades não possuem esse pensamento de integração de recursos e acabam por sofrer de carência de água, sobretudo nos períodos de estiagem. Assim, ”a gestão integrada seria pensar integralmente os recursos hídricos inseridos dentro da sociedade, na busca de maior segurança hídrica e resiliência dos sistemas de abastecimento público e privado”, explica Hirata. O relatório está disponível on-line e pode ser lido na íntegra no site do Instituto Trata Brasil. |
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